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Nota de Falecimento Dr. Aroldo Fernando Camargos

É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do Dr. Aroldo Fernando Camargos, ex-membro da CNTEGO e membro do Conselho Editorial da Revista Femina de 2002 a 2006.

Dr. Aroldo deixou um legado significativo em sua trajetória, contribuindo com seu conhecimento e dedicação para o desenvolvimento e enriquecimento de nossas atividades e publicações. Sua atuação e comprometimento foram marcantes e sua ausência será sentida por todos que tiveram o privilégio de trabalhar ao seu lado.

Neste momento de tristeza, nos unimos em solidariedade à família e amigos, expressando nossos mais sinceros sentimentos. Que a memória de Dr. Aroldo Fernando Camargos seja sempre lembrada com respeito e gratidão.

Sociedades médicas se unem e apresentam à ANVISA e ao Ministério da Saúde a Resolução contra os Implantes Hormonais não Aprovados

A proposta solicita uma ação urgente dos órgãos responsáveis devido à falta de eficácia e segurança que esses tratamentos representam para a população

No dia 22 de agosto, 16 sociedades científicas, incluindo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), participaram de uma audiência pública na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. O tema discutido foi a "Proposta de Resolução a ser encaminhada à ANVISA", que visa proibir a fabricação, importação, manipulação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de medicamentos com ação hormonal em tipos farmacológicos, combinações, doses ou vias não registradas na ANVISA em todo o território nacional.

“Na FEBRASGO, estamos vigilantes quanto aos riscos à saúde da mulher em todas as fases da vida. Reconhecemos que há hoje divulgação de maus tratamentos hormonais frequentemente promovendo  um corpo 'ideal' e uma abordagem supostamente saudável, e que vâo em desacordo com os verdadeiros princípios da saúde. Há relatos de efeitos colaterais desses tratamentos que podem ser graves, como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, além de complicações hepáticas, dermatológicas, psiquiátricas, renais, musculares e infecções associadas aos implantes. Ademais, não há controle sobre o que é inserido nesses implantes, e faltam pesquisas científicas de qualidade sobre seus efeitos e seus possíveis efeitos adversos”, declara a Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO.

No documento, as sociedades destacam a complexidade indiscutível da ação dos hormônios no corpo humano e sua interação com diversos órgãos e tecidos. Apesar de extensivamente estudados em pesquisas clínicas de altíssimo nível científico, esses mecanismos ainda são parcialmente compreendidos. Portanto, é essencial que todas as etapas da pesquisa clínica sejam rigorosamente seguidas, especialmente as fases de avaliação de eficácia e segurança, antes da autorização e liberação para uso e prescrição em seres humanos.

“Essa ação conjunta das sociedades científicas reflete uma grande preocupação dessas entidades com o uso e a venda indiscriminada de hormônios e terapias hormonais para indicações sem comprovação científica, o que coloca a saúde da população em risco. A narrativa nas mídias sociais e na internet tem confundido as pessoas, levando-as a buscar tratamentos que podem causar efeitos colaterais graves. Portanto, se acolhida pela ANVISA, essa medida representará um grande avanço e proporcionará uma proteção mais eficaz para a população”, enfatiza o Dr. Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

É importante destacar que a “modulação hormonal” carece de respaldo ético e científico. A prescrição de hormônios, isolados ou em combinação, para modulação dos níveis séricos, na ausência de deficiência clínica e laboratorial comprovada, não é permitida de acordo com a regulamentação do CFM (Resolução CFM nº 2.333/2023).

“Nos últimos meses, os médicos têm recebido em seus consultórios pacientes com complicações relacionadas ao uso de hormônios, especialmente anabolizantes e, em particular, na forma de implantes. Apesar das diversas sociedades terem se manifestado contra o uso estético e para performance de anabolizantes, essas medidas não têm surtido efeito. O número de complicações e de pacientes têm crescido de maneira extremamente preocupante”, afirma Maria Edna, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade Metabólica (ABESO).

 

VIGICOM OBSERVATÓRIO DO USO INDEVIDO DE HORMÔNIOS

 

O Dr. Clayton Macedo, presidente do Departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da SBEM e coordenador do projeto VIGICOM, explica que a ferramenta foi desenvolvida para monitorar os efeitos colaterais dos tratamentos hormonais. Essa ferramenta visa reunir diversos casos em um ambiente digital com um formato simplificado, facilitando o registro e a análise das informações.

“O uso inadequado de hormônios, especialmente para fins estéticos, de performance, menopausa, antienvelhecimento e outros, pode trazer sérios riscos. O Vigicom é uma plataforma criada para funcionar como um repositório de relatos sobre efeitos adversos decorrentes do mau uso desses hormônios, sempre respeitando as diretrizes éticas e científicas. Nesta primeira fase, a plataforma permitirá que os médicos registrem no banco de dados os casos de efeitos adversos que encontrarem em sua prática clínica”, diz o especialista.

O médico explica que o objetivo é gerar dados que possam ser usados para advocacy, visando melhorar a legislação, a fiscalização e a regulamentação sobre o uso de hormônios. Esse é o propósito fundamental do Vigicom. Em uma segunda etapa, a plataforma será expandida para incluir também relatos de pacientes que tiveram efeitos adversos.

A proposta de regulamentação visa minimizar o problema de saúde pública causado pelo uso inadequado de hormônios para fins não cientificamente e eticamente aceitáveis. Assim, foi feita uma regulamentação junto ao Ministério da Saúde para solicitar apoio e melhorar essa situação. “Hoje, protocolamos um documento com considerações sobre o cenário atual e apresentamos uma proposta de regulamentação à ANVISA. Agora, aguardamos os prazos legais de resposta e, com base nas respostas recebidas, decidimos sobre possíveis ações futuras”, finaliza Dr. Clayton Macedo.

 
Acesse VIGICOM: vigicomhormonios.com.br
Instagram: @vigicomhormonios

Assinam o documento:

  • AMB – Associação Médica Brasileira
  • FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
  • SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
  • ABESO – Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica
  • SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
  • SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
  • SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia
  • SOBRAC – Sociedade Brasileira de Climate´rio e Menopausa
  • SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes
  • SBU – Sociedade Brasileira de Urologia
  • SBRH – Sociedade Brasileira de Reproduc¸a~o Humana
  • SBH – Sociedade Brasileira de Hepatologia
  • SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia
  • ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria
  • SBCO – Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica
  • SBOC – Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica
  • SBM – Sociedade Brasileira de Mastologia
  • SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria

 

Confira o documento na íntegra (Clique aqui).

Acesse VIGICOM: vigicomhormonios.com.br
Instagram: @vigicomhormonios

FEBRASGO está presente no 29º Congresso da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), apoia mais uma vez, o 29º Congresso da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP). Este importante evento acontece de 22 a 24 de agosto no Transamérica Expo Center, localizado no distrito de Santo Amaro, em São Paulo.

“Mais uma vez, a FEBRASGO se une ao evento, reafirmando seu compromisso com a saúde da mulher e reconhecendo a importância fundamental da SOGESP e deste congresso para a evolução da Ginecologia e Obstetrícia. A participação da FEBRASGO ressalta a relevância desse encontro para o avanço da especialidade e fortalece ainda mais o relacionamento da federação com a comunidade profissional”, declarou a Dra.Maria Celeste, presidente da FEBRASGO.

 

No estande da FEBRASGO, serão apresentadas as novidades do 62º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (https://cbgo2025.com.br), que será realizado de 14 a 17 de maio no Rio de Janeiro. Os participantes terão a oportunidade de fazer a inscrição para o CBGO 2025 durante o Congresso da SOGESP com desconto de 20%.

 

“O evento contará com a participação de muitos membros da FEBRASGO, ministrando palestras para atualização das condutas clínicas. Preconizamos o contínuo aprimoramento do especialista, frente ao avanço do conhecimento científico, e estimulamos a realização de treinamentos para a prática profissional.” Roseli Nomura, diretora administrativa da FEBRASGO.

 

Além disso, os congressistas terão a oportunidade de conhecer mais detalhes sobre o novo Centro de Treinamento e Simulação da FEBRASGO. Este centro oferece treinamentos exclusivos voltados para a capacitação de ginecologistas e obstetras, com foco no aprimoramento das habilidades práticas e do conhecimento profissional. Utilizando simulações realísticas e recursos modernos de aprendizado, os cursos proporcionam um ambiente seguro para a prática das habilidades essenciais, com experiências inovadoras e uma qualificação de excelência. Para mais informações sobre o curso, visite https://www.febrasgo.org.br/pt/centro-de-treinamento.

FEBRASGO participa de lançamento de portal que promove o combate a violência contra mulheres médicas no Brasil

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), representada pela Dra. Célia Regina da Silva, membro da Comissão de Defesa e Valorização, participou do evento de lançamento da nova ferramenta do CREMERJ, que foi desenvolvida exclusivamente para receber denúncias de violência contra médicas durante o exercício da profissão.

O evento contou com a participação da Dra.Mariangela Barbi Gonçalves, que também será a futura presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro, e outros representantes. Na ocasião, a Dra. Célia apresentou uma cartilha elaborada em colaboração com a Dra. Gláucia Maria Moraes, conselheira responsável pela Comissão CREMERJ Mulher. Juntas, elas desenvolveram o material para abordar o tema em questão. Esta cartilha contou com a participação da dra Selma Sabra, presidente da Academia de Medicina do RJ e do serviço jurídico do CREMERJ.

“A criação de uma cartilha voltada para a violência contra mulheres médicas é essencial para promover um ambiente de trabalho mais seguro e respeitoso. Este documento serve como uma ferramenta essencial para educar e conscientizar sobre os diversos tipos de violência que podem ser enfrentados por esses profissionais, além de fornecer diretrizes claras sobre como identificar, denunciar e combater esses abusos. Ao estabelecer padrões e oferecer suporte, a cartilha fortalece a rede de proteção e encoraja um compromisso coletivo em criar um ambiente de trabalho mais justo e seguro para todas as mulheres na medicina”, destacou a Dra. Célia.

A FEBRASGO, através de seu núcleo feminino, se empenha em apoiar iniciativas que promovam políticas claras contra todas as formas de violência, incluindo assédio sexual e moral. O objetivo é fomentar a criação de redes de apoio entre especialistas para a troca de experiências, promover ações que fortaleçam a solidariedade entre as profissionais e implementar programas de mentoria para conectar médicas experientes e as recém formadas.

"Engajar-se em grupos que defendem os direitos das mulheres e a igualdade de gênero na medicina é fundamental. É vital promover debates e ações que sensibilizem a sociedade sobre a violência contra mulheres médicas. Além disso, estabelecer parcerias com organizações de direitos humanos e instituições governamentais fortalece a rede de apoio e amplia o alcance das iniciativas voltadas para a proteção e valorização dessas profissionais”, ressaltou a médica.

O evento incluiu painéis sobre a importância do acolhimento às mulheres médicas e uma mesa-redonda dedicada às políticas e ações de combate à violência contra elas. Entre os destaques, foi apresentada a iniciativa 'Patrulha Maria da Penha', que visa abordar os principais desafios enfrentados pelas mulheres médicas. Além disso, foi apresentado um panorama abrangente da violência contra a mulher no Brasil, proporcionando uma visão detalhada dos desafios específicos enfrentados por essas profissionais.


Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero

FEBRASGO participa da atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero

 

Com o objetivo de reduzir a incidência de câncer do colo do útero no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) participou da atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero como consultora especialista. As profissionais das Comissões de Trato Genital Inferior, Oncologia e Vacinas, incluindo Neila Speck, Adriana Campaner, Walquiria Primo, Rita Zanini, Yara Furtado, Isabel Do Val e Susana Aidé, Maricy Tacla desempenharam papéis essenciais no processo discussão no painel de especialistas.

 

A atualização das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero é de extrema importância para garantir a eficácia dos programas de prevenção e detecção precoce. Este processo permite que as diretrizes reflitam os avanços mais recentes em pesquisa e tecnologia, assegurando que as estratégias de rastreamento sejam as mais eficazes e baseadas nas melhores práticas disponíveis. Com diretrizes atualizadas,  é possível melhorar significativamente a qualidade do atendimento e reduzir a mortalidade associada ao câncer do colo do útero no Brasil.

 

O documento integra um conjunto de materiais técnicos alinhados com as ações da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer. Seu objetivo é fornecer suporte aos profissionais de saúde em suas práticas assistenciais e auxiliar os gestores na tomada de decisões sobre a organização e estruturação dos cuidados para mulheres com câncer do colo do útero.

 

Profissionais da FEBRASGO têm participado ativamente de reuniões e respondido a questionários elaborados para auxiliar na criação da nova diretriz. Um grupo dedicado está trabalhando na redação do documento, oferecendo sugestões e revisões ao longo do processo. A nova diretriz incluirá o teste de DNA como método de triagem para identificar mulheres com HPV positivo. Aquelas com resultado positivo serão encaminhadas para exames adicionais, a fim de detectar possíveis lesões pré-cancerosas ou câncer do colo do útero.

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