EPISÓDIO 5 - GESTAÇÃO PÓS FIV
MODERADORA: DRA. RIVIA LAMAITA, PARTICIPANTES: DR. WILLIAM SCHNEIDER DA CRUZ KRETTLI , DR. ELTON CARLOS FERREIRA
FEBRASGO destaca os Riscos dos Implantes Hormonais não aprovados pela ANVISA em Congresso.
O evento incluiu o lançamento da plataforma VIGICOM
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) esteve presente no 36º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM 2024), realizado em Recife de 11 a 15 de outubro. A Dra. Lia Cruz, diretora de defesa e valorização da FEBRASGO, representou a diretoria e presidência da federação.
No evento, a Dra. Lia participou de uma mesa redonda sobre implantes hormonais, moderada por Annelise Meneguesso e Diana Viegas. Ela apresentou uma palestra sobre farmacodinâmica, abordando a questão: "Existem dados disponíveis?" A discussão evidenciou uma preocupação compartilhada entre ginecologistas, obstetras e endocrinologistas em relação ao uso inadequado de hormônios manipulados no Brasil. “Foi destacado o risco de doses inseguras, sem estudos que comprovem eficácia, segurança, eventos adversos, biodisponibilidade e efeitos a longo prazo dessas aplicações subcutâneas. Essa questão gera grande apreensão entre as sociedades científicas, especialmente quando esses hormônios são associados a outras medicações”, disse a Dra. Lia.
Além disso, durante o painel, a FEBRASGO participou do lançamento da plataforma VIGICOM, criada como um repositório para relatos sobre efeitos adversos decorrentes do uso inadequado de hormônios. Essa plataforma foi desenvolvida com total conformidade com diretrizes éticas e científicas, visando aprimorar a segurança e a responsabilidade na utilização hormonal.
"Essa interação é extremamente importante, pois promove uma troca valiosa de conhecimentos. No painel de lançamento do VIGICOM, contamos com a participação de profissionais de diversas áreas, como psiquiatria e hepatologia, que compartilham interesses comuns na regulamentação e na segurança do uso de hormônios. Essa colaboração multidisciplinar é fundamental para abordar de forma abrangente as questões relacionadas aos efeitos adversos e garantir melhores práticas no tratamento”, destacou.
Entre as diversas palestras, foram abordados temas como menopausa, climatério e alterações hormonais, incluindo a utilização da terapia hormonal durante o climatério. Também foram discutidas as alterações endócrinas na síndrome dos ovários policísticos e distúrbios endocrinológicos em geral que afetam a saúde da mulher. Esses tópicos, que são frequentemente rastreados pelo ginecologista, incluem questões relacionadas à tireoide, glicemia e outras condições relevantes.
"Manter a saúde endócrina é fundamental para o bem-estar geral da mulher. A compreensão e o manejo adequado das condições hormonais não apenas melhoram a qualidade de vida, mas também previnem complicações futuras. É essencial que profissionais de saúde trabalhem em conjunto para oferecer um cuidado integrado e eficaz”, finalizou a Dra. Lia.
Mulheres a partir dos 50 anos têm mais chances de desenvolver osteoporose, alerta FEBRASGO.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres a partir dessa faixa etária devem sofrer uma fratura osteoporótica em algum momento ao longo da vida.
Conhecida também como doença osteometabólica sistêmica, a osteoporose é caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, e entre as consequências mais graves pode ocasionar fraturas. Neste Dia Mundial e Nacional de combate à Osteoporose, 20 de outubro, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância da conscientização da população para prevenção e diagnóstico precoce, especialmente para mulheres a partir dos 50 anos de idade.
Entre os principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento da doença entre as mulheres está a mudança hormonal que acontece durante o período do climatério e menopausa. A Doutora Patrícia Leite da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da FEBRASGO, explica que nesta fase o ovário deixa de produzir esteroides sexuais. “Com a falta de estrógeno, conhecida como hipoestrogenismo, há um aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, responsável pela reabsorção óssea. Por consequência, o paciente apresenta perda óssea, e torna-se mais suscetível a fraturas”, explica.
Para que o diagnóstico seja realizado de maneira precoce, a especialista reafirma a importância do acompanhamento ginecológico durante as mais diferentes fases da vida da mulher. “Dificilmente, a paciente terá sintomas na fase inicial da doença. Por isso, é importante que ela realize consultas periódicas e tenha acompanhamento médico, especialmente no climatério e menopausa. Se for necessário, recomenda-se a reposição hormonal”, diz.
Além disso, a médica esclarece que é importante estar atenta aos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, diabetes, deficiência de cálcio e/ou vitamina D, baixa produção hormonal e alimentação inadequada. E, quando há uma suspeita, o exame mais indicado é o de densitometria óssea.
“Infelizmente, o paciente acaba procurando o profissional da saúde quando começa a apresentar fraturas recorrentes, o que indica o diagnóstico tardio da doença. A prevenção depende de hábitos saudáveis constituídos ao longo da vida como praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada. Hoje é possível suplementar a alimentação com vitaminas e minerais caso exista alguma deficiência. Estamos vivendo mais e precisamos aprender a viver melhor”, finaliza a Dra. Patrícia.
Há mais de 60 anos, FEBRASGO promove o aperfeiçoamento técnico-científico de ginecologistas e obstetras no Brasil
Neste Dia do Médico, apesar do aumento significativo de profissionais formados, a Federação reforça que a educação continuada deve fazer parte da rotina de quem exerce a profissão.
De acordo com dados da Demografia Médica no Brasil, na década de 1990, o País tinha aproximadamente 182 mil médicos registrados. Em 2023, o número de profissionais ultrapassou a marca de 550 mil. Além da real demanda de médicos para atender a população brasileira, o impacto deste crescimento também foi impulsionado pela abertura de novos cursos de medicina. Neste Dia do Médico, 18 de outubro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância da formação de qualidade e da atualização contínua dos profissionais para garantir que a população receba o atendimento adequado.
Para o Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, diretor científico da FEBRASGO, existe uma preocupação da Federação com o aumento do número de cursos de medicina no Brasil, que sem uma avaliação técnica e criteriosa, pode colocar em risco a qualificação profissional dos futuros médicos. “Nós sabemos que existe uma demanda importante por mais profissionais da Saúde em diversas regiões do país, porém a formação deve ser medida também no âmbito qualitativo. A obtenção do título de especialista tem um papel muito importante neste aspecto e a educação continuada complementar também”, diz.
Há mais de 60 anos, a FEBRASGO promove o aperfeiçoamento técnico-científico de ginecologistas e obstetras, adotando uma abordagem abrangente em relação ao desenvolvimento dos especialistas, desde a formação inicial até a prática profissional. Os membros associados à FEBRASGO têm acesso a um acervo extenso da ginecologia nacional e internacional, incluindo revistas científicas, tele aulas e cursos presenciais organizados pela entidade, além de descontos em eventos científicos, jornadas e congressos em todo o Brasil, incluindo o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO).
A FEBRASGO mantém também comissões dedicadas à ética, defesa profissional, residência médica e educação médica continuada, além de promover atividades científicas e cursos permanentes de atualização nas Federadas Estaduais. “Dessa forma, a Federação desempenha um papel crucial na consolidação e regulamentação das diretrizes da área, contribuindo de maneira significativa para a formação e atualização dos profissionais no cenário nacional”, diz o diretor.
Educação e atualização científica contínua
Para garantir que os novos médicos possam exercer a medicina com excelência, a FEBRASGO possui um Centro de Treinamento e Simulação, onde oferece treinamentos exclusivos para capacitar médicos ginecologistas e obstetras, aprimorando suas habilidades e conhecimentos práticos. Os cursos, que utilizam simulação realística e recursos modernos de aprendizado, permitem que os profissionais pratiquem em um ambiente seguro, proporcionando experiências inovadoras e gerando qualificação técnica.
Residência Médica na prática
Elaboradas pela Comissão de Residência Médica da FEBRASGO (COREME-FEBRASGO) e validadas pelas 29 Comissões Nacionais Especializadas, em um esforço colaborativo que envolveu mais de 300 especialistas de diversas áreas da Ginecologia e Obstetrícia, as EPAS (Entrustable Professional Activities - ou Atividades Profissionais Confiabilizadoras, em livre tradução) integram o programa de três anos de residência médica.
Durante o treinamento, os médicos residentes avançam por diferentes níveis de supervisão. Começam no nível 1, onde podem apenas observar a atividade. Em seguida, progridem para o nível 2, em que participam da atividade sob a supervisão direta do preceptor, que deve estar presente no mesmo ambiente. No nível 3, o residente realiza a atividade sob supervisão indireta, ou seja, o preceptor não precisa estar ao lado, mas deve permanecer acessível. Finalmente, ao atingir o nível 4, o residente está preparado para executar a atividade de forma independente, sem a necessidade de supervisão, que é o principal objetivo do treinamento nos programas de residência.
“À medida que demonstrem aquisição de competências necessárias, os profissionais se tornam aptos a executá-las de forma mais independente”, completa.
TEGO
O Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) é uma certificação anual e um marco na jornada dos médicos que buscam o reconhecimento na área. A FEBRASGO, em parceria com sua equipe de avaliadores e auxiliares, realiza a avaliação que garante aos aprovados o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia.
“Além do cuidado com a formação contínua dos especialistas, a FEBRASGO aplica o TEGO. Os médicos aprovados neste exame possuem um alto nível de competência e comprometimento com a saúde das mulheres, fortalecendo ainda mais a excelência da ginecologia e obstetrícia no Brasil”, finaliza Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho.
No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, FEBRASGO alerta para o aumento de caso da doença e o risco da transmissão da mãe para o bebê
Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2022 foram registradas 12 mil ocorrências de sífilis congênita
O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, 19 de outubro, foi estabelecido com o propósito de incentivar a conscientização da população sobre a prevenção da doença. Somente no primeiro semestre de 2022, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 120 mil novos casos de sífilis. Desses casos, foram identificados 79,5 mil de sífilis adquirida, 31 mil casos em gestantes e 12 mil ocorrências de sífilis congênita, quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê. Com o aumento dos casos, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da sífilis nas gestantes durante o período pré-natal.
A sífilis é uma doença causada por uma bactéria chamada Treponema Pallidum. De acordo com o Dr. Regis Kreitchmann, presidente da Comissão de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, a transmissão da doença pode ocorrer por meio de relação sexual ou durante a gravidez, já que a bactéria pode facilmente atravessar a placenta.
“A sífilis apresenta alto risco de causar perdas ou lesões fetais potencialmente irreversíveis. Os impactos no feto podem ser devastadores, incluindo a possibilidade de aborto ou óbito fetal. Sem tratamento, o bebê pode nascer com sífilis congênita, exigindo internação para exames e administração de antibióticos como parte do tratamento da doença”, explica.
O especialista afirma que os sintomas da doença não são específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Na fase inicial, pode apresentar ferida no local de entrada da bactéria como boca, vulva, ânus, pênis ou outras partes do corpo, que aparecem até 90 dias após o contágio, e este tipo de lesão não causa dor, coceira ou pus. . A doença evolui com manchas no corpo, palma das mãos e plantas dos pés, sem causar coceira. As lesões tendem a desaparecer mesmo sem tratamento. Por isso, é importante que as gestantes façam durante o pré-natal o teste por meio de exames de sangue (VDRL ou RPR) ou teste rápido no posto de saúde. “O teste precisa ser realizado pelas pacientes que planejam engravidar e também em todas as gestantes, desde a primeira consulta”, destaca. “Depois esse exame deve ser repetido no terceiro trimestre da gestação e no momento do parto”, completa.
Sobre o tratamento da sífilis durante a gestação, o médico diz que é indicado o uso de penicilina benzatina por via intramuscular, e o número de injeções dependendo do tempo de contágio, variando de uma a três doses. O parceiro também deve realizar o teste durante o pré-natal e poderá receber o mesmo tratamento da gestante ou optar por um antibiótico oral. O seguimento precisará ser feito com exames periódicos para garantir que a doença foi curada.
Prevenção
A sífilis também é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Sendo assim, o uso de preservativos durante as relações sexuais é fundamental para prevenir a doença, inclusive no caso de gestantes.
“Em caso de exposições de risco ou violência sexual, a recomendação é buscar atendimento médico especializado o quanto antes para que o paciente possa receber medicamentos de profilaxia contra infecções, incluindo a sífilis”, finaliza.
Sentir dor abdominal intensa durante o período menstrual não é normal
Apesar da cólica menstrual estar presente na vida das mulheres, dor incapacitante pode ser sinal de endometriose, alerta FEBRASGO
De acordo com dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), cerca de 50% das mulheres em idade reprodutiva sentem cólica menstrual, sendo que 10% delas apresentam dores intensas, muitas vezes incapacitante. Embora o sintoma seja frequente durante a menstruação, o Dr. Ricardo Quintairos, presidente da Comissão Nacional Especializada em Endometriose da FEBRASGO, reforça que sentir dor não é “normal” e, em alguns casos, o desconforto excessivo pode indicar uma endometriose.
O especialista esclarece que a dor é comum durante os primeiros dias do ciclo, porém a intensidade merece atenção, principalmente quando impede a mulher de exercer qualquer tipo de atividade. “Se a dor compromete a rotina, deve ser investigada. Cólicas menstruais severas, dores abdominais fora do período menstrual e durante relações sexuais podem ser sintomas de uma endometriose”, afirma.
A cólica menstrual é resultado do movimento causado pela contração e relaxamento do músculo uterino para a expulsão do endométrio - tecido que reveste a parte interna do útero e o prepara para receber um óvulo fecundado. Quando não ocorre a fecundação, a mucosa espessa que foi formada precisa ser eliminada, então ocorre a menstruação. A endometriose é uma doença inflamatória que acontece quando as células do endométrio não são completamente eliminadas e migram para outros locais como ovário, parte posterior do útero e bexiga.
Além das cólicas extremamente intensas, o médico explica que a endometriose pode apresentar outros sintomas como alterações intestinais e urinários durante o período menstrual, sangramento menstrual intenso e irregular, dor pré-menstrual - que pode ocorrer uma ou duas semanas antes do início do período menstrual, distensão abdominal, fadiga e cansaço e dificuldade maior para engravidar.
O Dr. Rodrigo de Almeida ressalta que o diagnóstico da doença não é simples e vai além dos sintomas citados. “Exige uma avaliação clínica detalhada, análise do histórico do paciente, além de exames físicos e de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografia”, diz. “Embora as complicações sejam raras, a endometriose pode resultar na obstrução do intestino. Nestes casos, a paciente pode apresentar dificuldade para evacuar e dor intensa”, completa.
O tratamento pode ser categorizado em duas abordagens: clínica ou cirúrgica. Os tratamentos clínicos envolvem terapias hormonais que têm o efeito de suprimir a menstruação, além do uso de anti-inflamatórios e analgésicos. Em casos mais graves, uma cirurgia por meio de videolaparoscopia é realizada.
Para o especialista, a adoção de um estilo de vida saudável também faz parte do tratamento. “Praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada é fundamental para que a paciente tenha qualidade de vida. O mais importante é entender que sentir dor não é normal. E se a dor priva a mulher de algo que faça parte da sua rotina, é a hora de procurar o médico”, completa.
Juntos Somos Mais Fortes: o câncer de mama tem cura
No mês da campanha Outubro Rosa, FEBRASGO e sociedades médicas unem esforços para mudar o cenário brasileiro que tem estimativa de 74 mil novos casos da doença até 2025
Sete sociedades médicas, incluindo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), estão unidas no movimento “Juntos Somos Mais Fortes”, ação que reforça a importância do trabalho em conjunto entre as especialidades médicas para o enfrentamento do câncer de mama. Apesar dos dados indicados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que prevê cerca de 74 mil novos casos da doença até 2025, a ação conjunta tem como objetivo passar a mensagem que o câncer de mama tem cura.
O movimento foi idealizado em resposta a cinco grandes desafios: ampliação do acesso ao rastreamento mamográfico, distribuição e na qualidade da mamografia, tempo para realização da biópsia, para receber resultado e para o início do tratamento, qualidade de vida e o combate à desinformação. E, para alcançar o público jovem, a ação coordenada pelas entidades médicas utilizará em suas comunicações os personagens da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.
“A FEBRASGO tem um compromisso sólido com a promoção da qualidade de vida e da saúde da mulher. A união das sociedades neste Outubro Rosa é fundamental para que possamos reverter o cenário atual do câncer de mama no Brasil. Juntos, podemos fazer a diferença nessa jornada”, declara a Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da FEBRASGO.”
Além da FEBRASGO, o movimento “Juntos Somos Mais Fortes” conta com a participação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR).
Ampliação do acesso ao rastreamento mamográfico
Aprimorar o programa de rastreamento oportunístico atualmente em vigor no Brasil, que atualmente alcança no máximo 30% das mulheres. Além de melhorar esse alcance, a campanha quer expandir a faixa etária para a realização dos exames.
Distribuição e na qualidade da mamografia
O Brasil dispõe de um número suficiente de mamógrafos para realizar o rastreamento mamográfico em todas as mulheres acima de 40 anos. No entanto, a má distribuição desses equipamentos e a inferioridade na qualidade de alguns deles representam um desafio significativo. Segundo dados do INCA/MS, menos de 10% dos mamógrafos no país participam do Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), que se tornou obrigatório com a publicação da portaria em 2012 e sua atualização em 2017 (GM/MS nº 5 de 2017).
Tempo para realização da biópsia, para receber resultado e para o início do tratamento
Muitas mulheres que recebem um diagnóstico suspeito na mamografia enfrentam longos períodos de espera, que podem se estender por semanas ou até meses, para a realização da biópsia pelo SUS. Após a biópsia, o resultado também leva semanas para ser disponibilizado. Uma vez que o câncer é confirmado, são necessários outros exames para individualizar o tratamento, com base em uma compreensão detalhada da biologia do tumor e do seu estadiamento. Em todos os aspectos, o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento tem impacto direto nas chances de cura do paciente.
Qualidade de vida
A qualidade de vida está intrinsecamente ligada ao tratamento oncológico. No SUS, muitas pacientes ainda não têm acesso à reconstrução mamária, apesar de ser um direito garantido por lei. As razões para essa situação são diversas e variam conforme a região. A campanha reforça que todas as mulheres tenham acesso a opções que preservem sua integridade física e emocional, promovendo uma recuperação mais digna e plena.
Desinformação
Poucas doenças geram tanta desinformação nas redes sociais quanto o câncer de mama. O impacto negativo sobre as pacientes que adiam a mamografia ou abandonam tratamentos essenciais — que podem salvar vidas após o diagnóstico — é incalculável. Sendo fundamental que profissionais da saúde possam divulgar informações corretas e seguras.
Com esse objetivo, entre as ações está o lançamento de um site com informações confiáveis, gratuito e de livre acesso para a população.
Para mais informações, acesse: www.juntossomosmaisfortes.org.br .