Episódio 6 - Preservação da fertilidade em mulheres com Endometriose
Dr. Ricardo Quintáiros, presidente da Comissão Nacional de Endometriose da Febrasgo, recebe os especialistas Dra. Márcia Mendonça Carneiro e Dr. João Sabino Filho para uma discussão sobre o artigo: "Febrasgo Position Statement: Preservação da Fertilidade em Mulheres com Endometriose".
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Terapia hormonal sim, com ética e segurança sempre
O que é o chip da beleza?
O "chip da beleza" é um termo popular que se refere a um implante subcutâneo que, supostamente, atua na regulação de hormônios relacionados à beleza, como os que influenciam o emagrecimento, a pele e os cabelos. Embora tenha sido extensamente comercializado, não há evidências científicas sólidas que comprovem sua eficácia. Esse conceito é frequentemente associado a promessas de resultados rápidos e melhorias na aparência física, mas existem riscos e efeitos colaterais que podem acompanhar procedimentos não regulamentados. Além disso, a ideia de um "chip" que poderia magicamente melhorar a beleza pode levar a uma percepção distorcida sobre saúde e estética.
Qual é o tipo de hormônio utilizado no chip da beleza?
Os implantes hormonais podem conter inúmeras substâncias, embora normalmente sejam compostos por testosterona ou por gestrinona. Combinações contendo estradiol, oxandrolona, metformina, ocitocina, outros hormônios e NADH também são produzidas.
O que é gestrinona?
A gestrinona é um hormônio esteroide progestágeno sintético derivado da 19- nortestosterona que possui propriedades androgênicas, antiestrogênicas e antiprogestogênica, além de inibir a liberação de gonadotrofinas pela hipófise. A gestrinona também é um hormônio com ações anabolizantes e, por isso, está na lista de substâncias proibidas no esporte da World Anti-Doping Agency (WADA). O chip pode ainda estar associado a outros hormônios.
Quais os efeitos da gestrinona?
Por seus possíveis efeitos androgênicos (como diminuição de massa gorda, aumento de massa muscular, aumento de libido), a gestrinona têm sido usada erroneamente por mulheres na busca de melhora da performance física e estética. Como atualmente não existe produção de gestrinona oral pela indústria farmacêutica no Brasil, o uso abusivo de gestrinona tem sido feito por meio de implantes hormonais (isolada ou associada a outros hormônios).
A gestrinona é um medicamento liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)?
A gestrinona começou a ser estudada para tratamento da endometriose por via oral no final dos anos 70. O registro da gestrinona via oral para essa finalidade na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi feito em 1996 (Registro ANVISA nº 1112402040010 - GESTRINONA). Entretanto, não existem estudos de segurança e eficácia da gestrinona para tratamento de endometriose por uso parenteral, particularmente, por meio de implantes.
Qual o motivo da proibição dos implantes hormonais manipulados?
A proibição visa garantir a segurança das pacientes, já que a ANVISA identificou falta de controle de qualidade e riscos relacionados ao uso de implantes hormonais manipulados sem aprovação formal.
A Anvisa não aprovou o chip da beleza devido à falta de estudos clínicos que comprovem sua segurança e eficácia, além dos riscos associados ao uso inadequado de hormônios.
Quem será impactado por essa nova resolução?
A resolução impacta tanto pacientes que utilizam implantes hormonais manipulados quanto os profissionais de saúde que prescrevem e utilizam esses métodos na prática ginecológica.
A resolução afeta todos os tipos de implantes hormonais?
Não, a proibição é específica para implantes hormonais manipulados. Implantes hormonais industrializados aprovados pela ANVISA continuam permitidos e disponíveis para uso, como por exemplo o IMPLANON.
Existe algum implante hormonal liberado pela ANVISA para uso médico?
Sim. Somente o chip de etonogestrel (Implanon) é aprovado como anticoncepcional. Outros implantes hormonais não são aprovados para uso comercial e produção industrial pela ANVISA. São manipulados, não possuem bula ou informações adequadas de farmacocinética, eficácia ou segurança. Os desfechos a longo prazo são desconhecidos.
Quais são as alternativas seguras para quem deseja implantes hormonais?
Pacientes e profissionais de saúde devem optar por implantes industrializados devidamente aprovados pela ANVISA, garantindo a segurança e eficácia do tratamento.
O que as pacientes que já possuem implantes manipulados devem fazer?
É recomendável que pacientes com implantes hormonais manipulados consultem seu ginecologista para discutir a continuidade do tratamento e explorar alternativas seguras.
Os implantes manipulados aqui no Brasil ainda não foram avaliados e portanto, não nos parecem seguros, e isso vem aparecendo em vários casos relatados por colegas de várias especialidades.
Existem trabalhos confiáveis e de longo prazo que comprovem a segurança destas drogas em meu corpo?
Não existem estudos científicos de boa qualidade que demostrem segurança e benefício no longo prazo.
Quando o chip da beleza é implantado eu tenho segurança que ele irá agir somente por 6 meses como foi me dito antes da colocação?
Não. Cada organismo pode responder diferentemente quanto aos níveis de liberação e absorção da droga.
Caso eu tenha sangramento com o chip da beleza como eu devo proceder?
Se você estiver experimentando muito sangramento após a aplicação do chip da beleza, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. O sangramento excessivo pode indicar uma complicação ou reação adversa que precisa ser avaliada por um profissional de saúde.
E se não for possível retirar o chip da beleza?
Se você estiver enfrentando efeitos colaterais ou complicações, siga estas etapas: Procure um profissional de saúde o mais rápido possível. Ele poderá avaliar a situação e fornecer orientação específica. Informe ao médico todos os sintomas que você está enfrentando, incluindo a gravidade e a duração. O médico pode sugerir tratamentos ou intervenções para gerenciar os sintomas ou efeitos colaterais. Pergunte ao seu médico sobre as opções disponíveis e os riscos associados ao implante.
Quais os riscos dos níveis de testosterona elevados em meu corpo?
O excesso de testosterona pode causar efeitos de virilização, como crescimento excessivo de pelos no rosto e no corpo (hirsutismo), engrossamento da voz, aumento do clitóris (clitoromegalia), e até aumento de acne e oleosidade da pele. Esses efeitos podem ser permanentes se o uso da testosterona não for controlado. Além desses efeitos podemos observar risco aumentado de problemas cardiovasculares (infarto e AVC) pelo aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL), alterações no seu fígado pela elevação de enzimas, alterações psicológicas e comportamentais, alteração na fertilidade.
Se eu desistir de usar, como devo proceder?
Deve procurar o médico que implantou os dispositivos, para saber se será possível removê-los. Pode ser necessário cirurgia com anestesia para remover esses implantes, que por vezes ficam muito profundos. Outros implantes são ditos absorvíveis, e não será possível removê-los
Se eu tiver câncer de mama ou de endométrio, ou se tiver uma trombose durante o uso de implantes, o que devo fazer?
Nesses casos, o implante hormonal pode prejudicar o tratamento dessas doenças, e deve-se fazer todo o possível para retirar todos os implantes colocados. Como isso nem sempre é possível, o risco dessas doenças serem influenciadas pelos implantes é muito grande.
Qual o risco da utilização de medicações não aprovadas pela ANVISA?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem como função principal proteger a saúde da população, e para isso, realiza diversas atividades, como: regular, fiscalizar, monitorar e registrar produtos e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços, além de outros. Utilizar um medicamento que não foi aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pode acarretar vários riscos, incluindo: eficácia incerta, segurança não comprovada, qualidade variável, falta de orientação médica e consequências legais para os profissionais que os prescrevem. No Brasil, a utilização de implantes hormonais utilizando esteroides sexuais e seus derivados aumenta de forma avassaladora. Por serem apresentações customizáveis, existe um real risco de superdosagem e de subdosagem.
Mas e se a minha testosterona estiver baixa?
O argumento comumente utilizado pelos prescritores de implantes hormonais, desprovido de base científica e nitidamente comercial é de que “A sua testosterona está baixa. Prescrevemos testosterona e a vida da mulher se transforma – Testo é vida”. Mas na verdade não há indicação para dosar testosterona na mulher, exceto na presença de sinais de excesso de hormônio e o nível baixo de testosterona na mulher é normal e não acarreta manifestação clínica.
Em que situações existe a indicação do uso de testosterona em mulheres?
A indicação de uso de derivados androgênicos em mulheres (incluindo a testosterona) é restrita a poucas situações, como o transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres na pós-menopausa. Não existe indicação médica formal de uso de testosterona e outros derivados androgênicos (incluindo a gestrinona) para mulheres na pré-menopausa com TDSH. Importante ressaltar que o uso de testosterona para o tratamento de homens trans é balizado por evidências científicas e resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Ministério da Saúde.
Quais são os riscos associados ao uso de chips hormonais?
Os efeitos colaterais podem ser imprevisíveis e graves, com os riscos ultrapassando qualquer possível benefício. Casos de infarto agudo do miocárdio, de tromboembolismo e de acidente vascular cerebral vêm se tornando frequentes. Complicações cutâneas, hepáticas, renais, musculares e infecções estão associadas ao uso dos implantes. Manifestações psicológicas e psiquiátricas, como ansiedade, agressividade, dependência, abstinência e depressão são cada vez mais comuns. Além destes efeitos, nas mulheres os riscos envolvem desenvolvimento de acne, hirsutismo, queda de cabelo, aumento do clitóris, engrossamento da voz (irreversível), irregularidade menstrual, infertilidade, mal formação fetal, entre outros. Em caso de alguma complicação do uso de implantes hormonais, dificuldades técnicas para a sua retirada podem existir.
Existe algum documento legal sanitário onde posso procurar informações ou orientações sobre o modo de uso dos implantes hormonais?
NÃO. Outro ponto importante é a falta de rótulo e de bula completa destes implantes, deixando a paciente sem as devidas informações básicas sobre indicações aprovadas pela agência regulatória, posologia, interações medicamentosas, estudos de segurança e eficácia e efeitos adversos. O Bulário Eletrônico da ANVISA tem como objetivo facilitar o acesso rápido e gratuito pela população e profissional de saúde às bases de dados das bulas de medicamentos. Nesse momento, a gestrinona não se encontra no bulário eletrônico da agência.
Quais as Sociedades brasileiras NÃO aprovam o uso do implante hormonal?
AMB – Associação Médica Brasileira, FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, SBU – Sociedade Brasileira de Urologia, SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia, SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia, ABESO – Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, SBRH – Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, SOBRAC – Sociedade Brasileira de Climatério e Menopausa, SBH – Sociedade Brasileira de Hepatologia, SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, SBCO – Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria.
Posso confiar em qualquer informação se ela vier de um profissional da saúde?
Infelizmente NÃO. A divulgação de conteúdos sobre saúde sem embasamento técnico, especialmente em redes sociais, coloca em risco a saúde da população. A “chipagem hormonal”, proposta por falsos especialistas e vendida como a “medicina moderna” é, na realidade, algo antigo e ultrapassado, pois usa medicamentos abandonados pela Medicina Baseada em Evidências. A monetização desse comércio através de venda direta ou parcerias comissionadas, bem como a promoção de cursos não científicos ferem todos os princípios éticos, legais e humanos.
Porque existe tanta propaganda e disseminação da utilização dos implantes hormonais, mesmo não sendo uma medicação aprovada e com riscos de efeitos colaterais?
A aplicação desses implantes está atrelada a um viés altamente comercial, sendo vendidos nos próprios consultórios médicos como “chip da beleza”, tratamento da menopausa, antienvelhecimento, para redução da gordura corporal, para aumento da libido e da massa muscular. A prescrição desses agentes está banalizada e disseminada, com divulgação livre nas redes sociais, sem o devido respaldo ético e científico da Medicina Baseada em Evidências
Se os implantes hormonais não são aprovados pela ANVISA como eles são comercializados?
Os implantes hormonais são feitos em farmácias de manipulação e não têm um controle rigoroso sobre a quantidade e os efeitos colaterais. Como esses produtos não seguem os mesmos testes que medicamentos aprovados, não podemos ter certeza de que são seguros ou eficazes. Apenas a teoria de que algo pode funcionar ou relatos isolados de pessoas não são suficientes para permitir que um novo remédio seja vendido. Para que um medicamento seja liberado, existem regras e pesquisas que precisam ser seguidas.
Quais alternativas saudáveis existem para melhorar a performance sexual e o bem-estar?
Alternativas saudáveis incluem exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada, manejo do estresse e terapia sexual, sempre com orientação profissional.
O que fazer se você já usou ou usa um chip hormonal?
Se você já usou ou está com um chip hormonal, consulte imediatamente um bom profissional da saúde, que atue conforme protocolos clínicos instituídos, para avaliar sua saúde e discutir possíveis efeitos colaterais e tratamentos.
Como posso me proteger de práticas médicas inadequadas?
Sempre busque informações em fontes confiáveis e converse com profissionais de saúde que atuem com medicina baseada em evidências científicas antes de iniciar qualquer tratamento. Desconfie de soluções "milagrosas" e não regulamentadas.
Gestantes | conduta pré-concepcional
É seguro engravidar com implantes hormonais?
Não, não é seguro engravidar com implantes hormonais. O uso contínuo de hormônios sintéticos pode impactar negativamente a gestação e o desenvolvimento do feto. A terapia hormonal deve ser interrompida assim que a gravidez for confirmada. Eles podem ser de difícil remoção, representando um desafio adicional, especialmente os absorvíveis, que não podem ser retirados.
Quais os possíveis impactos dos implantes hormonais para as gestantes?
Os pallets são implantes hormonais subdérmicos, inabsorvíveis ou bioabsorvíveis, customizáveis e compostos por um ou mais hormônios (como gestrinona, testosterona, estradiol, nomegestrol, levonorgestrel, entre outros), em várias doses, muitas vezes não mensuráveis. Os implantes hormonais são utilizados com finalidades estéticas e de performance (aumento de massa muscular, aumento da libido, aumento da disposição física e perda de gordura). No entanto, eles podem causar:
- Virilização: aumento da oleosidade da pele, acne, queda de cabelo, aumento de pelos, mudanças no timbre da voz e clitoromegalia.
- Aumento da resistência insulínica e hiperglicemia.
- Aumento do risco de trombose.
Quais os riscos dos implantes hormonais para o feto?
Os efeitos podem variar de acordo com os hormônios contidos nos implantes:
Gestrinona: alguns estudos indicam efeitos hormonais prejudiciais em embriões de certas espécies.
Testosterona: pode causar virilização de fetos femininos, alterações neurológicas e comportamentais, restrição de crescimento intrauterino (CIUR) e malformações congênitas.
Estradiol: pode resultar na feminilização de fetos masculinos, restrição de crescimento, risco de malformações congênitas, alterações no desenvolvimento neurológico e aumento do risco de alguns tipos de câncer.
O que o obstetra, que trabalha com gestação de alto risco, deve fazer ao identificar uma gestante com implante?
O pré-natal de gestantes com implantes hormonais constitui um desafio. Até o momento, a literatura sobre o tema é escassa. O obstetra deve indicar a retirada do implante, o que muitas vezes não é possível; conhecer a composição do implante para prever as possíveis complicações maternas e fetais; monitorar a gestante quanto ao risco de hiperglicemia, alterações tireoidianas, trombose e outros possíveis efeitos colaterais. Também deve estar atento aos possíveis efeitos para o feto e acompanhar o crescimento fetal.
Como conduzir a conduta pré-concepcional de uma mulher que usa implantes?
Mulheres que planejam engravidar devem descontinuar o uso de implantes hormonais. Na consulta pré-concepcional, elas devem ser informadas de que não existem estudos robustos avaliando a gestrinona para melhora da libido ou ganho de massa magra, dos efeitos a longo prazo, como possível risco carcinogênico ou infertilidade secundária, e dos prováveis efeitos colaterais dos implantes hormonais, que incluem aumento da resistência insulínica, hiperglicemia, aumento do risco de trombose, aumento da oleosidade da pele, aumento de pelos, mudança do timbre da voz e clitoromegalia, além dos potenciais riscos ao feto.
Elaboração dos Conteúdos
• Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal - FEBRASGO. Presidente: Lílian De Paiva Rodrigues Hsu
• Comissão Nacional Especializada em Gestação de Alto Risco. Presidente: Rosiane Mattar
• Comissão Nacional Especializada em Uroginecologia e Cirurgia Vagina - FEBRASGO. Presidente: Marair Gracio Ferreira Sartori
• Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas - FEBRASGO. Presidente: Alvaro Luiz Lage Alves
UMA INICIATIVA


































Segurança do tratamento com hidroxicloroquina durante a gestação
Veja por que o "chip da beleza" foi proibido pela Anvisa
CLIQUE AQUI e confira reportagem fornecida pela Dra. Lia Cruz Vaz da Costa Damasio - Diretora de Defesa e Valorização Profissional da FEBRASGO.Mulheres são pelo menos 60% das ginecologistas do país
CLIQUE AQUI e confira a entrevista da Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO.Chip da beleza: entenda a proibição da Anvisa
CLIQUE AQUI e confira a conversa com a Dra. Lia Cruz Damásio, ginecologista e Diretora de defesa e valorização profissional da Febrasgo.Ginecologia e Obstetrícia: Pilar da saúde feminina em todas as fases da vida
FEBRASGO parabeniza os profissionais essenciais que atuam em prol da saúde da mulher
No dia 30 de outubro, celebramos o Dia Nacional do Ginecologista e Obstetra. Instituída em 1959, a data marca também a fundação da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), que tem como missão promover a educação e atualização científica, fornecendo informações confiáveis e diretrizes aos especialistas com foco na valorização da saúde da mulher,
No Brasil, o ginecologista é frequentemente visto como o médico de referência para as mulheres, em todas as fases da vida, desde a adolescência, gestação e a menopausa. O ginecologista realiza exames preventivos, diagnostica e trata condições de saúde específicas e fornece orientações sobre contracepção, saúde sexual, planejamento familiar, prevenção e diagnóstico precoce de neoplasias. Além disso, ele também desempenha um papel importante na educação em saúde, ajudando as pacientes a compreenderem suas necessidades e a tomarem decisões informadas sobre seus cuidados.
“Esse acompanhamento contínuo é fundamental, pois permite uma abordagem integral da saúde feminina, considerando não apenas questões ginecológicas, mas também fatores como saúde mental e bem-estar geral. Assim, a relação de confiança entre a paciente e o ginecologista é essencial para promover uma saúde mais completa e preventiva”, diz a Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO.
Para assegurar que as mulheres recebam um atendimento de qualidade, a FEBRASGO investe em atualizações científicas e na formação contínua de profissionais por meio de comissões especializadas e cursos de treinamento. O lançamento do Centro de Simulação e Treinamento da Febrasgo será mais um diferencial. “Os programas são projetados para capacitar ginecologistas e obstetras, garantindo que eles estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas, evidências científicas aliadas à ética, novas pesquisas e avanços nas áreas de ginecologia e obstetrícia e sempre destacando a segurança e a qualidade na saúde das mulheres brasileiras”, ressalta a presidente.
Além disso, a Federação promove eventos e seminários que incentivam a troca de conhecimentos e experiências entre os profissionais, contribuindo para um aprimoramento constante na abordagem e no cuidado à saúde das mulheres. Com isso, busca-se garantir que cada paciente receba um atendimento que não apenas atenda às suas necessidades específicas, mas que também seja fundamentado nas evidências mais recentes e nas diretrizes de excelência.
A importância do Título de Especialidade
O Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) é uma certificação anual e um marco na jornada dos médicos que buscam o reconhecimento na área. A FEBRASGO, com sua equipe de avaliadores e auxiliares, realiza a avaliação que garante aos aprovados o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia.
A FEBRASGO promove a prova para a obtenção do título de especialista em ginecologia e obstetrícia. Para conquistar reconhecimento no mercado, é fundamental possuir títulos respaldados por instituições respeitáveis. A Federação oferece credibilidade, conferindo um selo de qualidade que atesta a formação do profissional.
Adquirir o título da FEBRASGO também valida que o médico detém o conhecimento e as competências essenciais para atuar como ginecologista e obstetra, assegurando sua aptidão para exercer a especialidade de forma legal.
A FEBRASGO parabeniza todos os profissionais que se dedicam à saúde feminina, reconhecendo o importante papel que desempenham na vida das mulheres. Esses médicos, com seu compromisso e expertise, garantem cuidados de qualidade, e também promovem a educação em saúde. “O trabalho contínuo desses especialistas, aliado à atualização constante e à troca de conhecimentos, sempre baseada na ética é fundamental para avançar na promoção da saúde e na prevenção de doenças, contribuindo assim para uma sociedade mais saudável e informada”, ressalta a Dra. Maria Celeste.