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FEBRASGO apoia Projeto de Lei que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina

A Câmara dos Deputados aprovou no início da noite de 16/07 a urgência de tramitação do Projeto de Lei 785/24, do deputado Dr. Luizinho (PL/RJ), para a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina.

Uma carta foi enviada esta semana pela Associação Médica Brasileira, com apoio de Sociedades de Especialidades Médicas e Federadas - incluindo a FEBRASGO - para sensibilizar os Deputados Federais a votarem pela aprovação do PL 785/2024.

A proposta visa alterar a Lei nº 3.268/1957 para tornar o exame um requisito obrigatório para o registro profissional nos Conselhos Regionais de Medicina e, consequentemente, para o exercício da medicina no país. A regulamentação ficará a cargo do Conselho Federal de Medicina.

Nos últimos anos, observou-se uma rápida expansão de cursos de Medicina no Brasil — muitos deles com infraestrutura inadequada e corpo docente insuficiente. Esse cenário tem gerado preocupações legítimas sobre a qualidade da formação médica, reforçando a necessidade de mecanismos de avaliação confiáveis e padronizados, que garantam a competência técnica, prática e ética dos futuros profissionais.

O Exame Nacional de Proficiência proposto busca uniformizar e elevar os padrões da prática médica brasileira, alinhando-os às melhores práticas internacionais. Dada a responsabilidade inerente ao exercício da Medicina, é fundamental assegurar que todos estejam aptos para atuar profissionalmente ao concluírem a graduação em Medicina.

A FEBRASGO reitera seu compromisso com a qualidade da formação médica e com a segurança da população, e se coloca à disposição para contribuir com o avanço deste importante projeto. O fortalecimento dos critérios de habilitação profissional é um passo decisivo para a valorização da Medicina no Brasil e para a promoção de uma assistência em saúde mais segura e qualificada.

Clique no link que segue para conferir a carta na íntegra:

https://amb.org.br/wp-content/uploads/2025/07/Carta-aos-Deputados-Federais_-Requerimento-de-Urgencia-_Projeto-de-Lei_Proficiencia_14072025_divulgacao.pdf

 

 

Violência contra a mulher: médicas também são vítimas

Especialista destaca pontos para aumentar a segurança durante o exercício profissional

Os dados do Atlas da Violência 2025 demonstram: de um total de 275.275 registros relacionados à violência contra mulheres (2023), mais de 177mil se enquadram em casos de violência doméstica, o que corresponde a 64,3% de todas as queixas registradas contra pessoas do sexo feminino.

“Além deste dado sobre violência doméstica, é preciso lembrar que nós, médicas, também estamos sujeitas à violência durante o exercício da nossa profissão, seja por parte do paciente ou de um colega de trabalho. Dados apontam que 51,14% das médicas já sofreram agressões verbais ou físicas”, comenta Dra. Maria Auxiliadora Budib, ginecologista membro do Núcleo Feminino e da Comissão Nacional Especializada em Defesa e Valorização Profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Comprometida com o pleno respeito à saúde e bem-estar das mulheres, a FEBRASGO lidera a Campanha #EuVejoVocê – Pelo fim da violência contra a mulher, em todas as fases da vida, incluindo a mulher médica em exercício. “Queremos questionar e romper com os discursos que alimentam a violência, incentivando uma reflexão contínua e consciente sobre o tema”, comenta a médica.

Neste sentido, ela considera importante alguns pontos para que as médicas possam expandir o tema e, ao mesmo tempo, tentar obter maior segurança no ambiente de trabalho.

  1. Conhecer a magnitude do problema - No Brasil, mais da metade das médicas já enfrentou agressões: 62,6 % relataram assédio no ambiente de trabalho e 51,1 % sofreram violência verbal ou física. É importante que elas possam conversar e debater sobre estes indicadores.
  2. Identificar os tipos de violência – Violências dos tipos física, sexual, moral, psicológica e/ou patrimonial podem ocorrer no ambiente hospitalar ou no consultório e podem ser causadas por pacientes, familiares ou colegas. Identificá-las é importante para denunciá-las e combatê-las (leia aqui).
  3. Entender o que pode desencadear situações de violência - Alguns cenários aumentam o risco de agressões contra médicas, como:
  • Falta de comunicação clara entre profissionais de saúde e pacientes ou familiares;
  • Superlotação de hospitais e serviços de emergência, que gera tensão e impaciência;
  • Frustração de pacientes com diagnósticos, tempo de espera ou limitações do sistema de saúde;
  • Ausência de suporte institucional, como falta de profissionais de segurança, câmeras ou canais eficazes para relatar agressões.

Esses fatores, somados, criam um ambiente propício para episódios de violência e precisam ser reconhecidos para que possam ser prevenidos.

  1. Ter protocolos de segurança pré-definidos – Garanta que existam protocolos de segurança no seu local de trabalho. É essencial que clínicas, hospitais e demais ambientes médicos tenham medidas bem definidas para proteger suas profissionais. Isso inclui:

Programas de orientação sobre como identificar e lidar com situações de assédio, violência e esgotamento emocional (burnout);

Ações voltadas à saúde mental das equipes, com espaços de escuta e acolhimento;

Medidas de segurança preventiva, como presença dos profissionais de segurança, câmeras, botões de pânico e regras claras sobre o que fazer em caso de agressão.

Ter protocolos claros aumenta a segurança e mostra que a instituição leva a sério a proteção das médicas e demais profissionais.

  1. Dispor de canais oficiais para denúncia – Alguns Conselhos Regionais de Medicina contam com canais específicos para relatar violência, garantindo apoio e acompanhamento. Tenha estes contatos em mãos.
  2. Denunciar à rede pública especializada - Em casos graves, procure as Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs), o Disque 180 ou o Ministério Público para ativar medidas protetivas.

 

Alerta: o câncer do colo do útero é o que mais mata mulheres até os 36 anos de idade no Brasil

  • A morte por câncer do colo do útero não pode ser minimizada
  • Confira 5 dicas para prevenir o câncer do colo do útero

“O cenário atual é alarmante: a cada minuto, em todo o mundo, uma pessoa é diagnosticada com um câncer causado pelo HPV. No Brasil, os números também assustam: cerca de 19 mulheres morrem, por dia, por causa do câncer do colo do útero. É o 1º câncer que mais mata mulheres até os 36 anos de idade no país. É o 2º tipo de câncer que mais mata mulheres até os 60 anos de idade. A morte por câncer de colo do útero não pode ser minimizada”, explica Dr. Agnaldo Lopes, ginecologista e Diretor Científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Segundo ele, apesar das diferenças regionais, o problema é observado por todo o país.

Meta Global - Em 2018, a Organização Mundial de Saúde propôs uma meta mundial até 2030 que engloba:

  • Vacinação: 90% das meninas totalmente vacinadas contra o HPV até os 15 anos de idade;
  • Rastreamento: 70% das mulheres rastreadas com um teste de alto desempenho até os 35 anos, e novamente aos 45 anos;
  • Tratamento: 90% das mulheres com lesões pré-cancerosas tratadas e 90% das mulheres com câncer invasivo recebendo manejo adequado.

“Para atingir esta meta, a FEBRASGO defende uma abordagem integrada baseada em três pilares fundamentais: prevenção por meio da vacinação abrangente, detecção precoce por meio de rastreamento eficaz e acesso ao tratamento de forma oportuna e equitativa”, conta Dr. Agnaldo.

Entre algumas das estratégias da FEBRASGO estão:

VACINAÇÃO - Aumentar a cobertura vacinal para mulheres e homens; ampliar os programas de vacinação nas escolas; considerar a administração de dose única em meninos e meninas; desenvolver estratégias de capacitação e orientação sobre vacinação voltadas para médicos; incentivar a ampliação do conhecimento sobre vacinação entre professores e profissionais da educação.

RASTREAMENTO - Incentivar a ampliação da cobertura e a organização do programa de rastreamento do câncer do colo do útero e de toda a cadeia de cuidados: ter um sistema único de registro populacional, baseado em dados, integrado ao e-SUS e acessível em todas as etapas do programa oficial de rastreamento; capacitar os profissionais de saúde para o encaminhamento adequado após resultados alterados; ampliar o acesso e padronizar os protocolos de atendimento; realizar busca ativa de mulheres que não foram rastreadas; reforçar a faixa etária prioritária para o rastreamento populacional, de 25 a 64 anos.

TRATAMENTO - Capacitação em diagnóstico e tratamento; apoio a grupos de pacientes; acesso em áreas remotas; criação de meios para acolher e acompanhar as mulheres com câncer do colo do útero ao longo de toda a sua jornada; considerar sempre a diversidade, a equidade e a inclusão em todos os pilares de controle do câncer do colo do útero; aprimorar os registros e indicadores relacionados ao câncer do colo do útero no Brasil.

O artigo completo com todas as estratégias da FEBRASGO pode ser acessado aqui - http://dx.doi.org/10.61622/rbgo/2024EDT02

Estima-se que, até 2030, haverá 411 mil mortes por causa do câncer do colo do útero - contra 349 mil em 2022. O fator de risco mais importante para o desenvolvimento deste câncer é a presença do vírus HPV (human papillomavirus) com seus subtipos, além de outros fatores. O tumor de colo uterino em fase inicial costuma não apresentar sintomas, por isso, muitas pacientes não procuram ajuda no início da doença.

Entre as principais medidas de prevenção estão:

  1. Vacinar meninas entre 9 e 14 anos contra o HPV.
  2. Realizar regularmente (pelo menos uma vez ao ano) o exame Papanicolau, fundamental para detectar lesões precoces e permitir o tratamento adequado.
  3. Usar preservativos durante as relações sexuais.
  4. Manter hábitos saudáveis de vida: evitar hábitos tabagistas e excesso de álcool.
  5. Mesmo que esteja vacinada, a mulher deve consultar um ginecologista anualmente.

No Brasil, as vacinas para prevenção do HPV já fazem parte do calendário vacinal desde 2013, totalmente gratuito, para meninas de 9 a 13 anos. O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a oferecer um teste molecular para detecção do HPV e rastreamento do câncer do colo do útero. De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de uma tecnologia considerada inovadora, capaz de identificar alterações até 10 anos antes do que o exame convencional. A nova testagem está sendo implantada de forma gradual e deverá substituir o tradicional exame de Papanicolau.

IMPORTANTE: O HPV também pode causar câncer anal e verrugas genitais em homens, portanto, também é preciso vacinar meninos entre 9 e 14 anos contra o HPV.

 

 

 

13 de julho: Dia do Estatuto da Criança e do Adolescente

O Brasil registra, em média, quatro casos de violência sexual contra crianças e adolescentes por hora, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos. A maioria das vítimas é do sexo feminino, com idades entre 10 e 14 anos. Diante desse cenário alarmante, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma ferramenta crucial para garantir não apenas a denúncia e responsabilização dos agressores, mas também o cuidado integral à saúde física e emocional das vítimas.

Nossa equipe de jornalismo entrevistou a Dra. Rosana Maria Dos Reis, presidente da CNE de Ginecologia na Infância e Adolescência, para entender como deve ser o acolhimento a estas vítimas sob a ótica do profissional ginecologista.

  1. Quando uma menina ou adolescente vítima de violência sexual chega ao consultório, quais são os primeiros cuidados que o ginecologista deve adotar, do ponto de vista clínico e emocional?

 Dra. Rosana - A abordagem médica necessita de uma boa anamnese para detecção da violência sofrida, que muitas vezes não é a queixa principal.  É preciso estabelecer um vínculo de confiança com a criança ou adolescente para que elas possam verbalizar a sua realidade, assim como para abordar sintomas e sinais que não são muito bem definidos. No caso de adolescente, a privacidade precisa ser considerada, sendo que muitas vezes é preciso estar a sós com a vítima para melhor abordagem do abuso. Nessas situações pode ser necessária uma abordagem multiprofissional, com destaque para a importância do papel do atendimento psicológico na equipe. A assistência às crianças e adolescentes deve levar em consideração todo o processo psicológico que envolve esta fase de vida.

 Os familiares deveriam ser arguidos na consulta somente após o atendimento da criança e da adolescente, sendo fundamental analisar o relacionamento com genitores, levando em consideração que, muitas vezes, a violência pode ser causada por familiares e amigos próximos.
 

  1. O ECA prevê atendimento prioritário e humanizado às vítimas de violência. Na sua prática, como isso se traduz no ambiente ginecológico? Há protocolos específicos que orientam essa conduta?

Dra. Rosana - Isto se traduz com empatia, respeito, acolhimento, conhecimento e preparo dos profissionais de saúde para este tipo de atendimento. São consideradas boas práticas no atendimento médico:

- Não se omitir de atender adolescentes por medo de repercussões legais (principalmente se forem menores de 14 anos), pois deixar de atender adolescentes ou mesmo investigar a história sexual deixará estas meninas desamparadas - e situações de abuso deixarão de ser identificadas. As adolescentes podem ser atraídas para atividade sexual com adultos bem mais velhos em troca de favores e bens.

- Abordar as adolescentes sobre aspectos relacionados à sexualidade – procurar saber idade do/a parceiro/a. Diante de grande diferença de idade entre o casal, investigar se o relacionamento é consentido ou se há algum tipo de coação.

- Afastar situações de vulnerabilidade para apresentar resistência para consentir a relação sexual em situações como estado de embriaguez, efeito de drogas, déficit cognitivo ou mesmo ser coagida ao ato por pressão do namorado ou de amigos, entre outras.

  1. Quais sinais físicos ou comportamentais levantam suspeitas de abuso sexual e merecem atenção especial por parte dos profissionais de saúde?
Dra. Rosana - Os sinais físicos ou comportamentais de abuso sexual em crianças e adolescentes podem ser variados. A violência pode ser crônica e o agressor não deixa marcas. E na adolescência os sinais podem ser confundidos com atividade sexual comum e passarem despercebidos.

Os comportamentos que podem ser considerados suspeitos são: crianças com dor ao urinar ou defecar, ou que apresentam constipação crônica ou enurese (urinar na cama) sem uma causa aparente; crianças que demonstram um conhecimento sexual inadequado para a idade ou comportamentos sexuais explícitos, pois elas podem ter sido expostas a abusos.

Assim como, também é possível suspeitar de abuso sexual diante de alguns sinais físicos listados a seguir. No entanto, é importante frisar que esses sinais não são definitivos de abuso sexual, mas podem indicar que algo está errado e merece investigação cuidadosa e sensível. 

- Presença de lesões genitais ou anorretais: hematomas, lacerações, inchaço ou sangramento na região genital ou anal. Assim como marcas de mordida ou outras lesões em áreas não expostas normalmente a traumas acidentais, como a parte interna das coxas.

- Presença de condilomas, herpes genital ou gonorreia, especialmente em crianças pequenas, pode ser altamente sugestivo de abuso.

- Presença de sangue, sêmen ou outras secreções nas roupas íntimas da criança, que pode ser um sinal direto de abuso sexual.

 

  1. É possível dar dicas para que os pais/professores/cuidadores da criança possam perceber esse abuso do ponto de vista ginecológico?

Dra. Rosana - Nas crianças e adolescentes deve-se estar atento a sinais de alerta com mudanças súbitas no apetite, problemas gastrointestinais sem causa médica definida, bem como insônia ou pesadelos frequentes, sintomas depressivos, medo ou pânico, dificuldade de concentração, ansiedade, lembranças intrusivas ou pensamentos recorrentes, comportamento agressivo e isolamento social - os quais podem ser uma resposta física ao trauma. 

 

  1. Em situações em que a violência não é revelada diretamente, qual é o limite entre respeitar o silêncio da paciente e agir conforme o dever legal de notificação?

Dra. Rosana - Deve-se nessas situações contar com a rede de apoio que trabalha junto aos serviços de referência nos estados e municípios e com os conselhos tutelares. Estes serviços, mesmo em caso de suspeitas são de suma importância, principalmente para análise do contexto social em que a adolescente está inserida. A contribuição de assistentes sociais e psicólogos é fundamental, e os serviços de referência precisam ter articulação com a rede de apoio. Além de proporcionar acompanhamento dessas crianças e adolescentes com equipe multiprofissional no próprio serviço. Muitas vezes a consulta médica pode ser a única possibilidade de poder ajudar a criança e a adolescente em uma situação de vulnerabilidade.

 

  1. Que tipo de acolhimento interprofissional é importante nesses casos? Como ginecologistas, psicólogos e assistentes sociais devem atuar em conjunto para garantir o cuidado integral previsto pelo ECA?

Dra. Rosana - O atendimento as vítimas de abuso sexual, seja na infância, adolescência ou mesmo nas outras faixas etárias das mulheres, deve ser realizado por equipes multidisciplinares, pois as especificidades dos profissionais de saúde se complementam.

O apoio se inicia no primeiro atendimento, no acolhimento no serviço, com uma boa escuta, garantindo a privacidade, respeitando o tempo daquela adolescente e inserindo-a na dinâmica de atendimento, com equipe multiprofissional. Importante entender as vulnerabilidades na qual ela está inserida, mas, principalmente, fortalecer vínculo com o profissional e a autonomia dessa paciente, estimular a autoestima e reduzir o estresse pós-traumático, que representa a situação vivenciada. 

 

  1. Como romper o tabu em torno do acompanhamento ginecológico precoce e fazer com que famílias compreendam que esse cuidado não está ligado apenas à sexualidade, mas também à proteção e prevenção de abusos?

Dra. Rosana - É fundamental a educação sexual nas escolas. A educação sexual oferece a oportunidade para as adolescentes adquirirem habilidades essenciais para a vida e desenvolver atitudes e valores positivos em relação ao sexo (ex: saber negociar a sexarca sem coerção). É preciso intensificar campanhas educativas e rodas de conversas com grupos de adolescentes na atenção básica sobre esta temática.

Assim como é importantíssimo o diálogo entre familiares relacionado a temas de educação sexual. O papel do médico visa complementar e fortalecer a educação sexual.

 

  1. Gostaria de acrescentar alguma informação?

 Dra. Rosana - De acordo com o Sinan, do Ministério da Saúde, a maior quantidade de casos de estupro ocorre entre as jovens, e as principais vítimas são as jovens de 13 anos de idade. Familiares, parceiros e ex-parceiros dos pais, amigos e conhecidos são os principais agressores, tanto dos casos de violência física como de violência sexual.

Bula do DIU hormonal muda indicação de 5 para 8 anos para anticoncepção

O DIU (dispositivo intrauterino) hormonal Mirena® recebeu aprovação da ANVISA para uso como método contraceptivo estendido até oito anos. As indicações para tratamento de sangramento uterino anormal (SUA) e proteção endometrial continuam sendo por até cinco anos.

“A extensão do uso deste dispositivo de cinco para oito anos é muito bem-vinda. Os estudos desde o início já mostravam que que esse DIU tinha potencial contraceptivo maior do que cinco anos, mas ficávamos presos a esse prazo que foi determinado pelo laboratório. Então é uma notícia muito bem-vinda, as trocas vão diminuir, as mulheres vão poder usar por mais tempo sem ter comprometimento da eficácia. Essa notícia já era esperada aqui no Brasil, estávamos apenas aguardando as tramitações legais, porque sabíamos que no mundo já estavam começando a usá-lo por oito anos”, comenta Dra. Ilza Maria Urbano Monteiro, presidente da CNE de Anticoncepção.

É sempre importante ressaltar que o uso do DIU hormonal para contracepção - por até 8 anos – deve ser indicado de forma individualizada, respeitando as necessidades e avaliando as condições clínicas de cada mulher.

A eficácia e a segurança do dispositivo em questão foram demonstradas no Mirena® Extension Trial 1, que está detalhado abaixo a partir das informações recebidas pelo laboratório.

Sobre o estudo de eficácia contraceptiva e extensão do Mirena®:

A eficácia contraceptiva de Mirena® foi avaliada em um período de até cinco anos em cinco grandes estudos clínicos, envolvendo um total de 3.330 mulheres. O Índice de Pearl no primeiro ano foi de aproximadamente 0,2, e, cumulativamente, a taxa de falha contraceptiva foi de cerca de 0,7% ao longo de cinco anos.

A eficácia após cinco anos, incluindo os anos seis a oito, foi investigada no 'Mirena® Extension Trial'. Com base em 2 gestações (uma no Ano 6 e outra no Ano 7) e 10.216 ciclos de exposição, a taxa cumulativa de gravidez ao final de três anos de uso prolongado (Anos 6, 7 e 8) foi de 0,68%, com um limite superior de confiança de 95% de 2,71%. O estudo confirmou um perfil de benefício-risco positivo, sem novas descobertas de segurança ou eventos inesperados.

Os dados referentes a oito anos do estudo de extensão foram apresentados em resumo no American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) em 2022, e o artigo completo será publicado em breve. Para mais informações sobre este estudo, consulte https://clinicaltrials.gov/study/NCT02985541 .

 

RECOMENDAÇÕES DA VACINA VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO PARA ADULTAS E IDOSAS

Autoria: Membros da Comissão Nacional Especializada de Vacinas da Febrasgo

 

Esse documento tem como objetivo informar aos ginecologistas e obstetras sobre as recomendações da Comissão Nacional de Vacinas (CNE) da Febrasgo sobre o uso da vacina Vírus Sincicial Respiratório (VSR) na população adulta e idosa.

 A partir de 60 anos, especialmente após os 70 anos, adultos são mais susceptíveis a complicações relacionadas à infecção pelo VSR, devido à imunossenescência e às alterações fisiológicas pulmonares que reduzem a função pulmonar, afetando a integridade da barreira epitelial, depuração mucociliar e a elasticidade tecidual.1

No Brasil, dispomos de duas vacinas aprovadas para uso em idosos: vacina Abrysvo® (Vacina Vírus Sincicial Respiratório) fabricada pela Pfizer Inc.2 e Arexvy® (Vacina Vírus Sincicial Respiratório, Adjuvada) fabricada pela GlaxoSmithKline Biologicals. 3 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil aprovou as vacinas para a prevenção de doença do trato respiratório inferior (DTRI) causada pelo VSR para indivíduos com 60 anos de idade ou mais e, posteriormente. aprovou a vacina Abrysvo® como prevenção ampliada, para indivíduos com 18-59 anos de idade que apresentem condições de alto risco para desenvolverem formas graves da doença. 4

O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização dos Estados Unidos (ACIP) apontou que a vigilância de segurança pós-licenciamento sugere um risco potencial aumentado para Síndrome de Guillen-Barré (SGB) após a vacinação com ambas as vacinas, subunidade proteica VSR (GSK Arexvy® e Pfizer Abrysvo®). Com base em evidências atualmente disponíveis, o ACIP concluiu que, avaliando os benefícios da vacinação contra VSR e os danos potenciais em adultos de 60 a 74 anos, a vacina deve ser indicada nessa faixa etária para pessoas com fatores de risco para doença grave por VSR. 5,6

A CNE de Vacinas da Febrasgo orienta as recomendações da vacina VSR, já anteriormente incluída no protocolo da nossa comissão,em adultas e idosas, em concordância com as indicações da SBIm:8,9

 

  • Duas vacinas disponíveis: Abrysvo® (Pfizer) e Arexvy® (GSK). Uma dose intramuscular. Aplicar a qualquer momento, independente da sazonalidade.8
  • Abrysvo® (Pfizer) e Arexvy® (GSK): Pessoas de 60 a 69 anos com maior risco de evolução grave ou descompensação de doença de base pela infecção pelo VSR.
  • Abrysvo® (Pfizer) e Arexvy® (GSK): A partir dos 70 anos como rotina, independente de fatores de risco.8
  • Abrysvo® é licenciada pela ANVISA para pessoas dos 18 aos 59 anos com certas condições médicas como, estados de imunossupressão, diabetes, cardiopatias e pneumopatias crônicas, hepatopatia e doença renal crônicas, ficando à critério médico a recomendação para pessoas com as condições listadas .9

 

 

Referências bibliográficas:

 

  • Michelin L, Bellei N, Gomes MFC, et al. Respiratory syncytial virus: challenges in diagnosis and impact on the elderly: Recommendations from a multidisciplinary panel, Human Vaccines & Immunotherapeutics. 2024. 20:1, 2388943.
  • Aprovação da vacina VSR Abrysvo® (Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório) fabricada pela Pfizer Inc. pela ANVISA. Disponível em : https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/anvisa-registra-vacina-para-prevencao-de-bronquiolite-em-bebes. Acessado em 30 de maio de 2025.
  • Aprovação da vacina Arexvy® (Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório, Adjuvada) fabricada pela GlaxoSmithKline Biologicals. pela ANVISA com ampliação do seu uso. Disponível em:https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indicacoes/arexvy-vacina-virus-sincicial-recombinante-adjuvada-novo-registro. Acessado em 30 de maio de 2025.
  • Aprovação da vacina Abrysvo® (Vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório) fabricada pela Pfizer Inc. pela ANVISA com ampliação do seu uso. Disponível em:https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/novos-medicamentos-e-indicacoes/abrysvo-r-vacina-do-virus-sincicial-respiratorio-a-e-b-recombinante-ampliacao-de-uso. Acessado em 30 de maio de 2025.
  • Britton A, Roper LE, Kotton CN, et al. Use of Respiratory Syncytial Virus Vaccines in Adults Aged ≥60 Years: Updated Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices — United States, 2024. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. ePub: 6 August 2024. DOI: http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.mm7332e1
  • Lloyd, P. Centers for Disease Control and Prevention Vaccines - Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) Meeting October 23-24, 2024. Evaluation of Guillain-Barré Syndrome (GBS) following Respiratory Syncytial Virus (RSV) Vaccination Among Adults 65 Years and Older. Available at: https://www.cdc.gov/acip/downloads/slides-2024-10-23-24/05-RSV-Adult-Lloyd-508.pdf
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Vacinação da mulher adulta e idosa. 3a ed. São Paulo: FEBRASGO; 2024. (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 26/Comissão Nacional Especializada em Vacinas).
  • Calendário vacinal do idoso da SBIm 2024-2025. Disponível em: chrome extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-idoso.pdf. Acessado em 30 de maio de 2025.
  • Calendário pacientes especiais da SBIm 2025. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sbim.org.br/images/ex7tipaodu. Acessado em 30 de maio de 2025.

 

 

 

Presidente:

Susana Cristina Aidé Viviani Fialho

Vice-presidente:

Nilma Antas Neves

Secretaria:

Cecilia Maria Roteli Martins

Membros:

André Luis Ferreira Santos

Caroline de Oliveira Alves Martins

Fabiola ZoppasFridman

Giuliane Jesus Lajos

Isabella de Assis Martins Ballalai

Juarez Cunha

Julio Cesar Teixeira

Marcia Marly Winck Yamamoto De Medeiros

Maria Carolina Pessoa Valença Rygaard

Mônica Levi

Newton Carvalho

Renato de Ávila Kfouri

Valentino Antonio Magno

 

 

 

 

 

 

 

 

RECOMENDAÇÕES DA VACINA VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO PARA GESTANTES

Autoria: Membros da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Vacinas da Febrasgo

O objetivo dessa nota é orientar ginecologistas e obstetras sobre as estratégias de proteção ao recém-nascido nos seus primeiros meses de vida contra a infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), suas doenças do trato respiratório e suas consequências.

O VSR é o agente mais comum de infecção do trato respiratório inferior (responsável por aproximadamente 80% dos quadros de bronquiolites e até 60% das pneumonias em menores de dois anos), com a grande maioria das crianças experimentando pelo menos um episódio de infecção pelo VSR antes de completarem dois anos de idade. A elevada prevalência da infecção pelo VSR, assim como as características clínicas da doença em bebês, faz com que aproximadamente uma em cada cinco crianças irá necessitar de atendimento médico ambulatorial devido à infecção pelo VSR e uma em cada 50 crianças será hospitalizada ainda no primeiro ano de vida.1-4 Estima-se que as infecções do trato respiratório inferior (ITRI) pelo VSR causem, globalmente, entre dois e três milhões de hospitalizações e aproximadamente 60.000 a 120.000 mortes em crianças menores de cinco anos anualmente, com um dado ainda mais dramático: mais de 95% dos episódios agudos de ITRI associados ao VSR e mais de 97% das mortes atribuíveis ao VSR em todas as faixas etárias ocorreram em países de baixa e média renda (LMIC), incluindo o Brasil.2,5,6 Estes dados fazem do VSR a principal causa de mortalidade entre bebês.

Apesar de a idade ser o principal fator de risco identificado, a presença de determinadas condições também contribui para maiores taxas de hospitalização e ocorrência de doença mais grave pelo VSR. Entre estas condições destacamos a prematuridade, a doença pulmonar crônica da prematuridade (DPCP) e a doença cardíaca congênita (DCC).1,7,8

Apesar de todos os esforços realizados nas últimas décadas na tentativa do desenvolvimento de estratégias terapêuticas, ainda não dispomos de drogas antivirais específicas para combater as infecções pelo VSR. As atuais medidas de prevenção disponíveis se concentravam em medidas de higiene para redução do risco de transmissão e no uso do palivizumabe, um anticorpo monoclonal indicado apenas para crianças de alto risco, incluindo bebês prematuros e aqueles portadores de DPCP e DCC .9,10

Para a prevenção das doenças causadas pelo VSR em bebês, estão disponíveis atualmente duas estratégias: a vacina VSR para gestantes, por meio da transferência de anticorpos via transplacentária para o feto e os anticorpos monoclonais, administrados diretamente aos bebês. 11
Foi autorizada no Brasil em outubro de 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o nirsevimabe, um anticorpo monoclonal (imunização passiva) de ação prolongada12 para a prevenção da infecção por VSR em lactentes, com as seguintes indicações: recém-nascidos e lactentes durante sua primeira temporada de circulação do VSR e crianças de até 24 meses, em sua segunda temporada, que permanecem vulneráveis à doença grave pelo VSR, que pode incluir crianças com as seguintes condições clínicas: doença pulmonar crônica da prematuridade; doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica; fibrose cística; doenças neuromusculares; anomalias congênitas das vias aéreas; crianças imunocomprometidas e portadoras da Síndrome de Down.13

No momento, o nirsevimabe está disponível somente nos serviços privados de vacinação e está em avaliação estratégica pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI) a definição das suas recomendações no SUS.

Outra ferramenta de prevenção da doença que foi autorizada para uso no Brasil em abril de 2024 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) - a imunização ativa materna com transferência de anticorpos para o feto (imunização passiva ao feto). Trata-se de uma vacina baseada na proteína F do VSR, em sua conformação pré-fusional, com nome de AbrysvoÒ (Pfizer)14. Esta vacina se mostrou eficaz na redução do risco de internação hospitalar decorrente de infecção do trato respiratório inferior pelo VSR nos primeiros 180 dias de vida.15 Licenciada para uso em gestantes de até 49 anos de idade e na faixa de idade gestacional entre 24 e 36 semanas.15

Outras agências regulatórias também aprovaram a Abrysvo, com diferentes recomendações: A Food and Drug Administration (FDA), aprovou a vacina para uso entre 32 e 36 semanas; a agência regulatória europeia, European Medicines Agency (EMA), autorizou a vacina entre 24 e 36 semanas de gestação; no Reino Unido, a recomendação foi estabelecida a partir de 28 semanas e, na Argentina, também a partir de 32 semanas.11

Anteriormente, a CNE vacinas da Febrasgo corroborou com a recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que do ponto de vista da saúde individual, sugeriu a vacinação entre 32 e 36 semanas de gestação, porque a eficácia vacinal foi um pouco maior a partir de 32 semanas quando comparada com 24 semanas e, além disso, no estudo pivotal de licenciamento da vacina, houve um aumento discreto, sem significância estatística, de casos de prematuridade no grupo vacina comparado ao grupo placebo.16 Entretanto, um novo estudo de vida real realizado na Argentina, denominado, Estudo BERNI, trouxe dados de efetividade e segurança.17 Segundo o estudo, a efetividade da vacina em lactentes de 0 a 3 meses para prevenção de hospitalização por doença do trato respiratório inferior (DTRI) causada pelo VSR foi de 72,7% (IC 95% 60,0-81,4), e em lactentes de 0 a 6 meses foi de 68,0% (IC 95% 56,2-76,6) . Para DTRI grave em lactentes de 0 a 6 meses a efetividade foi de 73,9% (IC 95% 53,2-85,4). E nesse estudo de vida real, não se confirmaram os relatos de prematuridade encontrados no estudo pivotal.17 Pelo fato de não haver diferenças significativas de eficácia a aplicação da vacina nas idades gestacionais de 24 semanas a menos de 28 semanas e, de 28 semanas a menos de 32 semanas no estudo pivotal da vacina,16 a CNE vacinas da Febrasgo, que já havia inserido a vacina VSR no protocolo da Vacinação da Gestante18, corrobora com as recomendações da SBIm,19 com as seguintes orientações:

  • Vacina VSR (Abrysvo®) Pfizer
  • Gestantes a partir de 18 anos de idade (ou a critério médico abaixo dessa idade)
  • Uma dose, intramuscular, a partir de 28 semanas de gestação e sem limite de idade gestacional.
  • Aplicada a qualquer momento, independente de sazonalidade.
  • Repetir em cada gestação.
  • Pode ser coadministrada com as outras vacinas de rotina da gestante.
  • Como a Vacina VSR (Abrysvo®) é licenciada pela ANVISA de 24 a 36 semanas de gestação, fica a critério médico a recomendação em idades gestacionais entre 24 e 27 semanas.

A vacina Abrysvo® (Pfizer) encontra-se disponível nas clínicas privadas de vacinação e está sendo avaliada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações (CTAI) para definição das suas recomendações pelo Programa Nacional de Imunizações.
Levando em conta os benefícios demonstrados de forma consistente nos estudos e antecipando o grande impacto que esta intervenção tem de promover a saúde dos lactentes, a CNE Vacinas da Febrasgo, recomenda a vacina para todas as gestantes, idealmente no terceiro trimestre da gestação (a partir de 28 semanas de IG), independente do período sazonal.


Referências bibliográficas:

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  2. Li Y, Wang X, Blau DM, Caballero MT, Feikin DR, Gill CJ, et al. Global, regional, and national disease burden estimates of acute lower respiratory infections due to respiratory syncytial virus in children younger than 5 years in 2019: a systematic analysis. Lancet. 2022;399(10340):2047–2064.
  3. Lively JY, Curns AT, Weinberg GA, Edwards KM, Staat MA, Prill MM, et al. Respiratory Syncytial Virus-Associated Outpatient Visits Among Children Younger Than 24 Months. J Pediatric Infect Dis Soc. 2019;8(3):284-286.
  4. McLaughlin JM, Khan F, Schmitt HJ, Agosti Y, Jodar L, Simões EAF, et al. Respiratory Syncytial Virus-Associated Hospitalization Rates among US Infants: A Systematic Review and Meta- Analysis. J Infect Dis. 2020;225(6):1100-1111.
  5. Srikantiah P, Vora P, Klugman KP. Assessing the full burden of respiratory syncytial virus in Young infants in low- and middle-income countries: the importance of community mortality studies. Clin Infect Dis. 2021;73:S177–79.
  6. Freitas AR, Donalisio MR. Respiratory syncytial virus seasonality in Brazil: implications for the immunisation policy for at-risk populations. Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016;111(5): 294-301.
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  8. Meissner HC, Hall CB. Respiratory syncytial virus. In: Cherry JD, Harrison GJ, Kaplan SL, Steinbach WJ, Hotez PJ (Ed) Feigin and Cherry’s textbook of pediatric infectious diseases. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2014: 2407-34.
  9. Sáfadi MAP e Kfouri RA. Posicionamento conjunto – Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunizações Imunização passiva com Nirsevimabe para prevenção da doença pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças. 18 de Janeiro de 2024.
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  12. Mazur NI, Terstappen J, Baral R, Bardají A, Beutels P, Buchholz UJ, et al. Respiratory syncytial virus prevention within reach: the vaccine and monoclonal antibody landscape. Lancet Infect Dis. 2022 Aug 8:S1473- 3099(22)00291-2.
  13. Gov.br. Anvisa aprova medicamento para prevenção do vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/ptbr/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa- aprova-medicamento-para-prevencaodo-virus- sincicial-respiratorio-vsr Acesso em 15/12/2023.
  14. Anvisa registra vacina para prevenção de bronquiolite em bebês. Disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/anvisa-registravacina-para-prevencao-de-bronquiolite-em-bebes. Acessado em 30 de maio de 2025.
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  16. Kampmann B, Madhi SA, Munjal I, Simões EA, Pahud BA, Llapur C, et al. Bivalent prefusion Fvaccine in pregnancy to prevent RSV illness in infants. N Engl J Med. 2023;388(16):1451-64.doi:10.1056/NEJMoa2216480
  17. Gonzalo Pérez Marc GP, Vizzotti C, Fell DB, et al. Real-world effectiveness of RSVpreF vaccination during pregnancy against RSV-associated lower respiratory tract disease leading to hospitalisation in infants during the 2024 RSV season in Argentina (BERNI study): a multicentre, retrospective, test-negative, case–control study. Lancet Infect Dis. 2025. https://doi.org/10.1016/S1473-3099(25)00156-2.
  18. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Calendário de vacinação da gestante. 3a ed. São Paulo: FEBRASGO; 2024. (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 24/Comissão Nacional Especializada em Vacinas).
  19. Calendário vacinal da gestante 2025. SBIm. Disponível em: chromeextension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf 2. Acessado em 30 de maio de 2025.


Presidente:
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