CTS: As inscrições para o curso “Histeroscopia ambulatorial e cirúrgica” estão abertas
O Centro de Treinamento e Simulação da FEBRASGO, referência para médicos ginecologistas e obstetras de todo o Brasil, promove cursos exclusivos que unem prática e conhecimento. Utilizando simulação realística - como o simulador Lucina - e recursos modernos de aprendizagem, os treinamentos oferecem um ambiente seguro para desenvolver habilidades, vivenciar experiências inovadoras e alcançar qualificação de excelência tanto na teoria quanto na prática– além de proporcionar networking.
E com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta em emergência - e garantir a segurança de médicos e pacientes – acontece, em 20 de setembro, o curso Histeroscopia ambulatorial e cirúrgica no CTS FEBRASGO. Serão dois dias de muito aprimoramento científico.
Com o Dr. Mariano Tamura Vieira Gomes, presidente da CNE de Endoscopia Ginecológica, e os demais membros da mesma CNE, Drs. Luciano Gibran e Thomaz Moscovitz, o conteúdo desse curso contempla: Técnicas básicas de histeroscopia diagnóstica e operatória, Vídeos de casos clínicos, Patologias comuns diagnosticadas e tratadas por histeroscopia, Discussão de casos complexos e outros temas. A grade completa está aqui.
Há mais de 60 anos, a FEBRASGO tem como compromisso valorizar os profissionais de Ginecologia e Obstetrícia em todo Brasil, promovendo continuamente o aperfeiçoamento técnico e científico da especialidade em prol da saúde integral da mulher.
Para mais informações sobre os cursos do CTS, acesse e cadastre-se: www.febrasgo.org.br/pt/centro-de-treinamento
EPISÓDIO 19 - Particularidades da Consulta na Infância e Adolescência
Moderador: Maria Auxiliadora Budib
Participantes: Marta Francis Benevides Rehme e Claudia Lucia Barbosa Salomão
Nota de falecimento Dr. Paulo Cesar Serafini
Dr. Paulo Cesar Serafini foi pioneiro na Reprodução Assistida e na aplicação de testes genéticos no Brasil, deixando um legado notável de conhecimento, dedicação e humanidade. Sua atuação transformou a vida de inúmeros casais, viabilizando sonhos e oferecendo esperança com sensibilidade e excelência. Por anos, participou ativamente dos encontros do GAPENDI, sempre acolhendo dúvidas com gentileza e humildade.
Neste momento de tristeza, nos unimos em solidariedade à família, amigos e colegas, expressando nossos mais sinceros sentimentos. Que a memória do Dr. Paulo Cesar Serafini seja sempre lembrada com respeito, admiração e gratidão.
Setembro amarelo: Transtornos mentais afetam até 13% das mulheres no período gestacional e pós-parto
Obstetras da FEBRASGO chamam atenção para os sinais de alerta
Alterações hormonais importantes, mudanças físicas e, sobretudo, emocionais marcam o período da gestação. Nesse momento, é comum que as mulheres experimentem uma mistura de sentimentos ao acompanhar o desenvolvimento do bebê — que podem ir da alegria e da expectativa à insegurança e à dúvida. Quando essas emoções não recebem a devida atenção da família e o acompanhamento adequado de profissionais de saúde, podem abrir espaço para quadros de depressão, tanto durante a gravidez quanto no período pós-parto.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, cerca de 10% das gestantes e 13% das puérperas sofrem de algum transtorno mental, principalmente depressão, condição que, se não identificada e tratada, pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê.
“Durante a gestação é comum que ocorra uma alteração de humor da gestante, isso principalmente por conta dos efeitos hormonais. Mas é importante que haja uma atenção especial quando alguns sintomas se tornam persistentes”, explica a Dra. Lilian de Paiva Rodrigues Hsu, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).
A médica chama atenção para os sinais de alerta nessa fase, como tristeza recorrente, angústia, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite, cansaço constante, dificuldade de concentração, sentimento de culpa e de inadequação em relação à maternidade, além de pensamentos relacionados à morte em casos mais graves.
“Muitas vezes, a própria gestante não percebe que está passando por um processo depressivo. Por isso, é fundamental que familiares e profissionais de saúde estejam atentos a esses sinais. Se os sintomas persistirem por dias ou semanas, prejudicando a rotina, é indispensável buscar ajuda especializada”, alerta a obstetra.
O pré-natal é um período essencial de aproximação e detecção de possíveis anormalidades. Durante as consultas, além da avaliação física, o médico deve incluir a saúde emocional como parte do cuidado integral. Aspectos como histórico familiar de depressão, episódios anteriores, presença de ansiedade, condições de apoio social, circunstâncias da gravidez (planejada ou não) e fatores estressores do cotidiano precisam ser investigados.
“Os cuidados com a gestante devem seguir em todas as etapas. A chamada tristeza materna transitória, conhecida como baby blues, afeta grande parte das mulheres logo após o parto. Os sintomas surgem geralmente entre o segundo e o terceiro dia após o nascimento do bebê e podem durar até duas semanas”, explica o Dr. Romulo Negrini, obstetra vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da FEBRASGO.
Já a depressão pós-parto é uma condição mais séria, que pode surgir nas primeiras semanas após o parto e se prolongar por até um ano. Os sintomas são persistentes e intensos, incluindo tristeza profunda, perda de interesse em atividades antes prazerosas, exaustão, distúrbios do sono, autoestima baixa e, em casos mais graves, pensamentos suicidas. Nessa fase, também é comum a dificuldade de criar vínculo com o bebê e a sensação de incapacidade para exercer a maternidade. Diferentemente do baby blues, a depressão pós-parto interfere de forma significativa na vida da mulher e exige avaliação profissional, podendo envolver psicoterapia, grupos de apoio e, em alguns casos, tratamento medicamentoso supervisionado.
Nos casos de perda gestacional, incluindo abortos espontâneos, a necessidade de cuidado emocional é ainda maior. Esse processo doloroso requer acolhimento imediato, escuta ativa e acompanhamento psicológico especializado, a fim de prevenir complicações como depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
O suporte médico, psicológico e social é essencial tanto para a prevenção quanto para o manejo da depressão pós-parto, sobretudo após experiências de perda. Recomenda-se acompanhamento psicológico em gestações subsequentes e a criação de espaços de apoio nos quais mulheres possam compartilhar experiências. A atuação de uma equipe multiprofissional, com empatia e atenção constante, é decisiva para fortalecer a saúde mental materna e reduzir os riscos de complicações emocionais.
Obstetra da FEBRASGO: Participe da pesquisa FLASOG sobre vacinação na gestação
Por iniciativa da Federação Latinoamericana de Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia (FLASOG) - em parceria com a Sociedade Latinoamericana de Vacinologia (SLV) e a Sociedade Latinoamericana de Epidemiologia Pediátrica (SLIPE) – foi criado o Programa Regional para a Prevenção de Infecções por meio de Vacinas em Mulheres Grávidas, que tem como principal objetivo contribuir para a melhoria da saúde materno-infantil na América Latina. Essa ação multidisciplinar contempla estratégias voltadas à aceitação das vacinas, recomendações técnicas e ao fortalecimento do papel da equipe de saúde.
Como parte da iniciativa, está em andamento uma pesquisa regional direcionada a obstetras, para conhecer as percepções, as barreiras e as práticas profissionais em relação à vacinação durante a gestação na América Latina.
O questionário da pesquisa é totalmente anônimo, leva menos de 5 minutos para ser respondido e pode ser acessado de qualquer dispositivo.
A participação dos obstetras é fundamental para gerar evidências sólidas que orientem estratégias educativas, de comunicação e políticas públicas regionalmente.
Para acessar e responder à pesquisa, acesse o link abaixo:
https://es.surveymonkey.com/r/OBSTETRAS
Participe!
Ministério da Saúde e FEBRASGO alinham estratégias para capacitação em colposcopia e enfrentamento da mortalidade materna
No dia 28 de agosto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recebeu representantes do Ministério da Saúde para uma reunião estratégica voltada ao fortalecimento de políticas públicas relacionadas à saúde da mulher.
O encontro abordou dois temas prioritários: (1) treinamento e capacitação em colposcopia, exame essencial para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, e (2) as ações de enfrentamento à mortalidade materna no Brasil.
No encontro, estiveram presentes, pela FEBRASGO: Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente; Dra. Adriana Bittencourt Campaner, presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Trato Genital Inferior; Dra. Rossana Pulcineli Vieira Francisco, presidente da CNE de Mortalidade Materna; Tiago Barreto, gerente-geral, e Renata Erlich, responsável por Projetos Institucionais.
O Ministério da Saúde foi representado por Felipe Proenço de Oliveira, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde; André Longo Araújo de Melo, diretor-presidente da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), e Rosalva Raimundo da Silva e Lia Padilha Fonseca, ambas integrantes da assessoria da Secretaria de Atenção Especializada.
Durante a reunião, foram discutidas propostas voltadas ao aprimoramento técnico e à capacitação dos especialistas em colposcopia, reforçando a necessidade de qualificação contínua e atualização científica dos profissionais. O objetivo é assegurar que médicos e equipes de saúde estejam preparados para oferecer um diagnóstico preciso e um cuidado de excelência alinhados às melhores práticas nacionais e internacionais, especialmente no novo modelo do rastreamento do câncer de colo uterino.
Outro ponto central foi o debate sobre a mortalidade materna, que segue como um dos principais desafios da saúde pública brasileira. A FEBRASGO ressaltou a importância da implementação de protocolos baseados em evidências científicas e do investimento contínuo em treinamento de equipes multiprofissionais, especialmente para o acompanhamento de gestantes de alto risco. A preocupação central é alinhar as práticas nacionais às recomendações internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), promovendo um pré-natal de qualidade e um sistema de regulação do parto mais eficaz.
“A parceria entre o Ministério da Saúde e a FEBRASGO é fundamental para avançarmos em políticas públicas, que impactem diretamente a vida das mulheres brasileiras. O fortalecimento da colposcopia e a redução da mortalidade materna são compromissos que exigem ação conjunta técnica e estruturada”, destacou Dra. Maria Celeste.
O encontro reforça o papel da FEBRASGO como parceira estratégica do Ministério da Saúde, contribuindo com expertise científica, formação de especialistas e articulação nacional para garantir melhores resultados na saúde da mulher.