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Campanha Setembro em Flor

Setembro em Flor é uma campanha educativa, idealizada pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos – EVA – como objetivo de promover informação e conscientização sobre os cinco principais tumores ginecológicos. 

A FEBRASGO entra em parceria na campanha para somar esforços na disseminação de informações e conscientização em seus canais, para associados e público geral.

 

Os tumores ginecológicos têm como particularidade diferentes fatores de risco, conforme local de origem. Dentre os cânceres ginecológicos, o mais prevalente no Brasil é o câncer do colo do útero, doença passível de prevenção e curabilidade, porém para 2024 a expectativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 17 mil novos casos. 


Tem como principal agente causador, a infecção por papilomavírus humano (HPV), vírus transmitido por via sexual, que pode ser prevenido através da vacinação contra HPV, disponível no serviço público de saúde e recomendada para meninas e meninos entre 09 e 14anos. 


O exame do Papanicolau também é um método preventivo, no entanto o Estudo EVITA, realizado pelo grupo EVA em parceria com LACOG, demonstrou alguns motivos mais frequentemente relatados para a não realização do exame: falta de vontade em 46,9%, vergonha ou constrangimento em 19,7%, e falta de conhecimento em19,7%. 


Este estudo também demonstrou que abaixa adesão ao Papanicolau está associada a disparidades sociais, menor renda, nível educacional e parceiro estável.

 

O câncer do corpo do útero ou endométrio vem apresentando crescimento nos últimos anos, o que pode estar relacionado ao aumento da obesidade, sendo responsável por cerca de 7.840 novos casos.


Dentre os tumores na mulher, o câncer de ovário representa o segundo câncer ginecológico mais comum (ficando atrás apenas do câncer do colo do útero) e com menor taxa de sobrevivência dos cânceres femininos.


Chamado de tumor silencioso, por não apresentar sintomas específicos e a ausência de métodos eficazes de rastreamento. Como os diagnósticos são tardios na maioria, ou em fases avançadas, apresentam alta mortalidade, sendo estimado para 2024, 7.310 casos novos.


Alterações genéticas podem estar presentes em 25% das pacientes com câncer de ovário e a história familiar de câncer de mama e ovário devem sempre ser sinais de alerta.


Por fim, os cânceres de vulva e vagina são tumores mais raros e que também possuem associação com infecção por HPV como fator causal. Vacina contra o HPV e exame ginecológico de rotina são os pilares para prevenção e diagnóstico desses tumores em fases iniciais.

 

 

 

 

Notícias Informativos Cartilhas Infográficos

CTS: As inscrições para o curso “Histeroscopia ambulatorial e cirúrgica” estão abertas

O Centro de Treinamento e Simulação da FEBRASGO, referência para médicos ginecologistas e obstetras de todo o Brasil, promove cursos exclusivos que unem prática e conhecimento. Utilizando simulação realística - como o simulador Lucina - e recursos modernos de aprendizagem, os treinamentos oferecem um ambiente seguro para desenvolver habilidades, vivenciar experiências inovadoras e alcançar qualificação de excelência tanto na teoria quanto na prática– além de proporcionar networking.

E com o objetivo de melhorar a capacidade de resposta em emergência - e garantir a segurança de médicos e pacientes – acontece, em 20 de setembro, o curso Histeroscopia ambulatorial e cirúrgica no CTS FEBRASGO. Serão dois dias de muito aprimoramento científico.

Com o Dr. Mariano Tamura Vieira Gomes, presidente da CNE de Endoscopia Ginecológica, e os demais membros da mesma CNE, Drs. Luciano Gibran e Thomaz Moscovitz, o conteúdo desse curso contempla: Técnicas básicas de histeroscopia diagnóstica e operatória, Vídeos de casos clínicos, Patologias comuns diagnosticadas e tratadas por histeroscopia, Discussão de casos complexos e outros temas. A grade completa está aqui.

Há mais de 60 anos, a FEBRASGO tem como compromisso valorizar os profissionais de Ginecologia e Obstetrícia em todo Brasil, promovendo continuamente o aperfeiçoamento técnico e científico da especialidade em prol da saúde integral da mulher.

Para mais informações sobre os cursos do CTS, acesse e cadastre-se: www.febrasgo.org.br/pt/centro-de-treinamento

Nota de falecimento Dr. Paulo Cesar Serafini

Dr. Paulo Cesar Serafini foi pioneiro na Reprodução Assistida e na aplicação de testes genéticos no Brasil, deixando um legado notável de conhecimento, dedicação e humanidade. Sua atuação transformou a vida de inúmeros casais, viabilizando sonhos e oferecendo esperança com sensibilidade e excelência. Por anos, participou ativamente dos encontros do GAPENDI, sempre acolhendo dúvidas com gentileza e humildade.

 

Neste momento de tristeza, nos unimos em solidariedade à família, amigos e colegas, expressando nossos mais sinceros sentimentos. Que a memória do Dr. Paulo Cesar Serafini seja sempre lembrada com respeito, admiração e gratidão.

 

Setembro amarelo: Transtornos mentais afetam até 13% das mulheres no período gestacional e pós-parto

Obstetras da FEBRASGO chamam atenção para os sinais de alerta

Alterações hormonais importantes, mudanças físicas e, sobretudo, emocionais marcam o período da gestação. Nesse momento, é comum que as mulheres experimentem uma mistura de sentimentos ao acompanhar o desenvolvimento do bebê — que podem ir da alegria e da expectativa à insegurança e à dúvida. Quando essas emoções não recebem a devida atenção da família e o acompanhamento adequado de profissionais de saúde, podem abrir espaço para quadros de depressão, tanto durante a gravidez quanto no período pós-parto.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo o mundo, cerca de 10% das gestantes e 13% das puérperas sofrem de algum transtorno mental, principalmente depressão, condição que, se não identificada e tratada, pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê.

“Durante a gestação é comum que ocorra uma alteração de humor da gestante, isso principalmente por conta dos efeitos hormonais. Mas é importante que haja uma atenção especial quando alguns sintomas se tornam persistentes”, explica a Dra. Lilian de Paiva Rodrigues Hsu, presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

A médica chama atenção para os sinais de alerta nessa fase, como tristeza recorrente, angústia, perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite, cansaço constante, dificuldade de concentração, sentimento de culpa e de inadequação em relação à maternidade, além de pensamentos relacionados à morte em casos mais graves.

“Muitas vezes, a própria gestante não percebe que está passando por um processo depressivo. Por isso, é fundamental que familiares e profissionais de saúde estejam atentos a esses sinais. Se os sintomas persistirem por dias ou semanas, prejudicando a rotina, é indispensável buscar ajuda especializada”, alerta a obstetra.

O pré-natal é um período essencial de aproximação e detecção de possíveis anormalidades. Durante as consultas, além da avaliação física, o médico deve incluir a saúde emocional como parte do cuidado integral. Aspectos como histórico familiar de depressão, episódios anteriores, presença de ansiedade, condições de apoio social, circunstâncias da gravidez (planejada ou não) e fatores estressores do cotidiano precisam ser investigados.

“Os cuidados com a gestante devem seguir em todas as etapas. A chamada tristeza materna transitória, conhecida como baby blues, afeta grande parte das mulheres logo após o parto. Os sintomas surgem geralmente entre o segundo e o terceiro dia após o nascimento do bebê e podem durar até duas semanas”, explica o Dr. Romulo Negrini, obstetra vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da FEBRASGO.

Já a depressão pós-parto é uma condição mais séria, que pode surgir nas primeiras semanas após o parto e se prolongar por até um ano. Os sintomas são persistentes e intensos, incluindo tristeza profunda, perda de interesse em atividades antes prazerosas, exaustão, distúrbios do sono, autoestima baixa e, em casos mais graves, pensamentos suicidas. Nessa fase, também é comum a dificuldade de criar vínculo com o bebê e a sensação de incapacidade para exercer a maternidade. Diferentemente do baby blues, a depressão pós-parto interfere de forma significativa na vida da mulher e exige avaliação profissional, podendo envolver psicoterapia, grupos de apoio e, em alguns casos, tratamento medicamentoso supervisionado.

Nos casos de perda gestacional, incluindo abortos espontâneos, a necessidade de cuidado emocional é ainda maior. Esse processo doloroso requer acolhimento imediato, escuta ativa e acompanhamento psicológico especializado, a fim de prevenir complicações como depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

O suporte médico, psicológico e social é essencial tanto para a prevenção quanto para o manejo da depressão pós-parto, sobretudo após experiências de perda. Recomenda-se acompanhamento psicológico em gestações subsequentes e a criação de espaços de apoio nos quais mulheres possam compartilhar experiências. A atuação de uma equipe multiprofissional, com empatia e atenção constante, é decisiva para fortalecer a saúde mental materna e reduzir os riscos de complicações emocionais.

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