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Uma nova perspectiva para ampliar sua formação médica.

Amplie seus horizontes na Ginecologia e Obstetrícia com o InterGO

O programa de intercâmbio da FEBRASGO que conecta residentes, instituições e oportunidades em todo o Brasil.

A FEBRASGO, através de sua Comissão Nacional de Residências Médicas e em parceria com importantes centros de formação de Ginecologia e Obstetrícia, lança uma importante iniciativa: o InterGO, programa de intercâmbio voltado para residentes de Ginecologia e Obstetrícia que desejam expandir suas experiências, conhecer novas realidades assistenciais e fortalecer sua formação técnica e científica.

O que é o Programa InterGO

O InterGO foi criado com o propósito de aproximar Programas de Residência Médica (PRM) de Ginecologia e Obstetrícia de todo o Brasil, estimulando a troca de experiências, a atualização científica e a integração nacional. Por meio desse intercâmbio, residentes do 2º e 3º ano podem realizar estágios de curta duração (30 dias), atuando como visitantes ou optativos, sob supervisão de equipes experientes e professores de alto nível.

A FEBRASGO atua como elo entre os PRM acolhedores e os residentes interessados, promovendo a visibilidade das oportunidades disponíveis em todo o território nacional.

Benefícios e Oportunidades

  • Acesso a centros de excelência em Ginecologia e Obstetrícia.
  • Aprendizado com equipes reconhecidas nacionalmente.
  • Enriquecimento curricular e científico com vivências práticas em diferentes realidades hospitalares.
  • Networking com especialistas e professores de referência.
  • Integração nacional entre programas, fortalecendo a formação médica.

Como participar

As vagas e áreas de estágio são disponibilizadas por programas de residência consolidados e parceiros, que informam à FEBRASGO suas áreas de acolhimento. Essas oportunidades são organizadas na plataforma do InterGO, onde o residente pode consultar as opções disponíveis e se inscrever de forma simples e segura.

  • Instituição
  • Área de Estágio
  • Qde Vagas

Dê o próximo passo na sua formação. Descubra novas práticas, conecte-se a grandes especialistas e amplie sua visão da Ginecologia e Obstetrícia com o InterGO.

Atenção:

  • Este é um benefício exclusivo para residentes que realizaram o exame do TPI.
  • Residente, Clique no Botão abaixo e acesse com o seu login e senha cadastrados no TPI.

Com o InterGO, a FEBRASGO reafirma seu compromisso em promover a excelência na formação médica, a integração entre programas e o crescimento profissional de cada residente.

Compartilhar experiências é construir o futuro da Ginecologia e Obstetrícia, qualificando ainda mais a assistência à saúde da mulher no Brasil.
FEBRASGO. Sempre com você!

AMB alerta para ameaça à certificação de especialistas e risco à saúde

A Associação Médica Brasileira (AMB) alerta para uma grave ameaça ao sistema de certificação de médicos especialistas no país, com potenciais riscos à segurança do paciente. Pela legislação brasileira, o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) só pode ser obtido por quem conclui residência médica reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou obtém título de especialista concedido pela AMB em conjunto com as Sociedades de Especialidades — como o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), concedido pela FEBRASGO -, garantindo formação sólida, supervisionada e validada.

Nos últimos meses, uma entidade autodenominada “Ordem Médica Brasileira” tem se apresentado como alternativa paralela e irregular para formação e certificação, propondo “sociedades de especialidades” sem reconhecimento oficial e emitindo “títulos de especialista” sem respaldo técnico ou jurídico. Para a AMB, essa prática expõe a população a diagnósticos e tratamentos inadequados.

“A FEBRASGO está ao lado da AMB e apoia a ampla divulgação de alertas sobre a criação e conduta inadequada destas entidades paralelas”, declara Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da FEBRASGO.

A carta da AMB, que você pode conferir na íntegra aqui  -(https://amb.org.br/noticias/amb-alerta-para-grave-ameaca-a-certificacao-dos-medicos-especialistas-no-brasil-e-o-risco-a-saude-da-populacao/ - pretende:

  • Alertar médicos para não se vincularem a iniciativas irregulares que configuram exercício ilegal de especialidade e prejudicam a imagem profissional;
  • Conclamar autoridades a adotarem medidas firmes para coibir ações que afrontam a legislação e colocam em risco a assistência médica.

A FEBRASGO reforça a importância do TEGO e dos processos oficiais de formação e certificação, pilares da qualidade e segurança no cuidado em Ginecologia e Obstetrícia.

NOTA CONJUNTA À POPULAÇÃO - FEBRASGO E SBEM

FEBRASGO – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

 

A recente retirada, pelo FDA (Food and Drug Administration- agência reguladora americana), do box de alerta das terapias hormonais à base de estrogênio para menopausa confirma avanços científicos e está alinhada ao que FEBRASGO e SBEM já vêm afirmando: quando bem indicada, a terapia hormonal é segura e eficaz.

As evidências mostram benefícios para mulheres com sintomas climatéricos, sem contraindicações, e que iniciam o tratamento na perimenopausa ou nos primeiros anos da pós-menopausa, com melhora da qualidade de vida, dos sintomas vasomotores e da saúde óssea. O tratamento deve sempre ser individualizado, com seleção adequada de hormônios, via e dose, e acompanhamento médico contínuo.

A atualização norte-americana não significa liberação irrestrita nem valida práticas sem respaldo científico. O posicionamento refere-se apenas a terapias aprovadas e estudadas, excluindo o uso indiscriminado de testosterona em mulheres e o emprego de implantes hormonais manipulados, que não têm comprovação de segurança ou eficácia.

A mudança nas bulas é uma notícia positiva por reforçar a segurança da terapia hormonal bem indicada, e também reafirma que tratamentos não aprovados ou sem evidência continuam oferecendo riscos.

FEBRASGO e SBEM permanecem comprometidas com a ciência, a ética e o cuidado responsável da saúde feminina.

 

FEBRASGO comemora decisão do FDA sobre retirada de advertências em medicamentos hormonais para menopausa

 “Depois de mais de 20 anos em que um alerta levou muitas mulheres a terem medo de usar terapia hormonal no climatério, o FDA decidiu retirar esse aviso dos medicamentos hormonais nos Estados Unidos. Entendeu-se que os riscos podem ser equilibrados, de acordo com uma correta avaliação, individualização do tratamento e um correto acompanhamento da paciente. É uma conquista, porque esse alerta, infelizmente, impediu que muitas mulheres — especialmente nos Estados Unidos — tivessem acesso a um tratamento adequado para a menopausa. Temos motivo para comemorar!” declara a Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

A Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, anunciou que está iniciando a remoção das “boxed warnings” (advertências em caixa) dos rótulos de diversos medicamentos de terapia hormonal para menopausa. O objetivo é que as bulas passem a refletir informações atuais, precisas e equilibradas sobre benefícios e riscos, permitindo que mulheres, em conjunto com seus profissionais de saúde, tomem decisões informadas.

As terapias hormonais (TRH) são aprovadas para aliviar sintomas comuns da menopausa, como fogachos e suor noturno (sintomas vasomotores), além de queixas resultantes da redução de estrogênio no trato genital e urinário (atrofia vulvovaginal). Alguns produtos também são aprovados para prevenção de osteoporose.

O que muda:

  • O FDA está trabalhando com as empresas para atualizar os rótulos e remover referências a riscos de doença cardiovascular, câncer de mama e provável demência das advertências em caixa.
  • Permanece a advertência em caixa para câncer endometrial nos produtos de estrogênio sistêmico em monoterapia.
  • A recomendação rotulada do FDA será iniciar a TRH até 10 anos após o início da menopausa ou antes dos 60 anos para terapias sistêmicas, reconhecendo que tempo de início e duração devem ser definidos caso a caso entre médica(o) e paciente.

De acordo com a agência, estudos sugerem que, para a maioria das mulheres, os benefícios superam os riscos, incluindo menor mortalidade por todas as causas e redução de fraturas.

Vale ressaltar que esta decisão do FDA vale para os Estados Unidos. No Brasil, cabe à Anvisa a regulação de medicamentos. Pacientes não devem iniciar, interromper ou ajustar tratamentos sem orientação médica.

A FEBRASGO apoia a Defesa de Crianças e Adolescentes com Gestações Decorrentes de Violência

A Resolução no. 258, de 23 de dezembro de 2024, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente dispõe sobre o atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e a garantia de seus direitos. A resolução tem sua integralidade em discussão pelo Projeto de Decreto Legislativo – PDL 3/2025, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados e segue para o Senado Federal.

A referida resolução não traz inovações jurídicas nem tem poder normativo para criar ou extinguir tipos penais, mas traz esclarecimentos bem consolidados na assistência a essa população e previstos em diversos outros instrumentos normativos e superiores à força de resoluções.  

Sendo assim, a FEBRASGO, enquanto instituição envolvida nos aspectos científicos e éticos da assistência a mulheres, em especial crianças e adolescentes, em situação de violência e na dificílima situação de acesso à interrupção da gestação prevista em lei, apoia a Resolução 258/2024. O texto se apoia em pilares das normas brasileiras, como a Constituição Federal, Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017, vigente, que prevê todos os aspectos relacionados à assistência de crianças e adolescentes em qualquer situação de violência.

A discussão social do abortamento legal e seguro, como forma de evitar a mortalidade materna pelo abortamento clandestino, é uma unanimidade, aqui incluídos o adequado planejamento familiar e universalidade da educação em saúde e direitos reprodutivos como meta coletiva.

A prioridade e proteção à criança e adolescente nesta situação prevista na resolução são corroboradas em vários instrumentos normativos, e pela necessidade social.

A realidade, que deve ser combatida, é que apesar da legislação brasileira permitir essa interrupção nos casos de violência sexual, na prática existem pouquíssimos serviços devidamente habilitados e efetivos no Brasil e a criança ou adolescente que busca o exercício do direito enfrenta enormes dificuldades de acesso e continuidade no atendimento.

Sendo assim, A FEBRASGO defende:

  • Que as crianças e adolescentes que assim o desejam, ressalvadas as exigências legais, tenham a possibilidade de exercer o seu direito de interrupção da gravidez previsto em lei, com (muitos) mais centros de referência habilitados, recursos humanos e capacitações, além da atuação social e política na prevenção e combate a todos os tipos de violência contra a mulher;
  • Que os esforços da saúde e da política sejam no sentido de fornecer essa possibilidade legal o mais precocemente possível, por inúmeros motivos médicos, clínicos, assistenciais e psicológicos;
  • Que os médicos, com nossa especial atenção, ginecologistas e obstetras que trabalham nesses serviços de referência tenham seus direitos trabalhistas e legais assegurados, num ambiente de trabalho organizado, bem estruturado, com as equipes, materiais e documentações necessárias e com o respaldo das instituições públicas para proteção e respeito das suas difíceis atividades;
  • Que os direitos relacionados a crianças e adolescentes em situação de violência sejam valorizados e respeitados

A FEBRASGO manifesta o seu apoio e respeito às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e na situação complexa da interrupção da gravidez prevista em lei. Além disso, acolhe e valoriza todos os profissionais que atuam nos serviços de interrupção legal da gravidez no Brasil, na tentativa de colaborar com o tema a qualquer tempo e de proteger as meninas e mulheres nessa dificílima situação.

NOTA TÉCNICA: Uso de dispositivos de termografia das mamas em farmácias sem pedido médico

Em outubro de 2025, a Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA) anunciou que Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo passaram a oferecer o exame “termografia das mamas” sem necessidade de pedido médico. Embora apresentada como ação de prevenção e diagnóstico precoce, essa iniciativa apresenta sérias limitações técnicas, éticas e regulatórias.

Acesse a nota completa com o parecer conjunto da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem), FEMAMA, Sociedade Brasileira de Mastologia, SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).

Confira a nota técnica na íntegra clicando aqui!

Parto prematuro responde a 11% dos nascimentos no Brasil

Parto prematuro não afeta só o bebê, revela especialista da FEBRASGO

 

O parto prematuro, definido como o nascimento que ocorre antes das 37 semanas de gestação, é um tema de extrema importância para a saúde materna e infantil. Segundo o Dr. Renato Teixeira Souza, ginecologista e membro da Comissão Nacional Especializada em Gestação de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), compreender as causas, os riscos e as formas de prevenção é essencial para reduzir complicações e garantir o bem-estar da mãe e do bebê.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 300 mil e 340 mil bebês nascem prematuros no Brasil a cada ano, o que representa cerca de 11% de todos os partos realizados no país. Esses números evidenciam a relevância do tema e reforçam a importância de medidas preventivas, acompanhamento pré-natal adequado e atenção especializada para reduzir os riscos associados à prematuridade.

Entre as principais causas do parto prematuro estão fatores relacionados à saúde da gestante, ao bebê e às condições da gestação. O histórico de parto prematuro anterior, a gravidez múltipla, as infecções urinárias ou genitais, a hipertensão, o diabetes, a ruptura precoce da bolsa, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas e o baixo ganho de peso, geralmente, estão associados às causas. Aspectos sociais, como intervalos curtos entre gestações e o acesso limitado ao pré-natal, também contribuem para o aumento do risco.

“Os sinais de alerta incluem contrações regulares antes das 37 semanas, dor ou pressão pélvica, perda de líquido pela vagina, sangramento e diminuição dos movimentos do bebê. Nesses casos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente”, explica o Dr. Renato. Durante o pré-natal, a avaliação do comprimento do colo do útero por ultrassonografia entre 18 e 24 semanas é uma ferramenta importante para identificar risco de prematuridade e permitir intervenções precoces.

O parto prematuro representa riscos significativos para o bebê, uma vez que muitos órgãos ainda estão em desenvolvimento. Complicações respiratórias, infecções, hemorragias cerebrais e dificuldades na alimentação e manutenção da temperatura corporal são comuns, especialmente em nascimentos antes das 32 semanas. Para minimizar esses riscos, a equipe médica pode administrar corticoides para acelerar a maturação pulmonar e sulfato de magnésio para proteger o sistema nervoso. Após o nascimento, o cuidado em unidade de terapia intensiva neonatal, incluindo suporte respiratório, nutrição adequada e monitoramento contínuo, é essencial. O método canguru, com contato pele a pele entre bebê e pais, também é recomendado para fortalecer vínculo e favorecer a recuperação.

Além do bebê, a saúde da mãe também pode ser afetada. Hemorragias, necessidade de transfusões e internação em unidade intensiva estão entre as complicações possíveis. “O acompanhamento pós-parto é fundamental para revisar a gestação, identificar fatores que contribuíram para o parto prematuro e planejar medidas preventivas em futuras gestações, como o uso de progesterona vaginal e, em alguns casos, a cerclagem (pontos do colo do útero para evitar sua abertura prematura), alerta o médico. O cuidado emocional é igualmente importante, pois ansiedade, culpa e depressão pós-parto podem ocorrer, especialmente quando o bebê permanece internado. A amamentação, quando possível, oferece benefícios imunológicos e nutricionais fundamentais para o bebê prematuro.

A prevenção do parto prematuro envolve tanto cuidados médicos quanto hábitos saudáveis. Iniciar o pré-natal precocemente, não fumar, evitar álcool, manter alimentação equilibrada, controlar peso, praticar atividades leves e reduzir o estresse são atitudes essenciais. “O acompanhamento regular com ginecologista ou obstetra é o melhor aliado para garantir a segurança da mãe e do bebê, permitindo uma gestação mais segura e saudável”, conclui o Dr. Renato.

 

Diabetes pode impactar saúde ginecológica

E a menopausa se relaciona com a resistência insulínica

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) chama atenção para a relação entre menopausa e risco de diabetes e os problemas que a doença traz à saúde ginecológica. O alerta complementa informações do Novembro Azul, mês em que é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Diabetes (14/11).

Na menopausa, a queda do estrogênio — hormônio com ação protetora sobre a sensibilidade à insulina em músculos e fígado — favorece a resistência insulínica, acúmulo de gordura visceral e piora do controle glicêmico. “Além disso, fatores associados à idade, como redução de massa magra e da atividade física, ganho de peso progressivo, inflamação crônica de baixo grau e uso mais frequente de alguns medicamentos também podem agravar a resistência à insulina”, explica a Dra. Rita de Cássia de Maio Dardes, ginecologista da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Climatério da FEBRASGO.

Após a menopausa, o corpo feminino tende a acumular gordura abdominal, o que pode aumentar o risco de síndrome metabólica: pressão arterial elevada, glicemia alterada, triglicerídeos altos, HDL-colesterol reduzido. Mulheres na pós-menopausa têm maior probabilidade de apresentar esse conjunto e, por consequência, maior risco de diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares (como infarto e AVC).

“Entre outros fatores que contribuem para o surgimento de diabetes na mulher menopausada estão o sono de má qualidade — comum nessa fase e associado a maior fome e preferência por alimentos calóricos —, o estresse crônico e a sobrecarga emocional, que favorecem hábitos alimentares irregulares e elevam a glicose, o histórico familiar e a predisposição genética, além do envelhecimento, um fator de risco independente para o diabetes tipo 2”, conta a Dra. Cristina Laguna Benetti Pinto, vice-presidente da CNE em Ginecologia Endócrina da FEBRASGO.

A terapia hormonal (TH) pode beneficiar o metabolismo a depender do tipo, via de administração e perfil da paciente. A via transdérmica (adesivo/gel) é especialmente útil por evitar a primeira passagem hepática, reduzindo o impacto em triglicerídeos e resistência insulínica.

Na fase de transição menopausal (geralmente após os 40 anos), a recomendação das especialistas é: (1) Avaliar a glicemia precocemente para identificar pré-diabetes. (2) Implementar mudanças de estilo de vida: alimentação menos calórica, menos ultraprocessados e açúcares, atividade física regular e higiene do sono. (3) Considerar apoio medicamentoso quando indicado, para evitar a progressão de pré-diabetes para diabetes.

O diabetes mal controlado pode impactar a saúde ginecológica. A hiperglicemia crônica afeta o sistema reprodutivo e urinário, podendo causar infecções genitais e urinárias de repetição, como candidíase, pela maior disponibilidade de glicose para microrganismos. “Além disso, na menopausa há mais disfunção sexual, associando-se redução da lubrificação e dor nas relações sexuais”, complementa Dra. Cristina.

 

“Diabetes e bem-estar no trabalho”: tema da campanha mundial de 2025

O impacto do diabetes ultrapassa a glicemia: energia, sono, alimentação e saúde mental influenciam o desempenho. Para prevenir o diabetes e manter a saúde das mulheres, as ginecologistas da FEBRASGO recomendam às empresas:

  • Flexibilidade para monitorar glicemia, aplicar insulina e realizar lanches adequados.
  • Ambiente alimentar favorável em refeitórios, reuniões e eventos; redução de ultraprocessados e bebidas açucaradas.
  • Educação e empatia: capacitar líderes e equipes para apoiar sem estigma.
  • Apoio psicológico e programas de saúde com endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos.
  • Atenção à dupla jornada: flexibilizar horários e viabilizar trabalho remoto parcial quando possível.
  • Pausas ativas e incentivo a pequenas caminhadas durante o expediente.
  • Campanhas internas sobre alimentação, sono e saúde mental e estímulo constante ao autocuidado.
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