Ministério da Saúde e FEBRASGO alinham estratégias para capacitação em colposcopia e enfrentamento da mortalidade materna
No dia 28 de agosto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recebeu representantes do Ministério da Saúde para uma reunião estratégica voltada ao fortalecimento de políticas públicas relacionadas à saúde da mulher.
O encontro abordou dois temas prioritários: (1) treinamento e capacitação em colposcopia, exame essencial para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer do colo do útero, e (2) as ações de enfrentamento à mortalidade materna no Brasil.
No encontro, estiveram presentes, pela FEBRASGO: Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente; Dra. Adriana Bittencourt Campaner, presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Trato Genital Inferior; Dra. Rossana Pulcineli Vieira Francisco, presidente da CNE de Mortalidade Materna; Tiago Barreto, gerente-geral, e Renata Erlich, responsável por Projetos Institucionais.
O Ministério da Saúde foi representado por Felipe Proenço de Oliveira, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde; Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde; André Longo Araújo de Melo, diretor-presidente da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), e Rosalva Raimundo da Silva e Lia Padilha Fonseca, ambas integrantes da assessoria da Secretaria de Atenção Especializada.
Durante a reunião, foram discutidas propostas voltadas ao aprimoramento técnico e à capacitação dos especialistas em colposcopia, reforçando a necessidade de qualificação contínua e atualização científica dos profissionais. O objetivo é assegurar que médicos e equipes de saúde estejam preparados para oferecer um diagnóstico preciso e um cuidado de excelência alinhados às melhores práticas nacionais e internacionais, especialmente no novo modelo do rastreamento do câncer de colo uterino.
Outro ponto central foi o debate sobre a mortalidade materna, que segue como um dos principais desafios da saúde pública brasileira. A FEBRASGO ressaltou a importância da implementação de protocolos baseados em evidências científicas e do investimento contínuo em treinamento de equipes multiprofissionais, especialmente para o acompanhamento de gestantes de alto risco. A preocupação central é alinhar as práticas nacionais às recomendações internacionais da Organização Mundial da Saúde (OMS), promovendo um pré-natal de qualidade e um sistema de regulação do parto mais eficaz.
“A parceria entre o Ministério da Saúde e a FEBRASGO é fundamental para avançarmos em políticas públicas, que impactem diretamente a vida das mulheres brasileiras. O fortalecimento da colposcopia e a redução da mortalidade materna são compromissos que exigem ação conjunta técnica e estruturada”, destacou Dra. Maria Celeste.
O encontro reforça o papel da FEBRASGO como parceira estratégica do Ministério da Saúde, contribuindo com expertise científica, formação de especialistas e articulação nacional para garantir melhores resultados na saúde da mulher.
EPISÓDIO 18 - Como fazer o diagnóstico e estadiamento da Neoplasia Trofoblástica Gestacional pós-molar
Moderador: Sue Yazaki Sun
Participantes: Izildinha Maestá e Sheldon Rodrigo Botogoski
Setembro em Flor: FEBRASGO alerta para sintomas do câncer ginecológico
Especialistas chamam atenção para a prevenção e os sinais
Sentiu alguma alteração na pele da vulva ou vagina, dor, sangramento após a menopausa ou feridas? Atenção: esses podem ser sintomas de algum tipo de câncer ginecológico. O alerta é da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), que apoia a campanha Setembro em Flor, promovida pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).
“O câncer do colo do útero é o que mais mata mulheres até os 36 anos de idade no país. Não podemos ignorar esta estatística, e é importante lembrar que esse câncer pode ser evitado pela vacinação contra o HPV, indicada a partir dos 9 anos de idade”, explica o ginecologista Dr. Agnaldo Lopes, Diretor Científico da FEBRASGO.
Sinais e sintomas: Sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual; Secreção vaginal anormal; Dores pélvicas (que podem piorar após relação sexual); Desconforto urinário recorrente.
Prevenção: Uso de preservativos; Vacinação contra o HPV, disponível pelo SUS para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos.
“O câncer de ovário pode surgir em qualquer idade – é o terceiro tipo mais comum entre os tumores ginecológicos. Entre os tipos que mais acometem mulheres jovens estão os tumores de células germinativas, que afetam principalmente pacientes entre 10 e 30 anos e, quando diagnosticados precocemente, podem ser tratados com preservação de um ovário e do útero”, explica a ginecologista Dra. Sophie Françoise Mauricette Derchain, da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica da FEBRASGO. O ovário contralateral e o útero também podem ser preservados nos tumores borderlines de ovário e mesmo em alguns carcinomas bem diferenciados que podem acometer mulheres jovens.
De acordo com estimativas globais, mais de 670 mil novos casos de câncer de ovário são diagnosticados anualmente no mundo, com metade das pacientes indo a óbito. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil a estimativa é de cerca de 6 a 7 mil casos por ano, o que reforça a urgência de ações de conscientização e cuidado.
Sinais e sintomas: Aumento do volume abdominal; Desconforto pélvico; Inchaço nas pernas; Alteração súbita do hábito intestinal e/ou urinário.
Prevenção: Atenção ao histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário; Manutenção de dieta equilibrada; Prática regular de atividade física; Controle do peso e de comorbidades.
A Campanha Setembro em Flor foi idealizada pela atual presidente do grupo EVA, Dra. Andrea Paiva Gadêlha Guimarães. “O objetivo da campanha durante todo o mês de setembro é levar informação para a população sobre a prevenção dos cânceres que atingem o colo do útero, os ovários, o endométrio, a vagina e a vulva”, afirma Dra. Andrea.
O câncer de endométrio, também chamado de câncer do corpo do útero (já que o endométrio reveste a parte interna do órgão), pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em mulheres na pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal nesse período deve ser cuidadosamente avaliada.
Sinais e sintomas: Sangramento uterino anormal persistente (fora do período menstrual, após relação sexual ou principalmente na pós-menopausa); Aumento do volume abdominal; Dores pélvicas persistentes.
Prevenção: Dieta equilibrada, com baixo teor de gordura; Exercício físico regular; Controle do peso e de comorbidades, como diabetes.
O câncer de vulva é um dos tipos mais raros de câncer ginecológico, atingindo a região externa do aparelho reprodutor feminino — incluindo grandes e pequenos lábios, clitóris e períneo. É mais frequente em mulheres após a menopausa e pode estar associado à infecção pelo HPV. Doenças dermatológicas crônicas e imunossupressão também podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Sinais e sintomas: Prurido vaginal persistente; Alterações da pele da vulva (vermelhidão, escurecimento ou clareamento); Lesões ou inchaço na vulva; Feridas que não cicatrizam.
Prevenção: Uso de preservativos; Vacinação contra o HPV.
Apesar de raro, o câncer de vagina é causado principalmente pela infecção por alguns tipos do HPV. Entre os fatores de risco estão a idade acima de 60 anos e o tabagismo.
Sinais e sintomas: Sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual; Secreção vaginal anormal; Dores pélvicas (que podem piorar após relação sexual); Desconforto urinário recorrente.
Prevenção: Uso de preservativos; Vacinação contra o HPV.
“Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e, claro, realizar consultas regulares ao ginecologista para exames como Papanicolau e teste de HPV são atitudes cruciais na prevenção do câncer ginecológico”, reforça a Dra. Sophie.
Violência sexual não exige contato físico para ser configurada
- Uma em cada três meninas sofreu algum tipo de violência antes dos 18 anos de idade
- Campanha da FEBRASGO #EuVejoVocê compartilha duas cartilhas para ampliar a conscientização e oferecer orientação
“Violência sexual não exige contato físico para ser configurada. A exposição a conteúdos pornográficos, aliciamento on-line ou qualquer tipo de contato obsceno – até a adultização, conforme denunciada pelo influencer FELCA - podem configurar violência sexual e gerar impactos no desenvolvimento físico, emocional e psicológico das vítimas”, alerta Dra. Rosana Maria Dos Reis, presidente da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia na Infância e Adolescência da Federação Brasileira das Associações de Gonecologia e Obstetrícia – FEBRASGO.
O Brasil registra, em média, quatro casos de violência sexual em crianças e adolescentes, por hora, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos. A maioria das vítimas é do sexo feminino, com idades entre 10 e 14 anos.
“Entre as boas práticas de atendimento médico está afastar situações de vulnerabilidade para apresentar resistência em consentir a relação sexual, como nos estados de embriaguez, sob efeito de drogas, com déficit cognitivo ou mesmo ser coagida ao ato por pressão do namorado ou de amigos, entre outras”, comenta a médica.
Dados da campanha da FEBRASGO #EuVejoVocê - destinada a combater a violência contra a mulher em todas as fases da vida - indicam: (1) mais de 50% das vítimas de abuso sexual são meninas com menos de 13 anos. (b) Uma em cada 3 meninas sofreu algum tipo de violência antes dos 18 anos. Os sinais físicos ou comportamentais de abuso sexual em crianças e adolescentes podem ser variados. A violência pode ser crônica e o agressor não deixa marcas. E, na adolescência, os sinais podem ser confundidos com atividade sexual comum e passarem despercebidos.
De acordo com o Ministério da Saúde (2015), a violência sexual é a infração dos direitos sexuais no sentido de abusar ou explorar o corpo e a sexualidade de crianças e adolescentes. Está dividido em duas categorias: abuso sexual e exploração sexual.
O abuso sexual refere-se à prática de atos sexuais por um adulto ou alguém com mais idade, com o intuito de obter satisfação sexual, com ou sem contato físico, com ou sem uso da força – a partir da confiança que se estabelece com a vítima. Pode incluir desde palavras obscenas, beijos forçados, carícias nas partes íntimas ou outras formas de contato físico com intenções sexuais.
Em 2024, apenas em São Paulo, foram registrados 10.484 casos de estupro de vulnerável, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
A exploração sexual consiste na utilização de crianças ou adolescentes para fins sexuais, mediante pagamento ou troca de favores – sendo caracterizada por práticas como prostituição infantil, pornografia, tráfico de pessoas e turismo sexual. Neste caso, a vítima é duplamente agredida: pela exploração do corpo e pela prática de abuso sexual.
Na Bahia - em 2023, cerca de 68% de abusos sexuais em crianças e adolescentes ocorreram em casa.
Em Pernambuco - 1.716 casos de abusos sexuais foram registrados no 1º trimestre de 2024; sendo 87,6% das vítimas entre 5 e 14 anos.
Os comportamentos que podem ser considerados suspeitos de abuso ou exploração sexual são: crianças com dor ao urinar ou defecar, ou que apresentam constipação crônica ou enurese (urinar na cama) sem uma causa aparente; crianças que demonstram um conhecimento sexual inadequado para a idade ou comportamentos sexuais explícitos, pois elas podem ter sido expostas a abusos.
Também é possível suspeitar de abuso sexual diante de alguns sinais físicos listados a seguir. No entanto, é importante frisar que esses sinais não são definitivos de abuso sexual, mas podem indicar que algo está errado e merece investigação cuidadosa e sensível.
- Presença de lesões genitais ou anorretais: hematomas, lacerações, inchaço ou sangramento na região genital ou anal. Assim como marcas de mordida ou outras lesões em áreas não expostas normalmente a traumas acidentais, como a parte interna das coxas.
- Presença de condilomas, herpes genital ou gonorreia, especialmente em crianças pequenas, pode ser altamente suspeito de abuso.
- Presença de sangue, sêmen ou outras secreções nas roupas íntimas da criança, que pode ser um sinal direto de abuso sexual.
“Nas crianças e adolescentes deve-se estar atento a sinais de alerta com mudanças súbitas no apetite, problemas gastrointestinais sem causa médica definida, bem como insônia ou pesadelos frequentes, sintomas depressivos, medo ou pânico, dificuldade de concentração, ansiedade, lembranças intrusivas ou pensamentos recorrentes, comportamento agressivo e isolamento social - os quais podem ser uma resposta física ao trauma”, finaliza Dra. Rosana.
A campanha da FEBRASGO #EuVejoVocê compartilha duas cartilhas para ampliar a conscientização e oferecer orientação prática:
- Para a população geral: informações claras sobre os tipos de violência mais comuns em cada fase da vida da mulher e orientações sobre como buscar ajuda. Acesse: Cartilha "Eu Vejo Você"
- Para ginecologistas e obstetras: um checklist com diretrizes práticas para identificar e encaminhar casos de violência contra a mulher em todas as fases da vida.
Acesse: Cartilha Médica Orientativa
Quase 15 mil crianças menores de 14 anos vivem algum tipo de violência sexual
Adultização traz risco para a saúde mental e sexual das crianças
“Adultização é a percepção equivocada de que uma criança é mais velha e madura do que sua idade ou estágio atual de desenvolvimento. Esse processo ocorre quando adultos interpretam de forma distorcida a fase do desenvolvimento neuropsíquico da criança projetando nela suas expectativas derivadas de sua própria experiência adulta”, explica Dra. Lucia Alves da Silva Lara, Ginecologista e Sexologista, vice-presidente da Comissão Especializada de Sexologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.
Segundo a médica, a adultização é frequentemente observada em famílias com vulnerabilidade socioeconômica – mas não restrita a elas - nas quais as crianças são inseridas em funções destinadas primariamente aos adultos. “O desenvolvimento precoce dessas habilidades pode promover maior autonomia para a criança, mas a expõe a uma sobrecarga emocional que ultrapassa os limites do que seria esperado para a infância. Isso pode levar a um aumento do risco para transtornos ansiosos e depressivos, favorece a sensação de desamparo e, na vida adulta, pode interferir nas suas relações interpessoais”, complementa.
A adultização também ocorre no nível sexual onde crianças são inseridas em conteúdos sexuais adultos e disponibilizadas na mídia, o que aumenta o risco de violência sexual principalmente em populações mais vulneráveis.
“De acordo com os últimos dados do Sistema de Agressões e Notificação, o SINAM, cerca de 14 mil meninas (abaixo de 14 anos) são mães vítimas estupro, todo ano, no Brasil. Na faixa entre 15 anos até 19 anos esse número de vítimas chega a 22 mil, totalizando um total de 27 mil adolescentes por ano. Sem dúvida, essa exposição criminosa de adolescentes através das mídias digitais contribui para o aumento de gravidez nessa faixa etária”, conta Dr. Olímpio Barbosa de Moraes Filho, ginecologista da diretoria da FEBRASGO e membro da Comissão Especializada em Violência Sexual e Interrupção Gestacional Prevista em Lei da mesma entidade.
Os especialistas da FEBRASGO explicam que, dentre os possíveis crimes que podem ser facilitados pela adultização de crianças está a sextorsão ou extorsão sexual. Esta prática consiste em imposição de chantagem sexual pelo agressor, exigindo que a vítima exiba ou compartilhe, virtualmente, imagens suas de cunho sexual, que serão utilizadas para controlá-la, o que configura o “abuso sexual baseado em imagens (ASBI)”.
O ASBI refere-se à captação, criação ou compartilhamento não consensual de imagens que revelam a intimidade corporal ou sexual de uma pessoa, por meio de fotos ou vídeos. A sextorsão é uma forma de ASBI, bem como a coerção para o sexting, que envolve pressionar, ameaçar ou coagir alguém a compartilhar suas imagens íntimas, o deepfake que envolve usar a inteligência artificial para criar imagens sexualizadas falsas ou digitalmente alteradas e o cyberflashing que é o envio não solicitado e indesejado de imagens sexualmente explícitas.
Predadores sexuais também utilizam sites e aplicativos de encontros on-line, além de plataformas de redes sociais, para realizar o ataque a pessoas emocionalmente vulneráveis simulando encontros românticos que são na verdade, fraudulentos. “Em um estudo com 1.385 adolescentes que foram vítimas de sextorsão, a maioria era menor de idade e foram vítimas de seus parceiros românticos. O fornecimento de imagens pelos adolescentes foram algumas vezes espontâneo, mas a maioria foi coagida a compartilhar as imagens sob ameaças de agressões físicas e intimidação que durou meses”, aponta Dra. Lucia Lara.
Ela reforça que a educação sexual é fundamental para discutir com adolescentes sobre sexualidade, saúde sexual e riscos cibernéticos da exposição de imagens do corpo. “O ginecologista e obstetra precisa conhecer o comportamento sexual das adolescentes e obter conhecimento a respeito. Para isso, é necessário que as perguntas a respeito das práticas sexuais não denotem valor moral ou julgamento”, comenta Dra. Lucia Lara.
Confira aqui o ARTIGO: Adultização: um risco para a saúde mental e sexual das crianças
EPISÓDIO 17 - Rastreamento do Câncer de Mama – por que tantas controversas?
Moderador: Hilka Flavia Barra do Espírito Santo Alves Pereira
Participantes: Eduardo Carvalho Pessoa e Rosemar Macedo Sousa Rahal
FEBRASGO traz batalha científica e TH na menopausa no segundo dia do 30º Congresso SOGESP
O dia começou – entre outras atividades – com o simpósio “Reinterpretação dos riscos da terapêutica hormonal no climatério”. Nele, a Dra. Rita de Cassia de Maio Dardis, da CNE de Climatério, falou sobre TH na menopausa, seguida pela Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da FEBRASGO, que deu uma aula sobre a doença cardiovascular – ainda a principal causa de mortalidade na pós-menopausa.
O Dr. Luciano de Melo Pompei, vice-presidente da CNE de Climatério, abordou a terapia androgênica: quando indicar, como prescrever e acompanhar diante dos diferentes tipos de câncer: endométrio, cervical e de ovário. Já o Dr. Marcelo Steiner, diretor científico da FEBRASGO, ficou com a missão de falar sobre o impacto da terapia hormonal na composição corporal. A sala esteve bem cheia e foram separados 20 minutos para as dúvidas.
Batalha científica
Quem participou nesta tarde da batalha científica sobre os métodos anticoncepcionais foi a Dra. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio, diretora de Defesa e Valorização Profissional da FEBRASGO. A atividade contou com a interação entre cinco palestrantes defendendo os tipos de métodos de curta duração versus de longa duração. “O objetivo é que vença seja sempre aquela mulher individualizada, que tem acesso ao melhor contraceptivo para a sua realidade, para aquele momento, de acordo com as suas indicações e contraindicações. Então é uma batalha em que o vencedor é a mulher brasileira e o acesso à contracepção de qualidade”, declara a médica.
Entre os intervalos das aulas deste congresso – que espera chegar ao final registrando cerca de 7 mil congressistas – houve muita interação e networking entre congressistas e palestrantes. Uma atividade muito animada foi o FebraQuiz SOGESP, a sessão interativa e dinâmica para promover mais aprendizado entre os participantes médicos-residentes.
E o dia não acabou: se você está nos corredores do Transamerica Expo, fique de olho nas demais aulas com os especialistas da FEBRASGO. E, conforme afirmou a Dra. Maria Celeste em seu discurso de abertura: “A FEBRASGO tem muito orgulho dessa parceria. Juntas, FEBRASGO e SOGESP ampliam a produção científica, defendem políticas públicas e reafirmam nosso compromisso com um cuidado integral e de qualidade para as mulheres brasileiras. Este congresso é mais do que um evento científico: é um espaço de encontro, de inovação e de renovação de propósitos. Aqui discutimos não só tratamentos e tecnologias, mas também o impacto real dessas mudanças na vida das mulheres”.
FEBRASGO avança na parceria com o grupo A.C. Camargo Câncer Center
“A FEBRASGO realizou uma reunião muito produtiva com o grupo do A.C. Camargo, instituição que conta com uma estrutura de excelência. O tema é de grande relevância, pois o cuidado oncológico está diretamente ligado ao trabalho da FEBRASGO, abrangendo não apenas o diagnóstico precoce, mas também o rastreamento e, sobretudo, a prevenção. Além disso, o tratamento oncológico é um campo de interesse comum entre as instituições, evidentemente. Estamos avançando em conversas para estabelecer parcerias e projetos que contribuam para a saúde da mulher brasileira na área do câncer”, declara Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da FEBRASGO, que esteve na reunião ao lado do diretor científico da entidade, Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho.
Entre as propostas em pauta estão a ampla divulgação do Manual de Oncologia para Não Oncologistas, o fortalecimento do Fórum de Proteção contra a Violência à Mulher, a integração de ações no Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia e, ainda, o desenvolvimento de conteúdos científicos e a realização de eventos voltados para esse campo especializado.
Para o A.C. Camargo, as principais atividades desenvolvidas pela FEBRASGO evidenciam a força institucional da entidade e sua assertividade no avanço científico da especialidade, reafirmando o papel da Federação como legítima representante da saúde da mulher no Brasil.
Os participantes por parte do A.C. Camargo foram: Dr. Antônio Antonietto – Diretor Médico; Dr. Glauco Baiocchi Neto - Lider do Centro de Referência de Tumores Ginecológicos; Dr. João Paulo da Silveira Nogueira Lima e Jorge Assumpção - Assessor de Relações Institucionais.
Fonte: assessoria de imprensa do A.C. Camargo