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FEBRASGO tem posicionamento contrário à proposta da PEC no. 164/2012, que proibiria aborto legal no Brasil

FEBRASGO tem posicionamento contrário à proposta da PEC no. 164/2012, que proibiria aborto legal no Brasil.

Entenda o que significa

Tramitou ontem na Câmara dos deputados, a proposta de PEC no. 164/2012, que propõe alteração no caput do artigo 5º da Constituição.

Atualmente, a redação é: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...). Pela PEC apresentada,  o caput do art. 5º da Constituição Federal passaria a vigorar com a seguinte redação: “Art.5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, desde a concepção, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (....)”

 

Na prática, essa redação poderia inviabilizar constitucionalmente os casos de interrupção da gravidez previstos em lei, como  gestação derivada de estupro, de feto anencéfalo ou de risco da vida materno e também procedimentos que envolvem embriões, com a fertilização in vitro.

Na análise da admissibilidade, a proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça com 35 x 15 votos dos deputados e deve  tramitar em comissão especial antes de ir ao plenário da Câmara. Não há prazo previsto para a criação da comissão especial que irá discutir o mérito da proposta.

Na evolução dessa discussão, é importante ponderar os diversos princípios fundamentais envolvidos e as repercussões práticas e sociais de eventuais mudanças no texto constitucional.

 

FEBRASGO inaugura Centro de Treinamento e Simulação para profissionais da Ginecologia e Obstetrícia

O objetivo é melhorar a capacidade de resposta dos profissionais durante momentos de emergência, garantindo maior segurança para profissionais e pacientes

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) iniciou, no último dia 23 de novembro, as atividades do seu Centro de Treinamento e Simulação com o lançamento do curso especializado em Tocoginecologia e Urgências Obstétricas. O curso, que combina atividades teóricas e práticas, utiliza metodologias ativas de ensino, como simulação realística e treinamento de habilidades. Durante o curso, os participantes tiveram ênfase nas principais manobras obstétricas recomendadas, além de técnicas de preservação uterina em casos de hemorragia pós-parto.

“Estamos extremamente felizes em inaugurar o nosso Centro de Treinamento e Simulação da FEBRASGO. Gostaríamos de convidar todos a ficarem atentos aos cursos que serão divulgados em breve. O espaço foi cuidadosamente planejado para atender a todos os requisitos de segurança e tem como principal objetivo oferecer um ambiente de treinamento de excelência. Queremos que ele se torne um ambiente onde nossos associados possam aprimorar suas habilidades e, assim, proporcionar às mulheres do Brasil a qualificação em saúde que elas merecem”, declarou a presidente da FEBRASGO, Dra. Maria Celeste Wender.

Entre os cursos oferecidos, serão ministrados temas como manejo de energias, hemorragia obstétrica, videolaparoscopia e muitos outros. O objetivo é melhorar a capacidade de resposta dos profissionais durante momentos de emergência, garantindo maior segurança para médicos e pacientes.

Na abertura, o Dr. Agnaldo Lopes, diretor científico da FEBRASGO, ressaltou que o complexo é um grande diferencial para os associados. “Trata-se de um ambiente controlado, equipado com tecnologia de ponta, voltado para o treinamento em ginecologia e obstetrícia. O centro atende tanto profissionais já capacitados, que buscam atualizar seus conhecimentos e aprimorar suas habilidades em procedimentos, quanto médicos residentes em formação. Neste ambiente de alta tecnologia, visamos proporcionar mais segurança às mulheres brasileiras. O centro conta com Lucinda, um robô realista que simula diversas situações de emergência, como complicações no parto e assistência obstétrica. Através dessa tecnologia, podemos treinar os profissionais para lidar com situações desafiadoras que não ocorrem com frequência na prática clínica diária", destacou.

Na ocasião, também esteve presente o Dr. César Eduardo Fernandes, ex-presidente da FEBRASGO e atual presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

Sistema JADA

As aulas do curso JADA (Hemorragia pós - parto: ênfase nas técnicas de preservação uterina) foram conduzidas por especialistas renomados na área da ginecologia e obstetrícia. O Dr. Álvaro Luiz Lage, professor na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e presidente da Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas da FEBRASGO, o Dr. Alexandre Massao, professor de Medicina pela Universidade de São Paulo e secretário da Comissão Nacional Especializada em Urgências Obstétricas da FEBRASGO,  e o Dr. Lucas Barbosa, médico e preceptor da residência médica da Ginecologia-Obstetrícia e Mastologia do Hospital das Clínicas da UFMG, compartilharam conhecimentos e experiências práticas.

Entre os temas, foram abordadas técnicas essenciais para o manejo de urgências obstétricas, com foco nas técnicas de preservação uterina em casos de hemorragia pós-parto. Entre os tópicos principais, destacam-se: balões de tamponamento intrauterino, ligaduras vasculares, suturas uterinas compressivas e a apresentação e uso do sistema de aspiração intrauterina induzido a vácuo (Sistema JADA), uma inovação importante no tratamento da hemorragia pós-parto.

Para mais informações sobre o Centro de Treinamento da FEBRASGO, acesse: https://www.febrasgo.org.br/pt/centro-de-treinamento

Câncer de Mama e Fake News: FEBRASGO alerta sobre o impacto nocivo da desinformação na saúde das mulheres

O Dia Nacional de Combate ao Câncer, celebrado em 27 de novembro, tem como objetivo promover a conscientização sobre a prevenção e o tratamento da doença. Nesta data, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca o crescente desafio da desinformação, especialmente em relação ao câncer de mama, com a propagação de mitos e fake news que podem colocar a saúde da população em risco.

 

O Dr. Eduardo Pessoa, presidente da Comissão Imaginologia mamária da FEBRASGO, alerta sobre a gravidade da disseminação de informações falsas como

afirmações de que "o câncer de mama não existe e seria apenas um processo de calcificação da glândula mamária". Ele explica que o câncer de mama é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células da glândula mamária, que perdem suas características normais. “Ele não é um simples processo de calcificação, mas sim um desenvolvimento anômalo e frequentemente agressivo de células mamárias que perdem seu controle genético normal, formando tumores malignos. Esse processo ocorre quando as células mamárias sofrem mutações no DNA, resultando em alterações genéticas que desregulam o ciclo de divisão celular e a morte programada (apoptose). Como consequência, essas células defeituosas continuam a se dividir sem controle, formando massas ou nódulos que podem invadir os tecidos mamários normais e, em casos mais avançados, se espalhar para outras partes do corpo (metástase)”, afirma.

 

O tumor pode se originar em diferentes estruturas da mama, como nos ductos (carcinoma ductal) ou nos lobos (carcinoma lobular), e apresenta diversos subtipos, com diferentes perfis moleculares e comportamentos biológicos. Esses subtipos incluem tumores com receptores hormonais positivos (estrogênio e progesterona), tumores HER2 positivos e os tumores triplo-negativos, cada um com comportamentos e respostas distintas aos tratamentos disponíveis.

 

O especialista alerta sobre os vídeos que circulam na internet afirmando que a mamografia pode causar câncer de mama. Ele enfatiza que a mamografia é um exame essencial para a detecção precoce da doença e desempenha um papel fundamental na redução da mortalidade. A ideia de que a mamografia poderia provocar mais câncer e que seus riscos são maiores que o benefício, é equivocada e não é respaldada por evidências científicas. O médico reforça que a quantidade de radiação utilizada no exame é extremamente baixa e considerada segura pelos órgãos de saúde. Os benefícios da detecção precoce, que incluem o aumento das chances de cura, superam amplamente qualquer risco associado à radiação.

 

"A mamografia permite identificar tumores em estágios iniciais, muitas vezes antes que possam ser detectados no exame físico. Detectar o câncer precocemente aumenta significativamente as chances de sucesso do tratamento, pois o câncer encontrado em fases iniciais é geralmente menor, o que permite tratamentos menos agressivos, evitando, em muitos casos, a quimioterapia e preservando a estética da mama por meio de cirurgias mais simples", disse.

O Dr. Eduardo Pessoa explica como a população pode identificar a veracidade das informações que encontra nas redes sociais. Ele recomenda, primeiramente, que se busque fontes confiáveis, como órgãos oficiais - Sociedades Médicas, Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde - universidades, centros de pesquisa e hospitais renomados. “É importante evitar fontes anônimas ou pouco conhecidas, já que conteúdos de origem duvidosa ou perfis sem credibilidade tendem a espalhar desinformação. Além disso, confirmar a informação em múltiplas fontes é essencial. Se a notícia for verdadeira e relevante, geralmente será replicada por diversas plataformas, incluindo as redes sociais de entidades médicas”, afirma o ginecologista.

O médico também sugere avaliar o conteúdo criticamente. Títulos sensacionalistas ou alarmistas são comuns em fake news e geralmente visam apenas chamar atenção. Checar dados e estatísticas é outro ponto importante; informações vagas ou sem referências confiáveis podem ser enganosas. Além disso, é fundamental analisar o autor da informação: profissionais com formação acadêmica e experiência reconhecida na área da saúde tendem a ser mais confiáveis.

“Em relação a imagens e vídeos manipulados, é necessário estar atento a imagens fora de contexto ou com montagens. Ferramentas como a busca reversa de imagens podem ajudar a verificar a origem e a veracidade do material. Evitar compartilhar informações sem antes verificar é crucial, já que a propagação de fake news, especialmente sobre saúde pública, pode causar danos significativos”, destaca. Pessoa ressalta que a reflexão antes de compartilhar pode ajudar a evitar o espalhamento de informações falsas e prejudiciais.

Prevenção da Doença

Embora não haja uma maneira garantida de prevenir o câncer de mama, adotar algumas práticas pode reduzir significativamente o risco da doença. Manter um peso saudável, com uma alimentação equilibrada, é fundamental, especialmente após a menopausa, pois o excesso de peso pode aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. Além disso, praticar exercícios físicos regularmente, mesmo de forma moderada, está associado à diminuição do risco. “Outras medidas incluem limitar o consumo de álcool, já que o consumo excessivo está ligado ao aumento do risco, e evitar o tabagismo, que é um fator de risco para diversos tipos de câncer, incluindo o de mama”, afirma.

Mulheres na menopausa devem avaliar o uso de terapia hormonal com seus médicos, considerando os riscos e benefícios, pois o uso prolongado de hormônios pode aumentar o risco de câncer de mama. Além disso, é fundamental atentar ao histórico familiar e genético. Para mulheres com risco genético elevado, estratégias preventivas, como exames de imagem mais frequentes, terapias hormonais preventivas ou até mesmo a mastectomia preventiva, podem ser discutidas com o médico.

“Essas orientações devem ser acompanhadas de informações baseadas em evidências científicas e de fontes confiáveis, como as orientações de sociedades médicas e profissionais de saúde. O combate à desinformação, especialmente sobre a prevenção e tratamento do câncer de mama, é tão essencial quanto a adoção dessas medidas preventivas. Assim, ao buscar informações sobre saúde, é importante consultar fontes confiáveis e verificar as informações antes de tomar decisões, para garantir a melhor proteção e cuidados para a saúde da mulher”, finaliza.

Idade Recomendada para a Mamografia

Sobre as recomendações variam entre diferentes organizações de saúde, mas, de maneira geral:

Mulheres de 50 a 69 anos: essa é a recomendação do INCA (Instituto Nacional de Câncer),  que  indica mamografias a cada dois anos como parte do rastreamento de rotina.

Mulheres de 40 a 49 anos: A FEBRASGO, juntamente com Sociedade Brasileira de Mastologia e com o Colégio Brasileiro de Radiologia, recomenda que as mulheres iniciem o rastreamento com 40 anos, realizando mamografia anual até os 74 anos ou uma expectativa de vida maior que 7 anos

Para mulheres com alto risco de câncer de mama, como aquelas com mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2) ou histórico familiar de câncer de mama, a mamografia pode ser recomendada mais cedo, geralmente  aos 30 anos e a Ressonância Magnética das Mamas assume um papel importante no rastreamento  desse grupo de mulheres.

FEBRASGO participa de debate no Senado Federal sobre Implantes Hormonais Manipulados

Encontro reuniu representantes das especialidades médicas para discutir a regulamentação dos dispositivos

 

Nesta sexta-feira (22), a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) participou do debate, que ocorreu no Plenário do Senado Federal, em Brasília, para discutir a regulamentação dos implantes hormonais manipulados. No dia 21 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou a atualização da resolução, mantendo a proibição da manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais à base de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos, com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo e a propaganda ao público em geral.

Durante a sessão, representada pela Dra. Roseli Nomura, diretora administrativa, e pelo Dr. Etelvino Trindade, membro da Comissão de Ginecologia Oncológica da entidade, a FEBRASGO reforçou seu apoio à decisão da ANVISA e demonstrou preocupação dos efeitos colaterais relatados por pacientes em decorrência do mau uso dos implantes hormonais. “Embora a medida tenha sido adotada, existe um movimento em curso para derrubar a proibição. Esses implantes hormonais manipulados apresentam riscos pouco conhecidos, uma vez que há escassez de estudos científicos sobre seus efeitos. A FEBRASGO, em conjunto com as SBEM, já iniciou um movimento para investigar os efeitos adversos e colaterais desses hormônios, e já foram registrados diversos relatos de problemas relacionados ao seu uso, incluindo dois casos fatais”, destacou a Dra. Roseli.

A venda indiscriminada desses hormônios manipulados por meio de implantes representa um risco significativo à saúde, sendo uma proposta terapêutica que precisa ser melhor regulamentada no país. A FEBRASGO e outras 34 sociedades trabalharam junto à ANVISA para pedir a proibição da comercialização e do uso desses implantes, até que sejam realizados estudos que demonstrem a segurança e eficácia dos produtos.

“Hoje, sabemos que há muitos relatos de complicações com o uso desses hormônios, incluindo problemas como hipertensão, alterações no metabolismo hepático, virilização em mulheres que utilizam hormônios masculinos em doses excessivas e até implantes contendo ocitocina que levaram mulheres à UTI com edema cerebral. São eventos graves, e a FEBRASGO está liderando esse movimento para barrar o uso desses implantes. Defendemos no Senado Federal a realização de estudos que desenvolvam produtos seguros, sem colocar a saúde das pessoas em risco. Enquanto isso, é necessário limitar o uso e a comercialização desses produtos. Vamos defender que os hormônios sejam utilizados de forma responsável e com segurança”, alertou a Dra. Roseli.

Na sessão, o Dr. Etelvino Trindade falou sobre a importância da fiscalização. “É impositivo garantir a segurança das mulheres usuárias, realizar estudos que avaliem a segurança dos resultados, além de implementar fiscalização rigorosa nas farmácias de manipulação, verificando as instalações, os equipamentos utilizados e os produtos que estão sendo gradualmente incorporados nas práticas de implantes”, declarou o médico.

Ele reforçou que a FEBRASGO está atenta ao tema dos implantes desde 2018, e desde então vem monitorando o uso dos dispositivos e os relatos dos seus efeitos colaterais. Sobre o encontro no Senado, o especialista falou sobre a importância do debate público, mas reforçou que a FEBRASGO  em conjunto com mais de 34 sociedades médicas e a AMB (Associação Médica Brasileira) estão mobilizadas para garantir a segurança dos pacientes. “Nós entendemos esse debate extremamente importante. Gostaríamos muito que esta discussão seja seguida no âmbito correto, que é o da ciência”, finalizou.

A Dra. Roseli concluiu destacando a importância de envolver sociedades e especialistas de maneira séria, para que possamos nos reunir e discutir a formação de uma proposta mais eficaz de vigilância. Ela enfatizou que é necessário adotar uma abordagem equilibrada, que evite extremos , como o banimento total, o que traria prejuízos, mas que também proteja contra o uso indevido de hormônios manipulados. 

Confira a nota oficial da FEBRASGO na íntegra sobre a RESOLUÇÃO-RE Nº 4.353, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2024.

Nota de esclarecimento Febrasgo sobre a RESOLUÇÃO-RE Nº 4.353 da ANVISA - IMPLANTES HORMONAIS MANIPULADOS

A FEBRASGO esclarece que a ANVISA, com a RESOLUÇÃO-RE Nº 4.353, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2024, aponta claramente:

  • A proibição da manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais à base de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos, com a finalidade estética, ganho de massa muscular e melhora do desempenho esportivo - medida preventiva que se aplica a todas as farmácias de manipulação.
    Esta medida preventiva está fundamentada no art.15 § 3º do Decreto n. 8.077/2013art. 7º, inciso XV da Lei nº 9.782/1999 e item 5.10 da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 67/2007.

  • A proibição da propaganda ao público em geral de implantes hormonais manipulados em desacordo com o disposto no parágrafo 1º do artigo 58 da Lei nº 6.360/1976art.15 § 3º do Decreto nº 8.077/2013, o artigo 36 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 96/2008 e o item 5.14 da RDC nº 67/2007.

As ações de fiscalização determinadas se aplicam a todos os implantes hormonais manipulados, bem como a quaisquer pessoas físicas/jurídicas ou veículos de comunicação que comercializem ou divulguem os produtos.

Ainda, a FEBRASGO pontua que, em toda e qualquer situação médica, é responsabilidade do médico prescrever terapêutica que não coloque em risco a saúde das pacientes, com base em evidências científicas sólidas e robustas.

A FEBRASGO mantém seu compromisso em atuar na defesa e proteção da saúde das mulheres brasileiras e segue aguardando novas medidas de segurança da ANVISA.

Lembrando ainda que a ANVISA, ao cumprir sua função como órgão regulador, especifica as situações em que é maior o risco de prejuízo à saúde, porém, em muitas outras situações o uso dos implantes hormonais manipulados deve ser melhor regulado, para segurança da saúde da população.

 

Clique para acessar a RESOLUÇÃO-RE Nº 4.353 da ANVISA:  https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-re-n-4.353-de-21-de-novembro-de-2024-597098013

Luta contra a violência e discriminação das mulheres médicas é uma responsabilidade coletiva

Pesquisa conduzida pela Associação Médica Brasileira e pela Associação Paulista de Medicina revela que 51,14% das médicas já sofreram agressões verbais ou físicas

No Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância de olhar para o ambiente de trabalho das mulheres no setor médico, promovendo a construção de espaços mais seguros e respeitosos para todas as profissionais da saúde. A FEBRASGO reafirma seu compromisso com a luta contra a violência e a discriminação, buscando garantir que as mulheres possam exercer sua profissão com dignidade, sem medo de sofrer qualquer tipo de abuso ou assédio.

A realidade é alarmante: dados apontam que seis em cada dez mulheres médicas já relataram algum tipo de assédio, seja moral ou sexual, no ambiente de trabalho. A pesquisa, conduzida pela Associação Médica Brasileira e pela Associação Paulista de Medicina, revela que 51,14% das médicas já sofreram agressões verbais ou físicas. Esses números evidenciam a necessidade urgente de políticas de prevenção e de apoio, não apenas para combater a violência, mas também para promover a equidade e o respeito nas instituições de saúde.

A FEBRASGO, por meio de seu núcleo feminino, dedica-se a apoiar iniciativas que implementem políticas eficazes no combate a todas as formas de violência, incluindo o assédio sexual e moral. “O objetivo é incentivar a criação de redes de apoio entre especialistas, promovendo a troca de experiências, fortalecendo a solidariedade entre as profissionais e implementando programas de mentoria que conectem médicas experientes com as recém-formadas, contribuindo para o desenvolvimento e o empoderamento no ambiente de trabalho”, diz a Dra. Célia Regina da Silva, da Comissão de Defesa e Valorização Profissional.

Além disso, a FEBRASGO participou da elaboração de uma cartilha voltada à violência contra mulheres médicas, lançada em agosto deste ano pelo CREMERJ, que se tornou uma ferramenta essencial para educar e conscientizar sobre as diversas formas de abuso que essas profissionais podem enfrentar. O documento oferece diretrizes claras sobre como identificar, denunciar e combater o assédio, o abuso e outras formas de violência, estabelecendo padrões importantes para a proteção das médicas. Ao proporcionar informações cruciais e apoio contínuo, a cartilha fortalece a rede de proteção e promove um compromisso coletivo na construção de um ambiente de trabalho mais justo, seguro e livre de violência para todas as mulheres na medicina.

"É essencial se engajar em grupos que defendem os direitos das mulheres e a igualdade de gênero na medicina. Promover debates e ações que sensibilizem a sociedade sobre a violência contra mulheres médicas é fundamental. Além disso, estabelecer parcerias com organizações de direitos humanos e instituições governamentais fortalece a rede de apoio e amplia o impacto das iniciativas voltadas à proteção e valorização dessas profissionais", destaca a médica.

 

A luta contra a violência e a discriminação das mulheres médicas é uma responsabilidade coletiva que exige o comprometimento de todos os setores da sociedade. Iniciativas como a elaboração de cartilhas, o engajamento em grupos de defesa dos direitos das mulheres e a formação de parcerias com organizações de direitos humanos são passos fundamentais para a construção de um ambiente de trabalho mais seguro, justo e respeitoso. A FEBRASGO, ao promover essas ações, contribui para fortalecer a rede de apoio às profissionais da saúde, garantindo que elas possam exercer suas funções com dignidade, sem o temor de enfrentarem abusos ou assédio. “Somente por meio de um esforço conjunto será possível alcançar uma medicina mais inclusiva, equitativa e livre de violência”, finaliza a especialista.

Diagnóstico tardio de câncer em crianças e adolescentes torna a doença mais difícil de tratar.

 INCA estima quase 8 mil novos casos de câncer infantojuvenil por ano até 2025

 

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, celebrado em 23 de novembro, tem como objetivo promover ações educativas e ampliar o debate sobre as políticas públicas de atendimento integral a crianças e adolescentes com câncer. Nesta data, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância da conscientização e do apoio no combate ao câncer infantojuvenil.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que, até 2025, o Brasil terá 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil por ano. A taxa de incidência é de 134,8 diagnósticos a cada 1 milhão de crianças e adolescentes no país, um dado que chama a atenção da comunidade médica.

O Dr. Eduardo Cândido, presidente da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica da FEBRASGO, destaca que, na infância, os tipos de câncer mais comuns são as leucemias (câncer da medula óssea), os linfomas (câncer do sistema linfático) e os tumores do sistema nervoso central.

 

O ginecologista alerta que o diagnóstico tardio de qualquer tipo de câncer que afeta crianças e adolescentes pode transformar a doença em um quadro mais difícil de tratar. Embora o câncer seja incurável em estágios avançados, ele continua sendo tratável quando identificado precocemente. “Por isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito o quanto antes, a fim de evitar a disseminação da doença e aumentar as chances de sucesso no tratamento. Quanto mais rápido o diagnóstico, maiores as possibilidades de cura e menor o risco de complicações graves”, afirma.

 

O especialista destaca que muitos dos sintomas iniciais do câncer infantojuvenil podem ser confundidos com condições mais comuns, como viroses ou outras doenças benignas. Por isso, a conscientização sobre os sinais de alerta é fundamental, tanto para os pais quanto para os profissionais de saúde. Quando detectados precocemente, sinais como dor persistente, cansaço excessivo, alterações no apetite ou no peso, hematomas sem causa aparente, entre outros, podem ser indicativos de uma condição mais grave, como o câncer. O acompanhamento médico regular e a atenção cuidadosa aos sinais do corpo são fundamentais para garantir um diagnóstico mais rápido e, consequentemente, aumentar as chances de um tratamento eficaz. Em última instância, o diagnóstico precoce não só melhora o prognóstico, mas também oferece à criança e à família um maior suporte emocional e psicológico, ao proporcionar mais tempo para planejar e iniciar o tratamento adequado.

 

“Os tratamentos de tumores infantis têm evoluído muito, e as chances de cura estão aumentando cada vez mais, principalmente nas fases iniciais da doença. Por isso, o ideal é fazer o diagnóstico precoce”, finaliza o médico.

 

 

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