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Endometriose: doença afeta uma em cada dez mulheres em idade fértil no Brasil

Falta de conhecimento pode ser a principal barreira para o diagnóstico precoce, alerta especialista

Março Amarelo é o mês de conscientização sobre a endometriose, condição que afeta uma em cada dez mulheres em idade fértil no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância do diagnóstico precoce, já que a doença pode causar dores intensas e dificuldades para engravidar.

 

O Dr. Ricardo Quintairos, presidente da Comissão Nacional Especializada em Endometriose da FEBRASGO, destaca que o principal desafio para o diagnóstico precoce é o acesso à informação. Ele explica que é fundamental informar sobre os tipos de endometriose, evolução e sintomas, além de preparar os médicos para o diagnóstico. “O desconhecimento sobre a endometriose, tanto por parte da população quanto da classe médica, faz com que pacientes passem de médico em médico, sem que alguém considere a possibilidade de uma doença tão prevalente como a endometriose pélvica”, destaca.

 

O especialista reforça que é importante lembrar que sentir dor intensa durante o ciclo menstrual não é normal, e que uma jovem que sofre com cólicas tão fortes que a impedem de ir à escola ou realizar suas atividades diárias, precisa ser encaminhada para investigação. “Isso significa que o ginecologista ou até mesmo o clínico geral deve realizar uma avaliação. A análise pode ser realizada, por exemplo, por meio de uma ressonância magnética ou ultrassonografia com preparo adequado para mulheres que não são virgens. Além disso, pode-se utilizar a ultrassonografia transvaginal, sempre com preparo intestinal, para visualizar as lesões, sendo essa abordagem particularmente indicada para mulheres que não são virgens”,ressalta.

 

No entanto, se não for possível fazer um diagnóstico imediato, é possível começar o tratamento de uma paciente jovem que apresenta ciclos menstruais intensos há mais de dois anos, período após o qual as cartilagens já começam a se fechar. Nessas situações, o tratamento pode ser iniciado de forma empírica — ou seja, sem a comprovação definitiva da doença — com o objetivo de aliviar a dor e impedir o avanço da condição. Atualmente, as sociedades médicas aceitam o tratamento empírico, enquanto, no passado, era necessário aguardar a confirmação por meio de biópsia. A abordagem moderna entende que, diante de dor incapacitante e recorrente, a paciente pode iniciar o tratamento mesmo sem diagnóstico definitivo, sem a necessidade imediata de uma equipe especializada e multidisciplinar.

 

“Temos trabalhado intensamente no combate ao diagnóstico tardio,  juntamente ao grupo de mulheres portadoras de endometriose que também tem se empenhado em esclarecer e ensinar que a doença começa precocemente e pode evoluir, muitas vezes, de forma rápida. A ignorância, no sentido de desconhecimento, é um grande desafio. E, por conta disso, não conseguimos identificar a doença de forma precoce, o que dificulta o tratamento adequado”, afirma o médico.

 

A doença pode ser subdiagnosticada em mulheres mais jovens ou naquelas que ainda não têm filhos. Muitas vezes, a paciente apresenta poucos sintomas, o que gera uma idiossincrasia entre a gravidade da doença e a intensidade dos sintomas. Ou seja, algumas mulheres com casos graves podem não apresentar sintomas significativos, enquanto outras, com formas mais leves, têm sintomas intensos. Essa incompatibilidade entre a doença e os sintomas pode levar ao subdiagnóstico, com pacientes assintomáticas ou com sintomas discretos não sendo corretamente identificadas. Existe, portanto, um grande subdiagnóstico, especialmente entre as pacientes com infertilidade, já que 50% das mulheres inférteis podem ter endometriose pélvica.

 

Sobre os sintomas de alerta, o Dr. Ricardo Quintairos explica que a endometriose é conhecida como a doença dos '6 Ds': dispareunia (dor na relação sexual), disquesia (dor na defecação), dismenorréia (dor menstruacional), dificuldade de gestar (dificuldade de gestação), infertilidade e disúria (dificuldade para urinar). Além disso, a dor pélvica crônica, que ocorre fora do ciclo menstrual, também é um sinal importante. Se a paciente apresentar qualquer um desses sintomas de forma recorrente ou persistente, é fundamental considerar rapidamente o diagnóstico de endometriose.

 

O especialista declara que apesar da falta de informação, o  conhecimento sobre a endometriose tem melhorado consideravelmente nos últimos anos com a divulgação de informações das sociedades médicas à população.O Brasil, hoje, é considerado um dos melhores países do mundo para diagnóstico de endometriose, de acordo com o médico.

“Como resultado, pessoas que antes não tinham diagnóstico agora estão sendo corretamente identificadas, e médicos que antes não estavam preparados para realizar o diagnóstico agora possuem mais recursos e conhecimento. Isso tem levado a um aumento nos diagnósticos, especialmente porque as mulheres hoje têm menos filhos do que no passado, o que significa que menstruam por mais tempo. Com isso, há uma maior prevalência de endometriose, uma vez que a condição tem uma forte relação com fatores clínicos e genéticos”, finaliza.

FEBRASGO participa de reunião com o Ministério da Saúde para discutir a certificação de Estados e Municípios sobre Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatite B

Na última quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025, aconteceu em Brasília o Encontro da Comissão Nacional de Certificação de Estados e Municípios para a Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatite B e/ou para a Concessão do Selo de Boas Práticas. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) esteve presente, representada pelos Dr. Regis Kreitchmann e Dr. Geraldo Duarte, membros da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas.

A reunião com o Ministério da Saúde faz parte de uma série de discussões sobre os critérios de avaliação dos estados e municípios que pleiteiam a certificação para o próximo ano. “A FEBRASGO tem participado ativamente das reuniões com o Ministério da Saúde, oferecendo o suporte técnico-científico necessário para o debate. Participar deste evento reforça o compromisso da Federação com a eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B, doença de Chagas e HTLV”, destaca Dr. Regis Kreitchmann.

Em novembro de 2024, o Ministério da Saúde concedeu a Certificação a três estados e 60 municípios. Até o momento, o Brasil possui 151 municípios com mais de 100 mil habitantes que receberam algum tipo de certificação pela eliminação ou selo de boas práticas para HIV, sífilis e/ou hepatite B.

Grávida pode curtir o bloquinho?

Especialista da FEBRASGO esclarece dúvida e oferece dicas de como as gestantes podem aproveitar o carnaval com segurança e tranquilidade

Durante o Carnaval, as gestantes devem tomar alguns cuidados especiais para garantir a sua saúde e a do bebê. A Dra. Lilian de Paiva Rodrigues, presidente da Comissão Nacional Especializada de Assistência  Pré-natal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), reforça a importância de algumas orientações essenciais para que as futuras mamães possam aproveitar a festa com segurança.

"Hidratação é fundamental", diz a especialista. “É preciso beber bastante água, especialmente em dias quentes, para evitar a desidratação. O ideal é ingerir pelo menos 2 litros de água por dia”. Ela também destaca a necessidade de evitar o consumo de bebidas alcoólicas, que podem afetar a saúde da gestante e do bebê.

A alimentação também merece atenção especial. A Dra. Lilian indica refeições leves e saudáveis, como frutas, saladas e proteínas magras, antes e após a folia. “Além disso, deve-se evitar alimentos de origem duvidosa e que podem causar intoxicação alimentar, como comidas de rua”, completa.

Sobre as roupas e calçados, a médica recomenda roupas leves e confortáveis, que permitam que o calor do corpo seja dissipado. “Prefira tecidos de algodão ou outros que ajudem a regular a temperatura corporal”. Quanto aos calçados, ela sugere: “Sapatos confortáveis e adequados para longos períodos de pé, como tênis, sandálias ou sapatos baixos, são ideais”.

Em ambientes abertos é fundamental buscar conforto e segurança. "Evite a exposição direta ao sol por longos períodos, algo que pode ser comum durante o Carnaval. Procure ambientes arejados, com sombra e ventilação adequada, especialmente se optar por eventos ao ar livre", alerta. Ela também enfatiza a importância de usar chapéus, óculos de sol e protetor solar para proteger a pele.

Para eventos em ambientes fechados, como salões de festas ou estabelecimentos climatizados, a Dra. Lilian destaca que é necessário ter cuidado com as aglomerações e garantir que a circulação de ar seja boa, principalmente em dias muito quentes.

“É sempre bom que a gestante respeite os limites do próprio corpo e, se houver dúvidas ou preocupações, consulte seu médico". Seguindo essas orientações, as gestantes podem curtir o Carnaval com mais segurança e tranquilidade”, finaliza.

 

Gestantes terão acesso gratuitamente a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) por meio do Programa Nacional de Imunizações

 O vírus é a principal causa de internações infantis

Na última quinta-feira (13), a Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou a inclusão da vacina Abrysvo no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A vacina será disponibilizada para gestantes, com o objetivo de proteger os bebês contra o vírus sincicial respiratório (VSR). 

O interesse nas infecções e complicações maternas têm sido impulsionado pela estratégia de imunização contra o VSR em mulheres grávidas, com o objetivo de proteger os recém-nascidos nos primeiros meses de vida, por meio da transferência de anticorpos durante a gestação. “Assim como ocorre com outras vacinas, como a dTpa, contra a COVID-19 e a influenza, os anticorpos da classe IgG atravessam a placenta, proporcionando proteção passiva ao bebê até cerca dos 12 primeiros meses de vida, além de oferecerem proteção à mãe. Atualmente, observamos um aumento significativo no portfólio de vacinas voltadas para o ciclo grávido-puerperal”, afirmou a Dra. Susana Aidé, presidente da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Estudos mostram que a bronquiolite aguda causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR) é a principal causa de internações infantis. Além disso, o VSR é a principal causa viral de infecções do trato respiratório inferior em crianças com menos de 5 anos, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente.

As gestantes, por sua vez, estão mais vulneráveis a doenças graves e a um risco aumentado de mortalidade devido à infecção por vírus respiratórios, o que reforça a justificativa para sua vacinação contra o VSR.

A vacina contra o VSR em gestantes tem como objetivo prevenir doenças graves do trato respiratório inferior causadas pelo VSR em bebês, desde o nascimento até os seis meses de idade. A vacina recombinante contra os tipos A e B do VSR foi aprovada para uso entre 24 e 36 semanas de gestação e é administrada por meio de uma única dose intramuscular. Como mencionado anteriormente, foi aprovada para incorporação no PNI e está disponível em clínicas privadas sob o nome de Abrysvo.

A vacina é administrada por via intramuscular em dose única entre 24 e 36 semanas de gestação, de acordo com o período de maior circulação do vírus, que no Brasil varia de fevereiro a agosto, dependendo da região. “Ainda não há consenso sobre a aplicação antes do pico da temporada, devido à variação na sazonalidade do VSR. A SBIm e a CNE Vacinas da Febrasgo recomendam, inicialmente, a aplicação entre 32 e 36 semanas, como parte da estratégia year-round, ou seja, independente da sazonalidade, podendo ser aplicada a partir de 24 semanas, conforme a avaliação de cada caso”, disse a médica.

 

 

 

 

Diagnóstico Precoce do Câncer Infantil: até 80% das crianças e adolescentes podem ser curados

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 80% das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer podem ser curados, caso a doença seja identificada precocemente. Para o período de 2023 a 2025, a estimativa é de 7.930 novos casos de câncer infantojuvenil no Brasil a cada ano, sendo 4.230 em meninos e 3.700 em meninas.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância da atenção aos sinais e sintomas e a procura imediata por orientação médica em caso de suspeita. “Este alerta é fundamental para garantir diagnósticos rápidos, aumentando significativamente as chances de sucesso no tratamento”, diz o Dr. Eduardo Cândido, presidente da Comissão de Ginecologia Oncológica da FEBRASGO.

Os cânceres mais comuns entre crianças são: leucemias, linfomas, tumores cerebrais e neuroblastoma.  Cada tipo apresenta sinais específicos que devem ser observados como sangramentos espontâneos, manchas roxas, dores articulares, febre persistente sem causa aparente, perda de peso inexplicável, alteração na visão ou equilíbrio e inchaços ou caroços no corpo.

Embora os fatores de risco para o câncer infantil ainda não sejam completamente compreendidos, fatores como predisposição genética, hereditariedade, alterações no sistema imunológico e até exposição a agentes ambientais - como radiação, podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença.

“É através da conscientização e do olhar atento dos cuidadores que conseguimos detectar os primeiros sinais da doença e garantir que nossas crianças recebam o tratamento adequado no momento certo, aumentando suas chances de cura”, finaliza o médico.

USO DE IMPLANTES HORMONAIS E CÂNCER DE MAMA

Nota Conjunta Oficial da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) Clique aqui e confira o material.

Recentemente, foi publicado o artigo “Incidence of Invasive Breast Cancer in Women Treated with Testosterone Implants: Dayton Prospective Cohort Study, 15-Year Update”, que avaliou a incidência de câncer de mama invasivo em usuárias de implantes de testosterona ou de implantes de testosterona combinados com um inibidor da aromatase (Anastrozol). Os autores concluíram que a terapia com testosterona ou com implantes de testosterona e Anastrozol reduziu a incidência de câncer de mama em 47%.

Especialistas da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) avaliaram esse artigo e consideram que diversas imprecisões metodológicas comprometem a confiabilidade desses achados. A seguir, destacamos os principais pontos que impedem a incorporação desses dados à prática clínica.

  1. Ausência de Grupo Controle: O estudo comparou a incidência de câncer de mama em usuárias de implantes de testosterona com dados populacionais do SEER (Surveillance, Epidemiology, and End Results), sem incluir um grupo controle composto por não usuárias das mesmas terapias. Essa ausência representa uma grave imprecisão metodológica, que pode gerar viés de seleção e limitar a generalização dos achados.
  2. Falta de Controle para Fatores de Risco: Os autores afirmaram que as participantes não apresentavam risco aumentado ou reduzido de câncer de mama, sem demonstrar como esse risco foi calculado. Além disso, o IMC médio do grupo estudado foi de 26 kg/m², muito abaixo da média americana, o que compromete comparações com outros bancos de dados. Ressalta-se que o IMC elevado é um fator de risco conhecido para câncer de mama.
  3. Uso de Anastrozol como Fator Confundidor: No estudo, dois grupos foram avaliados, um de usuárias apenas de testosterona e outro de usuárias de testosterona associada ao Anastrozol, um inibidor da aromatase conhecido por reduzir o risco de câncer de mama. Entretanto, a análise estatística foi conduzida considerando ambos os grupos em conjunto, impossibilitando conclusões robustas sobre a relação entre o uso de testosterona e o risco de câncer de mama.
  4. Viés de Seleção e Amostragem Não Representativa: O estudo apresenta um viés de seleção, pois todas as pacientes foram tratadas em um único centro especializado na inserção de implantes hormonais, coordenado pela autora principal do estudo. Além disso:
  • Os critérios de inclusão foram baseados em sintomas subjetivos de “deficiência hormonal”, sem esclarecimento sobre quais seriam esses sintomas.
  • O estudo excluiu pacientes diagnosticadas com câncer até 240 dias após o primeiro implante e aquelas que ficaram mais de 240 dias sem receber um novo implante. Essa exclusão pode distorcer os resultados, eliminando casos que contrariariam a hipótese dos autores.
  • Não foram detalhadas outras possíveis complicações associadas ao uso de hormônios.
  1. Falta de Informações sobre a Dose de Testosterona Utilizada: Não há informação sobre a dose de testosterona administrada. Os autores mencionam que as doses foram ajustadas com base na resposta aos sintomas e efeitos colaterais, mas não especificam quais sintomas foram considerados nem as doses utilizadas.

Diante dessas graves deficiências metodológicas, este estudo não permite concluir que o uso de testosterona esteja associado à redução do risco de câncer de mama.

Os achados não justificam qualquer alteração na prática clínica atual. Para testar essa hipótese de forma adequada, seria necessário um ensaio clínico randomizado que atenda aos critérios estabelecidos pelas boas práticas em pesquisa clínica.

A FEBRASGO, a SBEM, a SBM, a Comissão Nacional de Mastologia e a Comissão Nacional de Imaginologia Mamária consideram temerária e prejudicial à saúde da população a disseminação de informações distorcidas sobre o tema. Reforçamos a importância da adesão a evidências científicas sólidas e às recomendações de sociedades médicas reconhecidas, evitando a adoção de práticas clínicas baseadas em estudos com limitações metodológicas e potenciais vieses.

Rio de Janeiro, 06 de fevereiro de 2025

Maria Celeste Osório Wender

(CNEs de Mastologia e Imagenologia Mamária)

Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)

 

Neuton Dornelas Gomes

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)

 

Augusto Tufi Hassan

Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM)

         

           

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