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FEBRASGO destaca a importância da relação de confiança entre médico e paciente para garantir diagnóstico preciso

No Dia Mundial da Segurança do Paciente, a Federação reforça o papel crucial da ginecologia na prevenção e diagnóstico precoce, promovendo boas práticas e empatia no atendimento à saúde da mulher.

"Melhorando o diagnóstico para a segurança do paciente" é o tema da campanha de 2024 do Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrada em 17 de setembro. Neste contexto, a Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância de diagnósticos precisos e rápidos para garantir a segurança do paciente em todos os níveis de atendimento médico.

Entre as especialidades de atenção primária, a ginecologia tem um papel importante quando o assunto é prevenção e saúde da mulher.  Os exames ginecológicos, por exemplo, desempenham um papel crucial na detecção de doenças graves, como o câncer do colo do útero, que é o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil.

“A FEBRASGO está comprometida em garantir a segurança do paciente em todas as etapas do atendimento ginecológico. Trabalhamos incansavelmente para promover práticas que assegurem não apenas a eficácia dos tratamentos, mas também o diagnóstico”, reforça a  Dra. Célia Regina Silva, integrante da Comissão de Defesa e Valorização Profissional da FEBRASGO. “Quanto mais cedo uma doença é detectada, maiores são as chances de cura”, completa.

Outro aspecto importante que tem impacto direto na segurança do paciente é o respeito às legislações vigentes, como a Lei 14.737/23 que garante às mulheres o direito de serem acompanhadas por um adulto durante todo o atendimento em unidades de saúde, sejam elas públicas ou privadas.

“A presença de um acompanhante é garantida durante consultas, exames ou procedimentos, independentemente de notificação prévia ou necessidade de sedação. Todas as unidades de saúde devem exibir um aviso visível sobre esse direito”, explica.

A relação de confiança entre médico e paciente também é importante para garantir o diagnóstico rápido e preciso. “É importante distinguir entre estabelecer uma conexão com a paciente através de diálogos superficiais e oferecer um envolvimento genuíno, fundamentado em estudos e pesquisas. Nossa prioridade deve ser fortalecer a autonomia da paciente, fornecendo informações de alta qualidade com respeito e ética médica”, diz.

Para a Dra. Célia, é essencial que o médico se mantenha atualizado tecnicamente na medicina, ao mesmo tempo em que desenvolve a capacidade de empatia e acolhimento para com as pacientes. Isso envolve usar uma linguagem clara e acessível, evitando termos técnicos complexos que possam dificultar a compreensão do paciente, mas sempre com base em evidências científicas sólidas.

“A proteção da saúde e do bem-estar das pacientes é nossa prioridade máxima, e estamos dedicados a elevar constantemente os padrões de cuidado e segurança na ginecologia”, finaliza.

FEBRASGO marca presença no 2º Fórum de Conscientização do Câncer Ginecológico e Busca por Mudança de Políticas Públicas

No dia 11 de setembro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), representada pelo Dr. Eduardo Cândido, presidente da Comissão de Ginecologia Oncológica, participará do Fórum de Conscientização do Câncer Ginecológico e Busca por Mudança de Políticas Públicas, que será realizado na Câmara dos Deputados. O evento integra a campanha “Setembro em Flor”, dedicada à conscientização sobre o câncer ginecológico.

No evento, o Dr. Eduardo participará de painéis que abordarão o papel das sociedades médicas na promoção da saúde e a efetivação do rastreio do HPV DNA no Sistema Único de Saúde (SUS). “A FEBRASGO, por meio da Comissão Nacional Especializada de Oncologia, reforça a importância das entidades médicas na prevenção do câncer. Estamos atentos a todos os aspectos das técnicas utilizadas para rastreamento, diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-tratamento dos cânceres ginecológicos. Nosso objetivo é garantir que nossos profissionais estejam atualizados com as melhores práticas para oferecer um atendimento de excelência às pacientes”, destacou o médico.

A sessão contará com uma série de painéis que abordarão temas cruciais relacionados ao câncer ginecológico. Serão discutidas as Mudanças de Políticas Públicas e a Realidade do Câncer Ginecológico no Brasil em 2023/2024, oferecendo uma visão atualizada da situação no país. Além disso, serão explorados os Desafios e Realidades do Câncer Ginecológico, bem como os obstáculos para a Estruturação da Linha de Cuidado. Também serão apresentadas as Novas Perspectivas e Horizontes na linha de cuidado dos cânceres ginecológicos e o Planejamento do Ministério da Saúde, com foco nas diretrizes e estratégias para o futuro. Cada painel proporcionará uma análise aprofundada e discutirá soluções para aprimorar o manejo e a prevenção do câncer ginecológico.

 

“O acompanhamento ginecológico é essencial para a prevenção de cânceres que podem ser rastreados. Isso inclui a detecção de tumores por meio de lesões precursoras ou o diagnóstico em estágios iniciais. Além dos exames de Papanicolau e mamografia, que são fundamentais para o rastreio do câncer do colo do útero e da mama, é crucial realizar uma anamnese detalhada, um exame físico minucioso e outros exames específicos. Todos esses elementos são importantes para garantir um rastreio eficaz e uma abordagem preventiva abrangente”, finalizou.

A solenidade contará com a presença de diversas autoridades e especialistas, incluindo o Dr. Glauco Baiocchi Neto, Presidente do Grupo EVA; a Deputada Federal Renilce Nicodemos, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde das Mulheres; a Deputada Federal Silvia Cristina, Presidente da Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer; a Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, Coordenadora de Advocacy e Apoio ao Paciente do Grupo EVA; a Dra. Nísia Verônica Trindade Lima, Ministra da Saúde; e a Dra. Angélica Nogueira Rodrigues, representante da SBOC, além de outros convidados especiais. Essas figuras importantes contribuirão para enriquecer o debate e fortalecer a discussão sobre as questões de saúde e câncer ginecológico.

FEBRASGO participa do lançamento do Projeto de Fortalecimento do Cuidado Obstétrico e Neonatal

O projeto, realizado em parceria com Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, tem como objetivo reduzir a mortalidade materna e neonatal

No último dia 4 de setembro, o Dr. Etelvino Trindade representou a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) na solenidade de lançamento do Projeto de Fortalecimento do Cuidado Obstétrico Neonatal, que aconteceu no Hospital Universitário de Brasília (HuB-UnB). O projeto é executado em parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz), e com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A ação visa aprimorar a prática clínica em cuidados obstétricos e neonatais em 25 das 45 unidades da estatal, através da análise dos serviços e da implementação de ferramentas digitais inovadoras. O objetivo é reduzir a mortalidade materna e neonatal. A medida também capacitará hospitais universitários para se tornarem referências nas modalidades de atenção abordadas pelo projeto, com foco em aspectos de ensino, formação e assistência no Sistema Único de Saúde (SUS).

"Em nome da Dra. Maria Celeste, presidente da FEBRASGO, gostaria de expressar nossa sincera gratidão pelo convite. A Federação é comprometida com a promoção de ações que tragam benefícios significativos para a saúde e bem-estar das mulheres. Estamos empenhados em colaborar para garantir que os atendimentos médicos às mulheres sejam realizados com o mais alto nível de atenção e qualidade“, declarou o Dr. Etelvino Trindade, membro da Comissão de Defesa e Valorização da FEBRASGO.

O projeto baseia-se em evidências científicas e práticas de referência, e inclui a aplicação da estratégia Qualineo, desenvolvida pelo Ministério da Saúde em colaboração com o Instituto Fernandes Figueira, além do uso da metodologia dos 10 Passos para o cuidado obstétrico, com o objetivo de reduzir a mortalidade materna.

Antes do lançamento, duas atividades importantes foram realizadas: uma oficina para validação da proposta metodológica, realizada nos dias 2 e 3 de julho; e a apresentação das iniciativas '10 Passos para Redução da Mortalidade Materna' e '10 Passos para Redução da Mortalidade Neonatal', ambas conduzidas pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Fernandes Figueira, no dia 31 de julho. Além disso, 12 das 25 unidades participantes do projeto já estavam sendo monitoradas pelo Instituto.

Além da FEBRASGO, marcaram presença no evento as seguintes entidades: Conselho Nacional de Saúde (CNS), Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília (SGOB), Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica e Neonatal (ABEN), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (ReHuNa), Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP), Rede Feminista de Goiás e Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (IBRAT). A superintendente do HUB, Elza Noronha, também esteve presente.

“Acreditamos que, por meio de um diálogo construtivo e da nossa participação ativa, podemos contribuir para aprimorar continuamente os serviços e garantir a redução da mortalidade materna e neonatal”, completa Dr. Etelvino Trindade.

Setembro em Flor: Brasil registra mais de 30 mil novos casos de cânceres ginecológicos por ano

FEBRASGO reforça que o acompanhamento ginecológico é fundamental o rastreio desses tipos de neoplasia

A campanha Setembro em Flor, promovida pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), busca sensibilizar a população sobre a prevenção dos cânceres que atingem o colo do útero, o endométrio, os ovários, a vagina e a vulva. Neste mês, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) enfatiza a importância do acompanhamento ginecológico para o rastreio da doença e o diagnóstico precoce. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 30 mil mulheres brasileiras recebem anualmente diagnósticos de câncer ginecológico, sendo mais de 16 mil casos apenas de câncer de colo uterino. Os tipos de câncer mais comuns entre as mulheres são: mama (30,1%), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7,0%), pulmão (6,0%) e glândula tireoide (5,8%). Em alguns estados brasileiros, principalmente da região Norte, o câncer de colo do útero é o segundo mais frequente.

O Dr. Eduardo Cândido, presidente da Comissão de Ginecologia Oncológica da FEBRASGO, afirma que o médico ginecologista desempenha um papel fundamental na saúde da mulher e, frequentemente, é visto como o principal ponto de referência para muitas condições de saúde. Além disso, o profissional é muitas vezes responsável por encaminhar as pacientes a outros especialistas quando necessário, garantindo uma abordagem abrangente e coordenada no cuidado da saúde feminina.

“O acompanhamento ginecológico é fundamental para a prevenção de cânceres passíveis de rastreio. Isso inclui tumores que podem ser detectados através de lesões precursoras ou diagnosticados em estágios iniciais. Assim, além da realização do exame de Papanicolau e de mamografia para rastreio dos cânceres do colo uterino e da mama, o cuidado também envolve uma anamnese detalhada, um exame físico minucioso e a realização de exames adequados, todos voltados para o rastreio eficaz”, frisou.

 

Exames fundamentais para o diagnóstico precoce

No caso do câncer de colo do útero, o exame Papanicolau (ou exame citopatológico) é fundamental, e, mais recentemente, o teste de DNA do HPV tem sido incorporado à prática diária para detectar a presença do vírus no colo do útero. Esses métodos permitem identificar condições em estágios iniciais e melhorar as taxas de sobrevivência do paciente.

Por outro lado, a mamografia é um importante aliado no rastreio de câncer de mama, um dos tipos mais comuns entre as mulheres. A mamografia permite a detecção de lesões e alterações suspeitas, bem como cânceres em estágios iniciais, com maior precisão do que a palpação durante o exame físico. “Além disso, o ginecologista deve adotar uma visão holística no cuidado da saúde da mulher e avaliar pela anamnese e pelo exame físico a necessidade de se realizar exames complementares”, afirma.

Outros exames, como a colonoscopia, podem ser indicados em fases específicas da vida da mulher, especialmente em perfis populacionais mais suscetíveis, como aqueles com idade avançada ou que são fumantes.

Cânceres não passíveis de rastreamento

O especialista da FEBRASGO alerta que, embora existam tumores que não podem ser rastreados durante os exames de rotina, a atenção aos sinais e sintomas relatados pela paciente pode permitir diagnósticos precoces de alguns desses casos. “Um exemplo clássico é uma paciente pós-menopausa que se queixa de sangramentos genitais. Esse sintoma pode indicar a presença de câncer de endométrio”, explica. Portanto, é fundamental que o ginecologista esteja atento às queixas da paciente, realize exames físicos adequados e investigue cuidadosamente quaisquer sintomas relatados, pois isso pode ser crucial para a detecção precoce e o tratamento efetivo de condições graves.

“O câncer de endométrio é bastante comum em países de alta renda e vem aumentando sua incidência em países como o Brasil. Neste contexto, é importante destacar que esse câncer, assim como o câncer de ovário, não apresenta formas eficazes de rastreamento”, ressalta o médico.

O especialista explica que é importante dar atenção às queixas das pacientes e considerar seu histórico familiar para alguns tumores, especialmente em relação a parentes de primeiro grau com câncer de mama ou câncer de ovário. Além disso, no caso do câncer de endométrio, fatores relacionados ao estilo de vida, como a obesidade, desempenham um papel importante. Para ele, a conscientização sobre esses aspectos pode ajudar na identificação e manejo da doença.

Prática saudável alinhada a prevenção

Em relação ao estilo de vida, o ginecologista lembra que é essencial adotar uma dieta adequada e equilibrada, rica em fibras provenientes de verduras, legumes e vegetais, e evitar o consumo excessivo de produtos industrializados, processados e ultraprocessados, além de carnes, proteínas e carboidratos em excesso. A prática regular de atividade física, especialmente exercícios aeróbicos de moderada a alta intensidade, deve ser realizada sob a orientação de um profissional de saúde para garantir segurança e eficácia.

Também é importante eliminar hábitos não saudáveis, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, que são agentes carcinogênicos com potencial significativo para causar diversos tipos de câncer, incluindo os ginecológicos.

“Promover hábitos de vida saudáveis com uma dieta equilibrada, atividade física regular e a eliminação de substâncias nocivas como álcool, tabaco e drogas ilícitas, é fundamental para a prevenção de cânceres e a manutenção da saúde geral”, finaliza.

Setembro Amarelo: entenda a diferença entre "Baby Blues" e a Depressão Pós-Parto

No mês de conscientização e prevenção ao suicidio,  FEBRASGO reforça a importância de identificar e abordar precocemente distúrbios emocionais para garantir o bem-estar da mãe e do recém-nascido

A maternidade é um momento de profundas transformações na vida de uma mulher, mas para algumas mães, esse período pode ser marcado por uma luta silenciosa e muitas vezes invisível: a Depressão Pós-Parto (DPP). Essa condição severa e aguda exige atenção e cuidados especializados, pois seus sintomas podem afetar significativamente a saúde mental e emocional da mãe, bem como o desenvolvimento do bebê. No mês dedicado à campanha de conscientização sobre a saúde mental e prevenção ao suicídio, Setembro Amarelo, é fundamental lembrar da importância de tratar a DPP, que, se não abordada, pode ter consequências graves, incluindo a morte.

O Dr. Rômulo Negrini, vice-presidente da Comissão de Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), explica que, o obstetra tem um papel fundamental na identificação precoce de sintomas de depressão e psicose pós-parto. “Durante as consultas de acompanhamento no puerpério, o médico deve questionar sobre o estado emocional da paciente e observar sinais de alerta. A abordagem cuidadosa e a identificação precoce de possíveis distúrbios emocionais são essenciais para garantir um suporte adequado e promover o bem-estar da mãe e do recém-nascido”, explica.

 

Entre os sintomas de depressão pós-parto estão tristeza intensa e persistente, falta de interesse nas atividades diárias, fadiga extrema, perda de apetite ou compulsão alimentar, sentimentos de culpa ou inutilidade,  dificuldades para estabelecer vínculo com o bebê, ou até pensamentos de auto lesão. Esses sintomas podem surgir em qualquer momento durante o primeiro ano após o parto.

 

No entanto, durante o período pós-parto, conhecido como puerpério, é comum que as mulheres experimentam variações de humor, frequentemente referidas como "baby blues". “Isso ocorre devido às mudanças hormonais, à privação de sono e à adaptação à nova rotina. Por isso, é importante distinguir essa tristeza transitória dos sintomas de depressão pós-parto e psicose pós-parto, que são condições mais graves e que requerem atenção médica”, afirma.

A diferença entre "Baby Blues" e Depressão Pós-Parto é significativa tanto em termos de sintomas quanto de intensidade. O "Baby Blues" é caracterizado por sintomas leves, como tristeza passageira, choro fácil, irritabilidade, ansiedade, dificuldade para dormir e sensação de sobrecarga. Esses sintomas costumam surgir entre o 2º e o 5º dia após o parto e geralmente desaparecem dentro de duas semanas. A intensidade do "Baby Blues" é moderada; embora possa ser desconfortável, a mulher consegue geralmente manter os cuidados básicos de si mesma e do bebê. No caso da Depressão Pós-Parto, os sintomas são mais intensos e o tempo de duração também, e a gravidade pode interferir significativamente na capacidade da mulher de cuidar de si mesma e do bebê.

Psicose Pós-Parto

A psicose pós-parto é uma condição rara, porém extremamente grave, que geralmente se manifesta nas primeiras semanas após o parto. “Os sintomas incluem alucinações, delírios (frequentemente envolvendo o bebê), paranóia, agitação, confusão mental e comportamentos erráticos. Em casos extremos, pode haver pensamentos de machucar o bebê ou a si mesma. Devido à gravidade e ao potencial de danos severos, a psicose pós-parto é considerada uma emergência psiquiátrica que exige intervenção imediata para garantir a segurança da mãe e do bebê”, destacou o médico .

Tratamento

 

O especialista da FEBRASGO destaca que o tratamento para a Depressão Pós-Parto pode envolver psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental ou interpessoal, bem como o uso de medicamentos antidepressivos, levando em consideração a segurança para lactantes. Segundo o especialista, o apoio familiar e a participação em grupos de apoio são fundamentais para a recuperação. Por outro lado, a Psicose Pós-Parto exige uma abordagem mais intensiva, incluindo internação hospitalar, uso de antipsicóticos, estabilizadores de humor e antidepressivos, além de terapia intensiva. O suporte contínuo de profissionais de saúde, familiares e amigos é essencial para enfrentar e superar esses desafios durante o período pós-parto.

 

 

Prevenção

O Dr. Rômulo Negrini reforça que o cuidado ao longo de toda a gestação e o acompanhamento médico é fundamental para garantir a saúde mental da paciente. Além disso, é importante que durante este período a gestante também possa encontrar um tempo para o autocuidado.

 

"Recomenda-se manter um sono de qualidade, ter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercícios físicos, dedicar tempo de qualidade para si mesma, manter pensamentos positivos, evitar o isolamento social e o consumo de cafeína, álcool e outras substâncias. E, caso a paciente sinta algum sintoma de depressão pós-parto, deve agendar seu primeiro check-up pós-natal o mais breve possível após o parto”, finaliza.

VIGICOM: a plataforma digital desenvolvida para monitorar efeitos colaterais e o mau uso de hormônios

O objetivo da ferramenta é gerar dados que possam ser utilizados para advocacy, com o intuito de aprimorar a legislação, a fiscalização e a regulamentação sobre o uso de hormônios no Brasil, além de alertar a população sobre efeitos adversos do mau uso de hormônios.

 

O VIGICOM-HORMÔNIOS é uma plataforma desenvolvida para servir como um repositório de relatos sobre efeitos adversos resultantes do uso inadequado de hormônios, sempre em conformidade com diretrizes éticas e científicas. Nesta fase inicial, a plataforma permitirá que os médicos registrem no banco de dados os casos de efeitos adversos que identificarem em sua prática clínica.

A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) tem participado ativamente de debates e reuniões sobre a questão do uso de hormônios manipulados, tema que tem preocupado muito os especialistas da área da saúde. Para monitorar os efeitos adversos associados ao mau uso de hormônios, a FEBRASGO uniu-se a outras instituições como a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade Síndrome Metabólica (ABESO), a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), entre outras, para o desenvolvimento da plataforma.

Para a Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da Federação, a divulgação de tratamentos hormonais  não regulamentados  está em desacordo com os melhores princípios da saúde. Segundo ela, existem muitos relatos em consultório de efeitos adversos que muitas vezes não são comunicados à Anvisa, ou a outros órgãos de regulamentação. “A FEBRASGO está atenta ao que acontece com as mulheres no Brasil, e esta ferramenta de fácil acesso trará mais dados para que possamos seguir cuidando da saúde feminina”, explica.

O Dr. Clayton Macedo, presidente do Departamento de Endocrinologia do Esporte e Exercício da SBEM e coordenador do projeto VIGICOM, explica que a ferramenta foi desenvolvida para monitorar os efeitos colaterais dos tratamentos hormonais. “Essa ferramenta visa reunir diversos casos em um ambiente digital com um formato simplificado, facilitando o registro e a análise das informações”, diz.

O objetivo é gerar dados que possam ser utilizados para advocacy, com o intuito de aprimorar a legislação, a fiscalização e a regulamentação sobre o uso de hormônios. Esse é o propósito principal do VIGICOM. Em uma segunda etapa, a plataforma será expandida para incluir também relatos de pacientes que tenham experimentado efeitos adversos. Todos os dados coletados na plataforma seguem rigorosamente a LGPD.

Para mais informações, acesse:

Site: vigicomhormonios.com.br 
Instagram: @vigicomhormonios
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