Revistas

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE VÍDEOS DIVULGANDO INFORMAÇÕES FALSAS SOBRE A MAMOGRAFIA

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE VÍDEOS DIVULGANDO INFORMAÇÕES FALSAS SOBRE A MAMOGRAFIA
O Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) se veem no dever de divulgar uma nota de esclarecimento em resposta a vídeos publicados recentemente na mídia eletrônica (Youtube), que disseminam de maneira irresponsável informações distorcidas sobre a detecção e diagnóstico do câncer de mama. Assim, gostaríamos de afirmar:
1) O câncer de mama é o tumor mais frequentes entre as mulheres e a principal causa de morte por tumor no Brasil e no mundo. Entretanto, no Brasil, diferentemente dos países desenvolvidos, a mortalidade pelo câncer de mama continua aumentando.
2) A causa do contínuo aumento da mortalidade é a falta de programas de rastreamento adequados ou a baixa adesão da população aos programas oferecidos – principalmente devido à falta de informação ou então acesso a informações distorcidas, como estas recentemente veiculadas. Também se deve a falta de acesso em tempo hábil aos tratamentos recomendados.
3) Deve-se enfatizar que a mamografia é o único exame que, quando realizado de maneira sistemática a partir dos 40 anos em mulheres assintomáticas, comprovadamente leva a uma redução da mortalidade pelo câncer de mama. Isso foi demonstrado através de grandes estudos realizados em mais de 500 mil mulheres, sendo observado uma redução da mortalidade que variou entre 10% a 35% no grupo de mulheres submetidas ao rastreamento em relação às que não eram submetidas.
4) Dessa forma, as principais sociedades médicas no Brasil e no mundo são unânimes em recomendar o rastreamento mamográfico para as mulheres assintomáticas, iniciando a partir dos 40 anos ou 50 anos (dependendo do país), com uma periodicidade anual ou bienal (também variando em alguns países). No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos.
5) O auto-exame detecta o tumor quando o mesmo já está em uma fase adiantada, não tendo estudo que comprove qualquer benefício para a redução da mortalidade, não devendo ser adotado como método de rastreamento.
6) O risco de câncer radioinduzido é extremamente baixo, tendo em consideração as doses de radiação envolvidas em cada exame. E não existe estudo que demonstre que os riscos excedem os benefícios, na faixa etária recomendada.
7) Citação de absurdos como “uma biópsia leva a desenvolver câncer” foge a compreensão de qualquer médico com um mínimo de conhecimento na área oncológica.
Dessa forma, a indignação é porque muitas mulheres que assistem a esses vídeos podem considerar não realizar a mamografia. E isso pode significar a perda da chance de detectar o tumor de mama em uma fase inicial, em que se pode oferecer a possibilidade de cura e tratamentos menos agressivos.
Comissão Nacional de Mamografia - Colégio Brasileiro de Radiologia, Sociedade Brasileira de Mastologia, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

São Paulo, 15 de abril de 2019



Lançamento - COLEÇÃO FEBRASGO: Climatério e Menopausa

A 22º HORMOGIN – Jornada de Hormônios e Ginecologia terá uma sessão especial de lançamento do livro Climatério e Menopausa, da Coleção FEBRASGO. De extrema relevância à assistência integral à saúde da mulher, aborda desde a transição menopausa até a pós-menopausa. Também trata dos sintomas mais comuns do período, a osteoporose, as doenças cardiovasculares, a atrofia vaginal e as alterações dermatológicas, gastrintestinais, metabólicas até os transtornos de humor no climatério. Os atores são os professores César Eduardo Fernandes, Maria Celeste Osório Wender e Marcos Felipe Silva de Sá. A seção de lançamento ocorrerá em 12 de abril, às 15h30, no estande da FEBRASGO no Centro de Convenções Rebouças, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 23 – Pinheiros. 

Apoio:

 

7 de abril de 2019 – Dia Mundial da Saúde

*Adaptação livre do texto “Joint Statement In Celebration Of World Health Day – Universal Health Coverage” divulgado por LLLI (La Leche League International) e WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) em 5/4/2019*

A Febrasgo, através da sua Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno, vem celebrar o Dia Mundial da Saúde de 2019, concentrando-se na cobertura universal de saúde materno-infantil no contexto da amamentação. A garantia de que todas as pessoas e comunidades tenham acesso a serviços de saúde de qualidade onde e quando precisarem deve incluir serviços que apoiam a amamentação. A amamentação é um esforço de equipe, e precisamos capacitar mães, pais, parceiros, famílias, locais de trabalho e comunidades para possibilitar a amamentação.

É fundamental que todos os envolvidos tanto no sistema público, quanto na saúde suplementar, tenham conhecimento e habilidades de comunicação suficientes para ajudar as famílias a alcançar seus objetivos.

A amamentação é a base da vida e o leite humano é fundamental para o crescimento e desenvolvimento ideais da criança. Ele contém a quantidade certa de nutrientes para o crescimento, é facilmente digerido e está prontamente disponível. O colostro ou primeiro leite é uma nutrição concentrada para o recém-nascido: contém anticorpos vitais para defender o sistema imunológico imaturo do bebê contra muitos agentes nocivos. O leite humano maduro substitui o colostro para continuar atendendo as necessidades crescentes da criança, fornecendo as gorduras, proteínas, carboidratos e calorias necessárias para o crescimento ideal.

A amamentação também está associada a um risco reduzido de sobrepeso / obesidade e pode reduzir o risco de diabetes tipo 2. Os bebês alimentados com leite materno recebem benefícios para a vida toda. Fórmulas infantis não fornecem anticorpos ou proteção do sistema imunológico. Não amamentar aumenta o risco de muitas doenças para a criança, como diarreia, pneumonia e outras infecções. Independentemente da duração da amamentação, ela traz benefícios para o bebê. O apoio à amamentação desde o nascimento proporciona a saúde ideal com benefícios para a saúde ao longo da vida do bebê. (2, 3, 4, 7)


Há também benefícios da amamentação para a saúde materna, como a redução do risco de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e proteção contra doenças autoimunes. (4, 8, 9, 10, 11) A amamentação também pode ajudar a aumentar o espaçamento das gravidezes, se feita de acordo com as recomendações da OMS e do UNICEF. (9)


A OMS, o UNICEF, o Ministério da Saúde e a Febrasgo recomendam o aleitamento materno exclusivo durante seis meses da vida da criança com a adição de alimentos sólidos complementares aos seis meses e a amamentação contínua por dois anos ou mais, para promover os melhores resultados de saúde para a criança ao longo da vida. (12) No entanto,

muitas famílias não têm acesso equitativo aos cuidados de saúde devido à falta de apoio adequado ao aleitamento materno. (13) Assim, garantir esse acesso a todas as famílias é fundamental.

O apoio à amamentação deve ser o foco central de atendimento durante os primeiros mil dias da vida do bebê. (14) Com mensagens consistentes e sistemas de referência adequados em toda a cadeia de calor, a díade mãe-bebê se beneficiará do apoio contínuo e da assistência qualificada. Todas as mães são então capacitadas com uma experiência de amamentação mais satisfatória e eficaz.

Através de políticas de apoio à amamentação e mensagens consistentes, os Hospitais Amigos da Criança podem impactar positivamente o período pré-natal e os primeiros minutos, horas e dias após o nascimento. (15) Além disso, a Etapa 10 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno reforça a importância do acompanhamento da amamentação após a alta da maternidade. É necessário que as maternidades garantam que mães e recém-nascidos tenham uma fonte de apoio bem informada após a alta hospitalar. (16)

A amamentação beneficia bebês, mães e nações. A OMS destaca a necessidade de cuidados de saúde primários ao longo do ciclo de vida. O aleitamento materno, com seus efeitos positivos para a saúde ao longo da vida, requer uma cadeia de apoio “calorosa” que abranja os cuidados básicos de saúde e além. Para capacitar os pais e permitir a amamentação, a cobertura universal de saúde deve estar disponível e acessível para todos.


Referências:

1. World Health Organization. (2019). World Health Day 2019.
2. Mosca, F., & Giannì, M. L. (2017). Human milk: composition and health benefits. La Pediatria Medica E Chirurgica, 39(2). doi: 10.4081/pmc.2017.155
3. Horta BL, et al. Long-term consequences of breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure and type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 104:30-7,2015. doi: 10.1111/apa.13133
4. Victora, C.G., Bahl R., Barros, A. J. D., França, G.V.A., Horton, S., Krasevec, J., Murch, S., Sankar, M. J., Walker, N., Rollins, N. C. for The Lancet Breastfeeding Series Group. (2016). Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 387:475-90. doi: 10.1016/S0140-6736(15)01024-7
5. Hengstermann, S., Mantaring, J.B., 3rd, Sobel, H.L., Borja, V.E., Basilio, J., Iellamo, A.D., Nyunt-U, S. (2010). Formula feeding is associated with increased hospital admissions due to infections among infants younger than 6 months in Manila, Philippines. Journal of Human Lactation,26(1), 19-25. doi: 10.1177/0890334409344078.
6. Stuebe, A. (2009). The risks of not breastfeeding for mothers and infants. Rev Obstet Gynecol, 2(4), 222-31.
7. Victora, C.G., Horta, B.L., de Mola, C.L., Quevedo, L., Pinheiro, R.T., Gigante, D.P., Goncalves, H., & Barros, F.C. (2015). Association between breastfeeding and intelligence, educational attainment, and income at 30 years of age: A prospective birth cohort study from Brazil. Lancet Glob. Health, 3:e199-205. doi: 10.1016/S2214-109X(15)70002-1
8. Blincoe, A.J. (2005). The health benefits of breastfeeding for mothers. British Journal of Midwifery, 13 (6), 398-401. doi: 10.12968/bjom.2005.13.6.18361
9. World Health Organization. (2019). Breastfeeding.
10. Langer-Gould, A. , Smith, J. B. , Hellwig, K. , Gonzales, E. , Haraszti, S. , Koebnick, C. & Xiang, A. (2017). Breastfeeding, ovulatory years, and risk of multiple sclerosis. Neurology, 89(6), 563–569. doi: 10.1212/WNL.0000000000004207.
11. Stuebe AM, Michels KB, Willett WC, Manson JE, Rexrode K, Rich-Edwards JW. Duration of lactation and incidence of myocardial infarction in middle to late adulthood. Am J Obstet Gynecol 2009;200:e131–e138. doi: 10.1016/j.ajog.2008.10.001
12. World Health Organization. (2019). The World Health Organization's infant feeding recommendation.
13. Reis-Reilly, H., Fuller-Sankofa, N., & Tibbs, C. (2018). Breastfeeding in the Community: Addressing disparities through policy, systems, and environmental changes systems. Journal of Human Lactation, 34(2), 262-271. doi: 10.1177/0890334418759055
14. World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) (2019). Warm Chain of Support for Breastfeeding.
15. World Health Organization (WHO). (2019). Nutrition. Infographics: The TEN STEPS to successful breastfeeding.
16. La Leche League International (LLLI). (2019). Get Help.
Corintio Mariani Neto – Presidente da CNE de Aleitamento Materno

I EPGO - Encontro Nacional FEBRASGO de Preceptores de Residência Médica em GO

l EPGO - Encontro Nacional FEBRASGO de Preceptores de Residência Médica em GOtem ênfase nas necessidades específicas de Supervisores e Preceptores de Residência.

Os participantes terão oportunidade de conhecer novos referenciais, novas tecnologias de ensino e treinamento, além de trocar experiências com a Comissão de Residência Médica da FEBRASGO, Supervisores e Preceptores de diferentes Programas de todo o Brasil.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

  • Panorama atual das Residências Médicas em GO no Brasil;

  • Atividades da FEBRASGO para qualificar os Programas de Residência Médica em GO;

  • Oficina Interativa: Como anda o seu Programa de Residência? Aspectos positivos, dificuldades e desafios.

  • Segurança do Paciente;

  • Ensino através da Simulação - 4 salas diferentes de Simulação;

  • Como confeccionar simuladores de baixo custo;

  • Profissionalismo.

REQUISITO PARA QUE SUA INSCRIÇÃO SEJA APROVADA: Ser associado da FEBRASGO e estar quite com a anuidade de 2019.

* O valor do ingresso será devolvido no dia do Encontro aos inscritos presentes.
Não haverá devolução de valores aos inscritos que NÃO comparecerem ao evento.

* Após o preenchimento de todas as vagas, você poderá se cadastrar na lista de espera.

Local: Grand Mercure Ibirapuera - Rua Sena Madureira, 1355 - Bloco 1 - Ibirapuera - São Paulo  

Para dúvidas ou mais informações, envie e-mail para: cursos@febrasgo.org.br

INSCREVA-SE CLICANDO AQUI


 
                                                                                                                                                 Apoio:  

                                                                                                                                   

Provas do TEGO

Avaliação para obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia será aplicada em julho

O Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) é um título que confere ao profissional a confirmação da sua excelência no exercício da tocoginecologia. Com tamanha importância, ocorreu reunião da Comissão Nacional do TEGO (CN TEGO) para a organização e planejamento da prova de 2019, prevista para 27 e 28 de julho.

O encontro aconteceu no Rio de Janeiro, de 13 a 16 de março, com o objetivo de preparar o exame prático e teórico. Cada questão, previamente elaborada pelos membros, foi revista e discutida, em grupo, conferindo o gabarito em fontes distintas.
A prova prática também é testada, em simulações, para que tudo transcorra bem no dia da avaliação. “É uma reunião trabalhosa, em que os membros ficam imersos no projeto, para que a prova seja de excelência”, comenta a Dra. Roseli Nomura, presidente da CN TEGO.

Composta por 21 médicos, a Comissão Nacional conta com especialistas em Ginecologia e Obstetrícia, todos professores de diversas instituições, tanto públicas como privadas. A presença de docentes de várias regiões do País é fundamental para que as especificidades regionais sejam atendidas na composição das questões.

A avaliação é formada por duas etapas. A primeira é teórica, com 100 testes de múltipla escolha baseados em casos clínicos, metade referente à área de Ginecologia e a outra parcela sobre Obstetrícia. As perguntas também são acompanhadas de imagens, aumentando o grau de dificuldade.

A segunda fase, por sua vez, sofreu uma mudança há dois anos. Houve a implantação da parte prática, na qual os candidatos precisam aplicar os conhecimentos e realizar tarefas em estações com pacientes simulados ou manequins.
“É unanimidade do meio da Medicina que ser portador do TEGO diferencia o tocoginecologista, por tratar-se da única prova que de fato valida o nível de competência e excelência do médico para ser especialista em GO”, pontua o presidente da FEBRASGO, César Eduardo Fernandes.

O título, conferido pela Febrasgo e a Associação Médica Brasileira (AMB), é responsável por avaliar os profissionais quanto ao saber científico, habilidades e atitudes, fundamentais para o exercício da profissão. Roseli enfatiza a relevância do certificado:
“Ele confirma que o especialista está atualizado no que diz respeito aos conhecimentos médicos e que possuem competência necessária para a prática médica de excelência de GO”.
             
Em 2019, os residentes do terceiro ano que tiveram desempenho satisfatório no Teste de Progresso Individual de 2018 poderão prestar a prova prática diretamente. O edital será divulgado em breve e as inscrições serão abertas.

Campanha Nacional de Vacinação contra gripe

Está prevista para o período entre 10 de abril e 31 de maio, a campanha de vacinação contra gripe. As gestantes estão entre as prioridades para o recebimento de imunização.
"Os sintomas da gripe na mulher grávida costumam ser mais preocupantes que do que acontece para outras pessoas em geral ", diz o presidente da Comissão Nacional Especializada de Vacinas da FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, dr. Julio Cesar Teixeira.
Não há nenhuma contra indicação das vacinas para as gestantes, podendo ser aplicadas em qualquer período da gravidez, inclusive após o parto.
"Os anticorpos produzidos pela mãe são transferidos para o bebê e ele fica protegido. Os anticorpos também podem ser transferidos pelo leite no período da amamentação. Os bebês são mais vulneráveis então a vacinação na gravidez é muito importante porque a gripe durante a gestação tem maior risco de evolução grave", explica o Dr. Júlio César.
Muitos dos casos críticos de gripe acontecem nas gestantes. Na mulher grávida, por ter seu sistema de defesa diminuído, a influenza evolui rapidamente e de forma mais grave, inclusive correndo risco de óbito.
O especialista adverte que a não vacinação das gestantes pode resultar na exposição da criança ao vírus da gripe após nascer e ainda sem os anticorpos protetores, além de as gestantes poderem apresentar um possível quadro de insuficiência respiratória, que costuma evoluir em torno de seis a doze horas. O mesmo vale para os indivíduos mais velhos acima de 60 anos e aos mais jovens com doenças crônicas.
A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde, SUS, para grupos especiais, como as gestantes e nas clínicas privadas para mulheres de todas as idades. Protege por um ano, pois o vírus se modifica nesse período, sendo necessária a revacinação contra os novos que surgirem.
Dr. Júlio César reitera que a vacina não causa doença; é segura por possuir somente partículas do vírus e que por isso pode ser aplicada em grávidas em qualquer momento e até mesmo em pessoas com imunidade baixa, embora a proteção possa ser menor.

 

Página 96 de 141
-->

© Copyright 2025 - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Todos os direitos são reservados.

Políticas de Privacidade e Termos De Uso.

Aceitar e continuar no site