Estudo sobre TEV pretende diminuir as chances de morte entre as mulheres

Segunda, 01 Outubro 2018 16:57

Considerando os diversos riscos de tromboembolismo venoso (TEV) que as mulheres enfrentam ao longo da vida, uma pesquisa elaborada pela Comissão Nacional Especializada de Tromboembolismo da FEBRASGO (CNE-TEV) foi enviada para todos os ginecologistas do País. A meta, compilar informações atuais, precisas e relevantes, base para a qualificação do atendimento às pacientes.

De acordo com o ginecologista Dr. André Malavasi, membro da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, TEV é o termo designado para falar de duas doenças principais: a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia pulmonar (EP), sendo a maior causa de morte intra-hospitalar evitável entre as mulheres.

Os métodos profiláticos das doenças são capazes de evitar quatro entre cinco mortes por TEV. A gravidez e o uso de hormônios, anticoncepcionais e pílulas estão entre os fatores que podem aumentar o risco de trombose. Malavasi alerta que outro ponto importante é a questão da trombofilia, ou seja, a tendência, genética ou adquirida.

“O que acontece? Há excesso de pesquisas de trombofilia, infelizmente com mulheres que não têm indicação. A pesquisa é cara e não há benefício em saber, na maioria das vezes, se ela tem ou não trombofilia”.

O estudo é alicerçado em um questionário com 50 questões, enviado para todos os ginecologistas e obstetras do Brasil. Já há cerca de 1000 respostas. As perguntas são relacionadas à identificação dos riscos de trombose, à indicação da pesquisa de trombofilia e ao uso e como se estabelece o tratamento.

A ideia veio da necessidade de identificar as formas de atendimento prestadas às pacientes com TEV.

“Queremos entender como o ginecologista e o obstetra lidam com essa questão tão importante que é o tromboembolismo venoso da mulher e a trombofilia. Desejamos trazer dados confiáveis para a sociedade, para a FEBRASGO, a pesquisa, já que até hoje não houve nenhum levantamento nesse sentido”, explica Malavasi.

A Comissão pretende ainda mapear as maiores dificuldades dos especialistas em lidar com essas doenças. Isso para oferecer aos especialistas informação de alta qualidade, baseada em evidências científicas e que possam auxiliar a detectar riscos e ministrar adequadamente o tratamento às pacientes.


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