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Anvisa suspende manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados.

FEBRASGO faz um alerta sobre os efeitos colaterais do mau uso de hormônios e os possíveis danos causados à saúde da mulher

 

A informação foi publicada nesta sexta-feira (18), no site oficial da ANVISA, após a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) junto com a Associação Médica Brasileira (AMB) e outras sociedades médicas apresentarem à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e ao Ministério da Saúde a “Resolução contra os Implantes Hormonais não Aprovados”.  No documento, as sociedades destacam a complexidade indiscutível da ação dos hormônios no corpo humano e sua interação com diversos órgãos e tecidos e solicitaram a proibição da fabricação, importação, manipulação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de medicamentos com ação hormonal em tipos farmacológicos, combinações, doses ou vias não registradas na ANVISA em todo o território nacional.

Diferente do implante hormonal usado como método contraceptivo com etonogestrel (Implanon) com registro e autorização da ANVISA, o implante hormonal manipulado,  também conhecido popularmente como “chip da beleza”, é um produto produzido em farmácias de manipulação sem controle efetivo da sua dosagem e dos possíveis efeitos colaterais. O produto composto normalmente por gestrinona - hormônio sintético que tem ação antiestrogênica e androgênica - tem sido divulgado amplamente em redes sociais com a promessa de aumentar a massa magra, reduzir gordura corporal e aumentar a disposição.

A FEBRASGO, que atuou ativamente na campanha, celebra a proibição dos implantes hormonais manipulados pela ANVISA e considera a iniciativa um avanço importante. De acordo com a Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO, a falta de fiscalização e controle sobre esse tipo de implante coloca em risco a saúde das mulheres. “Quando o produto é manipulado, não temos como mensurar o padrão da liberação hormonal no corpo da mulher e nem o impacto que pode causar à saúde. Os implantes hormonais manipulados têm sido promovidos para mulheres sem pesquisas científicas de qualidade sobre farmacocinética, seus efeitos e contraindicações”, explica. “Diante do cenário que vivemos e do aumento de casos relatados em consultório associados ao mau uso dos implantes hormonais manipulados, não poderíamos permanecer na inércia. A proibição desses produtos não aprovados pela ANVISA era urgente”, completa a presidente.

O ex-diretor da ANVISA, Dr. Dirceu Barbano, também se pronunciou sobre o assunto: “Entendo que a medida era absolutamente necessária e que a ANVISA está de parabéns, como na interação com as sociedades médicas. Mais um exemplo de atitude correta da agência sanitária brasileira. Deve-se também destacar o papel da FEBRASGO e demais sociedades médicas no incansável trabalho de melhorar as condições dos cuidados com a saúde das pessoas. Um presente dos médicos e da ANVISA, no dia do médico, comemorado nesse 18 de outubro”.

A Dra. Maria Celeste Wender reforça que além dos implantes hormonais manipulados não terem a aprovação da ANVISA, existem relatos de efeitos colaterais graves, como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, além de complicações hepáticas, dermatológicas, psiquiátricas, renais, musculares e infecções associadas aos implantes. “Existem efeitos colaterais que são irreversíveis como a alteração da voz, além de aumento do clitóris e até problemas de infertilidade. Algumas mulheres também podem apresentar queda de cabelo, aumento da oleosidade da pele e acne severa”, diz.

A FEBRASGO destaca que a decisão da ANVISA é resultado de uma luta de anos, não apenas da Federação, mas de tantas outras sociedades científicas envolvidas. Uma vitória no Dia do Médico que contribui para proteção à saúde da população brasileira.

VIGICOM: mais de 200 casos adversos de mau uso dos hormônios foram relatados à Plataforma

O VIGICOM Hormônios – Observatório do Mau Uso dos Hormônios (vigicomhormonios.com.br) é uma plataforma desenvolvida para servir como um repositório de relatos sobre efeitos adversos resultantes do uso inadequado de hormônios, sempre em conformidade com diretrizes éticas, permitindo que médicos registrem no banco de dados os casos de efeitos adversos que identificarem em sua prática clínica. Lançada em agosto deste ano, até o momento, a plataforma já tem o registro de 233 casos.

A iniciativa faz parte do trabalho conjunto da FEBRASGO com a Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Brasileira para Estudo da Obesidade Síndrome Metabólica, entre outras sociedades médicas. “O objetivo é gerar dados que possam ser utilizados para advocacy, com o intuito de aprimorar a legislação, a fiscalização e a regulamentação sobre o uso de hormônios. Os dados gerados pela plataforma são importantes para que possamos mapear os efeitos colaterais e cobrar as devidas ações do poder público”, diz Dra. Maria Celeste.

Campanha #AprovaAnvisa

Para chamar a atenção sobre a importância do tema, a FEBRASGO e mais de 30 Sociedades uniram-se para o lançamento da Campanha #AprovaAnvisa, compartilhando nas redes sociais os danos causados pelos implantes hormonais manipulados e cobrando da ANVISA a aprovação da “Resolução contra os Implantes Hormonais não Aprovados”.

Confira o resumo de possíveis efeitos colaterais relacionados ao uso de implantes hormonais manipulados:

  • Queda de cabelo
  • Alteração da voz
  • Acne
  • Ganho de peso
  • Excesso de pelos no corpo
  • Aumento do clitóris
  • Infertilidade
  • Infarto agudo do miocárdio
  • Palpitações
  • Pressão arterial elevada
  • Dor no peito
  • Falta de ar
  • Tromboembolismo
  • Complicações hepáticas
  • Acidente vascular cerebral

FEBRASGO apresenta novas diretrizes para a terapia de reposição hormonal durante Climatério e Menopausa

Além do documento, a Federação realiza uma série de Lives para promover a educação científica

Documento “Diretrizes Brasileiras sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa” visa aprimorar a compreensão e o manejo do tratamento essencial para a saúde das mulheres nessa fase da vida. No Dia Mundial da Menopausa, 18 de outubro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância das orientações baseadas em evidências para o manejo de terapia hormonal e apresenta as “Diretrizes Brasileiras sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa”, documento desenvolvido em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Associação Brasileira de Climatério (SOBRAC).

O lançamento aconteceu no dia 7 de outubro, durante uma Live realizada nas redes sociais da FEBRASGO para apresentar o conteúdo e as novas diretrizes estabelecidas pelas Sociedades. O encontro contou com a presença da Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO, da Dra. Lucia Paiva, presidente da Comissão Nacional Especializada em Climatério da FEBRASGO, da Dra. Glaucia Morais, presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), e da Dra. Maria Cristina Costa, cardiologista e eco cardiologista pela SBC.

Ao iniciar o debate sobre as novas orientações do novo documento, a Dra. Maria Celeste Wender, destacou a importância do encontro ao vivo entre especialistas das Sociedades envolvidas. “Esta é uma, entre uma série de lives que reforça a missão da FEBRASGO em promover a educação e atualização científica, fornecendo informações confiáveis e diretrizes com foco na valorização da saúde da mulher”, disse a presidente.

O documento apresentado destaca ainda que o tratamento de reposição hormonal deve ser iniciado nos primeiros 10 anos após o início da menopausa, quando a mulher deixa de menstruar ou antes dos 60 anos, para que os benefícios superem os riscos associados. Para mulheres saudáveis, a terapia hormonal quando iniciada na chamada janela da oportunidade tem um efeito bastante favorável no ponto de vista cardiovascular.

Por outro lado, iniciar a terapia hormonal em mulheres, com 60 anos ou mais e após mais de 10 anos do início da menopausa, pode aumentar o risco absoluto de doenças cardiovasculares, tromboembolismo venoso e acidente vascular cerebral. Nessas circunstâncias, não é recomendado iniciar a terapia hormonal, como regra geral.

Ainda sobre Menopausa, no dia 17 de outubro, a FEBRASGO realizou mais uma live abordando "Como Tratar o Ganho de Peso na Menopausa". Este evento contou com a presença da Dra. Lia Damásio, diretora de Defesa e Valorização Profissional, da Dra. Alessandra Bedin, médica ginecologista e nutróloga, e da Dra. Livia Lugarinho, diretora de Obesidade da SBEM.


Para acessar o conteúdo completo das Lives
, visite a página da FEBRASGO no Youtube: https://www.youtube.com/@FEBRASGOOFICIAL 

Para conhecer o documento completo “Diretrizes Brasileiras sobre a Saúde Cardiovascular no Climatério e na Menopausa”, acesse: https://www.febrasgo.org.br/pt/diretrizes/item/brazilian-guideline-on-menopausal-cardiovascular-health-en

FEBRASGO destaca os Riscos dos Implantes Hormonais não aprovados pela ANVISA em Congresso.

O evento incluiu o lançamento da plataforma VIGICOM

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) esteve presente no 36º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM 2024), realizado em Recife de 11 a 15 de outubro. A Dra. Lia Cruz, diretora de defesa e valorização da FEBRASGO, representou a diretoria e presidência da federação.

No evento, a Dra. Lia participou de uma mesa redonda sobre implantes hormonais, moderada por Annelise Meneguesso e Diana Viegas. Ela apresentou uma palestra sobre farmacodinâmica, abordando a questão: "Existem dados disponíveis?" A discussão evidenciou uma preocupação compartilhada entre ginecologistas, obstetras e endocrinologistas em relação ao uso inadequado de hormônios manipulados no Brasil. “Foi destacado o risco de doses inseguras, sem estudos que comprovem eficácia, segurança, eventos adversos, biodisponibilidade e efeitos a longo prazo dessas aplicações subcutâneas. Essa questão gera grande apreensão entre as sociedades científicas, especialmente quando esses hormônios são associados a outras medicações”, disse a Dra. Lia.

Além disso, durante o painel, a FEBRASGO participou do lançamento da plataforma VIGICOM, criada como um repositório para relatos sobre efeitos adversos decorrentes do uso inadequado de hormônios. Essa plataforma foi desenvolvida com total conformidade com diretrizes éticas e científicas, visando aprimorar a segurança e a responsabilidade na utilização hormonal.

"Essa interação é extremamente importante, pois promove uma troca valiosa de conhecimentos. No painel de lançamento do VIGICOM, contamos com a participação de profissionais de diversas áreas, como psiquiatria e hepatologia, que compartilham interesses comuns na regulamentação e na segurança do uso de hormônios. Essa colaboração multidisciplinar é fundamental para abordar de forma abrangente as questões relacionadas aos efeitos adversos e garantir melhores práticas no tratamento”, destacou.

Entre as diversas palestras, foram abordados temas como menopausa, climatério e alterações hormonais, incluindo a utilização da terapia hormonal durante o climatério. Também foram discutidas as alterações endócrinas na síndrome dos ovários policísticos e distúrbios endocrinológicos em geral que afetam a saúde da mulher. Esses tópicos, que são frequentemente rastreados pelo ginecologista, incluem questões relacionadas à tireoide, glicemia e outras condições relevantes.

"Manter a saúde endócrina é fundamental para o bem-estar geral da mulher. A compreensão e o manejo adequado das condições hormonais não apenas melhoram a qualidade de vida, mas também previnem complicações futuras. É essencial que profissionais de saúde trabalhem em conjunto para oferecer um cuidado integrado e eficaz”, finalizou a Dra. Lia.

Mulheres a partir dos 50 anos têm mais chances de desenvolver osteoporose, alerta FEBRASGO.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres a partir dessa faixa etária devem sofrer uma fratura osteoporótica em algum momento ao longo da vida.

 

Conhecida também como doença osteometabólica sistêmica, a osteoporose é caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, e entre as consequências mais graves pode ocasionar fraturas. Neste Dia Mundial e Nacional de combate à Osteoporose, 20 de outubro, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância da conscientização da população para prevenção e diagnóstico precoce, especialmente para mulheres a partir dos 50 anos de idade.

 

Entre os principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento da doença entre as mulheres está a mudança hormonal que acontece durante o período do climatério e menopausa. A Doutora Patrícia Leite da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da FEBRASGO, explica que nesta fase o ovário deixa de produzir esteroides sexuais. “Com a falta de estrógeno, conhecida como hipoestrogenismo, há um aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, responsável pela reabsorção óssea. Por consequência, o paciente apresenta perda óssea, e torna-se mais suscetível a fraturas”, explica. 

 

Para que o diagnóstico seja realizado de maneira precoce, a especialista reafirma a importância do acompanhamento ginecológico durante as mais diferentes fases da vida da mulher. “Dificilmente, a paciente terá sintomas na fase inicial da doença. Por isso, é importante que ela realize consultas periódicas e tenha acompanhamento médico, especialmente no climatério e menopausa. Se for necessário, recomenda-se a reposição hormonal”, diz.

 

Além disso, a médica esclarece que é importante estar atenta aos fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, diabetes, deficiência de cálcio e/ou vitamina D, baixa produção hormonal e alimentação inadequada. E, quando há uma suspeita, o exame mais indicado é o de densitometria óssea.

 

“Infelizmente, o paciente acaba procurando o profissional da saúde quando começa a apresentar fraturas recorrentes, o que indica o diagnóstico tardio da doença. A prevenção depende de hábitos saudáveis constituídos ao longo da vida como praticar atividade física e manter uma alimentação equilibrada. Hoje é possível suplementar a alimentação com vitaminas e minerais caso exista alguma deficiência. Estamos vivendo mais e precisamos aprender a viver melhor”, finaliza a Dra. Patrícia.

Há mais de 60 anos, FEBRASGO promove o aperfeiçoamento técnico-científico de ginecologistas e obstetras no Brasil

Neste Dia do Médico, apesar do aumento significativo de profissionais formados, a Federação reforça que a educação continuada deve fazer parte da rotina de quem exerce a profissão.

De acordo com dados da Demografia Médica no Brasil, na década de 1990, o País tinha aproximadamente 182 mil médicos registrados.  Em 2023, o número de profissionais ultrapassou a marca de 550 mil. Além da real demanda de médicos para atender a população brasileira, o impacto deste crescimento também foi impulsionado pela abertura de novos cursos de medicina. Neste Dia do Médico, 18 de outubro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância da formação de qualidade e da atualização contínua dos profissionais para garantir que a população receba o atendimento adequado.  

Para o Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, diretor científico da FEBRASGO, existe uma preocupação da Federação com o aumento do número de cursos de medicina no Brasil, que sem uma avaliação técnica e criteriosa, pode colocar em risco a qualificação profissional dos futuros médicos. “Nós sabemos que existe uma demanda importante por mais profissionais da Saúde em diversas regiões do país, porém a formação deve ser medida também no âmbito qualitativo. A obtenção do título de especialista tem um papel muito importante neste aspecto e a educação continuada complementar também”, diz.

Há mais de 60 anos, a FEBRASGO promove o aperfeiçoamento técnico-científico de ginecologistas e obstetras, adotando uma abordagem abrangente em relação ao desenvolvimento dos especialistas, desde a formação inicial até a prática profissional. Os membros associados à FEBRASGO têm acesso a um acervo extenso da ginecologia nacional e internacional, incluindo revistas científicas, tele aulas e cursos presenciais organizados pela entidade, além de descontos em eventos científicos, jornadas e congressos em todo o Brasil, incluindo o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO).

 A FEBRASGO mantém também comissões dedicadas à ética, defesa profissional, residência médica e educação médica continuada, além de promover atividades científicas e cursos permanentes de atualização nas Federadas Estaduais. “Dessa forma, a Federação desempenha um papel crucial na consolidação e regulamentação das diretrizes da área, contribuindo de maneira significativa para a formação e atualização dos profissionais no cenário nacional”, diz o diretor.

Educação e atualização científica contínua

Para garantir que os novos médicos possam exercer a medicina com excelência, a FEBRASGO possui um Centro de Treinamento e Simulação, onde oferece treinamentos exclusivos para capacitar médicos ginecologistas e obstetras, aprimorando suas habilidades e conhecimentos práticos. Os cursos, que utilizam simulação realística e recursos modernos de aprendizado, permitem que os profissionais pratiquem em um ambiente seguro, proporcionando experiências inovadoras e gerando qualificação técnica.

Residência Médica na prática

Elaboradas pela Comissão de Residência Médica da FEBRASGO (COREME-FEBRASGO) e validadas pelas 29 Comissões Nacionais Especializadas, em um esforço colaborativo que envolveu mais de 300 especialistas de diversas áreas da Ginecologia e Obstetrícia, as EPAS (Entrustable Professional Activities - ou Atividades Profissionais Confiabilizadoras, em livre tradução) integram o programa de três anos de residência médica.

Durante o treinamento, os médicos residentes avançam por diferentes níveis de supervisão. Começam no nível 1, onde podem apenas observar a atividade. Em seguida, progridem para o nível 2, em que participam da atividade sob a supervisão direta do preceptor, que deve estar presente no mesmo ambiente. No nível 3, o residente realiza a atividade sob supervisão indireta, ou seja, o preceptor não precisa estar ao lado, mas deve permanecer acessível. Finalmente, ao atingir o nível 4, o residente está preparado para executar a atividade de forma independente, sem a necessidade de supervisão, que é o principal objetivo do treinamento nos programas de residência.

“À medida que demonstrem aquisição de competências necessárias, os profissionais se tornam aptos a executá-las de forma mais independente”, completa.

TEGO

O Exame de Suficiência para Obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) é uma certificação anual e um marco na jornada dos médicos que buscam o reconhecimento na área. A FEBRASGO, em parceria com sua equipe de avaliadores e auxiliares, realiza a avaliação que garante aos aprovados o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia.

“Além do cuidado com a formação contínua dos especialistas, a FEBRASGO aplica o TEGO. Os médicos aprovados neste exame possuem um alto nível de competência e comprometimento com a saúde das mulheres, fortalecendo ainda mais a excelência da ginecologia e obstetrícia no Brasil”, finaliza Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho.

No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, FEBRASGO alerta para o aumento de caso da doença e o risco da transmissão da mãe para o bebê

Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2022 foram registradas 12 mil ocorrências de sífilis congênita

 

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, 19 de outubro, foi estabelecido com o propósito de incentivar a conscientização da população sobre a prevenção da doença. Somente no primeiro semestre de 2022, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 120 mil novos casos de sífilis. Desses casos, foram identificados 79,5 mil de sífilis adquirida, 31 mil casos em gestantes e 12 mil ocorrências de sífilis congênita, quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê. Com o aumento dos casos, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da sífilis nas gestantes durante o período pré-natal.

A sífilis é uma doença causada por uma bactéria chamada Treponema Pallidum. De acordo com o Dr. Regis Kreitchmann, presidente da Comissão de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, a transmissão da doença pode ocorrer por meio de relação sexual ou durante a gravidez, já que a bactéria pode facilmente atravessar a placenta.

“A sífilis apresenta alto risco de causar  perdas ou lesões fetais potencialmente irreversíveis. Os impactos no feto podem ser devastadores, incluindo a possibilidade de aborto ou óbito fetal. Sem tratamento, o bebê pode nascer com sífilis congênita, exigindo internação para exames e administração de antibióticos como parte do tratamento da doença”, explica.

O especialista afirma que os sintomas da doença não são específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Na fase inicial, pode apresentar ferida no local de entrada da bactéria como boca, vulva, ânus, pênis ou outras partes do corpo, que aparecem até 90 dias após o contágio, e este tipo de lesão não causa dor, coceira ou pus.  . A doença evolui com manchas no corpo, palma das mãos e plantas dos pés, sem causar coceira.  As lesões tendem a desaparecer mesmo sem tratamento.  Por isso, é importante que as gestantes façam durante o pré-natal o teste por meio de exames de sangue (VDRL ou RPR) ou teste rápido no posto de saúde.  “O teste precisa ser realizado pelas pacientes que planejam engravidar e também em todas as gestantes, desde a primeira consulta”, destaca. “Depois esse exame deve ser repetido no terceiro trimestre da gestação e no momento do parto”, completa.

Sobre o tratamento da sífilis durante a gestação, o médico diz que é indicado o uso de penicilina benzatina por via intramuscular, e o número de injeções dependendo do tempo de contágio, variando de uma a três doses. O parceiro também deve realizar o teste durante o pré-natal e poderá receber o mesmo tratamento da gestante ou  optar por um antibiótico oral. O seguimento precisará ser feito com  exames periódicos para garantir que a doença foi curada.

Prevenção

A sífilis também é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Sendo assim, o uso de preservativos durante as relações sexuais é fundamental para prevenir a doença, inclusive no caso de gestantes.

“Em caso de exposições de risco ou violência sexual, a recomendação é buscar atendimento médico especializado o quanto antes para que o paciente possa receber medicamentos de profilaxia contra infecções, incluindo a sífilis”, finaliza.

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