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Casos de Câncer devem aumentar no Brasil até 2023

Dia 27 de novembro foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer, data criada pela portaria do Ministério da Saúde, que tem objetivo ampliar o conhecimento da população brasileira sobre o câncer, principalmente sobre a sua prevenção.

 

Nas mulheres, o câncer de mama é mais incidente, seguido pelo câncer colorretal, do colo do útero, o conjunto traqueia, brônquios e pulmão, câncer de tireoide, estômago, corpo do útero e ovário. De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima que o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano de 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

 

Um dos tumores silenciosos na vida das mulheres é o câncer de ovário. No Brasil, segundo o INCA, foram detectados 6.650 casos novos de câncer em 2020, com uma mortalidade de 4.123.

 

A ginecologista Sophie Derchain membro da Comissão Especializada em Ginecologia Oncológica da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica que o câncer de ovário é uma neoplasia invasiva (maligna) das gônadas femininas, ou seja, uma replicação desordenada de células malignas que invadem primeiro o ovário e depois podem se espalhar para os órgãos da pelve e o abdome superior, assim como vísceras como fígado, ou pulmão.

 

A médica esclarece que é fundamental entender que a grande maioria das mulheres que apresenta um tumor ou cisto no ovário não tem câncer de ovário, mas sim uma lesão funcional ou benigna.  “Não tem programa de rastreamento de câncer de ovário para mulheres da população geral, justamente porque tem muitos tumores ovarianos benignos, e ao fazer exames de imagem ou de sangue em mulheres sem sintomas, acaba se indicando muitas cirurgias desnecessárias e que apresentam complicações.  E como os cânceres de ovário muitas vezes aparecem muito rápido, raramente são detectados em estádios iniciais, e fazer exames periódicos não diminui a mortalidade das mulheres rastreadas” destaca Sophie.

De maneira geral, entretanto, as mulheres fazem exames periódicos. A descoberta ocasional de massas anexiais é de cerca de 10% a 15% das mulheres que fazem ultrassom de rotina. Apenas uma em cada 10 têm indicação de cirurgia e entre essas que forem operadas 13% a 17% terão câncer. O ovário pode dar origem a diferentes tipos de alterações com várias origens histológicas, mas muitos dos cistos detectados nos exames de rotina são funcionais como cisto folicular, do corpo lúteo, luteoma da gravidez e outros que não precisam de cirurgia para o diagnóstico já que irão desaparecer naturalmente.

Vale ressaltar que existem também muitos tumores de ovário que são totalmente benignos, mesmo que neoplásicos. Tem várias origens histológicas e podem ser de células germinativas sendo os mais frequentes cisto dermóide, teratoma sólido maduro; de células do estroma como tecoma, fibroma; e finalmente, de células epiteliais como cistoadenomas serosos e mucinosos.

Os cânceres de ovário também têm origem em vários tipos de células: podem ser de células germinativas, como por exemplo disgerminomas, tumores do saco vitelino; do estroma ovariano como tumor de células da granulosa ou tumores de células de Sertoli-Leydig. Mas os principais tumores de ovário são os carcinomas (como os serosos, mucinosos, de células claras, endometrióide, indiferenciados), que vem do epitélio, e que são classificados em dois tipos. O tipo I, que apresenta um crescimento mais lento e tem uma boa evolução e os do tipo II, que tem um crescimento muito agressivo, sendo raramente detectados em estádios iniciais.

Sintomas

Sobre os sintomas, a Dra. Sophie expõe que são muito vagos e pouco específicos e estão relacionados essencialmente com o crescimento do tumor no ovário ou da presença de líquido na cavidade abdominal. Entre os sintomas presentes se destacam o aumento do volume abdominal, náuseas, vômitos, perda de peso e dor pélvica. As mulheres também podem apresentar sangramento uterino anormal, sintomas de virilização, problemas urinários. Alguns cânceres de ovário podem ter uma progressão muito rápida, e com isso um curto intervalo entre os sintomas, o diagnóstico e o tratamento é muito importante.

 

Prevenção

“Não é possível prevenir todos os tipos de cânceres de ovário, mas, gravidezes, lactação, menopausa precoce, uso de contraceptivo hormonal são associados a diminuição do risco. A origem dos carcinomas de ovário está relacionada a células que chegam ao ovário pela tuba uterina. Assim, ao indicar uma laqueadura como método contraceptivo, pode ser oferecida a salpingectomia (retirada da tuba). Da mesma forma, hoje se preconiza retirar a tuba quando a mulher tem uma indicação de histerectomia por doença benigna. E por fim, algumas mulheres com câncer de ovário apresentam alterações genéticas e assim, em toda mulher com carcinoma de ovário é solicitado um painel genético que identifica essas mutações”, destaca a ginecologista.

Apesar do declínio de casos, mulheres representaram 45,6% de novas infecções por HIV em 2021

 

Nesse Dezembro Vermelho, a FEBRASGO reforça a atenção aos cuidados de mulheres portadoras do vírus HIV

 

Segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2022 do Ministério da Saúde, entre 2019 e 2021, houve um declínio de 11,1% de infecções pelo vírus HIV no Brasil. Mulheres representaram um pouco mais de 129 mil casos no período. Além disso, mulheres com idade entre 15 a 34 anos representaram 45,6% dos casos de novas infecções do vírus no ano passado.

 

O Dr. Regis Kreitchmann, médico ginecologista e vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infecto Contagiosas da FEBRASGO, explica que o atendimento ginecológico da mulher que convive com HIV deve ser qualificado, sempre com acolhimento e empatia. “A mulher precisa de um bom suporte psicológico e social, acesso facilitado ao seu tratamento, com atenção especial à prevenção do câncer do colo e tratamento das demais infecções sexualmente transmissíveis” explica Kreitchmann.

 

Mulheres com HIV em idade reprodutiva precisam passar pelo planejamento reprodutivo antes de engravidarem, além do dever da saúde pública de ofertar teste para a detecção precoce da infecção e dar início ao tratamento para que evitem a transmissão vertical do vírus para o bebê. “Uma gestação em uma mulher com HIV deve ser conduzida por profissionais que possuam experiência na área e saibam manejar os antirretrovirais para prevenir a transmissão do vírus ao bebê”, pontua o médico ginecologista.

 

Dr. Regis ainda reforça a importância de se combater estigmas e preconceitos que ainda existem aos portadores do vírus, o que resulta em sofrimento e acaba atrapalhando o tratamento. “O HIV ainda não tem cura, mas o tratamento é bastante simplificado e de fácil acesso no SUS, levando longevidade e uma boa qualidade de vida às pessoas que vivem com HIV”, conclui o médico.

Diretoria e Comissão de Residência Médica da FEBRASGO se reúnem em MG no 1º WORKSHOP sobre EPAs, guidelines inéditos entre as sociedades de especialidades médicas brasileiras

No último dia 26, foi realizado em Inhotim (MG) o 1º Workshop da FEBRASGO sobre EPAs (Entrustable Professional Activities - ou Atividades Profissionais Confiabilizadoras, em livre tradução), que propôs aos participantes uma imersão detalhada em fundamentos importantes sobre a formação por competências e instrumentos de avaliação utilizados na confiabilização de residentes.

Participaram do encontro o presidente da FEBRASGO, Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho e a Diretora de Defesa e Valorização Profissional, Dra. Maria Celeste Osório Wender; juntamente com integrantes da Comissão de Residência Médica (COREME).

 

Novidade que será lançada oficialmente para todo o Brasil nos próximos meses, as EPAs em Ginecologia e Obstetrícia foram elaboradas pela Comissão de Residência Médica, e validadas pelas 29 Comissões Nacionais Especializadas, em um trabalho que envolveu mais de 300 especialistas em diferentes áreas de atuação da Ginecologia e Obstetrícia. O resultado final deste serviço foi um conjunto de 21 EPAs, publicado como matéria de capa da Revista Femina, número 6 de 2022.

O presidente da CNE em Residência Médica, Dr. Gustavo Salata, detalhou sobre o funcionamento das atividades. “Durante três anos de duração dos programas de residência, os médicos serão treinados nessas atividades (as EPAs), e à medida que demonstrem aquisição de competências necessárias, vão se tornando aptos a executá-las de forma mais independente”, enfatiza o ginecologista.

 

Nesta trajetória, ao longo do treinamento, os médicos residentes vão progredindo nas escalas de supervisão, iniciando pelo nível 1, onde o residente pode apenas observar a atividade. Depois progridem para o nível 2, onde o residente pode participar da atividade, mas sob supervisão direta do preceptor, que deve estar presente no mesmo ambiente em que a atividade está sendo realizada.

 

Já no nível 3, o médico residente já pode realizar a atividade sob supervisão indireta, ou seja, o preceptor não precisa mais ficar ao lado do residente, porém deve estar por perto e disponível, caso seja acionado. Quando atinge o nível 4, o residente já está apto a realizar aquela atividade de forma independente e sem a necessidade de supervisão, sendo este o objetivo maior do treinamento nos programas de residência.

 

O Dr. Gustavo esclarece ainda que as curvas de aprendizagem e de aquisição das competências são diferentes entre os residentes de um mesmo programa. Portanto, é necessário que cada residente seja avaliado individualmente ao longo da sua trajetória no programa de residência e somente aqueles que demonstrarem um nível de preparação adequado poderão progredir na escala de supervisão.

 

Alguns estudos mostraram que a execução das atividades profissionais por médicos despreparados aumenta o risco de complicações e danos evitáveis aos pacientes. Por isso, a avaliação do desempenho dos médicos residentes nas EPAs e a certificação somente daqueles que demonstram a habilidade necessária é de suma importância para garantir a segurança dos pacientes atendidos.


“É importante relevar que a FEBRASGO está na vanguarda da educação médica no Brasil e que a especialidade de Ginecologia e Obstetrícia é a primeira a ter suas EPAs elaboradas, validadas e publicadas oficialmente, o que representa um marco histórico na qualificação da formação dos especialistas que cuidarão das mulheres brasileiras. Este êxito foi conquistado pelo trabalho meticuloso dos membros da Comissão de Residência Médica da Febrasgo (COREME-Febrasgo), em parceria com os membros das 29 Comissões Nacionais Especializadas (CNEs) e com o apoio da Presidência, toda a Diretoria, Gerência e Secretaria da Febrasgo”, completa o presidente.

 

Público-alvo

O conhecimento sobre as EPAs, sua forma de avaliação e as escalas de supervisão deve ser adquirido por todos os envolvidos na formação de médicos e especialistas, ou seja:

- Coordenadores de cursos de graduação em medicina;

- Gestores e supervisores de programas de residência médica;

- Professores universitários;

- Preceptores de programas de residência;

- Médicos residentes;

- Estudantes de Medicina;

- Outros profissionais de saúde envolvidos com a formação de médicos e especialistas.



Fotos:




Vídeos:

Depoimento Dr Alberto Trapani - https://youtu.be/s0IxkIlb-QE
Depoimento Dr Jan Pawel - https://youtu.be/cdkWdwqEEZ4
Depoimento Dr Lucas Schreiner - https://youtu.be/nXgdTZt8bfA
Depoimento Dr Marcelo Steiner - https://youtu.be/8W4gbxPupvw
Depoimento Dra Claudia Laranjeira - https://youtu.be/B87JSnq79Do
Depoimento Dra Ionara - https://youtu.be/mA0SOiLCKN4
Depoimento Dra Karen Abrão - https://youtu.be/s4etGL3YVhQ
Depoimento Dra Milena Bastos - https://youtu.be/trMRds52so8
Depoimento Dra Rívia Lamaita - https://youtu.be/tNibd9Bk9vs
Depoimento Dra Zsuzsanna Di Bella -  https://youtu.be/MoCmIeL4MFI


Clique aqui para conferir a matéria sobre o evento na REVISTA FEMINA - 2022 | VOL 50 | Nº 12


Desigualdade social é um dos fatores que contribuem para o agravamento da epidemia de Aids no Brasil e no mundo

O dia 1º  de dezembro foi designado como o Dia Mundial de Combate à AIDS, hoje ampliado para todo o mês de dezembro, chamado de "Dezembro Vermelho".  A data é voltada para lembrar as pessoas sobre a profilaxia da infecção e apoio às envolvidas na melhora da compreensão dessa infecção como um problema de saúde pública global.

O novo relatório do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) mostrou que o aumento das desigualdades e das restrições financeiras têm agravado o enfrentamento da epidemia de Aids no Brasil e no mundo, permitindo que um maior número de pessoas evoluem da fase assintomática para a fase sintomática. Isto torna mais difícil o cumprimento da meta para que a doença deixe de representar uma ameaça à saúde pública até 2030.

No Brasil a população negra é mais atingida, segundo dados Ministério da Saúde entre 2010 e 2010 houve uma queda de 9,8% na proporção de casos de Aids entre as pessoas brancas. Já entre os negros, houve um aumento 12,9%.

O Dr. Geraldo Duarte, Presidente da Comissão Nacional Especializada de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica que a Aids é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), possuindo várias formas de transmissão, as quais podem ser agrupadas em três grandes categorias de exposição. A primeira é a exposição sexual, independente da manifestação da sexualidade (homossexual, heterossexual ou bissexual). A segunda considera a exposição parenteral ou de mucosas a sangue/hemoderivados, instrumentos e tecidos contaminados pelo vírus. A terceira é representada pela transmissão perinatal, a qual pode ocorrer pela via transplacentária, durante o parto ou por meio da amamentação.

 

“De forma geral as minorias são mais expostas ao risco de se infectar pelo HIV por vários motivos, destacando basicamente acessos limitados à informação e aos cuidados profiláticos e terapêuticos. A combinação destes dois fatores eterniza as exposições de risco, o primeiro passo para aumentar as taxas da infecção neste segmento populacional” destaca o ginecologista.

 Sintomas

Sobre os sintomas, o médico da Febrasgo esclarece que a infecção pelo HIV se manifesta por fases. “Na fase aguda da infecção são poucos os casos que apresentam sintomas e quando ocorrem, são inespecíficos. Considera-se que sejam compatíveis com o que se chama de síndrome mononucleose-like, com febre baixa, gânglios aumentados e mal-estar. A fase seguinte é assintomática, assim vivendo por tempo variável de uma pessoa para outra. Com o aumento da carga viral e declínio dos linfócitos T-CD4, a pessoa infectada começa a apresentar sinais e sintomas de Aids. A linfoadenomegalia (aumento de volume dos linfonodos) generalizada e persistente, acompanhada de perda discreta de peso, caracteriza o início da fase sintomática da doença na grande maioria dos casos” enfatiza Geraldo.

 

Com o tempo e, se não tratada, a doença evolui para estágios de maior gravidade. Dentre as manifestações clínicas mais comuns em pacientes nos estágios mais avançados da infecção (Aids) observa-se o emagrecimento intenso, fadiga, presença de infecções oportunistas, sudorese noturna e diarréia. A presença de úlceras aftosas bucais e de orofaringe, sinusopatia, leucoplasia pilosa oral e infecções herpéticas também são frequentes, mas não são tão constantes quanto aquelas citadas anteriormente. Felizmente, o sarcoma de Kaposi é raro entre mulheres.

 

Prevenção

 

A prevenção da infecção pelo HIV entre adultos é um passo fundamental no controle da infecção. Resumindo, pode-se afirmar que a chave que abre o processo da prevenção começa com a informação e a consciência de nossa vulnerabilidade quanto aos hábitos considerados de maior risco. Dentre eles, destaque especial deve ser dado ao risco de uso comunitário de drogas injetáveis e à exposição sexual (nas suas várias formas de expressão) sem proteção. Hoje, além da proteção com os preservativos (masculino e feminino), existe a profilaxia utilizando medicamentos antirretrovirais, denominadas de “profilaxia pré-exposição (PrEP)” e a “profilaxia pós-exposição (PEP)”. Para a profilaxia da transmissão vertical é necessário que a gestante se cuide para não infectar, podendo utilizar os mesmos recursos já citados. Uma vez portadora do vírus, existem protocolos específicos de uso de medicações antirretrovirais cujo objetivo é reduzir a carga viral deixando-a indetectável.

 

“Hoje já existem drogas injetáveis de longa ação, com ação que pode durar até dois meses, facilitando muito a adesão tanto para a profilaxia quanto para o tratamento'', diz Dr. Geraldo.

 

Tratamento

 

O tratamento da infecção pelo HIV é feito à base de antirretrovirais, alertando que, do ponto de vista prático, ainda não há cura para esta doença. Os relatos de cura são raros e demandam outras intervenções terapêuticas. O esquema antirretroviral mais utilizado atualmente é a combinação tríplice, associando dois inibidores da enzima transcriptase reversa (tenofovir e lamivudina) com um inibidor da enzima integrase (dolutegravir).

Diagnóstico tardio contribui para aumento de casos de câncer infanto juvenil em 8 anos

Diagnóstico tardio contribui para aumento de casos de câncer infanto juvenil em 8 anos


O combate ao câncer é reforçado no calendário da saúde em novembro, mais especificamente nos dias 23 e 27.

No dia 23 é datado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil, o marco tem como objetivo conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce nos casos de câncer em crianças e adolescentes.

 

Segundo informações do DataSUS, o Brasil registrou 17.123 casos de câncer em crianças e jovens até 19 anos em 2021, um aumento de 208% em comparação com os 5.557 registros nessa faixa etária em 2013. O número de casos triplicaram no período devido ao diagnóstico tardio, prejudicando a recuperação. 

 

O câncer ginecológico em crianças e adolescentes é raro, porém, em casos como de abuso sexual a infecção pelo vírus do HPV pode levar ao desenvolvimento de cânceres de colo de útero ou da vulva.

 

A Dra. Heloisa de Andrade Carvalho, radioterapeuta e membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Oncológica da Febrasgo, explica que um diagnóstico tardio, de qualquer tipo de câncer que afeta crianças e adolescentes, implica em um câncer incurável, porém tratável. Para evitar que a doença se espalhe é essencial que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível.

 

“Os tratamentos de tumores infantis têm evoluído muito, e as chances de cura estão aumentando cada vez mais, principalmente nas fases iniciais da doença. Por isso, o ideal é fazer o diagnóstico precoce”, conclui a Dra.

Todos esforços e canais devem ser utilizados para alertar a mulher contra violência, diz FEBRASGO

Todos esforços e canais devem ser utilizados para alertar a mulher contra violência, diz FEBRASGO

 

A violência contra a mulher pode ser identificada pelo médico ginecologista ou obstetra, médicos considerados os clínicos da mulher

 

A violência contra a mulher é um grande problema de saúde pública e afetou mais de 67 mil mulheres em todo país no primeiro semestre de 2022. Segundo o total de atendimentos realizados pelo 180 (o disque denúncia), central de atendimento à mulher, no primeiro de janeiro a junho de 2022, 12,23% dos atendimentos correspondem a relatos de violência.

 

Contudo, políticas públicas de combate à violência e proteção dessas mulheres vítimas de violência não têm recebido muito apoio, o que vem prejudicando programas como a Casa da Mulher Brasileira, que acolhe mulheres de todas as idades e classes sociais, sozinhas e com seus filhos.

 

A FEBRASGO, que trabalha em prol do total respeito à saúde e bem-estar da mulher, leva em consideração a preparação do médico ginecologista ou obstetra que ao atender mulheres pode identificar casos de violência. A Dra. Maria Celeste Osório Wender, Diretora de Defesa e Valorização Profissional da FEBRASGO, explica que o ginecologista é considerado o “clínico da mulher”, pois a acompanha em todas as fases da vida. “Assim, ele tem condições de observar formas de violência, doméstica ou sexual, inclusive relatadas pela paciente”, pontua a diretora.

 

Quanto ao papel do médico da mulher quando os sinais de violência são claros, a Dra. Maria Celeste afirma que abordar o assunto e orientar a mulher para que ela entenda as repercussões e tome as providências cabíveis. “No caso de violência sexual as consequências podem ser duradouras”, completa a Dra.

 

Para reforçar o trabalho de conscientização pela eliminação da violência contra a mulher, a FEBRASGO vem trabalhando em uma campanha muito importante que será lançada no próximo ano. Nesse dia 25, marcado pelo Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a Dra. Maria Celeste diz: “Todos esforços e canais devem ser utilizados para alertar a mulher, promover discussões, trazer essa situação para que políticas públicas sejam disponíveis no sentido de evitar todo e qualquer tipo de violência contra a mulher”.

 

 

 

 

 

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