Nota de repúdio - FEBRASGO
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) vem a público repudiar declaração do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de que o profissional médico, de forma geral, “tem de parar de fingir que trabalha”.
Em nome dos ginecologistas, obstetras e em solidariedade a todos os que exercem a medicina no Brasil, a FEBRASGO lamenta que o representante público do Ministério de Estado da Saúde não tenha visão dos problemas da pasta que conduz e a menor sensibilidade social, o que seria a única explicação para palavras tão desconectadas da realidade, desastrosas e inadequadas.
Diferentemente do próprio Estado, que faz vistas grossas às necessidades de saúde da população, investindo irrisoriamente, congelando recursos por vinte anos, administrando de forma caótica, remunerando pessimamente os recursos humanos e não oferecendo condições mínimas de assistência em grande parte das unidades do País, os médicos enfrentam todas essas adversidades diariamente, às vezes só com a cara e a coragem, para garantir atendimento digno e humano aos cidadãos.
Em relação especificamente aos médicos ginecologistas e obstetras, as condições de trabalho das maternidades são as piores possíveis, sem ambiência necessária para assistência ao parto vaginal, além das dificuldades encontradas nas unidades básicas de saúde para realização das consultas de pré-natal.
O trabalho dos médicos ginecologistas e obstetras, além de todos os profissionais envolvidos com a saúde da mulher, é responsável pelo bem-estar de duas vidas, e seu empenho e dedicação necessita suprir inúmeras dificuldades encontradas cotidianamente, a maior parte delas originárias da falta de políticas públicas consistentes do próprio Ministério da Saúde e do Estado.
A FEBRASGO entende que a falta de responsabilidade atribuída pelo ministro ao médico brasileiro é um insulto a um profissional que dedica boa parte de sua vida ao cuidado do próximo em condições absolutamente precárias e sem justa remuneração. Portanto, vem exigir uma retratação pública de Vossa Excelência.
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Aplicativo oficial da Federação Internacional de Ginecologia e ObstetríciaConheça o aplicativo da FIGO, disponível na Google Play, Amazon Fire Appstore e com uma versão web. Ele oferece diversos recursos desenvolvidos por especialistas que fornecem orientação prática no cuidado das mulheres no período de gravidez e parto.
São vídeos curtos ou animações com comentários de voz que trazem o conteúdo de forma didática e de fácil entendimento. Este aplicativo é no formato “construtor”, ou seja, uma vez que baixado, ele oferecerá uma lista para personalizar sua experiência, no qual você poderá selecionar qualquer recurso deseja para ter em seu smartphone. Em qualquer momento você pode retomar à lista de conteúdos e baixar recursos adicionais.
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Dor na "Hora H" deve ser avaliada por seu ginecologista
A dor durante a relação sexual não é normal e deve ter sua causa investigada. A endometriose é uma das causas. Geralmente, a queixa inicial é apenas um incômodo e a mulher pode achar que vai passar. Mas com o passar do tempo, esse incômodo começa a ser de dor, que poder ser progressivo. Em estágios avançados, ela torna impossível a relação sexual do casal.
De onde vem esta dor quando causada pela endometriose? O local mais comum onde a endometriose é encontrada chama-se ligamento útero-sacro (fica atrás do útero, em íntimo contato com a vagina). Nesses locais ocorre um processo inflamatório, que deixa e região fibrosa e dolorida, podendo até formar nódulos nesse local. E é por isso que a mulher com esse tipo de endometriose sente dor quando tem relação sexual.
Outra situação na vida da mulher que pode interferir na relação sexual é o uso prolongado de alguns anticoncepcionais que diminuem a lubrificação vaginal e a libido. A lubrificação é um processo natural do corpo feminino quando a mulher se excita. Quando excitada, ocorre um aumento da concentração de sangue na vagina, o que estimula a secreção de muco através das glândulas do colo uterino e da mucosa vaginal e que ajudam na penetração. Quando existem distúrbios hormonais pode haver diminuição da capacidade de lubrificação. Assim, sem lubrificação, o contato entre o pênis e a vagina provocará dores para a mulher durante a relação sexual.
Há ainda casos de processos infecciosos, com ou sem secreção, que levam a dores no ato sexual. Por esta razão, ao menor desconforto na hora do sexo, procure marcar uma consulta com seu ginecologista. Ele fará o diagnóstico e indicará o melhor tratamento.
Candidatos a obstetras enfrentaram prova inédita
Os candidatos a especialista em ginecologia e obstetrícia enfrentaram um desafio totalmente novo este ano. Para receber o título de especialista, os médicos precisam passar em um teste teórico e outro prático, conduzido pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Desta vez atrizes fizeram as vezes de pacientes na parte prática, o que trouxe um realismo inédito à prova.
Na primeira fase, teórica, os candidatos responderam cem questões de múltipla escolha; na segunda, prática, enfrentaram situações clínicas e cirúrgicas, por meio de simulações que contaram com atrizes. Elas foram preparadas e orientadas para atuarem por cerca de 60 examinadores.
A Febrasgo considerou um sucesso a realização, em junho, da prova que concede o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO). Para o presidente da entidade, César Eduardo Fernandes, a avaliação atingiu um grau de excelência que atestará de maneira inequívoca e categórica a habilidade e a competência dos aprovados.
“Testamos não apenas a aplicação dos conhecimentos, mas também a capacidade de comunicação com a paciente de forma adequada e ética”, disse Roseli Nomura, presidente da comissão nacional do TEGO.
As tarefas foram desempenhadas em estações criadas para as diversas situações, e deveriam ser cumpridas dentro de um tempo predeterminado. Os candidatos foram observados pelos avaliadores, que checavam seu desempenho com base em um padrão de resposta estabelecido pela comissão.
Segundo Marcos Felipe de Sá, diretor científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a prova do TEGO implantou técnicas mais modernas e ajustadas aos modelos atuais de avaliação. Esse novo modelo de prova prática permite à Febrasgo verificar se o candidato é capaz de identificar os problemas e se sabe lidar de forma competente com as situações que terá resolver na sua vida profissional.
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Primeira consulta ao ginecologista: deixe a vergonha de lado
Engana-se quem pensa que apenas jovens e adultas que já tiveram relações sexuais devem ir ao ginecologista. A primeira consulta está recomendada já no início da adolescência, para que a menina entenda o próprio corpo e aprenda cuidados desde cedo.
Mas o que esperar de uma primeira consulta com um ginecologista?
Primeiro, precisa deixar o medo e a vergonha de lado. Depois, saber que esta consulta começa com uma conversa de cuidados básicos e orientação sobre higiene íntima.
Primeiro, precisa deixar o medo e a vergonha de lado. Depois, saber que esta consulta começa com uma conversa de cuidados básicos e orientação sobre higiene íntima.
A médica ou o médico irá ensinar como limpar e lavar a região genital de maneira correta e quais produtos são adequados (como sabonetes líquidos) de acordo com a faixa etária. A importância de usar lingeries de tecidos como o algodão e evitar peças apertadas são dicas úteis que virão desta consulta.
Haverá exame?
Normalmente, em menores de idade, o primeiro passo é uma entrevista com a mãe que está acompanhando a menina naquela consulta, uma espécie de entrevista para saber a história familiar. Muitas vezes, a mãe também está cheia de dúvidas. Depois, vem a conversa com a paciente, para deixá-la mais à vontade.
O primeiro encontro pode servir apenas para o início do vínculo entre o médico e a paciente. Se a menina estiver com medo e muito envergonhada – o que é natural - a primeira consulta será apenas conversa e o momento para tirar dúvidas.
O primeiro encontro pode servir apenas para o início do vínculo entre o médico e a paciente. Se a menina estiver com medo e muito envergonhada – o que é natural - a primeira consulta será apenas conversa e o momento para tirar dúvidas.
Se for possível um exame físico nesta primeira consulta, será avaliado se o desenvolvimento da menina está de acordo com a faixa etária. Se a menina já teve relação sexual, o médico vai avaliar se é recente, se já tem vida sexual regular e o número de parceiros que teve para verificar a necessidade de exames preventivos ginecológicos.
Autoexame das mamas, o autocuidado que é bem-vindo
Além das visitas frequentes ao ginecologista, o autocuidado também é importante na saúde feminina. E desta vez vamos falar do autoexame nas mamas. A sua prática é positiva, mas importante que se saiba que o autoexame não é capaz de detectar vários tipos de tumores, especialmente aqueles em fase inicial, com maiores chances de cura.
Como ele pode ser feito:
Deitada - Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.
De pé, diante do espelho - Inspecione as mamas com os braços abaixados ao longo do corpo. Levante os braços e coloque as mãos na cabeça. Fique atenta se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou nos mamilos. Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a.Observe se há qualquer alteração. Por último, esprema o mamilo de maneira delicada e veja se sai secreção. Importante que alterações na pele, no bico do seio, a presença de nódulos espessamentos e de secreções mamárias não significam necessariamente a existência de um tumor.
Assim, o médico deve ser procurado sempre que a mulher notar o aparecimento de qualquer alteração nas mamas. Segundo a recomendação do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para obter um diagnóstico precoce de doenças da mama, a mulher precisa consultar um médico, passar por um exame clínico de mama e fazer a mamografia.
Vale lembrar que mulheres acima dos 35 anos devem manter a periodicidade dos seus exames clínicos e realizar a mamografia, seguindo a recomendação do ginecologista.
Amamentação: como dar certo!
Basicamente, toda mãe pode amamentar seu filho. O sucesso desse processo depende invariavelmente do desejo da mulher, mas também da orientação e suporte de profissionais conhecedores do assunto.
Logo após dar à luz, salvo alguma exceção, a mulher produz o colostro e, após alguns dias, o leite “maduro”. Oferecer o colostro ao bebê é essencial, pois além dessa “fase do leite” conter elementos importantes para a saúde, ainda estimula a produção do leite e também a “pegada” do bebê. O “ciclo virtuoso” da amamentação faz com que, quanto mais o bebê sugue, mais leite seja produzido.
A orientação adequada é fundamental nos primeiros dias para que o bebê seja posicionado com a técnica correta e se evitem intercorrências como traumas nos mamilos (rachaduras) ou que as mamas “empedrem”. Quando a mãe consegue posicionar seu filho de forma correta, há a sucção efetiva e o ciclo de amamentação saudável e prazeroso segue.
A mãe deve estar relaxada e em posição confortável, pois as mamadas podem ser longas. Isso quer dizer sentada, deitada ou em pé – não há regra. O bebê deve estar apoiado no braço da mãe, de frente, com a barriguinha encostada na dela, o corpo alinhado com a cabeça e o queixo tocando o peito da mãe. A sucção efetiva ocorre quando a criança abocanha toda a aréola (ou a maior parte dela) e não apenas o mamilo. Faz parte desse processo inicial, que não é automático, o apoio profissional e também familiar.
Algumas mulheres chegam a pensar que seu leite é fraco, mas isso não existe. Toda mulher produz o leite adequado para seu bebê. O que acontece é uma variação na composição do leite do início para o final da mamada, especialmente na concentração de gorduras. Por isso, são usadas as expressões “leite anterior” e “leite posterior”, que se referem ao leite do início da mamada e ao leite do final da mamada.
Quando se interrompe uma mamada após um determinado tempo para “trocar de lado”, acaba acontecendo do bebê receber apenas o leite anterior de cada lado, que é mais diluído, menos gorduroso e que pode não saciá-la. Logo ele terá fome novamente, levando a mãe a pensar, erroneamente, que seu leite é “fraco”.
Não existe um tempo padrão para que o bebê mame em cada seio. Se a criança quer mamar de hora em hora, é provável que ela não esteja recebendo o leite materno suficiente ou não esteja mamando por tempo suficiente para ficar satisfeita. De modo geral, a mulher produz o leite apropriado ao seu filho e ela deve se adaptar ao seu bebê com relação ao tempo que deve oferecer cada mama.
Algumas mulheres podem apresentar mastite puerperal, processo inflamatório ou infeccioso da glândula mamária que causa dores vermelhidão no local, febre e grande desconforto. Em geral, dois fatores desencadeiam esse processo: o trauma mamilar, que é a porta de entrada para germes, e o ingurgitamento mamário (empedramento). Quando há a redução do fluxo de leite, é favorecida a multiplicação dos germes. Facilita este processo a queda de imunidade da mãe, acentuada pelo cansaço, pouco tempo de sono e estresse emocional típicos das primeiras semanas com o bebê.
O suporte profissional do ginecologista e do pediatra, bem como de enfermeiras e consultoras em lactação, são fundamentais para a fase de adaptação e dos primeiros meses.
ALIMENTOS E AMAMENTAÇÃO
De um modo geral, os alimentos que a mãe ingere não interferem na qualidade do leite materno. Entretanto, existem alguns que, em excesso, podem levar ao desconforto do bebê por causa de flatulência e cólica, como o leite de vaca, chocolate, café, amendoim, frutas secas, ovos, trigo, soja, peixe, feijão, batata doce e repolho, entre outros. Podem também causar reações alérgicas na criança, por isso, é importante que a mãe tenha uma dieta a mais saudável possível e equilibrada entre proteínas, carboidratos e gorduras e sem excessos.