Revistas

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 257

FEBRASGO lança campanha #VamosDecidirJuntos para escolha mais adequada e segura do contraceptivo

Iniciativa discute também temas importantes como trombose e o uso da pílula anticoncepcional

Algumas decisões tomadas sobre a saúde podem acabar entrando na rotina sem avaliar se elas realmente atendem as necessidades de cada mulher. Isso pode acontecer também com hábitos relacionados aos contraceptivos. O anticoncepcional que é bom para uma mulher pode ser ruim para outra. Essa prática, como a automedicação, no entanto, pode trazer riscos às mulheres além de impedi-las de usar um método mais adequado ao seu perfil, à sua fase de vida e aos seus planos – o que apenas uma análise detalhada e uma conversa com o médico pode definir.

Pensando nisso, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) lança a campanha #VamosDecidirJuntos (www.vamosdecidirjuntos.com.br). O objetivo é ampliar a discussão sobre contracepção, os métodos mais indicados para cada perfil e cada momento de vida. Além disso, a campanha quer desmistificar e esclarecer a população sobre o risco real associado ao uso da pílula anticoncepcional e os raros casos de complicações cardiovasculares, como a trombose venosa.

A campanha conta com uma plataforma digital com informações seguras e baseadas em orientações médicas, vídeos com especialistas, textos e artigos sobre o tema. O portal oferece, ainda, um espaço para que as mulheres tirem suas dúvidas sobre os métodos contraceptivos. Tudo isso para estimular que a mulher faça uma autorreflexão sobre sua vida sexual, seu momento de vida e sua saúde e leve os questionamentos para seu médico.

“É preciso entender que não existe o melhor anticoncepcional, existe o mais adequado para cada paciente de acordo com as necessidades de cada momento de sua vida. Com essa ação, queremos incentivar o diálogo aberto e transparente sobre contracepção”, explica o ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Febrasgo e Professor Titular de Ginecologia da FMABC – Faculdade de Medicina do ABC (Santo André-SP). “Essa campanha ajudará as mulheres a ampliar a conversa sobre o tema e desmistificar questões importantes como os efeitos raros da pílula como a trombose. Pouco é discutido, mas o número de casos de trombose tem incidência maior no pós-parto, por exemplo”, finaliza.

De acordo com a doutora Ilza Maria Urbano Monteiro, professora Associada Livre Docente do Departamento do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp Responsável pelo Setor de Reprodução Humana do CAISM/UNICAMP, os médicos “devem ter o compromisso de informar e orientar as mulheres, ajudando-as a chegar a uma decisão por meio de um bom aconselhamento, diz. “Para isso é preciso avaliar as necessidades individuais, quais são seus problemas de saúde, em que fase de vida está e seus objetivos no planejamento familiar – se ela quer algo de curta duração, se quer algo sob seu controle e, ainda, se quer algo que envolva seu parceiro”, completa.

A contracepção é uma escolha individual com responsabilidades compartilhadas, por isso a Febrasgo incentiva a discussão qualificada e convida a sociedade para o debate. Participe da campanha #VamosDecidirJuntos.

Entenda quais são os métodos contraceptivos disponíveis hoje

Existem inúmeros métodos para evitar a gravidez e a definição do mais adequado para cada mulher deve considerar seu perfil pessoal, histórico de saúde, necessidades e preferências individuais. Essa escolha deve ser feita por cada mulher, junto com o seu parceiro, considerando a análise clínica do ginecologista.

Os métodos contraceptivos podem ser divididos em dois principais grupos, os reversíveis e os definitivos:
● Métodos Reversíveis: Hormonais, Barreira, Comportamentais, Dispositivo Intrauterino (DIU) e Contraceptivo de emergência (CE)

● Métodos Definitivos: Esterilização Feminina (Laqueadura Tubária) e Esterilização Masculina (Vasectomia)

Podem, ainda, serem classificados como:
● Métodos Hormonais Combinados: contraceptivo oral combinado (COC, ou pílula combinada), Anel Vaginal, Adesivo Transdérmico, Injetável Mensal
● Métodos Hormonais só de Progestagênio: Pílula de Progestagênio, Implante Subdérmico, Injetável Trimestral, DIU Hormonal
● Métodos não hormonais: DIU de cobre, diafragma, preservativos masculino e feminino e métodos comportamentais.

O mais importante é conversar com o médico e seu parceiro e juntos escolherem o método mais indicado para seu perfil e momento de vida.

Conheça a posologia, composição, eficácia, contraindicações e possíveis efeitos colaterais de cada método no site www.vamosdecidirjuntos.com.br/contracepcao.

Cremesp aciona Justiça contra Resolução do COFEN que autoriza realização de ultrassom obstétrico

Cremesp aciona Justiça contra Resolução do COFEN que autoriza realização de ultrassom obstétrico

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) ajuizou Ação Civil Pública perante a Justiça Federal em Brasília, contra ato do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) que autorizou os enfermeiros obstétricos a realizar exames de ultrassom.

Segundo entendimento do Cremesp, o ato administrativo publicado pelo Cofen vai além das atribuições legais dos enfermeiros e invade diretamente a atuação do médico, considerando que o principal objetivo do ultrassom, na gestação, é justamente obter informações quanto a evolução do feto e diagnosticar eventuais patologias.

Segundo a Lei Federal nº 12.842/2013, é atribuição do médico realizar o diagnóstico nosológico (estudo e classificação das doenças), não sendo autorizado ao profissional de Enfermagem a realização deste ato, seja pelo aspecto legal, seja pela sua própria formação.

O Cremesp – historicamente – defende a Enfermagem como essencial no atendimento à saúde dos pacientes, conforme preconizado pela própria Lei da profissão (Lei 7498/86). Contudo, entende que não pode um Conselho Federal alargar a competência de atuação dos seus profissionais na forma realizada pelo Cofen, sem autorização legal, sob pena de colocar os pacientes em situação de risco. Mesmo que não haja a emissão do laudo – o que descaracteriza completamente a finalidade do exame – o enfermeiro não possui competência legal para firmar diagnóstico.

O Cremesp reafirma seu compromisso com a saúde da população e aguardará decisão final do Poder Judiciário.

Comissão de Comunicação Digital

A Comissão de Comunicação Digital dá suporte aos projetos da FEBRASGO e atua nas rotinas da instituição para que ela sempre esteja referenciada nas melhores práticas em ginecologia e obstetrícia.

Comissão Nacional do TEGO

A Comissão Nacional do TEGO preza pelo aperfeiçoamento técnico e científico por meio de instrumentos que qualificam realmente o tocoginecologista com as melhores práticas, em busca da constante atualização que visam a evolução do exercício da profissão.

Comissão Nacional Especializada

As Comissões Nacionais Especializadas têm um papel fundamental nos objetivos da FEBRASGO e dão suporte ao aperfeiçoamento técnico e científico, com a participação de profissionais com formação de alto nível, aliada a experiências acadêmicas para exercer as atividades de educação continuada junto aos associados.

Pesquisa relaciona fumo na gestação e meningite em bebês

Os prejuízos do fumo durante a gestação são há muito conhecidos por médicos e pacientes. Um único cigarro é capaz de acelerar os batimentos cardíacos do feto e alterar seu desenvolvimento. Agora, um novo estudo estabelece a relação entre o tabagismo e a meningite: o risco de o bebê desenvolver a doença é três vezes maior se sua mãe fumou durante a gestação.  Além disso, o fumo passivo durante a infância duplica as chances do aparecimento do problema. Essas foram as conclusões da pesquisa realizada na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, que analisou 18 estudos anteriores sobre o tema.

Para Renato Sá, presidente da Comissão Nacional Especializada em Medicina Fetal da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – Febrasgo, uma hipótese para esse aumento dos riscos seria a Teoria de Baker:

“O epidemiologista David Baker observou que existe uma relação entre o peso de um bebê ao nascer e o surgimento de doenças cardíacas e cerebrais na idade adulta. Parece que quando um feto recebe pouco oxigênio, ele sacrifica o seu próprio crescimento e gera alterações importantes nas funções do coração e cérebro. Assim, as variações normais na transferência de alimento das mães para os bebês têm profundas implicações de longo prazo para a saúde da geração seguinte”.

As últimas descobertas mostram que a composição do corpo da mulher e da dieta no momento da concepção e durante a gestação têm efeitos importantes sobre a saúde posterior dos filhos.

“Se pudermos fazer uma correlação desta teoria com o fumo, é possível que o efeito em relação à meningite esteja relacionado ao mesmo mecanismo: uma alteração intraútero do sistema imune fetal, à semelhança do que ocorre posteriormente na infância”, explica Sá.

Outros riscos

Eduardo Fonseca, Presidente da Comissão Nacional Especializada em Perinatologia da Febrasgo alerta que a gestante que fuma tem o dobro de chance de ter um recém-nascido classificado como baixo peso (<2.500 gramas) e com menor comprimento.  Alguns trabalhos sugerem também maior prevalência de aborto espontâneo, partos pré-termos, baixo peso ao nascer, mortes fetais e de recém-nascidos, entre outras consequências. “Estes problemas se devem, principalmente, aos efeitos nocivos do monóxido de carbono e da nicotina sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno”, afirma Fonseca.

Nicotina via leite materno

A mãe que fuma no período de amamentação coloca em risco à saúde de ambos, pois a nicotina passa pelo leite e é absorvida pelo bebê. Com isso, crianças amamentadas por mães fumantes têm ganho de peso em até 40% mais lento.

Página 115 de 128
-->

© Copyright 2025 - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Todos os direitos são reservados.

Políticas de Privacidade e Termos De Uso.

Aceitar e continuar no site