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Gravidez em adolescentes

Em países como o Brasil, com diferenças sócio-econômicas tão exacerbadas é comum uma grave condição: a da gravidez na adolescência.

Além do risco da adolescente deixar seus estudos e ser separada de seu grupo social, a gravidez antes dos 18 anos eleva os riscos de hemorragia e hipertensão, que são problemas graves. Nesse período, o corpo da menina ainda está em fase de desenvolvimento e não preparado para conceber e desenvolver a gravidez.

É considerável o percentual de bebês que nascem no Brasil filhos de mães adolescentes. As principais causas da gravidez indesejada na adolescência são a falta de informação, a desestruturação familiar e o uso inadequado da camisinha, que é o principal meio de anticoncepção utilizado nessa faixa etária.

A pílula do dia seguinte, bastante disseminada, é usada pelas adolescentes como método anticoncepcional por preguiça ou receio de utilizar a pílula tradicional. Além de ter uma dose hormonal elevada, pode levar à garota a ter outros problemas de saúde.

A melhor forma de evitar esse sério problema social é a disseminação da informação dentro das escolas e em casa. Famílias estruturadas e com um diálogo franco e direto têm filhos mais seguros e que buscam ajuda. Tendem a ceder menos às pressões dos amigos por uma vida sexual precoce e têm mais condições de fazer escolhas conscientes, principalmente com relação ao uso dos preservativos e outras formas de planejamento familiar.

Hipertensão requer cuidado redobrado na gravidez

Uma mulher que sofre de hipertensão deve redobrar os cuidados com sua saúde ao engravidar e dividir com seu médico, durante o pré-natal, a preocupação com a medicação que usará para controlar a pressão. O médico recomendará que ela faça exames específicos relacionados ao rim, coração e à visão, que podem ser comprometidos pela hipertensão em casos de controle clínico inadequado.

Mas mesmo mulheres que nunca apresentaram quadro de pressão alta podem ter hipertensão arterial na gravidez, devido à alterações que a placenta provoca no organismo da gestante. O quadro de pré-eclâmpsia ou doença hipertensiva específica gestacional são situações que devem ser controladas de perto pelo ginecologista com orientação nutricional, medicamentos e exames contínuos.

Há vários motivos que podem levar a grávida à hipertensão, como a qualidade dos vasos sanguíneos, obesidade, alteração do colesterol ou do triglicérides ou doença renal prévia. Mas para mulheres que tenham risco para essa situação, é recomendada a prevenção quando pode ser utilizado cálcio e AAS (ácido acetilsalicílico) – prescrita pelo médico, sempre!

Mesmo assim, a gestante deve observar sintomas como dor de cabeça, visão embaçada ou sensação de “luzes piscando”, que podem ser um sinal de hipertensão. A dificuldade para respirar, sentir-se ofegante, dor no lado direito do abdome e inchaço no rosto e nas mãos são sintomas que precisam ser relatados durante as consultas de pré-natal.

A pré-eclâmpsia é um quadro de aumento da pressão arterial próprio da gravidez e que aparece após o quinto mês de gestação. Em casos mais graves, é associado a lesões em outros órgãos da gestante como rim, fígado ou sistema nervoso central e pode comprometer a vitalidade do bebê.

Por isso, se você está grávida e também se pretende engravidar logo, toda atenção aos sinais de pressão alta!

Nota de esclarecimento relativa à matéria Um Dó de Peito, publicada na Revista Veja em 12 de julho de 2017.

No período de 1º de junho a 9 de julho deste ano, ocorreu um contato quase diário, entre a jornalista Thais Botelho, da Revista Veja, e o Dr. Moises Checinski, presidente do Departamento de Aleitamento Materno  da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), para elaboração de uma matéria sobre aleitamento materno.

Face à proximidade da 25ª Semana Mundial de Aleitamento Materno (1 a 7 de agosto) e do AGOSTO DOURADO (mês dedicado ao aleitamento materno no Brasil, após decreto presidencial de 12 de abril desse ano), o Dr. Moises entendeu que seria de grande importância a divulgação de material relacionado ao tema, para o conhecimento do grande número de leitores da revista. Por isso, respondeu questões sobre a importância do aleitamento materno, características do leite humano, o que diferencia o Brasil dos demais países, por que temos a melhor rede de Bancos de Leite Humano no mundo, dados sobre a história da amamentação, como era nos tempos primórdios, algum segredo ou dado interessante do ato de amamentar, entre muitas outras questões. Enfim, foi fornecido um material riquíssimo para a jornalista nas mais de 20 horas de conversas telefônicas, inúmeras trocas de e-mails, em qualquer horário do dia e da noite, sempre com presteza, pela importância do tema e da matéria.

Surpreendentemente, com tantas informações fornecidas, a única citação utilizada, em uma matéria de três páginas, foi:
A relevância para a saúde do bebê é inquestionável. Diz o pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo: “O leite materno é insubstituível e sempre será”.

No mesmo parágrafo, após o fechamento de aspas, a revista segue com a seguinte frase:
No entanto, não se podem (sic) deixar de pôr na mesa a mudança de costumes e os avanços científicos que autorizam – sem dano especial à saúde de recém-nascidos, convém ressaltar – o uso de fórmulas infantis à base de leite de vaca. Hoje, há fórmulas refinadíssimas, capazes de nutrir recém-nascidos de modo extremamente equilibrado.

Não concordamos, em absoluto, com essa última informação, totalmente inverídica, sem base científica alguma e definitivamente desconectada do material fornecido. Segundo a jornalista, “a revista não é específica da área de saúde e a pegada da matéria era para desculpabilizar as mães que não amamentaram e que se sentem mal por não terem amamentado”.  

Ora, se a revista não é de saúde, é fundamental que ela busque fatos reais e não coloque informações que não condizem com a realidade e que, por certo, podem trazer consequências graves à saúde das crianças no Brasil. Mais, quem passou essa informação ressaltada com tanto ênfase, expôs, com toda a certeza, uma impressão pessoal de forma irresponsável e desconhece as taxas de alergia à proteína de leite de vaca, bem como, a nossa realidade de obesidade infantil ou, ainda, a dificuldade imensa com que se luta para que se estabeleça o que é considerado o PADRÃO OURO de alimentação infantil que é, SEM QUALQUER DÚVIDA, o LEITE MATERNO.

Vale ressaltar que:
  • “Aleitamento materno exclusivo desde a sala de parto, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês, estendido até dois anos ou mais” é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde do Brasil, da Sociedade Brasileira de Pediatria, de todas as suas Sociedades de Pediatria regionais (inclusive a Sociedade de Pediatria de São Paulo), da FEBRASGO e suas Federadas, independentemente da região do país, de classes sociais, de religião ou de nível sócio-econômico-cultural.
  • As taxas de aleitamento materno no Brasil, de pleno conhecimento da jornalista e da revista Veja, estão aquém das expectativas da OMS e relativamente sem alteração nos últimos 10 anos. As oportunidades que temos de esclarecimento à população através da mídia e das redes sociais são muito importantes na tentativa de mudar essa realidade, junto com ações governamentais, dos sistemas de saúde, dos locais de trabalho e da sociedade em geral, como são propostas da Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2.017.
  • Em nenhum momento deve ser exercida pressão para que uma mãe amamente ou uma censura quando, por qualquer que seja a razão, ela não consiga ou não deseje amamentar. Essa é uma decisão que cabe exclusivamente a ela junto com seus familiares. Mas é de absoluta relevância que essa decisão seja tomada com base em informações atualizadas, éticas e cientificamente comprovadas.
Esperamos que o prejuízo potencial dessa matéria não seja repassado à causa do aleitamento materno e às mães que amamentaram, que amamentam, que não amamentaram e que poderiam amamentar. Isto se estende àquelas que, por qualquer razão, não tenham amamentado e nunca mais vão se questionar sobre a importância da amamentação para a sua saúde e a de seus filhos. Por certo, não vão associar o que os estudos comprovam mundialmente: a proteção contra a morte infantil (830.000 mortes evitadas no mundo por ano), contra doenças que eram de adultos e hoje aparecem cada vez mais nas crianças (obesidade infantil, hipertensão, diabetes, dislipidemias, cáries, leucemia), temas que, apesar de toda a insistência, não foram sequer abordados na matéria.

Imaginamos que a função da imprensa não seja essa, mas sim, esclarecer o público com fatos comprovados e informados quase diariamente há décadas, através de entrevistas e publicações de artigos, na tentativa de esclarecimento da população a respeito da saúde infantil.

Assinam:
Yechiel Moises Chencinski
Presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Corintio Mariani Neto
Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo

Elsa Regina Justo Giugliani
Presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria

César Eduardo Fernandes
Presidente da Febrasgo

Luciana Rodrigues Silva
Presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria

No mês do aleitamento materno, a Febrasgo alerta para a importância da amamentação

De acordo com a lei sancionada no dia 12 de abril deste ano, este é o mês do Aleitamento Materno, ou seja o Agosto Dourado, e a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) aproveita a data para reforçar quão importante é a mãe amamentar seu filho e quais os benefícios que esta ação traz.

Apesar de as taxas de amamentação terem melhorado nas ultimas décadas, elas ainda estão muito abaixo do ideal. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Datasus (Departamento de Informática do SUS), a alimentação do bebê feita exclusivamente através da amamentação é praticada por apenas 60,7%, 23,3% e 9,3% das mães, respectivamente, com 30, 120 e 180 dias após o parto. Porém, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde é que esse aleitamento materno exclusivo seja feito durante os primeiros seis meses de vida da criança e, a partir de então, ir complementado com outros alimentos até dois anos ou mais.

“A FEBRASGO apoia todas as iniciativas visando o incentivo e apoio à amamentação. Possuímos uma Comissão Nacional Especializada no assunto, já publicamos três edições do Manual de Aleitamento Materno (2006, 2010 e 2015) e, atualmente, preparamos Protocolos e Diretrizes alusivos à lactação”, conta o Dr. Corintio Mariani Neto, Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo.

A amamentação é extremamente importante pois traz inúmeros benefícios para a mãe e para o filho. “O leite materno é o alimento ideal para o recém-nascido, pois protege contra doenças graves, especialmente em prematuros, e previne doenças futuras, como a asma, obesidade, diabete tipo I e doenças cardiovasculares” explica o Dr. Mariani Neto.

Segundo ele, a ação também estimula o desenvolvimento intelectual, proporciona mais segurança para o bebê e contribui para a dentição, fala e boa respiração, além de estar sempre pronto e na temperatura certa. No caso da mãe, ajuda a recuperar o peso mais rapidamente, diminui o sangramento após o parto e o risco de desenvolver diabetes, câncer de mama, ovário e útero.

Também é importante esclarecer que, geralmente, cada mãe produz o leite suficiente para o seu bebê e que a ideia de leite fraco está ligada a hábitos incorretos durante a amamentação, como, por exemplo, sucção inadequada ou pouco estímulo da mama. 

Pela primeira vez é comemorado oficialmente o Agosto Dourado

No dia 12 de abril deste ano foi sancionada a lei Nº13.435, que institui agosto como o Mês do Aleitamento Materno, ou seja, o Agosto Dourado. A partir deste ano, durante esses 31 dias, serão realizadas ações para incentivar e esclarecer dúvidas sobre o assunto.

Para dar visibilidade ao tema, está prevista na lei a permissão para que sejam feitas iluminações e decorações de espaços com a cor dourada, palestras e eventos, divulgações nas mídias sociais e ações em espaços públicos.

Segundo Dr. Corintio Mariani Neto, Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo, a amamentação é extremamente importante, pois traz inúmeros benefícios para a mãe e para o filho. “Ela protege o bebê contra doenças graves, especialmente em prematuros, e também previne doenças futuras, como a asma, obesidade, diabete tipo I e doenças cardiovasculares, além de estimular o desenvolvimento intelectual”, explica ele. Já as mães que amamentam, tendem a recuperar o peso mais rapidamente e tem menor risco de desenvolver anemia, diabetes, câncer de mama, ovário e útero.

Por isso, a Febrasgo possui uma Comissão Nacional Especializada (CNE) de Aleitamento Materno e, atualmente, prepara Protocolos e Diretrizes alusivos à lactação, além de sempre reservar um espaço para o aleitamento materno na programação científica dos congressos brasileiros.

Agosto já estava ligado a esse tema pois, desde 1992, na primeira semana desse mês, já é comemorada a Semana Mundial do Aleitamento Materno e agora o dourado foi escolhido pois está relacionado ao padrão ouro de qualidade do leite materno como alimento para o bebê.

Nota de Esclarecimento

Ref.: Destituição da Diretoria Administrativa

Considerando as disposições estatutárias e regimentais da FEBRASGO.
Considerando as adversidades ligadas ao cumprimento do mandato da Diretoria Administrativa e a imprescindibilidade de resolução.
Considerando a realização da Assembleia Geral das Federadas (AGF) nos dias 02 e 03 de junho de 2017 em Salvador – BA.
Considerando a votação realizada para a destituição do Diretor Administrativo, Dr. Marcelo Burlá.
Esclarece a Diretoria da Febrasgo:
Na data de 02 de junho de 2017, foi objeto de pauta, voto e aprovação em Assembleia Geral das Federadas, a destituição do cargo ocupado pela Dr. Marcelo Burlá – Diretor Administrativo, com fulcro do artigo 11, inciso I do Estatuto da FEBRASGO.
Cabe ressaltar que a destituição cumpre in totum a liturgia legal e administrativa necessária à eficácia do ato administrativo, sendo que as atribuições da Diretoria Administrativa passam a ser exercidas pela Diretoria Financeira, nos termos do artigo 22, inciso VI.

A Diretoria da Febrasgo 

Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia terá sede no Rio de Janeiro

Decisão foi tomada durante Assembléia Geral das Federações e entra em vigor a partir de 2021

A partir de 2021, o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) terá sede fixa no Rio de Janeiro. Essa decisão foi tomada durante a Assembleia Geral das Federações, que ocorreu entre os dias 2 e 3 de junho e visa fortalecer o evento e atingir um maior número de participantes e palestrantes. O evento continuará sendo a cada dois anos, sempre nos anos ímpares.

Segundo Dr. César, presidente da Febrasgo, ao fixar a sede do Congresso em um único lugar, todos saem ganhando, pois é possível fazer um contrato longo do espaço onde ocorrerão os encontros e os preços são melhor negociados. “Outra grande vantagem é que a equipe contratada para organizar tudo vai se repetir e com a expertise adquirida, fazer cada vez melhor. Por fim, a escolha pelo Rio de Janeiro foi porque, além de ser uma cidade turística e sempre um local desejado para se visitar, conta com boa infra-estrutura para receber os congressistas”, explica.  

Um ponto importante destacado pelo Dr. César é a intenção de internacionalizar o Congresso e, para isso, a escolha do Rio de Janeiro foi acertada e ajudará a trazer participantes estrangeiros, principalmente da América Latina.

Outra decisão tomada na Assembleia foi que a partir de 2020, em anos alternados ao do Congresso, terá início a Jornada Brasileira Itinerante de Ginecologia e Obstetrícia, que acontecerá em regiões diferentes do país, sempre nos anos pares.

Para Dr. César, essa Jornada trará um grande impulso para as cinco regiões do País que irão se fortalecer recebendo esse evento. “Esse encontro contará sempre com temários atrativos relacionados à educação continuada, inovação e abordagens de novos tratamentos”, conta.

Cólica menstrual forte pode alertar para endometriose

A endometriose é uma doença com diagnóstico demorado, principalmente porque os primeiros sintomas são encarados como algo natural para muitas mulheres: cólicas menstruais.

A cólica menstrual forte, que exige medicação e também incapacita a mulher para trabalhar e até mesmo para outras atividades no dia a dia, não pode ser aceita como normal. Atenção: menstruar com dor não deve fazer parte do universo feminino.

Na verdade, esta dor pode ser um alerta para a endometriose, doença inflamatória que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) se implante fora dele, chegando a áreas onde não deveria crescer, como os ovários, intestino e bexiga.
Todos os meses, o endométrio, que é o tecido que reveste a parte interna do útero, se espessa para que possa receber um óvulo fecundado. Quando a mulher não engravida, esse tecido descama e é descartado na menstruação, junto com sangue. Mas, em certas situações este tecido não é totalmente eliminado, volta pelas trompas, atinge a cavidade pélvica e aí se implanta. Gera-se então a endometriose.

A falta de desconhecimento leva à demora no diagnóstico da endometriose, que pode durar anos. E o que se leva muito tempo para descobrir, terá um tratamento tardio também. Isso sem contar alterações na fertilidade que ela pode causar, se não tratada corretamente.

A endometriose pode começar na adolescência ou em jovens adultas. Em adolescentes, o diagnóstico é difícil porque muitas jovens não se queixam das dores, não vão ao ginecologista nem relatam o fato às mães.

Portanto, não aceite como normal uma cólica menstrual forte. Converse com o seu ginecologista. É muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para iniciar o tratamento.
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