Revistas

Sobre a campanha Câncer de Colo de Útero

O QUE É O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO (CÂNCER CERVICAL)?

O câncer de colo de útero (ou câncer cervical) é um tipo de câncer que ocorre nas células do colo do útero - a parte inferior do útero que se conecta à vagina.

É uma doença prevenível e curável que quando diagnosticada na fase inicial tem elevado índice de sucesso no tratamento. O tratamento adequado e sem atrasos é um fator prognóstico importante. Porém, tem alta morbidade e mortalidade entre mulheres nos países sem programas de prevenção organizados como no Brasil.

Os cânceres invasivos do colo do útero são geralmente tratados com cirurgia ou radioterapia combinada com quimioterapia. A escolha da melhor opção terapêutica depende do estadiamento clínico do tumor, da idade, da história reprodutiva, do estado geral da paciente e das condições disponíveis no serviço de saúde. Cerca de 70% das pacientes são diagnósticas com a doença sem condições de cirurgia, ou seja, na fase avançada e se faz necessária a radioterapia e a quimioterapia concomitantes.

Globalmente surgem mais de 570.000 novos anualmente e morrem mais de 311.000 mulheres a cada ano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das mortes acontece nos países com baixo índice de desenvolvimento.

QUAIS AS CAUSAS DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO?

O HPV (papilomavírus humano), uma infecção sexualmente transmissível, desempenham um papel na causa da maioria dos casos de câncer de colo de útero. Quando exposto ao HPV, o sistema imunológico do corpo geralmente impede que o vírus cause danos. Em uma pequena porcentagem das pessoas, porém, o vírus sobrevive por anos, contribuindo para o processo que faz com que algumas células cervicais se tornem alteradas e desenvolva lesões precursoras do câncer que podem evoluir para o câncer propriamente dito.11

O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO PODE SER PREVENIDO?

Sim. Você pode reduzir o risco de desenvolver câncer do colo do útero se for vacinado (prevenção primária) e fazendo testes de rastreamento (prevenção secundária) periódicos. 1

O câncer de colo de útero (câncer cervical) é uma das formas de câncer mais evitáveis e tratáveis com sucesso, se for detectado e diagnosticado precocemente e gerenciado de forma eficaz

As vacinas para HPV são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções por HPV e consequentemente também das lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero.

Entretanto, no nosso país, a cobertura da vacinação tem sido abaixo do necessário para uma ação efetiva nas próximas décadas. As razões para explicar as baixas coberturas são principalmente pelas barreiras logísticas de acesso e pela falta de educação contínua da população.

O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL

No Brasil o câncer de colo uterino ocupa o terceiro lugar entre as neoplasias malignas entre as mulheres com 15,43 casos por 100.000 mulheres ao ano e o quarto em mortalidade.

Nas ações de rastreamento deste câncer em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, de forma organizada com citologia oncótica cérvico-vaginal e intervalo trienal, com cobertura de 70% desta população, há redução significativa da sua mortalidade com cifras inferiores a 2 mortes por 100.000 mulheres ao ano.

No Brasil pelo sistema público, o rastreamento é feito exclusivamente pela citologia oncótica. As diretrizes de rastreamento publicadas em 2017 ditam rastrear as mulheres de 25 a 64 anos por citologia oncótica com intervalo trienal, após 2 exames normais.

A prevenção primária é feita com a vacinação profilática contra os principais tipos de HPV que estão associados ao câncer de colo de útero em mais de 70% dos casos. No Brasil temos mais de 30 milhões de brasileiros na faixa de 10 a 19 anos. Esses adolescentes têm o direito à vacinação estabelecido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).

As coberturas vacinais atuais são insuficientes para garantir uma proteção futura para essas crianças e adolescentes. Uma estratégia importante é unir o rastreamento de mulheres acima de 25/30 anos com biologia molecular (um único teste) e associar as chamadas para vacinação simultânea de seus filhos adolescentes.

Temos uma ferramenta importante que é o cadastro de auxílio federal que é o bolsa família. Com esse cadastro poderíamos organizar a chamada de rastreamento e vacinação. Vacinar adolescentes fora do ambiente escolar mostrou-se ineficaz, mas a mãe ser chamada para rastreamento e vacinação de seu filho pode ser um estímulo a ser experimentado.

Em 2014 o Programa Nacional de Imunizações (PNI) introduziu a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos em esquema de duas doses com intervalo de 6 meses. Em 2017 o programa passou a contemplar também os meninos de 11 a 14 anos também no esquema de duas doses.

Na primeira dose, no primeiro ano de implantação a cobertura foi mais de 80%. Na segunda dose, quando o governo retirou das escolas e transferiu para as unidades de saúde, houve queda expressiva das coberturas.

Nos anos subsequentes as coberturas vêm caindo refletindo o pouco interesse nesse importante momento de pandemia. Para os meninos as coberturas são insuficientes e são necessárias estratégias por parte de profissionais, educadores e os pais para expandir o alcance dos programas de vacinação.

Em 2020, de janeiro a julho, a mortalidade por câncer invasor de colo do útero esteve entre 25 a 30 óbitos por mês (uma morte a cada 24 horas) em todo estado do Amazonas, e as coberturas vacinais caíram a níveis preocupantes.

O governo do Amazonas suspendeu os procedimentos de tratamento devido à pandemia e devemos ter um impacto importante na mortalidade nos próximos meses.

O câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, mesmo sendo uma neoplasia evitável, com base em medidas de prevenção primária (vacina contra o HPV) e prevenção secundária (exames de rastreamento) de comprovada eficácia e efetividade.

No Brasil, devido as distintas características socioeconômicas e culturais encontradas que são capazes de gerar um cenário em que coexistem fatores relacionados à pobreza e ao desenvolvimento que compromete o acesso a serviços de rastreamento, diagnóstico e tratamentos oportunos. Consequentemente, as limitações de acesso a serviços de saúde não somente impedem as mulheres pobres de serem diagnosticadas, mas também impossibilitam a oportunidade de receberem tratamento adequado a tempo de se obter a cura.

O sistema público de saúde brasileiro atende 75,32% dos pacientes com câncer, ou seja, cerca de 448.959 casos de câncer foram atendidos na rede pública em 2016. E o Brasil tem apenas 50,8% da quantidade necessária de equipamentos de radioterapia. Salientando, que a radioterapia tem papel importante como tratamento adjuvante ou exclusivo, sobretudo no câncer do colo do útero, conforme a extensão dessas doenças.

Referente aos óbitos, quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em Regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos é três vezes maior.

Importante salientar as mortes preveníveis de mulheres jovens, quando tratadas adequadamente, no auge de suas vidas laborativas, onde muitas são chefes de família.


LINKS EXTERNOS

https://www.who.int/news-room/events/detail/2020/11/17/default-calendar/launch-of-the-global-strategy-to-accelerate-the-elimination-of-cervical-cancer

https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/cervical-cancer/symptoms-causes/syc-20352501

https://www.uicc.org/what-we-do/thematic-areas-work/cervical-cancer-elimination?gclid=CjwKCAiA4o79BRBvEiwAjteoYBF27bS7EBxkJE0e-IZyIe7DH-DW2sZO8EdZqkQpKP87v7sN5_pk-BoCYWkQAvD_BwE#_ftn1

https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero

Comissão Nacional Especializada (CNE) Ginecologia Oncológica

Comissão Nacional Especializada (CNE) Trato Genital Inferior

Comissão Nacional Especializada (CNE) Vacinas

Dúvidas Frequentes

Onde consigo as informações sobre inscrições para os concursos?

Todas as informações necessárias você encontrará nos editais de cada uma das provas.
Acesse:  TEGO , TPI, ÁREAS DE ATUAÇÃO e HABILITAÇÃO EM ROBÓTICA Você pode também acompanhar as novidades através das redes sociais da Febrasgo: @febrasgooficial  @febrasgo



O que é a fase de pré-teste?

Para realização da prova, após a divulgação de confirmação da inscrição o candidato deverá agendar o pré-teste obrigatório, devendo cumprir as etapas de instalação do programa de acordo com o manual de instalação do browser seguro. Participar do pré-teste em data agendada, com duração máxima de 30 minutos, para a validação pela equipe técnica deste exame da correta instalação do programa no equipamento que será utilizado pelo candidato no dia das provas. Neste pré-teste o candidato deverá validar suas credenciais de acesso no programa instalado antes do dia da prova. Não deixe para os últimos dias, pois este pré-teste se encerra 5 dias antes da prova, não sendo mais possível a sua realização.

Quais as datas das provas e divulgação de resultados?

Esteja atento ao Edital, nele constam não apenas documentos necessários, mas datas e outras informações importantes.
Acesse:  TEGO , TPI, ÁREAS DE ATUAÇÃO , HABILITAÇÃO EM ROBÓTICA.

Quais são os requisitos mínimos requeridos aos equipamentos necessários para realização das provas?

Processador Core i3 ou superior; Memória RAM 4GB ou superior; Câmera frontal de 2.0 Mega Pixel ou superior; Microfone; Fonte de energia com capacidade para 5 horas de preferência conectado a rede elétrica; Espaço de armazenamento mínimo em disco de 500MB; Espaço livre para armazenamento de no mínimo de 500MB; Internet com Velocidade mínima de 10 (dez) Mbps (megabits por segundo); Sistema Operacional: windows 7 ou superior; Mais informações acesse os tutoriais e Manual do candidato: TEGO , TPI, ÁREAS DE ATUAÇÃO e HABILITAÇÃO EM ROBÓTICA

Quais são os equipamentos e programas expressamente proibidos durante a prova?

Não será permitida a realização da prova em tablets e celulares. Durante a realização da prova está expressamente proibido ao candidato ter no ambiente de realização da prova, relógio de qualquer tipo, e quaisquer dispositivos eletrônicos, como telefones celulares, smartphones, tablets, wearable tech, assistentes de voz, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas e/ou similares, ipods®, gravadores, pen drive, mp3 e/ou similar, alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico, fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens e quaisquer outros materiais estranhos à realização da prova. Mais informações acesse os tutoriais e Manual do Candidato disponível na página de cada prova.

OS CANDIDATOS DEVEM OBSERVAR RIGOROSAMENTE AS RECOMENDAÇÕES CONTIDAS NO EDITAL. CASO ISSO NÃO OCORRA, NÃO LHE CABERÁ QUALQUER RECLAMAÇÃO OU RECURSOS POSTERIORES.

Página 60 de 128
-->

© Copyright 2025 - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Todos os direitos são reservados.

Políticas de Privacidade e Termos De Uso.

Aceitar e continuar no site