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30/out – Dia do Ginecologista e Obstetra

A vida não espera. Em meio a festas ou pandemias, sempre haverá crianças decidindo nascer, jovens descobrindo sensações, mulheres maduras renascendo em novas potencialidades de seus corpos. São 110 milhões de mulheres, somente no Brasil. Para alguns, estar ao lado delas é coincidência. Para ginecologistas e obstetras é uma escolha renovada a cada dia.

 

Num ano de desafios globais, ser ginecologista tem se tornado um desafio cada vez maior – seja superando os próprios limites, defendendo o acesso a serviços de qualidade ou se colocando em risco para trazer uma pessoa ao mundo.

 

Nesse 30 de outubro, a Febrasgo reconhece e valoriza essas trajetórias repletas de abnegação e conquistas.

 

Parabéns, ginecologista e obstetra!

Brasil estima 66 mil novos casos de câncer de mama até o final do ano

Febrasgo alerta queda de 84% no número de mamografias, em decorrência da pandemia de Covid-19, pode impactar no volume de complicações e óbitos decorrentes da doença

 

São Paulo, outubro de 2020. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, até o fim deste ano, 66 mil novos casos de câncer de mama terão surgido no país. Paralelamente, o número de mamografias realizadas, no Brasil, caiu 84%, desde março, quando teve início a pandemia de Covid-19¹. Em meio às mulheres diagnosticadas com a doença, observou-se atraso no início do tratamento. Neste Outubro Rosa, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta para os riscos da subnotificação à saúde da mulher. Nos últimos dez anos, os óbitos decorrentes câncer de mama crescerem 46% em todo país². Em meio ao atual cenário de acesso ao diagnóstico, projeta-se que a curva ascendente da quantidade de vítimas se intensifique.

 

Segundo o mastologista Dr. Guilherme Novita Garcia, membro da Comissão Nacional Especializada em Mastologia da Febrasgo, “o atraso no diagnóstico e tratamento da doença, prejudica todas as faixas etárias. Mas, o impacto da pandemia foi, sem dúvidas, muito maior na população com mais de 60 anos. Foram estas as pessoas que tiveram maior necessidade de isolamento social e consequentemente sem acesso aos diagnósticos e tratamentos”.

 

Após os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres de todas as regiões brasileiras. A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. O risco de óbito decorrentes da doença em meio às mulheres de 60 anos é 10 vezes maior quando comparado àquelas com menos de 40 anos de idade.

 

Diagnóstico

O mastologista Dr. Eduardo Camargo Millen, membro da CNE de Mastologia da Febrasgo, afirma que “é importante que as mulheres tenham a noção de que manter os cuidados ginecológicos em qualquer situação, fazer o preventivo e os exames da mama, faz parte da atenção à saúde da mulher. Com isso, além de diminuir o risco de detectar tumores avançados, também aumentam as chances de cura quando diagnosticadas precocemente”.

 

 

A doença

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres em todo o mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

 

O sintoma mais comum da doença é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Eventualmente, pode ainda se manifestar com consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

 

Não existe somente um fator de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é um dos agravantes. Outros fatores que contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença são os fatores genéticos, hereditários, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes. “Os tumores de mama duplicam de volume a cada 100 dias. Quanto maior ele estiver, o risco de comprometimento dos linfonodos axilares cresce e a chance de a paciente receber tratamentos mais invasivos e com maiores danos aumenta. As mulheres com mais de 60 anos precisam fazer os exames de rotina na época programada, ou seja, a mamografia anual. Tumores quanto mais cedo diagnosticados, mais fáceis e rápidos serão o tratamento e menor a possibilidade de submeterem a quimioterapia. Fazer o diagnóstico precoce mesmo após 60 anos é muito importante”, conclui o Dr. Eduardo Millen.

 

¹ Números oriundos de levantamento realizado da Fundação do Câncer, a partir de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

² MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Dados relativos ao período de 2009 a 2018.

Diretor científico da Febrasgo é proclamado presidente da AMB

Reunião do Conselho Deliberativo da entidade ratificou pleito que torna o Dr. Cesar Fernandes o principal dirigente da AMB no triênio 2021/2023

 

São Paulo, outubro de 2020. Na noite de ontem (22), o ex-presidente e atual diretor científico da Febrasgo, Dr. Cesar Fernandes, foi proclamado novo presidente da Associação Médica Brasileira (AMB). Na ocasião, o Conselho Deliberativo da entidade analisou os relatórios de auditoria independente e de sua Comissão Eleitoral, julgando válidos os resultados do recente pleito para escolha dos dirigentes e delegados para o triênio 2021/2023.

 

Com 30 votos favoráveis, 17 contrários e 05 abstenções, o Conselho Deliberativo ratificou os resultados, validando os votos coletados em todas as urnas. Nesta eleição, a Chapa 2 - Nova AMB, encabeçada pelo Dr. Cesar, recebeu mais de 60% dos votos.

 

Ao longo do dia de hoje (23), a decisão do Conselho Deliberativo será homologada pela Assembleia de Delegados. O Dr. Cesar Fernandes, a nova diretoria e novos delegados devem assumir seus mandatos na primeira semana de 2021.

A cada 3 segundos ocorrem uma fratura associada à osteoporose

Febrasgo chama a atenção para doença que atinge 200 milhões de pessoas no mundo

 

São Paulo, outubro de 2020. Estima-se que a cada três segundos ocorram uma fratura osteoporótica em algum lugar do planeta. São aproximadamente nove milhões de fraturas, anualmente, em todo o mundo. Atualmente, cerca de 200 milhões de pessoas convivem com a doença. Diante deste cenário, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), afiliada da maior e mais influente sociedade científica internacional em osteometabolismo, a International Osteoporosis Foundation (IOF), chama a atenção para a necessidade de atenção para os fatores de risco da Osteoporose.

 

“A osteoporose é uma doença crônica, que se caracteriza pela baixa densidade mineral óssea e pela deterioração da microestrutura do tecido ósseo que levam ao aumento do risco fraturas espontâneas ou decorrentes de mínimo trauma – como após uma queda ou pancada leve. As fraturas ocasionadas pela osteoporose podem causar incapacidade a longo prazo, diminuição da qualidade de vida e perda de independência”, explica a Dra. Adriana Orcesi, presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Febrasgo.

 

Segundo a especialista, após os cinquenta anos de idade, a incidência de osteoporose é maior entre as mulheres. Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerão pelo menos uma fratura ao longo da vida, após essa idade.

 

“A osteoporose afeta ambos os sexos, mas as mulheres são mais propensas devido a vários fatores, entre eles as mudanças hormonais ocorridas na menopausa pela parada da produção de estrogênio pelos ovários. Na falta de estrogênio, hormônio protetor dos ossos, há o aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, a célula responsável pela reabsorção óssea, o que acarreta maior perda óssea predispondo a osteoporose e a fratura”, salienta a especialista da Febrasgo.

 

No entendimento atual, três fatores compõem as principais causas de osteoporose, conforme enumera a Dra. Adriana Orcesi: “Pico de massa óssea inadequado, ou seja, condições desfavoráveis de saúde na infância e adolescência que podem causar o inadequado acúmulo de massa óssea, como a desnutrição, doenças graves ou longos períodos de imobilização; Perda óssea com a menopausa e envelhecimento; e Doenças, medicações ou condições que causem osteoporose secundária são, em resumo, os principais fatores”.

 

Por conta dos vários fatores de risco existentes para a osteoporose, a IOF, com o apoio da Febrasgo, criou uma ferramenta online para ajudar a população a conhecer os fatores de risco que podem predispor ao surgimento da doença: o questionário de Verificação de Risco de Osteoporose (http://riskcheck.iofbonehealth.org/). A iniciativa traz um rápido e dinâmico questionário programado para combinar diferentes marcadores biológicos e de hábitos de vida, com a finalidade de alertar sobre os perigos da doença e necessidade de buscar orientação médica.

 

A osteoporose não apresenta sinais ou sintomas até que uma fratura aconteça. Em geral, o diagnóstico ocorre somente após o aparecimento de fratura de vértebras (coluna), antebraço e quadril (locais de maior incidência), que são as mais prevalentes. Cerca de 20% das pessoas que sofrem uma fratura no quadril morrem no prazo de seis meses após a fratura e 80% ficam com alguma dificuldade para realização de funções cotidianas.

 

Alguma medidas são essenciais para se ter ossos saudáveis: fazer exercícios regularmente; manter um peso saudável; evitar fumar e tomar bebidas alcoólicas em excesso; e ter uma dieta rica em nutrientes saudáveis para os ossos: vitamina D, proteína e cálcio, são algumas delas.

 

“O cálcio é um nutriente chave para todos os grupos etários, mas a quantidade necessária varia nos diversos estágios da vida. As demandas são particularmente elevadas durante o período de rápido crescimento dos adolescentes. Da mesma forma alguns estados fisiológicos, como na gravidez e lactação, a demanda também se eleva, ficando de 30 a 50% maior”, aponta a presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Febrasgo.

 

Por fim, não há como ignorar este período atípico que vivemos, com a pandemia da COVID-19. “Pacientes com osteoporose são mais suscetíveis a pertencerem ao grupo de maior risco de sequelas graves decorrentes da COVID-19. Porém, tanto a osteoporose quanto seu tratamento em si não se associam ao aumento do risco de contrair o novo Coronavírus ou sofrer complicações graves dessa infecção. Mais do que nunca, permanecer livre de fraturas é fundamental para qualquer pessoa com osteoporose” explica a Dra. Orcesi.

 

Portanto, prevenir quedas é vital, assim como não interromper o tratamento e realizar consultas por meio da telemedicina também são ações importantes nesse momento. “Vamos nos manter seguros e livres de fraturas, seguindo as orientações que ajudarão a proteger todos os idosos e aqueles que são mais vulneráveis ao impacto desse vírus global”, finaliza a Dra. Adriana Orcesi.

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