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A alimentação durante a amamentação

A alimentação durante a amamentação

 

As demandas de algumas vitaminas estão aumentadas nessa fase, como vitaminas A, B12, B6, C e E

 

 

A amamentação é um dos momentos mais especiais da mulher, um período de grande ligação com o bebê.

 

A preocupação com a alimentação é um dos fatores que chama a atenção, pois a amamentação também é rodeada de mitos, que muitas vezes confundem a mulher.

 

Esses mitos giram em torno do que comer para aumentar a produção e qualidade do leite, entretanto, a quantidade de leite produzida pela mulher não depende só do tipo de alimentos que ela ingere, mas também do estímulo da sucção e da produção do hormônio ocitocina.

 

Na prática, isso quer dizer que é preciso do estímulo do bebê mamando, para a mulher manter sua produção de leite e a melhor maneira que temos de fazer isso é a livre demanda, ou seja, amamentar sempre que a criança quiser. Além de estimular a produção de leite, a livre demanda aumenta a conexão entre mãe e filho, estimulando a produção de ocitocina.

 

A mulher deve ter refeições adequadas, balanceadas e coloridas para garantir a ingestão adequada de nutrientes que irão compor o leite materno. Além de ingerir muito líquido, que favorece a produção do leite materno e hidrata a criança. E o melhor deles é a própria água – nada de bebidas açucaradas, artificiais e, muito menos, alcoólicas.

 

Durante a amamentação, as necessidades energéticas e proteicas são maiores devido à produção do leite. As demandas de algumas vitaminas também estão aumentadas, como é o caso das vitaminas A, B12, B6, C e E. Pratos coloridos, com folhas, legumes, cereais e leguminosas são essenciais. Além disso, os nutrientes cálcio, ferro e vitamina D são essenciais para a manutenção da saúde materna e do recém-nascido.

 

Para garantirmos todos esses nutrientes, é preciso acrescentar também na alimentação as frutas, preferir carnes magras, consumir leite e derivados e incluir oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas)

 

Além da alimentação balanceada, é fundamental que a mulher consiga descansar e ter sono de qualidade. Por isso, a divisão de tarefas e a presença da rede de apoio é essencial, em especial nesse período de adaptação e quando o bebê demanda mais da mãe. Não podemos deixar de considerar as dificuldades das mulheres em condição de insegurança alimentar e todo apoio que precisam nessa fase.

A nutrição pós-parto deve envolver toda a família

A nutrição pós-parto deve envolver toda a família

Rede de apoio é fundamental para organizar as refeições da recém-mamãe

Nove meses se passaram, chegou o grande momento de receber o seu bebê e agora todas as atenções e cuidados são para ele. Mas é fundamental que, mesmo que já tenha outros filhos, a mulher tenha uma rede de apoio que entre outras tantas coisas possa também auxiliar na organização das refeições, para que ela possa manter um padrão de alimentação saudável.

As necessidades nutricionais no pós-parto vão depender se a mulher amamenta ou não, mas em ambas as situações é preciso manter uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, preferir carnes magras, consumir leite e derivados, leguminosas e cereais integrais.

Nesse momento também é importante adequar as necessidades energéticas para que a mulher caso tenha tido um ganho de peso excessivo na gestação, possa adequar seu peso, sem prejudicar a sua saúde.

Segundo a nutricionista Dra.Daiane Paulino, supervisora do Serviço de Nutrição do Hospital da Mulher da Universidade de Campinas (Unicamp), durante a amamentação as necessidades são maiores por causa da produção do leite e as demandas de algumas vitaminas também estão aumentadas nessa fase, como é o caso das vitaminas A, B12, B6, C e E.

Além disso, os nutrientes cálcio, ferro e vitamina D, apesar de não apresentarem uma necessidade maior com relação à gestação, são essenciais para a manutenção da saúde materna e do recém-nascido. Vale lembrar que a qualidade da alimentação consumida pela mãe influencia na composição dos ácidos graxos do leite humano assim, devemos incentivar o consumo de gorduras como o ômega 3, que são encontradas nos peixes.

Mas atenção ao consumo de gorduras, especialmente a de origem animal! Embora a quantidade de gordura na dieta materna não interfira nos níveis de colesterol e gorduras presentes no leite, o consumo equilibrado de lipídios faz parte de uma alimentação saudável. “Esse consumo não deve ser maior que 30% do valor energético total das refeições do dia, e devemos sempre priorizar as gorduras monoinsaturadas, como abacate, azeite, gergelime castanhas e gorduras poliinsaturadas, como o ômega 3, presente no salmão, atum e sardinha, e o ômega 6 que encontramos nos óleos vegetais, castanhas, sementes”, explica a nutricionista.

 A ingestão de gorduras saturadas, em geral, proveniente de alimentos de origem animal, não deve ultrapassar 10% do valor energético total da alimentação.

E é muito importante também que a mulher que amamenta se lembre de ingerir mais líquidos (principalmente água) nessa fase.

Voltando ao peso

Muitas mulheres se preocupam em como voltar ao peso ideal sem prejudicar a amamentação e é totalmente possível ter uma alimentação adequada durante essa fase e perder peso. Lembrando que essa perda de peso durante a amamentação acontece naturalmente, deve ser gradual e pode ser acompanhada por um profissional nutricionista, restrições severas, afetam o estado de saúde materno e da criança e são totalmente proscritas.

Durante o pós-parto é muito importante priorizar alimentos in natura ou minimamente processados e abusar da “comidinha caseira”. “Deve-se evitar o consumo de alimentos como os embutidos, refrigerantes, sucos artificiais, guloseimas, que em geral, favorecem o ganho de peso e oferecem poucos nutrientes”, explica a nutricionista.

O consumo de alimentos ricos em cafeína, como café, refrigerantes de cola, energéticos, chá verde, chá mate e chá preto também deve ser evitado ou consumido em pequenas quantidades durante a amamentação, pois podem causar dificuldade para dormir e irritação no bebê.

E as bebidas alcoólicas não são recomendadas durante a amamentação, pois o álcool vai para o leite materno e pode trazer consequências graves, entre elas comprometer o desenvolvimento neurológico e psicomotor da criança.

Essa é uma fase de muito carinho, mas também que exige demais da  mulher. Por isso, se for possível, ter alguém ajudando com a rotina de cuidados da criança e como preparo das refeições é recomendado.

A alimentação da nova vida

A alimentação da nova vida

Nutricionista explica como consumir de maneira adequada os alimentos ricos em nutrientes para mamãe e bebê, e onde encontrá-los

 

A alimentação é um exemplo das mudanças de hábitos saudável que podem ocorrer durante a gestação. Afinal, a nutrição influência a formação do bebê e a manutenção da saúde da mulher.

No período gestacional, diversos nutrientes como proteínas, lipídios, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais são essenciais para a manutenção da saúde materna e para o desenvolvimento fetal adequado. A vitamina B9, conhecida como folato ou ácido fólico, que atua na função neurológica e no desenvolvimento do cérebro e do tubo neural é o exemplo mais conhecido. A deficiência de ácido fólico pode levar aos defeitos congênitos como os defeitos do tubo neural como a espinha bífida (mielomeningocele) e anencefalia, e outras condições como bebês pequenos para a idade gestacional e parto prematuro.

A vitamina B12 é essencial para a função neurológica, formação das hemácias e também do tubo neural e sua deficiência na gestação aumenta o risco para a mulher desenvolver anemia megaloblástica e do feto ter alterações neurológicas.

A vitamina D atua no desenvolvimento ósseo e manutenção da pressão arterial, além da nossa imunidade. A deficiência de vitamina D está relacionada a casos de abortamentos de repetição, , bebês pequenos para idade gestacional e risco de depressão pós-parto.

Entre os minerais, a falta do ferro, responsável pela síntese de hemoglobina e oxigenação do sangue pode levar a gestante à uma anemia ferropriva, condição que aumenta o risco para parto prematuro, bebês pequenos para a idade gestacional e hemorragias no parto e pós-parto. E a falta de cálcio, que atua na manutenção da pressão arterial e da saúde óssea da mulher, no desenvolvimento esquelético do feto e também na transmissão dos impulsos nervosos e produção hormonal de ambos, tem sido relacionada com aumento de  risco de pré-eclâmpsia.

A nutricionista Dra Maira Pinho Pompeu alerta para a necessidade de um cardápio rico, “uma alimentação balanceada deve sempre preconizar a variedade e as cores dos alimentos e sempre na sua forma integral”, informa. Confira as dicas da Dra. Maira para formular uma dieta ideal:

Ácido fólico

presente principalmente nas hortaliças verde-escuras como brócolis, couve e espinafre. Além delas, também encontramos o ácido fólico em leguminosas como feijões, lentilhas e amendoim.

Vitamina B12

presente em alimentos de origem animal como carnes, principalmente as vermelhas, ovos, leite e derivados.

Ferro

pode ser encontrado em duas formas:

- ferro heme, encontrado apenas em alimentos de origem animal, como as carnes, principalmente as vermelhas.

- ferro não-heme, presente nas carnes e em alimentos de origem vegetal, como leguminosas (feijões, ervilhas, lentilhas, grão-de-bico) e nos vegetais verde-escuros.

Cálcio

presente em grande quantidade nos leites e seus derivados, mas ele também pode ser encontrado nos vegetais verde-escuros e em sementes como o gergelim.

Vitamina D

encontrado no óleo do fígado de bacalhau e em peixes gordurosos como o salmão, arenque e cavala. Outra forma de se obter a vitamina D é através da produção endógena, por meio da ação dos raios solares UVB, sendo recomendada a exposição solar diária de 15 minutos.

 

E como ficam as gestantes que trabalham o dia todo, sem tempo para  cozinhar?

Para essas, a Dra Maira tem ótimas dicas: “Sempre escolher pratos que equivalem ao que consumiríamos em casa, como por exemplo, o arroz, o feijão, uma proteína, que pode ser as carnes, os ovos ou proteínas vegetais e legumes cozidos.

E vão aí mais dicas para quem usa o delivery:

- Evite pedir alimentos fritos e empanados e sobremesas ricas em açúcares e gorduras.

-  Programe-se com antecedência. Deixar para pedir a comida na hora da fome contribui para consumir alimentos mais calóricos e que possuem menos nutrientes.

- Se possível, disponibilize um dia da semana para preparar, separar em porções e congelar as refeições da semana ao invés de usar o delivery todos os dias.

- Peça ajuda do companheiro (a) e envolva toda a família na organização da rotina alimentar. Deixar todo o trabalho de planejar as refeições, fazer as compras, higienizar, preparar e congelar os alimentos para uma única pessoa torna a tarefa mais difícil e penosa.

 

E lembre-se: por não sabermos se os procedimentos de higiene dos alimentos são seguidos de forma adequada, as gestantes devem ter cuidado com o consumo de alimentos crus como saladas e frutas, para evitar contaminações e intoxicações alimentares. Se possível, devem consumir estes alimentos apenas em casa e após a higienização adequada.

Quando é hora de suplementar

Quando é hora de suplementar

A gestação é uma condição fisiológica, mas ainda assim é uma sobrecarga para o organismo materno com aumento nas necessidades de vários macro e micronutrientes que nem sempre consegue-se atingir com a dieta, e por isso existem recomendações de suplementação de alguns compostos na pré-concepção, gravidez e também após o parto.  A ingestão de suplementos alimentícios e vitaminas só deve ser iniciada após avaliação de médico ou nutricionista, para que não haja excessos ou falta de nutrientes.

O folato (ácido fólico ou metil-folato) deve ser suplementado desde o período em que se está planejando a gravidez, por volta de 3 ou 4 meses antes, ou com início imediato assim que se descobre a gestação. Segundo a médica Fernanda Garanhani de Castro Surita, professora associada do Departamento de Tocoginecologia da UNICAMP e Presidente da CNE de Assistência Pré-natal da Febrasgo, “o uso do folato antes e no início da gestação atua na prevenção de malformações fetais relacionadas ao tubo neural (ou sistema nervoso)”. Da mesma forma, o ferro deve ser suplementado, pois a gravidez, por si só, leva à uma anemia (chamada anemia fisiológica) que pode ser compensada com a reposição do ferro. Outros suplementos também podem ser indicados, pois como já mencionado, as necessidades durante a gestação são maiores e nem sempre a grávida consegue alcançá-las apenas com a dieta.

 

Mas é importante lembrar que polivitamínicos, antes da gravidez ou durante, devem ser adequados para a gestante e as doses devem ser ajustadas pelo médico ou nutricionista que acompanha a mulher.

 

Além do folato e do ferro, que já tem recomendações robustas há muito tempo para todas as grávidas, o cálcio deve ser prescrito quando ele é insuficiente na alimentação, condição frequente na alimentação dos brasileiros. Ainda segundo a Dra. Fernanda, “é importante prescrever o cálcio como rotina para gestantes adolescentes, grávidas de gêmeos e mulheres com risco para pré-eclâmpsia.

 

Há ainda casos menos comuns que precisam de uma atenção redobrada, por exemplo, as mulheres portadoras de doenças autoimunes, que frequentemente usam corticosteróides e que devem ter suplementação de cálcio durante toda gestação. Mulheres com hipertensão arterial crônica também devem repor o cálcio por serem do grupo de risco para desenvolver pré-eclâmpsia. E mulheres com epilepsia, em uso de medicação anticonvulsionante, que devem manter o folato por toda a gestação.

 

Comportamento alimentar diferente, necessidades diferentes

 

Gestantes vegetarianas e veganas precisam de uma atenção maior quanto a alimentação e suplementações. “As evidências científicas mostram que dietas vegetarianas bem balanceadas não apresentam riscos para a gestação. Entretanto, temos que ter atenção maior com as gestantes veganas (que não consomem nenhum tipo de alimento de origem animal como leite e derivados, carnes e ovos) e com os nutrientes que são encontrados principalmente em alimentos de fonte animal como a vitamina B12, ferro, cálcio, colina, vitamina D e ômega-3”, esclarece a médica.

 

E depois do parto os cuidados continuam. Todas as mulheres devem manter a suplementação de ferro por até 3 meses, pois sempre há perda sanguínea (em qualquer tipo parto) e essa suplementação irá contribuir para o retorno mais rápido da mulher aos níveis de hemoglobina de antes de engravidar. Além do ferro, as mulheres que estão amamentando precisam ter atenção quanto ao consumo do cálcio que pode ser benéfico, além do consumo balanceado de alimentos ricos em proteínas e boa ingestão de líquidos.

 

Assim, é importante ressaltar que quando os suplementos são usados sem orientação adequada, há o risco de ainda assim ingerir doses insuficientes ou ingerir doses excessivas de alguns nutrientes. Nutrientes hidrofílicos, que se diluem na água, são eliminados através da urina como é o caso da vitamina C, porém, o excesso deles pode sobrecarregar os rins. Já os nutrientes considerados lipofílicos, que se diluem em gorduras, são acumulativos no nosso organismo e podem causar prejuízo para a saúde materna e fetal. Por isso, é importante que a gestante siga as orientações de seus médicos e nutricionistas.

 

Referências

 

1.Organização Mundial da Saúde  - OMS. Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez. Genebra; 2016:10p.

https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/250800/WHO-RHR-16.12-por.pdf?sequence=2&isAllowed=y  

  1. Organização Mundial da Saúde - OMS. Diretriz: Suplementação diária de ferro e ácido fólico em gestantes. Genebra; 2013:36p. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/guia_gestantes.pdf
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Suplementação de Ferro: manual de condutas gerais. Brasília; 2013:27p.  http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_suplementacao_ferro_condutas_gerais.pdf

Nota de falecimento - Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão

É com enorme pesar que a FEBRASGO comunica o falecimento do grande amigo Prof. Dr. Manoel João Batista Castello Girão no dia 30 de outubro de 2021.
 
Prof. Girão foi Diretor da Escola Paulista de Medicina, Professor Titular e Chefe da Disciplina de Ginecologia Geral da Universidade Federal de São Paulo, e teve papel muito importante no desenvolvimento da especialidade tanto no seu estado de São Paulo, quanto para muitos tocoginecologistas de todo o Brasil.
 
Neste momento de luto, a FEBRASGO, representada pela sua diretoria, transmite seus sentimentos aos familiares, amigos e colegas de trabalho e reconhecem a sua importância para o engrandecimento da Ginecologia e na formação de grandes especialistas.

Realização de mamografias cresce 25% em 2021, mas ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia

Realização de mamografias cresce 25% em 2021, mas ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia

Análise de dados estatísticos de janeiro a julho, deste ano, aponta tendência de retomada nos volumes de um dos principais exames diagnósticos de câncer de mama

 

São Paulo, outubro de 2021. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) observa uma retomada nos volumes de mamografias realizadas no país, após um período de adiamentos desses exames, em decorrência da pandemia de Covid-19. Ao analisar dados do Ministério da Saúde1, de janeiro a julho deste ano, notou-se que 1,71 milhão de exames de imagem da mama foram efetuados – um crescimento de 25,94% em relação ao número de procedimentos ocorridos no mesmo período, em 2020 (quando contabilizou 1,26 mi de exames). Apesar do resultado positivo, especialistas da entidade apontam que ainda há um longo desafio para o amplo diagnóstico primário da doença. A mamografia figura entre os principais exames diagnósticos de câncer de mama – a neoplasia mais frequente entre as mulheres (sem considerar os tumores de pele não melanoma).

 

De acordo com as análises estatísticas, os números registrados, neste ano, ainda estão 26% inferiores aos observados no período pré-pandemia. Entre janeiro e julho de 2019, mais de 2,31 milhões de exames foram realizados (número que chegaria a 4,18 mi ao final de dezembro daquele ano. Em 2020, o volume total de exames mamários foi de 2,53 mi). A Febrasgo ressalta que a mamografia é indicada para mulheres a partir de 40 anos. Atualmente, no Brasil, estima-se que mais 42 milhões de mulheres figurem nesse recorte etário, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Câncer de Mama

Após os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres de todas as regiões brasileiras. No mundo, é o mais incidente em mulheres e a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos). É também a causa mais frequente de morte por neoplasias em mulheres.

 

Segundo o mastologista Felipe Zerwes, presidente da Comissão Nacional Especializada em Mastologia da Febrasgo, o sintoma mais comum da doença é o aparecimento de nódulos, geralmente de característica indolor, dura e irregular. Eventualmente, podem ainda manifestar-se com consistência branda, globosos e bem definidos. “Edemas cutâneos semelhantes à casca de laranja são outros possíveis sintomas do câncer de mama. Além deles, o surgimento da doença pode estar associado a sinais como retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo, e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea”. A secreção relacionada ao câncer comumente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

 

A Febrasgo aponta que não há somente um fator de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é um dos agravantes. Outros fatores que contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença são os fatores genéticos, hereditários, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes.

 

 

  1. Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)

Febrasgo recomenda que gestantes recebam dose de reforço de vacina contra a Covid-19

Febrasgo recomenda que gestantes recebam dose de reforço de vacina contra a Covid-19

Medida visa diminuir eventuais complicações decorrentes de infecção pelo novo coronavírus

 

São Paulo, outubro de 2021. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) manifesta-se favoravelmente à recomendação de gestantes e puérperas receberem a dose de reforço da imunização contra a Covid-19. Nesse grupo, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) decorrente de infecção pelo novo coronavírus está associada a risco elevado de morbidade e mortalidade materna, além do maior risco de prematuridade.

 

A Febrasgo recomenda que a imunização de reforço ocorra, pelo menos, seis meses após o recebimento da segunda dose. Atenta ainda para que a dose de reforço seja ministrada por meio das vacinas aprovadas para mulheres grávidas e em puerpério, preferencialmente a da Pfizer/BioNTech. Produzida a partir de mRNA, esta vacina foi bastante aplicada em gestantes e não apresentou intercorrências. Caso não esteja disponível, a vacina Coronavac/Butantan, gerada por meio de vírus inativado, também é permitida para aplicação neste grupo.

 

A Febrasgo ressalta que essas recomendações poderão ser revistas a qualquer momento de acordo com novas evidências científicas.


Comissão Especializada Provisória Covid-19 e Gestação

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