Realização de mamografias cresce 25% em 2021, mas ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia
Realização de mamografias cresce 25% em 2021, mas ainda está abaixo dos patamares pré-pandemia
Análise de dados estatísticos de janeiro a julho, deste ano, aponta tendência de retomada nos volumes de um dos principais exames diagnósticos de câncer de mama
São Paulo, outubro de 2021. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) observa uma retomada nos volumes de mamografias realizadas no país, após um período de adiamentos desses exames, em decorrência da pandemia de Covid-19. Ao analisar dados do Ministério da Saúde1, de janeiro a julho deste ano, notou-se que 1,71 milhão de exames de imagem da mama foram efetuados – um crescimento de 25,94% em relação ao número de procedimentos ocorridos no mesmo período, em 2020 (quando contabilizou 1,26 mi de exames). Apesar do resultado positivo, especialistas da entidade apontam que ainda há um longo desafio para o amplo diagnóstico primário da doença. A mamografia figura entre os principais exames diagnósticos de câncer de mama – a neoplasia mais frequente entre as mulheres (sem considerar os tumores de pele não melanoma).
De acordo com as análises estatísticas, os números registrados, neste ano, ainda estão 26% inferiores aos observados no período pré-pandemia. Entre janeiro e julho de 2019, mais de 2,31 milhões de exames foram realizados (número que chegaria a 4,18 mi ao final de dezembro daquele ano. Em 2020, o volume total de exames mamários foi de 2,53 mi). A Febrasgo ressalta que a mamografia é indicada para mulheres a partir de 40 anos. Atualmente, no Brasil, estima-se que mais 42 milhões de mulheres figurem nesse recorte etário, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Câncer de Mama
Após os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é a neoplasia mais frequente entre as mulheres de todas as regiões brasileiras. No mundo, é o mais incidente em mulheres e a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos). É também a causa mais frequente de morte por neoplasias em mulheres.
Segundo o mastologista Felipe Zerwes, presidente da Comissão Nacional Especializada em Mastologia da Febrasgo, o sintoma mais comum da doença é o aparecimento de nódulos, geralmente de característica indolor, dura e irregular. Eventualmente, podem ainda manifestar-se com consistência branda, globosos e bem definidos. “Edemas cutâneos semelhantes à casca de laranja são outros possíveis sintomas do câncer de mama. Além deles, o surgimento da doença pode estar associado a sinais como retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo, e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea”. A secreção relacionada ao câncer comumente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
A Febrasgo aponta que não há somente um fator de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é um dos agravantes. Outros fatores que contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença são os fatores genéticos, hereditários, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes a radiações ionizantes.
- Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)
Febrasgo recomenda que gestantes recebam dose de reforço de vacina contra a Covid-19
Febrasgo recomenda que gestantes recebam dose de reforço de vacina contra a Covid-19
Medida visa diminuir eventuais complicações decorrentes de infecção pelo novo coronavírus
São Paulo, outubro de 2021. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) manifesta-se favoravelmente à recomendação de gestantes e puérperas receberem a dose de reforço da imunização contra a Covid-19. Nesse grupo, a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) decorrente de infecção pelo novo coronavírus está associada a risco elevado de morbidade e mortalidade materna, além do maior risco de prematuridade.
A Febrasgo recomenda que a imunização de reforço ocorra, pelo menos, seis meses após o recebimento da segunda dose. Atenta ainda para que a dose de reforço seja ministrada por meio das vacinas aprovadas para mulheres grávidas e em puerpério, preferencialmente a da Pfizer/BioNTech. Produzida a partir de mRNA, esta vacina foi bastante aplicada em gestantes e não apresentou intercorrências. Caso não esteja disponível, a vacina Coronavac/Butantan, gerada por meio de vírus inativado, também é permitida para aplicação neste grupo.
A Febrasgo ressalta que essas recomendações poderão ser revistas a qualquer momento de acordo com novas evidências científicas.
Comissão Especializada Provisória Covid-19 e Gestação
As vitaminas que vêm do prato
As vitaminas que vêm do prato
Alimentação equilibrada fornece nutrientes para a gestante e para o bebê
Gestar é nutrir: de amor e de nutrição essencial para criar uma nova vida. Mas nem sempre a alimentação diária da mulher é suficiente e adequada para essa fase tão importante da vida.
As vitaminas são essenciais na gravidez e é importante um bom acompanhamento para todas elas estejam presentes na alimentação da mãe. E são fundamentais para a formação do bebê, mas também para evitar que a mamãe adoeça, tenha problemas como anemia e perda óssea, sem falar que é preciso ter fonte de energia e disposição para os meses que virão.
Há como fornecer tudo o que o bebê precisa – e a futura mamãe também – com uma alimentação bem balanceada.
Feijão com arroz
Alimentos do grupo dos cereais como o arroz e o milho devem permanecer na dieta, e os tubérculos como batatas e mandiocas, que são ricos em fibras e vitaminas, devem ser incluídos no cardápio da gestante.
Desta forma, sim, o feijão com arroz deve ser mantido. A dupla forma um alimento altamente nutritivo, com proteínas, cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, fibras e carboidratos que, além de nutrir, geram saciedade.
Os vegetais de cor verde-escura têm seu valor. Brócolis, couve-manteiga, espinafre e agrião, fáceis de encontrar até mesmo naquele final de feira, são ricos em ácido fólico, cálcio e ferro, nutrientes básicos para a formação dos ossos e do cérebro do bebê, além de prevenir doenças congênitas.
As proteínas são indispensáveis por exercerem um papel significativo no crescimento do feto e da placenta. Mas a melhor opção está nas proteínas de fonte animal e as carnes magras. Esse nutriente é encontrado nas carnes vermelhas, frango, peixes e ovos.
A futura mamãe deve evitar ingerir carnes e peixes crus, pois esses alimentos podem conter bactérias prejudiciais à gestação. Frutas e legumes também compõem a alimentação saudável para o período de nove meses.
Referência
Fonte: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_alimentacao_nutricao_rede_cegonha.pdf Acesso em 28/09/2021
Muito antes da gravidez - Conheça alguns alimentos que a mulher pode consumir e os mitos pré-gestação
Muito antes da gravidez
Conheça alguns alimentos que a mulher pode consumir e os mitos pré gestação
Cúrcuma e canela estão liberados, mas nem todo chá é adequado, segundo especialista da Febrasgo
A nutrição adequada na gravidez deve, se possível, começar antes mesmo da gestação.
Muitas dúvidas podem induzir a mulher a evitar alimentos adequados, assim como o desconhecimento também leva ao consumo de um produto que deveria estar longe do prato ou do copo.
Existe um mito de que as mulheres que querem engravidar não podem consumir canela ou cúrcuma. Segundo a professora associada do Departamento de Tocoginecologia da UNICAMP e Presidente da CNE de Assistência Pré-natal da Febrasgo, Fernanda Garanhani de Castro Surita, e o uso destes ingredientes como tempero, por exemplo canela na banana ou cúrcuma no frango, não prejudica a fertilidade da mulher. “Porém, não devem ser suplementados na fórmula de cápsulas”, orienta a médica.
Muita atenção no consumo dos chás: não é verdade que beber chás naturais ajudam a engravidar. “Os chás, por mais comum e naturais que sejam, apresentam compostos fitoterápicos que vão agir de formas diferentes no nosso organismo, podendo inclusive diminuir a fertilidade do casal. Por isso, é preciso orientações sobre chás permitidos no ciclo gravídico-puerperal”, alerta Fernanda.
O consumo de bebidas alcoólicas deve ser descontinuado antes da gravidez acontecer. A Presidente da CNE de Assistência Pré-natal da Febrasgo explica que o álcool é prejudicial para a maturação dos ovócitos femininos e também para a produção de espermas no homem, por isso, deve ser descontinuado quando o casal decide engravidar.
Assim como o álcool, a cafeína – presente nas bebidas com café, refrigerantes de cola, chás mate, verde, preto e energéticos - pode prejudicar quem pretende engravidar. O café pode ser consumido sem preocupação se for descafeinado.
Campanha Nutrindo o Amor
Estima-se que todos os anos no Brasil 3 milhões de mulheres tornam-se gestantes.
São mulheres com diferentes níveis de acesso à educação e informação sobre a importância da nutrição adequada nessa fase, que engloba desde a alimentação saudável e de qualidade, até a suplementação adequada ao longo de todo o período.
Infelizmente a informação das diferentes necessidades nutricionais entre gestante, não-gestantes, lactantes e tentantes não são de conhecimento geral da população. Além de seus impactos no desenvolvimento do bebê e na saúde da mãe, a curto, médio e longo prazos.
A Febrasgo se preocupada com a nutrição materna por sua importância na saúde do binômio mãe-feto, preparou uma campanha de conscientização e educação à respeito da importância do tema, tanto para classe médica quanto para população em geral.