No mês do aleitamento materno, a Febrasgo alerta para a importância da amamentação
De acordo com a lei sancionada no dia 12 de abril deste ano, este é o mês do Aleitamento Materno, ou seja o Agosto Dourado, e a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) aproveita a data para reforçar quão importante é a mãe amamentar seu filho e quais os benefícios que esta ação traz.
Apesar de as taxas de amamentação terem melhorado nas ultimas décadas, elas ainda estão muito abaixo do ideal. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Datasus (Departamento de Informática do SUS), a alimentação do bebê feita exclusivamente através da amamentação é praticada por apenas 60,7%, 23,3% e 9,3% das mães, respectivamente, com 30, 120 e 180 dias após o parto. Porém, o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde é que esse aleitamento materno exclusivo seja feito durante os primeiros seis meses de vida da criança e, a partir de então, ir complementado com outros alimentos até dois anos ou mais.
“A FEBRASGO apoia todas as iniciativas visando o incentivo e apoio à amamentação. Possuímos uma Comissão Nacional Especializada no assunto, já publicamos três edições do Manual de Aleitamento Materno (2006, 2010 e 2015) e, atualmente, preparamos Protocolos e Diretrizes alusivos à lactação”, conta o Dr. Corintio Mariani Neto, Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo.
A amamentação é extremamente importante pois traz inúmeros benefícios para a mãe e para o filho. “O leite materno é o alimento ideal para o recém-nascido, pois protege contra doenças graves, especialmente em prematuros, e previne doenças futuras, como a asma, obesidade, diabete tipo I e doenças cardiovasculares” explica o Dr. Mariani Neto.
Segundo ele, a ação também estimula o desenvolvimento intelectual, proporciona mais segurança para o bebê e contribui para a dentição, fala e boa respiração, além de estar sempre pronto e na temperatura certa. No caso da mãe, ajuda a recuperar o peso mais rapidamente, diminui o sangramento após o parto e o risco de desenvolver diabetes, câncer de mama, ovário e útero.
Também é importante esclarecer que, geralmente, cada mãe produz o leite suficiente para o seu bebê e que a ideia de leite fraco está ligada a hábitos incorretos durante a amamentação, como, por exemplo, sucção inadequada ou pouco estímulo da mama.
Pela primeira vez é comemorado oficialmente o Agosto Dourado
No dia 12 de abril deste ano foi sancionada a lei Nº13.435, que institui agosto como o Mês do Aleitamento Materno, ou seja, o Agosto Dourado. A partir deste ano, durante esses 31 dias, serão realizadas ações para incentivar e esclarecer dúvidas sobre o assunto.
Para dar visibilidade ao tema, está prevista na lei a permissão para que sejam feitas iluminações e decorações de espaços com a cor dourada, palestras e eventos, divulgações nas mídias sociais e ações em espaços públicos.
Segundo Dr. Corintio Mariani Neto, Presidente da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Febrasgo, a amamentação é extremamente importante, pois traz inúmeros benefícios para a mãe e para o filho. “Ela protege o bebê contra doenças graves, especialmente em prematuros, e também previne doenças futuras, como a asma, obesidade, diabete tipo I e doenças cardiovasculares, além de estimular o desenvolvimento intelectual”, explica ele. Já as mães que amamentam, tendem a recuperar o peso mais rapidamente e tem menor risco de desenvolver anemia, diabetes, câncer de mama, ovário e útero.
Por isso, a Febrasgo possui uma Comissão Nacional Especializada (CNE) de Aleitamento Materno e, atualmente, prepara Protocolos e Diretrizes alusivos à lactação, além de sempre reservar um espaço para o aleitamento materno na programação científica dos congressos brasileiros.
Agosto já estava ligado a esse tema pois, desde 1992, na primeira semana desse mês, já é comemorada a Semana Mundial do Aleitamento Materno e agora o dourado foi escolhido pois está relacionado ao padrão ouro de qualidade do leite materno como alimento para o bebê.
Nota de Esclarecimento
Ref.: Destituição da Diretoria AdministrativaConsiderando as disposições estatutárias e regimentais da FEBRASGO.
Considerando as adversidades ligadas ao cumprimento do mandato da Diretoria Administrativa e a imprescindibilidade de resolução.
Considerando a realização da Assembleia Geral das Federadas (AGF) nos dias 02 e 03 de junho de 2017 em Salvador – BA.
Considerando a votação realizada para a destituição do Diretor Administrativo, Dr. Marcelo Burlá.
Esclarece a Diretoria da Febrasgo:
Na data de 02 de junho de 2017, foi objeto de pauta, voto e aprovação em Assembleia Geral das Federadas, a destituição do cargo ocupado pela Dr. Marcelo Burlá – Diretor Administrativo, com fulcro do artigo 11, inciso I do Estatuto da FEBRASGO.
Cabe ressaltar que a destituição cumpre in totum a liturgia legal e administrativa necessária à eficácia do ato administrativo, sendo que as atribuições da Diretoria Administrativa passam a ser exercidas pela Diretoria Financeira, nos termos do artigo 22, inciso VI.
A Diretoria da Febrasgo
Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia terá sede no Rio de Janeiro
Decisão foi tomada durante Assembléia Geral das Federações e entra em vigor a partir de 2021
A partir de 2021, o Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) terá sede fixa no Rio de Janeiro. Essa decisão foi tomada durante a Assembleia Geral das Federações, que ocorreu entre os dias 2 e 3 de junho e visa fortalecer o evento e atingir um maior número de participantes e palestrantes. O evento continuará sendo a cada dois anos, sempre nos anos ímpares.
Segundo Dr. César, presidente da Febrasgo, ao fixar a sede do Congresso em um único lugar, todos saem ganhando, pois é possível fazer um contrato longo do espaço onde ocorrerão os encontros e os preços são melhor negociados. “Outra grande vantagem é que a equipe contratada para organizar tudo vai se repetir e com a expertise adquirida, fazer cada vez melhor. Por fim, a escolha pelo Rio de Janeiro foi porque, além de ser uma cidade turística e sempre um local desejado para se visitar, conta com boa infra-estrutura para receber os congressistas”, explica.
Um ponto importante destacado pelo Dr. César é a intenção de internacionalizar o Congresso e, para isso, a escolha do Rio de Janeiro foi acertada e ajudará a trazer participantes estrangeiros, principalmente da América Latina.
Outra decisão tomada na Assembleia foi que a partir de 2020, em anos alternados ao do Congresso, terá início a Jornada Brasileira Itinerante de Ginecologia e Obstetrícia, que acontecerá em regiões diferentes do país, sempre nos anos pares.
Para Dr. César, essa Jornada trará um grande impulso para as cinco regiões do País que irão se fortalecer recebendo esse evento. “Esse encontro contará sempre com temários atrativos relacionados à educação continuada, inovação e abordagens de novos tratamentos”, conta.
Cólica menstrual forte pode alertar para endometriose
A endometriose é uma doença com diagnóstico demorado, principalmente porque os primeiros sintomas são encarados como algo natural para muitas mulheres: cólicas menstruais.
A cólica menstrual forte, que exige medicação e também incapacita a mulher para trabalhar e até mesmo para outras atividades no dia a dia, não pode ser aceita como normal. Atenção: menstruar com dor não deve fazer parte do universo feminino.
Na verdade, esta dor pode ser um alerta para a endometriose, doença inflamatória que ocorre quando o tecido que reveste o útero (endométrio) se implante fora dele, chegando a áreas onde não deveria crescer, como os ovários, intestino e bexiga.
Todos os meses, o endométrio, que é o tecido que reveste a parte interna do útero, se espessa para que possa receber um óvulo fecundado. Quando a mulher não engravida, esse tecido descama e é descartado na menstruação, junto com sangue. Mas, em certas situações este tecido não é totalmente eliminado, volta pelas trompas, atinge a cavidade pélvica e aí se implanta. Gera-se então a endometriose.
A falta de desconhecimento leva à demora no diagnóstico da endometriose, que pode durar anos. E o que se leva muito tempo para descobrir, terá um tratamento tardio também. Isso sem contar alterações na fertilidade que ela pode causar, se não tratada corretamente.
A endometriose pode começar na adolescência ou em jovens adultas. Em adolescentes, o diagnóstico é difícil porque muitas jovens não se queixam das dores, não vão ao ginecologista nem relatam o fato às mães.
Portanto, não aceite como normal uma cólica menstrual forte. Converse com o seu ginecologista. É muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para iniciar o tratamento.
Nota de repúdio - FEBRASGO
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) vem a público repudiar declaração do ministro da Saúde, Ricardo Barros, de que o profissional médico, de forma geral, “tem de parar de fingir que trabalha”.
Em nome dos ginecologistas, obstetras e em solidariedade a todos os que exercem a medicina no Brasil, a FEBRASGO lamenta que o representante público do Ministério de Estado da Saúde não tenha visão dos problemas da pasta que conduz e a menor sensibilidade social, o que seria a única explicação para palavras tão desconectadas da realidade, desastrosas e inadequadas.
Diferentemente do próprio Estado, que faz vistas grossas às necessidades de saúde da população, investindo irrisoriamente, congelando recursos por vinte anos, administrando de forma caótica, remunerando pessimamente os recursos humanos e não oferecendo condições mínimas de assistência em grande parte das unidades do País, os médicos enfrentam todas essas adversidades diariamente, às vezes só com a cara e a coragem, para garantir atendimento digno e humano aos cidadãos.
Em relação especificamente aos médicos ginecologistas e obstetras, as condições de trabalho das maternidades são as piores possíveis, sem ambiência necessária para assistência ao parto vaginal, além das dificuldades encontradas nas unidades básicas de saúde para realização das consultas de pré-natal.
O trabalho dos médicos ginecologistas e obstetras, além de todos os profissionais envolvidos com a saúde da mulher, é responsável pelo bem-estar de duas vidas, e seu empenho e dedicação necessita suprir inúmeras dificuldades encontradas cotidianamente, a maior parte delas originárias da falta de políticas públicas consistentes do próprio Ministério da Saúde e do Estado.
A FEBRASGO entende que a falta de responsabilidade atribuída pelo ministro ao médico brasileiro é um insulto a um profissional que dedica boa parte de sua vida ao cuidado do próximo em condições absolutamente precárias e sem justa remuneração. Portanto, vem exigir uma retratação pública de Vossa Excelência.