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Febrasgo participa de seminário da OPAS - vacinação contra COVID-19 na infância e adolescência

Presidente da CNE de Vacinas, a Dra. Cecília Maria Roteli Martins representou a Febrasgo em evento promovido pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI/DEIDT/SVS/MS), com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)

Entre os dias 22 e 23 de agosto, a Dra. Cecília Maria Roteli Martins, presidente da CNE de Vacinas, integrou a mesa de abertura do “Seminário Hesitação e seu Impacto na Vacinação na Infância e Adolescência, no Contexto da Covid-19 na região Norte”, realizado em Rio Branco, Acre, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e Ministério da Saúde.

Participaram do evento os coordenadores estaduais de imunização, assessores técnicos dos Cosems e representantes das sociedades brasileiras de pediatria e imunizações. A Dra. Cecília Maria Roteli Martins, presidente da CNE de Vacinas e representante da Febrasgo durante o debate comentou que, durante os dois dias, foram discutidos e apresentados questões sobre a hesitação vacinal com foco nos acontecimentos ocorridos no Acre e a atuação dos grupos anti vacina.

Grata pelo convite, a Dra. Cecília apresentou a palestra “Eficácia, segurança das vacinas HPV e a perspectiva da eliminação do câncer cervical no Brasil” e das discussões que ocorreram no local do evento. “Nossa participação foi com relação à eficácia, da segurança e a perspectiva da vacinação do HPV na eliminação do câncer de colo de útero no Brasil e o panorama da vacinação da Covid-19 na infância e na adolescência”, comenta Dra. Cecília.

“Foram dois dias de debates com conclusões e encaminhamentos importantíssimos, com toda a estrutura voltada para esse seminário. Foi uma participação muito importante”, completou a representante.





Ingestão adequada de nutrientes reflete positivamente na Saúde da Mulher, especialmente as gestantes, alerta FEBRASGO

Desde 2021 e fiel ao seu compromisso com a Saúde da Mulher, a FEBRASGO promove a campanha Nutrindo o Amor que, através de conteúdos informativos e ações offline, busca abrandar os impactos da ingestão nutricional insuficiente por meio de ações educativas, informativas e conscientização

Em 31 de agosto é celebrado o Dia do Nutricionista, de acordo com o calendário do Ministério da Saúde. Em referência à data, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) volta a reforçar a importância de uma alimentação equilibrada na Saúde da Mulher, especialmente no que tange a ingestão balanceada de nutrientes. No decorrer da gestação, o compromisso quanto à alimentação aumenta, visto que isso afeta diretamente no perfeito desenvolvimento do bebê.

 

Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), em 2020, 14,2% das gestantes apresentaram baixo peso para a idade gestacional, 6,1% das crianças menores de 5 anos estavam com a magreza acentuada ou magreza e 13,0% delas com baixa estatura para a idade.

 

O obstetra Olímpio Barbosa de Moraes, diretor da Febrasgo e também diretor clínico do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), explica que uma boa alimentação na gravidez, pode garantir uma gestação e um recém-nascido saudável. “A grávida deve evitar alimentos processados com alta densidade calórica, alimentos de alto teor de gordura e sódio, e os excessos de carboidratos” destaca Olimpio.

 

O especialista esclarece sobre o peso ideal durante a gestação, para aquelas com peso normal antes de engravidar, o ganho deve variar entre 11,5 a 16 Kg. Aquelas com baixo peso: entre 12,5 a 18Kg.  Já para aquelas com sobrepeso e obesa no máximo 11,5 a 9Kg.

 

A nutrição no momento pré-natal abrange mais que o ganho de peso e ingestão calórica. Certamente, a ingestão diária recomendada (IDR) de muitos nutrientes aumenta durante a gestação. Vale ressaltar que a única fonte de nutrientes do bebê provém da ingestão e reservas nutricionais materna.

 

A falta de nutrientes pode causar uma deficiência de micronutrientes que acontece quando a gestante não consome quantidades suficientes destes para manter o funcionamento adequado do organismo e o desenvolvimento do bebê, sendo capaz de causar uma série de efeitos adversos à mãe e ao bebê a curto e longo prazo.

 

O Dr. Olimpio alerta como que deficiência nutricional pode afetar a gestação “pode limitar o ganho de peso materno e comprometer o desenvolvimento fetal com sequelas graves, como por exemplo déficit cognitivo da criança, doenças e malformações neurológicas, maior risco de parto prematuro, restrição de crescimento fetal e morte neonatal” salienta.

 

Campanha Nutrindo Amor

Visando fazer um alerta para o papel da alimentação em todo o processo gestacional. Pensando nisso, a Febrasgo lançou em 2021 a Campanha Nutrindo Amor que, através de conteúdos informativos e ações offline, busca abrandar os impactos da ingestão nutricional insuficiente por meio de ações educativas, informativas e conscientização.

 

Durante palestra em evento da campanha realizado no CISAM, em Pernambuco, a Dra. Maira Pinho-Pompeu, uma das nutricionistas da Campanha, apresentou dados aos presentes, como uma lista de principais condições apresentadas pelas gestantes brasileiras, entre elas, diabetes gestacional, anemia e síndromes hipertensivas gestacionais. Segunda ela, baseada em uma pesquisa do The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine da qual fez parte, 25% das calorias ganhas pelas gestantes pesquisadas vinham de alimentos ultraprocessados.

 

Na lista de dicas para alimentação saudável para gestantes, além da realização de três grandes refeições ao dia (café da manhã, almoço e jantar), a Dra. Maira ainda incluiu durante o evento a opção por alimentos in natura e vegetais verde-escuros diariamente; consumo de 5 porções de frutas por dia, leguminosas pelo menos três vezes na semana, além de sementes e castanhas; hidratação; e suplementação e medicações sob orientação médica.

 

A campanha apresenta de maneira prática e didática, por meio de conteúdo nas redes sociais, site, lives e materiais ricos (como e-books e livretos de receitas), dicas para identificação de caminhos nutricionais que possam amenizar os cenários de falta de recursos, no caso daquelas que sofrem com escassez de alimentos abundantes, gás e luz.

Monkeypox ou Varíola do Macaco e atendimentos em Clínicas de Reprodução - Atenção e Cuidados

Posicionamento das Sociedades Latino-americanas de Reprodução Humana e Ginecologia e Obstetrícia

A infecção viral conhecida como Monkeypox (MPXV), originalmente endêmica de regiões da África Central e do oeste africano, tem sido reportada em diversos países do mundo, incluindo América do Norte, Europa e o Brasil, onde não havia sido previamente relatada. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde declarou a doença como uma emergência global em função do rápido crescimento dos casos.
 

Sexo na gravidez prejudica o bebê?

Boa comunicação entre o casal e o obstetra durante o pré-natal pode trazer informações importantes para a desmitificação do sexo na gravidez

Nesse mês das gestantes, é válido falar sobre um assunto que gera muita insegurança por parte dos casais, a atividade sexual. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a sexualidade é um aspecto fundamental na qualidade de vida de qualquer ser humano, sendo importante até no período da gravidez.

As mulheres, em especial, preocupam-se com a possibilidade do sexo afetar o bebê. No entanto, uma boa comunicação entre o casal e o obstetra durante o pré-natal pode trazer orientação de qualidade com informações importantes para a desmitificação do sexo na gravidez.

A psiquiatra, Carmita Abdo, membro da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo) e Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Faculdade de Medicina da USP, pontua que “durante a gestação o sexo pode e deve ser praticado, caso o casal sinta desejo e a gestação esteja evoluindo bem. É óbvio que a gestante passará por mudanças físicas, as quais podem ocasionar o desinteresse de um dos parceiros ou do casal pela relação sexual. Nesse caso, o diálogo é a melhor conduta, para se chegar a um consenso a respeito do que fazer”.

A médica destaca que vale ressaltar a adoção de alguns cuidados extras. O obstetra deverá orientar a gestante de que posições sexuais mais ousadas ou “acrobáticas” não são recomendadas. Não é a relação em si, mas são os movimentos bruscos, exagerados ou traumáticos que podem causar risco à gestação e ao feto. Como por exemplo um tombo da cama, um trauma violento na barriga. Portanto, a penetração em si não oferece perigo (se a gravidez correu bem). São os exageros nos movimentos que devem ser evitados. Por isso, a gestante deve se nortear, durante o sexo, por movimentos como os praticados numa dança ou caminhada.

“O casal deve optar por posições e práticas que sejam agradáveis para ambos. A orientação é fazer sexo dentro de um padrão mais tradicional, na posição clássica (homem por cima da mulher), enquanto o volume abdominal permitir. O obstetra pode sugerir as posições laterais, a invertida (mulher por cima do homem) e jogos eróticos ou alternativas sexuais, como fazer sexo sem penetração, sexo oral, masturbação mútua ou outras práticas nas quais a mulher se sinta mais confortável e protegida” enfatiza Carmita.

O sexo na gravidez prejudica o bebê em algum momento?

A especialista explica que a atividade sexual na gestação ainda é um assunto tabu para muitos casais, suas famílias e a sociedade. Além das alterações hormonais, os mitos e as convenções de ordem cultural, social e religiosa podem influenciar o exercício da sexualidade neste período.

Por mais que a mulher seja esclarecida, ela pode cultivar essa ideia errônea ou, pelo menos, a alimenta com dúvidas do tipo: pode ou não o pênis chegar até próximo do útero? O sêmen atravessa a barreira placentária? O pênis pode tocar no feto? Na dúvida, ela prefere abdicar da atividade sexual, mesmo se estiver interessada.

“Bem orientada, ela permite a atividade sexual que não prejudica, mas beneficia pelo prazer que proporciona'', salienta Dra. Carmita.

Quando grávidas não podem fazer sexo?

A médica esclarece que até o nono mês, se o obstetra atestar que a gestação é saudável, não há contraindicação para o sexo. “A restrição à atividade sexual , a critério médico, decorre de patologias como placenta prévia, alto risco de prematuridade, trabalho de parto prematuro, necessidade de ficar internada para segurar a gestação, rompimento da bolsa antes da hora ou, ainda, colo do útero curto, evidencia a Carmita.

Dia da Gestante: Febrasgo orienta sobre cuidados a saúde da mulher na gestação

Dia 15 de agosto é celebrado o Dia da Gestante, uma data dedicada à atenção e cuidados que toda grávida deve ter e receber para uma gestação saudável. Os exames pré-natal têm grande importância em todo o processo de gestação, as consultas têm um papel fundamental na saúde do bebê.

A Dra. Ana Cristina Fernandes, membro da CNTEGO e Obstetrícia da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia) e  da SOGORN (Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte), explica que a relação médico-gestante é fundamental, principalmente, em meio a tantas informações disponíveis.

“A assistência pré-natal é uma assistência preventiva e terapêutica, pois visa manter o bem-estar durante todo o período gravídico, culminando com assistência ao parto adequado e menores índices de morbidade e mortalidade materno-fetal. Em seu conjunto, envolve avaliação clínica e procedimentos complementares de laboratório e imagem direcionados ao binômio materno-fetal”.

As consultas de pré-natal devem começar logo que o casal deseje engravidar. Nessa consulta, vão ser discutidas dúvidas e verificados a presença de doenças prévias ou condições que possam oferecer risco à sua gestação e ao seu bebê. São avaliados o uso de medicações para evitar doenças no feto, e abolir maus hábitos na gravidez.

Quantas consultas devem ser realizadas?

A especialista da Febrasgo esclarece também que “devem ser feitas no mínimo no mínimo seis consultas pré-natais ao longo da gravidez, mas o ideal é que haja consultas mensais até o sétimo mês de gestação, depois quinzenais e, chegando perto do parto, após o oitavo mês, essas consultas devem se tornar semanais. O agendamento pode se adequar às condições e complicações maternas.

Que transformações acontecem durante a gravidez?

Modificações físicas, psicológicas, metabólicas e endócrinas muito importantes, que devem ser avaliadas e acompanhadas durante toda a gravidez.

Durante a consulta pré-natal, é realizada anamnese e exame clínico geral, avaliando as modificações e adaptações do corpo da gestante, avaliação de risco gestacional e prevenção de intercorrências mórbidas para o binômio materno-fetal. São verificados os batimentos cardíacos do bebê e a pressão arterial, o incremento de peso e acompanhado as queixas comuns da gravidez, estando atento às intercorrências, ao histórico da paciente e às mudanças relatadas.

Quais exames são solicitados durante o pré-natal?

Os exames pré-natal devem ser realizados ao longo da gestação e, em cada consulta, existe uma sequência de procedimentos que o médico irá garantir que a mãe e o bebê estejam saudáveis.

Exames de sangue também são solicitados para avaliar o tipo sanguíneo, hemograma e o controle da glicemia, afastando riscos de diabetes gestacional e também para verificação de doenças infectocontagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV. Essas doenças devem ser observadas, pois podem levar a sequelas para o bebê. São realizados exames de ultrassonografia, onde o mínimo indicado são dois exames de ultrassom: um logo no início da gestação, no primeiro trimestre e o outro, entre 20 e 24 semanas. Esses exames conferem se a morfologia e o crescimento fetal estão dentro da anormalidade enfatiza a Dra. Ana Cristina.
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