Diagnóstico precoce pode garantir taxa de cura de até 90% no câncer de mama
No Dia Nacional da Mamografia, 5 de fevereiro, a Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância do exame para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Ao identificar lesões iniciais, a taxa de cura pode chegar até 90%.
A Dra. Rosemar Macedo, presidente da Comissão Especializada em Mastologia da FEBRASGO, explica que a idade ideal para a realização do exame na população de uma forma geral, considerada de risco habitual, é a partir dos 40 anos, com intervalo anual. Para aquelas mulheres com risco aumentado, como as que têm predisposição genética para o desenvolvimento do câncer de mama, a idade para a realização da mamografia pode ser antecipada.
“A mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce, contribuindo para a redução da mortalidade por câncer de mama. Em alguns casos, pode ser necessária a solicitação de ultrassonografia e ressonância magnética. No entanto, isso não é uma regra; na vasta maioria das situações, a mamografia é capaz de detectar o câncer”, ressaltou a Dra.
A especialista explica que existem algumas condições que podem interferir no resultado do exame, como as mamas densas. “As mamas densas são aquelas em que há maior quantidade de tecido mamário e menor quantidade de gordura. Isso é o que nós chamamos de mama densa. Mamas com esse padrão podem representar um desafio para a detecção de lesões”, afirma.
A mamografia pode causar dor ou desconforto, mas um estudo realizado na Universidade Federal de Goiás mostrou que o percentual de pacientes que relatam desconforto intenso, a ponto de inviabilizar a realização de um novo exame, é extremamente baixo. “A vasta maioria das mulheres pode sentir algum desconforto ou até não sentir nada, mas, quando há desconforto, ele é geralmente suportável e não impede que a paciente realize a mamografia novamente”, lembra a médica.
Tanto a mamografia quanto a ressonância magnética e a ultrassonografia são exames de imagem importantes, mas cada um tem suas limitações. A ultrassonografia e ressonância, por exemplo, não conseguem visualizar microcalcificações, que podem ser vistas na mamografia, representando uma limitação desse exame. Deve-se ressaltar que não devemos substituir a mamografia pela ressonância e a ultrassonografia. O exame inicial para rastreamento é a mamografia. Por isso, a solicitação de ressonância e ultrassonografia são complementares ao exame da mamografia.