O desafio do diabetes no cotidiano do profissional de GO

Sexta, 13 Novembro 2020 19:57

São Paulo, novembro de 2020. A chegada do Dia Mundial do Diabetes (14/novembro) reforça a importância do desafio cotidiano de prevenção e combate à doença que atinge mais de 16 milhões de brasileiros¹. No âmbito da ginecologia e obstetrícia, essa atuação ganha ares específicos visto que, por vezes, a especialidade é a principal porta de acesso da mulher aos serviços de saúde. “O primeiro dado importante é que as pessoas têm dificuldade em entender o que é o diabetes. Caso a paciente apresente algum fator de risco, é importante fazer uma busca ativa da doença”, comenta o Dr. Gustavo Maciel, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina.

 

O especialista aponta a importância do estímulo à adoção de estilos de vida saudáveis, como forma de prevenção da diabetes do tipo 2. Sabe-se que essa doença pode trazer complicações cardíacas, neuropatias, doenças oculares, queda na imunidade e maior risco à incidência a agravamento de infecções, entre outras complicações.

 

O controle da glicemia durante o período de gestação e puerpério é outro ponto de atenção específica. Num cenário de elevado percentual de gravidezes não planejadas e aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade, quadros de diabetes anteriores à gestação tendem a aumentar. Esse perfil de gestante possui risco aumentado para abortamento e má formação fetal.

 

Nesse contexto, o Diabetes Gestacional aparece como mais um desafio ao ginecologista e obstetra. Grande parte das mulheres com diabetes gestacional apresenta algum fator de risco pré-gestacional, como o excesso de peso e, muitas vezes, outras comorbidades, como síndrome metabólica.

 

A Dra. Elaine Dantas Moisés, presidente da Comissão Nacional Especializada em Hiperglicemia e Gestação, comenta que tanto o diagnóstico do diabetes gestacional como seu controle se apresentam como desafios ao profissional de GO. “No Brasil, ainda há uma heterogeneidade muito grande na oferta de testes diagnósticos ideais”. Segundo ela, a taxa de perda de diagnósticos pode chegar a 14%, quando o teste oral de tolerância à glicose não está disponível. Dra. Elaine aponta também a importância de acesso a equipes multidisciplinares que possam complementar o cuidado do controle glicêmico da paciente. “Quando há um cuidado integral em relação aos diferentes aspectos do controle glicêmico e obstétrico, há melhores probabilidades de sucesso da gestação. É importante que os colegas estejam capacitados a identificar desvios das metas terapêuticas e intervir oportunamente a fim de prevenir efeitos adversos”.

 

 

¹Fonte: International Diabetes Federation


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