SUMMIT FEBRASGO - Inovação em GO: Como será o futuro da saúde?
Com coordenação do Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, diretor científico da FEBRASGO, a última sessão do SUMMIT FEBRASGO - Inovação em GO teve a participação do Dr. Adilson Cunha Ferreira, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia, com aula sobre “Como será a ultrassonografia do futuro”.
Segundo o especialista, o ultrassom tem avançado de forma significativa, “diferentemente do cartão de pré-natal”, observa ele, ressaltando que a evolução da ultrassonografia ocorreu até antes de os GOs saberem exatamente como utilizá-la, já que as imagens passaram a se aprimorar de maneira inimaginável — “quem poderia imaginar ser possível falar de neurossonoanatomia fetal? (...) Estamos deixando de apenas ver o que está acontecendo e estamos começando a prever o que pode acontecer. O ultrassom é uma ferramenta de vigilância preditiva”, conclui Dr. Adilson com imagens muito ilustrativas sobre o avanço em US.
O Dr. Julio Cesar Rosa e Silva, membro da CNE de Endometriose, também esteve nesta sessão apresentando o tema “Wearables e monitoramento remoto: aplicações práticas na GO”. Foram apresentadas aplicações práticas, tecnologias atuais e reflexões sobre o futuro desses dispositivos vestíveis (wearable devices). “Pensando em saúde da mulher, um dos primeiros aplicativos de celular criados foi, talvez, o do calendário menstrual”, relembra.
A partir desses aplicativos, surgiram outros dispositivos, desenvolvidos para facilitar o trabalho do ginecologista e do obstetra, além de empoderar a paciente, permitindo que ela compreenda melhor o que está acontecendo com o próprio corpo e as mudanças pelas quais está passando.
“Precisamos entender que muitos desses dispositivos são testados, validados e aprovados por instituições regulatórias — no caso do Brasil, a Anvisa. Outros, nem tanto. Por isso, é necessário cuidado com dispositivos que não são validados”, alerta.
Qual é o futuro? – De acordo com o Dr. Julio Cesar, os endosensores representam uma verdadeira revolução no diagnóstico e no monitoramento médico ao utilizarem sensores minimamente invasivos capazes de oferecer um cuidado mais preciso e personalizado. Esses biossensores em miniatura são projetados para serem implantados ou inseridos no corpo, permitindo a detecção e medição, em tempo real, de sinais biológicos, químicos e físicos, como glicose, pH, oxigênio e pressão. Todas as informações obtidas são transmitidas sem fio para dispositivos externos, garantindo análise rápida e eficiente. Sua principal vantagem é possibilitar um monitoramento contínuo e direto, superando as limitações de métodos tradicionais baseados em testes laboratoriais ou exames de imagem pontuais.