FEBRASGO destaca a importância da formação médica como aliada no combate à violência contra a Mulher
De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, o número de mulheres que enfrentaram algum tipo de violência doméstica aumentou 9,8% em comparação a 2022, totalizando 258.941 casos. Neste cenário, no Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, celebrado em 10 de outubro, a Federação das Associações Brasileiras de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reforça a importância da formação médica como aliada no combate à violência contra a mulher.
A Comissão de Violência Sexual e Interrupção Gestacional Prevista em Lei da FEBRASGO nasceram com o objetivo de capacitar profissionais de saúde a identificar e atender adequadamente vítimas de violência, promovendo, assim, a conscientização sobre os direitos das mulheres.
A formação dos profissionais de saúde deve incluir tópicos essenciais, como a identificação de sinais de violência, a compreensão dos aspectos legais relacionados à violência sexual e ao aborto, e o desenvolvimento de habilidades para oferecer apoio emocional e psicológico às vítimas. A educação contínua é crucial para equipar os profissionais com as ferramentas necessárias para lidar com esses casos de forma eficaz e sensível.
Para o presidente da Comissão, Dr. Rosires Pereira a violência contra as mulheres, muitas vezes oculta, exige reconhecimento para que as vítimas recebam acolhimento e assistência apropriados. “É fundamental que os profissionais de saúde apoiem essas pessoas, garantindo seus direitos básicos à saúde e à dignidade. O atendimento de qualidade e humanizado tem um impacto positivo na redução dos agravos à saúde decorrente da violência sexual, além de garantir os direitos humanos, sexuais e reprodutivos”, explica.
A FEBRASGO também enfatiza a necessidade de integrar esses temas nos currículos de Medicina e nos programas de pós-graduação, garantindo que futuros profissionais estejam preparados para atender às demandas de saúde de mulheres em situação de violência. “A mudança começa na formação: investir na educação dos profissionais é fundamental para construir um sistema de saúde mais inclusivo e eficaz, capaz de proteger e cuidar das mulheres vulneráveis em nossa sociedade”, finaliza.