Dia Nacional do Diabetes: FEBRASGO faz um alerta sobre os impactos da doença na saúde da mulher

Quarta, 26 Junho 2024 09:38

No Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) alerta para  os impactos do diabetes nas mulheres, destacando a importância da educação, acompanhamento médico adequado e estilo de vida saudável como medidas de prevenção e combate à doença.

De acordo com dados da Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), cerca de 10% dos brasileiros são diagnosticados com diabetes. Os números também revelam que 11,1% das mulheres têm o diagnóstico, enquanto entre os homens esse percentual é de 9,1%.

O membro da Comissão da Comissão de Hiperglicemia Gestação, o Dr. Belmiro Gonçalves, reforça que a diabetes pode causar danos sistêmicos significativos no organismo das mulheres, como doenças macrovasculares e microvasculares, retinopatia diabética, nefropatia diabética, além de aumentar o risco de doenças cardíacas isquêmicas, acidente vascular cerebral e certos tipos de câncer.

Sobre as mulheres que são assintomáticas, o especialista ressalta que a falta de sintomas em pacientes com diabetes pode ser devido à progressão gradual da doença e à adaptação do paciente ao alto nível de açúcar no sangue. Como resultado, as complicações do diabetes podem surgir como os primeiros sintomas. É importante lembrar que, sem o conhecimento da condição, o paciente não adotará as medidas necessárias em relação à alimentação e à prevenção das complicações.

Os principais fatores de risco incluem antecedentes familiares de diabetes, resistência à insulina e obesidade. Especificamente, o diabetes é um fator de risco para o câncer endometrial em mulheres com anovulação crônica. Outras condições associadas à resistência à insulina incluem obesidade severa ou acantose nigricans, uma condição de pele caracterizada pela presença de áreas escuras e aveludadas, especialmente nas dobras do corpo como axilas e pescoço. “Além disso, o histórico de doenças cardiovasculares também é relevante. É importante destacar que pessoas com fatores de risco, como obesidade, devem realizar uma investigação médica adequada.”, afirma o médico.

A prevenção do diabetes baseia-se na manutenção do peso por meio de dieta e atividade física. Para pacientes já diagnosticadas, é essencial um controle glicêmico adequado para prevenir complicações. “O tratamento envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, o uso de medicamentos hipoglicemiantes e, em alguns casos, a administração de insulina", destaca o especialista.

A prática de exercícios desempenha um papel crucial na gestão dos níveis de glicose no sangue. Para combater o sedentarismo, é aconselhável que a paciente incorpore atividades físicas de forma moderada, como praticar pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana, ou 50 minutos, três vezes por semana. É altamente recomendável combinar exercícios aeróbicos, como caminhadas ou corrida, com exercícios de resistência, especialmente musculação.