No Dia da Saúde e Nutrição, FEBRASGO destaca a importância da qualidade de vida na menopausa

Sexta, 28 Março 2025 15:20

Ginecologistas recomendam hábitos saudáveis e acompanhamento médico para viver o período de forma mais equilibrada

 

No dia 31 de março, celebra-se o Dia da Saúde e Nutrição, uma oportunidade para reforçar a importância do bem-estar em todas as fases da vida, incluindo a menopausa. Embora seja um processo natural, essa fase ainda é cercada por tabus e crenças limitantes, que muitas vezes dificultam o acesso à informação e retardam a busca por acompanhamento médico. Priorizar a saúde e a nutrição nesse período é essencial para que as mulheres atravessem a menopausa com mais qualidade de vida, bem-estar e equilíbrio.

 

O Dr. Jaime Kulak Júnior, membro da Comissão Nacional Especializada em Climatério da FEBRASGO e Professor do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná, explica que, durante o climatério, ocorrem mudanças significativas no perfil inflamatório do organismo. “Com a redução dos níveis de estrogênio, hormônio essencial para o controle da ovulação, há um aumento de substâncias inflamatórias no corpo, uma redução da sensibilidade à insulina e diversas alterações metabólicas. Essas transformações não apenas contribuem para o surgimento de sintomas incômodos, mas também elevam o risco de doenças cardiovasculares, tornando essencial o acompanhamento médico adequado nesse período”, afirmou o médico.

Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na minimização dos sintomas da menopausa e na promoção da qualidade de vida durante essa fase. O Dr. Jaime explica que uma dieta rica em nutrientes pode ajudar a controlar as oscilações hormonais, reduzir processos inflamatórios e prevenir doenças associadas ao climatério, como osteoporose e problemas cardiovasculares.

“A inclusão de proteínas magras, como ovos, frango, peixes e leguminosas, auxilia na manutenção da massa muscular, que tende a diminuir com a queda do estrogênio. O equilíbrio no consumo de carboidratos complexos e fibras, presentes em grãos integrais, frutas e vegetais, também é essencial para evitar picos de glicose e melhorar a sensibilidade à insulina, reduzindo o risco de diabetes tipo 2”, enfatizou o médico.

Além da alimentação, manter um estilo de vida saudável é essencial para atravessar a menopausa com mais equilíbrio. A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas, musculação e yoga, ajuda no controle do peso, fortalece os ossos e melhora o humor. Da mesma forma, uma boa qualidade do sono e a gestão do estresse são fundamentais para amenizar sintomas como irritabilidade e ondas de calor.

Ao adotar hábitos saudáveis e buscar acompanhamento médico, as mulheres podem vivenciar essa fase de maneira mais leve, garantindo bem-estar, vitalidade e saúde a longo prazo.

Fogacho

 

Um dos sintomas mais frequentes da menopausa são os fogachos, caracterizados por ondas de calor intensas que levam a uma sensação repentina de aumento da temperatura corporal. Em resposta, o organismo tenta resfriar-se, desencadeando sudorese e desconforto. Esses episódios costumam ocorrer, principalmente, à noite, interferindo na qualidade do sono ao provocar despertares frequentes e dificultar o retorno ao descanso. A privação de sono, por sua vez, pode resultar em irritabilidade, fadiga e dificuldades de concentração, impactando diretamente a qualidade de vida da mulher.

"O primeiro passo para definir o tratamento mais adequado para os sintomas da menopausa, especialmente os fogachos, é procurar um ginecologista. Juntos, médico e paciente podem avaliar as diferentes opções disponíveis, levando em consideração os benefícios e possíveis contra indicações, principalmente no caso da terapia de reposição hormonal, ou com medicamentos não hormonais", explica o Dr. Jaime.

Os tratamentos hormonais mais comuns envolvem o uso de estrógenos e progesteronas, que podem ser administrados isoladamente ou em combinação. As formas de aplicação variam de acordo com a necessidade de cada paciente e incluem comprimidos orais, cremes vaginais, adesivos transdérmicos, géis de aplicação cutânea, implantes hormonais e dispositivos intrauterinos. Cada método possui características específicas, e a escolha deve considerar tanto o histórico de saúde da mulher quanto suas preferências individuais.


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