Nota Conjunta SBEM, FEBRASGO e SBC Sobre o Uso de Testosterona na Mulher
Quarta, 10 Dezembro 2025 14:18
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), com base nas melhores evidências científicas e em consonância com princípios éticos e regulatórios, esclarecem os pontos essenciais relacionados ao uso de testosterona em mulheres.
Indicação clínica
A única indicação cientificamente reconhecida para o uso terapêutico de testosterona na mulher é o tratamento do Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) em mulheres na pós-menopausa, após diagnóstico clínico criterioso e por exclusão. Antes de qualquer consideração terapêutica, devem ser avaliadas e tratadas as causas frequentes de diminuição da libido, como hipoestrogenismo, síndrome urogenital da menopausa, depressão e outros transtornos psiquiátricos, efeitos de medicamentos (especialmente antidepressivos), obesidade e fatores psicossociais ou de relacionamento conjugal.
Ressalta-se que a “deficiência de testosterona” não é causa reconhecida de baixa libido na mulher.
Aspectos fisiológicos
A testosterona não apresenta queda abrupta com a menopausa, havendo redução gradual ao longo da vida adulta. Não há valores de referência validados que definam deficiência androgênica feminina passível de tratamento clínico.
Dosagem de testosterona
Não existe indicação de dosagem de testosterona para investigar valores baixos ou suposta deficiência androgênica feminina.
A única indicação formal de dosagem sérica é a investigação de hiperandrogenismo – excesso hormonal, como na síndrome dos ovários policísticos, tumores ovarianos ou adrenais, hiperplasia adrenal congênita e síndrome de Cushing. A dosagem rotineira fora desse contexto não tem respaldo científico.
Formulações, segurança e riscos
Não existe no Brasil formulação de testosterona aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em mulheres. Não se recomendam implantes subcutâneos manipulados em razão da farmacocinética imprevisível e da ausência de dados robustos de eficácia e segurança.
O uso de testosterona fora da única indicação em mulheres aumenta o risco de eventos adversos, incluindo: efeitos virilizantes como acne, queda de cabelo, crescimento de pelos, aumento do clitóris e engrossamento irreversível da voz, toxicidade e tumores de
fígado, alterações psicológicas e psiquiátricas, infertilidade e potenciais repercussões cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, embolias, tromboses, infarto, AVC e aumento da mortalidade, além de alterações de outros exames laboratoriais, como os de colesterol e triglicerídeos.
Vedação para fins estéticos e de performance
O uso de testosterona para fins estéticos, de melhora de composição corporal, desempenho físico, disposição ou antienvelhecimento, em mulheres ou em homens, é vedado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e não reconhecido pela ANVISA, carecendo de base científica e regulatória.
Posicionamento final
A prescrição de testosterona deve restringir-se estritamente à única indicação formalmente reconhecida (Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo -TDSH), após avaliação clínica adequada, sendo potencialmente danosa quando utilizada sem indicação, com base em dosagens isoladas ou com objetivos não terapêuticos.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
Indicação clínica
A única indicação cientificamente reconhecida para o uso terapêutico de testosterona na mulher é o tratamento do Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) em mulheres na pós-menopausa, após diagnóstico clínico criterioso e por exclusão. Antes de qualquer consideração terapêutica, devem ser avaliadas e tratadas as causas frequentes de diminuição da libido, como hipoestrogenismo, síndrome urogenital da menopausa, depressão e outros transtornos psiquiátricos, efeitos de medicamentos (especialmente antidepressivos), obesidade e fatores psicossociais ou de relacionamento conjugal.
Ressalta-se que a “deficiência de testosterona” não é causa reconhecida de baixa libido na mulher.
Aspectos fisiológicos
A testosterona não apresenta queda abrupta com a menopausa, havendo redução gradual ao longo da vida adulta. Não há valores de referência validados que definam deficiência androgênica feminina passível de tratamento clínico.
Dosagem de testosterona
Não existe indicação de dosagem de testosterona para investigar valores baixos ou suposta deficiência androgênica feminina.
A única indicação formal de dosagem sérica é a investigação de hiperandrogenismo – excesso hormonal, como na síndrome dos ovários policísticos, tumores ovarianos ou adrenais, hiperplasia adrenal congênita e síndrome de Cushing. A dosagem rotineira fora desse contexto não tem respaldo científico.
Formulações, segurança e riscos
Não existe no Brasil formulação de testosterona aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em mulheres. Não se recomendam implantes subcutâneos manipulados em razão da farmacocinética imprevisível e da ausência de dados robustos de eficácia e segurança.
O uso de testosterona fora da única indicação em mulheres aumenta o risco de eventos adversos, incluindo: efeitos virilizantes como acne, queda de cabelo, crescimento de pelos, aumento do clitóris e engrossamento irreversível da voz, toxicidade e tumores de
fígado, alterações psicológicas e psiquiátricas, infertilidade e potenciais repercussões cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, embolias, tromboses, infarto, AVC e aumento da mortalidade, além de alterações de outros exames laboratoriais, como os de colesterol e triglicerídeos.
Vedação para fins estéticos e de performance
O uso de testosterona para fins estéticos, de melhora de composição corporal, desempenho físico, disposição ou antienvelhecimento, em mulheres ou em homens, é vedado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e não reconhecido pela ANVISA, carecendo de base científica e regulatória.
Posicionamento final
A prescrição de testosterona deve restringir-se estritamente à única indicação formalmente reconhecida (Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo -TDSH), após avaliação clínica adequada, sendo potencialmente danosa quando utilizada sem indicação, com base em dosagens isoladas ou com objetivos não terapêuticos.
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)