Cisto no ovário: nem sempre ‘vai embora’ sozinho
A presença de cistos nos ovários nem sempre é algo que “vai passar com o tempo” e pode ser ignorada. Principalmente no caso da síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbio caracterizado por alterações hormonais formação de pequenos cistos nos ovários.
As principais queixas das mulheres com SOP são o aumento de pelos em áreas de distribuição corporal tipicamente masculina, que ocorre em 75% dos casos, acne e irregularidade menstrual, muito comum, presente em até 85% dos casos. A obesidade também é um dos sinais que acomete até 60% das pacientes.
Mas muitas vezes existe demora no diagnóstico. Uma pesquisa feita em dezembro do ano passado, com cerca de 1.300 mulheres da América do Norte e da Europa, mostrou que o diagnóstico demorou mais de 2 anos para 33% dessas pacientes. E quase metade – 47% das mulheres – precisou passar em consulta por três profissionais de saúde para receber o diagnóstico. Apenas 15% das pacientes estavam satisfeitas com as informações fornecidas no momento do diagnóstico.
Geralmente, as primeiras manifestações começam ainda na adolescência - após 2 anos da primeira menstruação - com persistência de atrasos ou ausência dos ciclos menstruais, estendendo-se até o início do período da transição para a menopausa. A SOP acomete cerca de 6 a 10% da população feminina entre 18 e 45 anos.
A detecção dessa síndrome é feita por meio de um conjunto de critérios - sintomas, exames de laboratório e ultrassonografia.
Segundo especialistas, o tratamento é direcionado às necessidades particulares de cada mulher, dependendo do desejo ou não de engravidar e na prevenção de futuras complicações em virtude da frequente associação com outras doenças.
O tratamento engloba perda de peso e podem ser necessárias orientações cosméticas, incluindo depilação a laser e medicações para normalizar a função menstrual.