Núcleo Feminino da FEBRASGO busca fortalecer a atuação das mulheres na Medicina

Segunda, 03 Fevereiro 2025 10:53

Além de promover debates sobre os desafios da carreira,  saúde mental e  qualidade de vida, o Grupo oferece programas de educação continuada

 

Em 1849, Elizabeth Blackwell foi a primeira mulher no mundo a obter o título de graduação em Medicina. A médica britânica, formada nos Estados Unidos, abriu portas para que muitas outras mulheres pudessem seguir os seus passos. O Dia da Mulher Médica, celebrado em 3 de fevereiro, é uma homenagem não apenas à pioneira, mas também a todas as mulheres médicas, que desempenham um papel essencial na evolução da saúde global.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) reconhece os avanços conquistados pelas ginecologistas e destaca os desafios que ainda são enfrentados por profissionais da área. A participação crescente das mulheres no mercado de trabalho médico tem sido um marco importante, com a estimativa de que, até 2035, ocorra um crescimento de 118% de mulheres médicas no Brasil, de acordo com dados da Demografia Médica. Esse crescimento é especialmente notável na área da ginecologia, onde a presença feminina é cada vez mais forte.

No entanto, apesar desse progresso, as ginecologistas enfrentam uma série de obstáculos como a disparidade salarial, a sobrecarga de trabalho e o preconceito ainda presente no ambiente profissional. Segundo a FEBRASGO, muitas médicas ginecologistas também lidam com a constante sobrecarga de responsabilidades, muitas vezes conciliando a vida profissional com a familiar.

A Federação tem se dedicado a apoiar essas profissionais por meio de várias iniciativas, como a criação do Núcleo Feminino, que busca fortalecer a atuação das mulheres na Medicina, além de promover debates sobre os desafios da carreira, a saúde mental e a qualidade de vida. O Núcleo também trabalha para oferecer programas de educação continuada, promovendo a atualização constante das ginecologistas nas novas tecnologias e inovações no campo da obstetrícia e ginecologia.

A Dra. Marta Finotti, coordenadora  do Núcleo Feminino da FEBRASGO e do projeto Feito Para Ela, destaca a importância de reconhecer as vitórias e os desafios das mulheres médicas, especialmente na ginecologia. "Apesar de todas as conquistas, ainda há muito a ser feito. O empoderamento feminino na Medicina precisa ser fortalecido. A FEBRASGO tem trabalhado incansavelmente para garantir que as ginecologistas recebam o reconhecimento e o apoio necessário para prosperarem em sua profissão", afirma Dra. Marta.

O núcleo tem como objetivos:

  • Aumentar a conscientização sobre questões de saúde das mulheres e promover políticas e iniciativas que apoiem a saúde feminina;
  • Apoiar os direitos das mulheres de tomar decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva;
  • Facilitar o contato e colaboração entre mulheres ginecologistas-obstetras profissionais, pesquisadoras e defensoras dos direitos das mulheres para compartilhar conhecimento e recursos e promover a pesquisa e a inovação da saúde das mulheres;
  • Incentivar a discussão de temas relacionados aos desafios da carreira, mercado de trabalho, empreendedorismo, saúde física e mental e qualidade de vida na grade dos congressos da FEBRASGO;
  • Desenvolver programas educacionais e oportunidades de treinamento para mulheres profissionais da área da obstetrícia e ginecologia para aprimorar seus conhecimentos e habilidades nos cuidados da saúde feminina;

A FEBRASGO também busca fomentar a colaboração entre ginecologistas, pesquisadores e defensoras dos direitos das mulheres, promovendo novas iniciativas de pesquisa e inovação em saúde reprodutiva, saúde materna e menopausa. O objetivo é criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para as mulheres médicas, que possam contribuir para o avanço da medicina e da saúde das mulheres em todo o mundo.

Neste Dia da Mulher Médica, a FEBRASGO reafirma seu compromisso com a equidade na Medicina e com a promoção de um futuro mais justo para as ginecologistas e suas pacientes, reconhecendo a importância de se continuar a luta por um sistema de saúde mais igualitário e inclusivo.


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