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FEBRASGO fecha parceria com a Volkswagen para oferecer descontos aos nossos associados

Em 8 de março, destaca-se o Dia Internacional da Mulher. Para celebrar a data, a FEBRASGO, em parceria com a Volkswagen, oferece a todos os associados descontos em diversos modelos da marca, além de frete gratuito. A promoção, vigente para os pedidos aprovados até 31 de março, só é válida para os sócios da FEBRASGO com a anuidade quite em 2019. Para obter os benefícios da parceria exclusiva e presentear sua esposa, mãe ou filha nessa data tão importante, é necessário CNPJ para o faturamento. Mais informações, dúvidas e/ou propostas, basta entrar em contato com Marcio Balestro (marciobalestro@vwamazon.com.br), mencionando que é associado. 

Dia Internacional da Mulher

Hoje é seu dia. 8 de Março, data que marca internacionalmente a luta das mulheres de todo o mundo. A Febrasgo registra aqui cumprimentos em dobro a você, como mulher e como ginecologista-obstetra.
No cotidiano da saúde, é sua competência e compromisso que fazem a diferença para a assistência de qualidade. Sua contribuição para nossa especialidade ser tão admirada acaba de ser destacada por pesquisa Data folha, de fevereiro último, na qual nove de cada dez pacientes declaram-se com seus especialistas em GO.

Parabéns, é uma honra para a Febrasgo tê-la como associada. Se puder, veja os vídeos que preparamos especialmente para marcar suas lutas e conquistas, clicando aqui. 

Anuidade 2019 - Aproveite o desconto pagando até 28/02

Confira os valores da anuidade de 2019! 
Pague até 28/02/2019 e aproveite os valores com desconto.

Caso deseje receber o seu boleto por e-mail entre em contato com a Federada do seu estado.

Residentes:
Necessário envio da Declaração da Instituição, conforme abaixo:

Declaro para os devidos fins, que o (a) Dr. (a) ____________, CRM/UF __________________, CPF: ______________________, é médico (a) Residente cursando pelo _____________________________________ na área de _________________________, reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) de acordo com o parecer nº_____________. A Residência Média tem duração de __ anos, com início ___________ e término_______________ ministrada no Hospital ________________.

Data: ________________________________
Assinatura do Responsável da COREME: _____________________________________

Para maiores informações entre em contato com a sua FEDERADA. 

Caso já tenha efetuado o pagamento, por favor desconsidere essa mensagem. 

Nota da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Aleitamento Materno da Febrasgo

A sulpirida é um antagonista dopaminérgico usado como antidepressivo e antipsicótico. Atua sobre receptores D2, D3 e D4 promovendo aumento dos níveis de prolactina sérica. (1) Produtos contendo sulpirida têm sido utilizados “off-label” durante a lactação, para promover o aumento da produção de leite materno.
 
O valor clínico no aumento da oferta de leite promovido pela sulpirida é questionável. Revisão que analisou os estudos realizados para testar o efeito galactagogo da sulpirida descreveu várias falhas, como perda elevada da amostra, falta de registro sobre volume dos suplementos alimentares ofertados, avaliação apenas dos níveis de prolactina sérica, falta de informação sobre as técnicas de manejo da lactação, entre outras. (1)
 
Nenhum galactagogo deve substituir a avaliação e o aconselhamento sobre os diversos fatores que podem afetar a produção de leite. Ainda não foi cientificamente demonstrado e é pouco provável que a sulpirida proporcione benefícios adicionais às mães com produção insuficiente de leite que recebam instruções corretas sobre uma boa técnica de amamentação e sobre a frequência das mamadas.(2)
 
Há relato de eficácia da sulpirida sobre o placebo em mães com baixa produção de leite. Também é descrito ganho de peso maior nos bebês de mulheres tratadas com sulpirida até o 15º dia de vida, em comparação com placebo, mas sem diferença no ganho de peso entre os grupos nos períodos subsequentes.(3, 4)
 
Entre os princípios básicos para a prescrição de galactagogos está avaliar as contraindicações do medicamento a ser prescrito e informar à nutriz os possíveis efeitos adversos.(5, 6) Está demonstrado que a sulpirida é excretada no leite materno em quantidades bastante elevadas, acima do valor aceito de 10% da dose ajustada ao peso da lactante (4)
 
Deste modo, qualquer referência anterior sobre o uso de medicamentos contendo sulpirida como galactagogo deve ser atualizada e tal uso deve ser desconsiderado. (7, 8) Finalmente, informamos que, em conformidade com o que preconiza a Anvisa, as bulas dos produtos contendo sulpirida (Dogmatil®, Equilid® e Sulpan®) passaram a destacar a contraindicação do uso dessa substância durante a lactação, por ser excretada no leite materno, podendo induzir a eventos adversos na criança amamentada. A versão atualizada dessas bulas pode ser acessada através do bulário da Anvisa em: www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/index.asp
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
  1. Anderson PO, Valdés V. A critical review of pharmaceutical galactagogues. Breastfeeding Med. 2007; 2:229-42.
  2. Brodribb W. ABM Clinical Protocol #9: Use of galactogogues in initiating or augmenting maternal milk production, second revision 2018. Breastfeed Med. 2018;13:307-14.
  3. Barguno JM, del Pozo E, Cruz M, Figueras J. Failure of maintained hyperprolactinemia to improve lactational performance in late puerperium. J Clin Endocrinol Metab. 1988;66:876-9.
  4. Ylikorkala O, Kauppila A, Kivinen S, Viinikka L. Treatment of inadequate lactation with oral sulpiride and buccal oxytoxin. Obstet Gynecol. 1984;63:57-60.
  5. The Academy of Breastfeeding Medicine. Use of galactogogues in initiating or augmenting maternal milk supply. New York: The Academy of Breastfeeding Medicine, Inc; 2004. Disponível em: http://www.bfmed.org/ace-files/protocol/prot-9galactogoguesEnglish.pdf.
  6. Chaves RG, Lamounier JA, Santiago LB, Vieira GO. Uso de galactagogos na prática clínica para o manejo do aleitamento materno. Rev Med Minas Gerais 2008; 18(4 Supl 1): S146-S153
  7. FEBRASGO. Amamentação. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2018. (Série Orientações e Recomendações FEBRASGO, no. 6/Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno). Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/orientacoes-e-recomendacoes-febrasgo/item/646-amamentacao
  1. Ministério da Saúde. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. 2ª ed. 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/amamentacao_uso_medicamentos_2ed.pdf
 
Corintio Mariani Neto
Presidente da CNE de Aleitamento Materno da Febrasgo

VULVODÍNEA: ATUALIDADES

Em 2015 as três Sociedades descritas a seguir criaram a “Terminologia e classificação da dor vulvar persistente e vulvodínea” - ISSVD - Sociedade Internacional para o Estudo das doenças vulvares; ISSWSH - Sociedade Internacional para o Estudo da Saúde Sexual da Mulher; IPPS - Sociedade Internacional dor pélvica. Nessa classificação a dor vulvar foi dividida em dor de origem específica e na vulvodínea (VD).

Dentre as principais causas de dor vulvar específica podemos mencionar:
  • Infecciosas (candidíase recorrente, herpes).
  • Inflamatórias (líquen escleroso, líquen plano, distúrbios imunobolhosos).
  • Neoplásicas (dç de Paget, carcinoma de células escamosas).
  • Neurológica (neuralgia pós-herpética, compressão ou lesão de nervo,
    neuroma).
  • Trauma (mutilação genital feminina, obstétrico).
  • Iatrogênica (pós-operatório, quimioterapia, radiação, terapias locais).
  • Deficiências hormonais (síndrome geniturinária da menopausa, amenorréia lactacional).
Já a vulvodínea foi definida como dor vulvar com duração mínima de 3 meses, sem causa clara identificável, a qual pode ter potenciais fatores associados. Trata-se de condição clínica complexa e multifatorial, com dor intensa que ocorre na ausência de achados infecciosos, inflamatórios, neoplásicos ou neurológicos visíveis. Seus descritores são:
- Localizada (por ex, vestibulodine, clitorodinea) ou generalizada ou mista.
- Provocada (por ex, movimento, contato) ou espontânea ou mista.
- Aparecimento (primária ou secundária).
- Padrão temporal (intermitente, persistente, constante, etc).
Até o momento não se conhece com certeza a fisiopatologia da vulvodínea, no entanto diversos fatores etiológicos potencias são descritos como associados à mesma:
  1. a) Co-morbidades e outras síndromes dolorosas - por ex, síndrome da bexiga dolorosa, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, disfunção temporomandibular.
  2. b) Genética: predisposição genética para desenvolver essa condição, com pelo menos 3 mecanismos potencialmente sobrepostos: - Polimorfismos genéticos que aumentam o risco de candidíase ou outras infecções; - Mudanças genéticas que permitem respostas inflamatórias exageradas ou prolongadas; - Aumento da susceptibilidade a mudanças hormonais associadas ao uso de contraceptivos hormonais.
  3. c) Fatores hormonais: uso de contraceptivos hormonais combinados levam maior risco desenvolver VD.
  4. d) Afecções musculoesqueléticas: por ex, hiperatividade muscular pélvica, miofascial, biomecânica.
  5. e) Mecanismos neurológicos: - Causa central - mulheres com VD são mais sensíveis a várias formas de estimulação em áreas não-genitais. Estudos de imagem cerebral indicaram mudanças na estrutura, função e estado de repouso em mulheres com VD; causa periférica - neuroproliferação – aumento na densidade das terminações nervosas na endoderme vestibular tem sido demonstrada, identificadas como nociceptores. O aumento da inervação local teria implicações no aumento da sensibilidade local.
  6. f) Inflamações: - Foi demonstrado aumento de células inflamatórias dentro das regiões dolorosas do vestíbulo vulvar; - Aumento número de mastócitos e mastócitos desgranulados e atividade de heparanase subepitelial, associados com hiperinervação vestibular em mulheres com VD; - Incapacidade para downregulate a atividade de citocinas pró-inflamatórias.
  7. g) Fatores psicossociais: ansiedade, depressão, vitimização infância e stress pós-traumático são fatores de risco para desenvolvimento de VD.
O diagnóstico da VD é de exclusão e inclui anamnese detalhada e exames para se afastar causas orgânicas. A vulvoscopia em grande parte dos casos não mostra anormalidades e geralmente a histologia é inconclusiva e não auxilia na elucidação do diagnóstico. A maioria das pacientes com vulvodínea tem seu diagnóstico postergado muitas vezes por anos, principalmente por desconhecimento dos ginecologistas em relação a essa doença.
O tratamento é multidisciplinar (psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, etc). Deve-se ter uma boa relação médico-paciente. Como a origem da VD é multifatorial, o tratamento deve ser escolhido de acordo com as características de cada caso individual e possíveis fatores associados. Algumas sugestões de tratamentos descritos na literatura:
- Cuidados locais: afastar fatores irritantes, orientar uso de produtos neutros e roupas intimas brancas de algodão, evitar lubrificantes de silicone ou oleosos, e dar preferência a hidratantes à base de água.
- Orientação de dieta – dieta pobre oxalatos (metabólito de alguns alimentos, sendo excretado urina como cristais e em contato com a vulva leva a irritação); 1.200 mg de citrato de cálcio diário auxiliam na redução dos níveis urinários de oxalato.
- Cremes lubrificantes durante relação sexual e anestésicos tópicos – lidocaína gel 2 a 5% uso durante a relação sexual (30 minutos antes e reaplicação durante o ato), sendo possível o emprego durante o dia em períodos de dor importante.
- Estrogenioterapia tópica ou oral - pode diminuir a severidade dos sintomas: maturação epitelial, acúmulo gordura local, inibição da produção de mediadores inflamatórios (citocinas e interleucina-1), aumento do limiar da dor.
- Sedativos tópicos = doxepina 5% creme; amitriptilina 2% (antidepressivo tricíclico – ação anti-histamínica); gabapentina local 6% (para dor neuropática); baclofeno 2%.
- Antidepressivos tricíclicos - VO (nortriptilina/ amitriptilina), anticonvulsivantes (gabapentina), inibidores recaptação se serotonina.
- Fisioterapia local.
- Toxina botulínica.
- Cirurgia: excisões focais, vestibuloplastia, perineoplastia ou vestibulectomia. Intuito de remover hiperplasia neural; reservada para não respondedoras ao tratamento conservador; não indicada em dor generalizada, não provocada.
- Laser CO2 fracionado.
Adriana Bittencourt Campaner
Neila Maria G. Speck

Referências bibliográficas:
  1. Bornstein J, Goldstein AT, Stockdale CK, Bergeron S, Pukall C, Zolnoun D, Coady D; consensus vulvar pain terminology committee of the International Society for the Study of Vulvovaginal Disease (ISSVD), the International Society for the Study of Womenʼs Sexual Health (ISSWSH), and the International Pelvic Pain Society (IPPS). 2015 ISSVD, ISSWSH, and IPPS Consensus Terminology and Classification of Persistent Vulvar Pain and Vulvodynia. J Low Genit Tract Dis. 2016 Apr;20(2):126-30.
  2. Corsini-Munt S, Rancourt KM, Dubé JP, Rossi MA, Rosen NO. Vulvodynia: a consideration of clinical and methodological research challenges and recommended solutions. J Pain Res. 2017 Oct 9;10:2425-2436.
  3. Goldstein AT, Pukall CF, Brown C, Bergeron S, Stein A, Kellogg-Spadt S. Vulvodynia: Assessment and Treatment. J Sex Med. 2016 Apr;13(4):572-90.
  4. Havemann LM, Cool DR, Gagneux P, Markey MP, Yaklic JL, Maxwell RA, Iyer A, Lindheim SR. Vulvodynia: What We Know and Where We Should Be Going. J Low Genit Tract Dis. 2017 Apr;21(2):150-156
  5. Kalfon L, Azran A, Farajun Y, Golan-Hamu O, Toben A, Abramov L, Yeshaya A, Yakir O, Zarfati D, Falik Zaccai TC, Bornstein J. Localized Provoked Vulvodynia: Association With Nerve Growth Factor and Transient Receptor Potential Vanilloid Type 1 Genes Polymorphisms. J Low Genit Tract Dis. 2019 Jan;23(1):58-64
  6. Petersen CD, Lundvall L, Kristensen E, Giraldi A. Vulvodynia. Definition, diagnosis and treatment. Acta Obstet Gynecol Scand. 2008;87(9):893-901.
  7. Pukall CF, Goldstein AT, Bergeron S, Foster D, Stein A, Kellogg-Spadt S, Bachmann G. Vulvodynia: Definition, Prevalence, Impact, and Pathophysiological Factors. J Sex Med. 2016 Mar;13(3):291-304
  8. Stenson AL. Vulvodynia: Diagnosis and Management. Obstet Gynecol Clin North Am. 2017 Sep;44(3):493-508.
  9. Ventolini G, Gygax SE, Adelson ME, Cool DR. Vulvodynia and fungal association: A preliminary report. Med Hypotheses. 2013 Aug;81(2):228-30.
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