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FEBRASGO se posiciona contra a nova proposta da ANS de rastreamento do câncer de mama nos planos de saúde

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) vem a público se manifestar em relação à Consulta Pública nº 144 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com a exigência de rastreamento do câncer de mama nos moldes adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, a realização de mamografia a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos.
 
A FEBRASGO não foi consultada e reforça sua extrema preocupação com a possível adoção dessa faixa etária e periodicidade para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. A mamografia é a principal estratégia para o diagnóstico precoce do câncer de mama, com respaldo amplo na literatura nacional e internacional. Além disso, a precocidade do diagnóstico é a base para tratamentos de menor morbidade, maior efetividade e menor custo social e econômico.
Essa temática tem sido vista como relevante pela FEBRASGO que em conjunto com outras sociedades médicas já publicou nos anos de 2012, 2017 e 2023 as “Diretrizes para rastreamento do câncer de mama no Brasil”, preconizando o rastreamento mamográfico anual, com início aos 40 anos de idade. Essa recomendação tem como base estudos que demonstram que 25% das mulheres brasileiras que desenvolvem câncer de mama encontram-se na faixa etária entre 40 e 50 anos. Portanto, ao ser postergado o rastreamento mamográfico para a partir dos 50 anos, será negligenciado um terço das mulheres que poderiam ter um diagnóstico precoce ao realizarem a mamografia anual e terem suas vidas salvas.
 
Nesse sentido, o não acesso da população feminina brasileira à mamografia anual a partir dos 40 anos representa um claro retrocesso ao programa de rastreamento do câncer de mama no Brasil.

Nota de Solidariedade da FEBRASGO e da ASSAGO aos Ginecologistas e Obstetras de Manaus

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Associação Amazonense de Ginecologia e Obstetrícia (ASSAGO) manifestam profunda solidariedade aos ginecologistas e obstetras de Manaus diante das recentes dificuldades enfrentadas por esses profissionais após o anúncio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) sobre a contratação da Organização Social de Saúde (OSS) para a administração do Complexo Hospitalar Sul (CHS), composto pelo Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e pelo Instituto da Mulher Dona Lindu.

As denúncias relatadas sobre a situação atual das unidades citadas são preocupantes e comprometem a qualidade do atendimento à saúde da população, sendo de extrema importância a atenção das autoridades competentes para garantir a integridade dos serviços prestados e a valorização dos profissionais de saúde.

Reiteramos nosso apoio incondicional aos profissionais afetados e enfatizamos a importância de condições dignas de trabalho para a manutenção de um serviço de saúde eficiente e humanizado .

O Brasil retrocede na defesa da saúde sexual e reprodutiva de suas meninas e mulheres

Uma Breve Comunicação (BRIEF COMMUNICATION) foi publicada no periódico International Journal of Gynecology and Obstetrics, intitulada Brazil regresses in defending the sexual and reproductive health of its girls and women, cujos autores são todos membros da Comissão Nacional Especializada de Violência Sexual e Interrupção Gestacional Prevista em Lei.

Enfatiza-se a dificuldade de acesso que as mulheres brasileiras têm em nosso país para a realização do aborto previsto em lei, o que tem resultado numa procura por atendimento quando as gestações já estão mais avançadas, com mais de 22 semanas.

É feita uma crítica veemente ao Projeto de Lei 1904/2024, em discussão na Câmara dos Deputados, que considera que todas as mulheres e meninas adolescentes que se submetam a um aborto em gestação de mais de 22 semanas devam ser consideradas criminosas e sejam punidas.

Clique aqui e confira o material.
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