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Diretor Científico da FEBRASGO recebe título de membro titular da Academia Mineira de Medicina

Em solenidade realizada dia 01 de março de 2024 no Centro de Convenções e Eventos da AMMG, o diretor científico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, recebeu o título de membro titular da cadeira de número 52 da Academia Mineira de Medicina, que tem como Patrono Dr. José Silva de Assis, e como último ocupante o Dr. José Carlos Ribeiro Resende Alves.

A FEBRASGO parabeniza o Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho e seu merecimento por longos anos em alto grau de projeção no exercício da profissão.

Clique aqui e confira a gravação do evento.



Dia Mundial da Obesidade: doenças ginecológicas e disfunções reprodutivas também estão associadas a esta condição

No Brasil, projeções indicam que a taxa de obesidade entre adultos pode atingir 41% até 2035.

 

No Dia Mundial da Prevenção da Obesidade, em 4 de março, a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (FEBRASGO) destaca a importância de abordar as implicações da obesidade na saúde das mulheres. O Atlas Mundial da Obesidade de 2023 projeta um aumento na incidência global da obesidade na próxima década. No contexto brasileiro, estima-se que até 2035, 41% da população adulta conviverá com essa condição. Atualmente, 22,4% dos adultos brasileiros são afetados pela obesidade. Embora seja comum a associação ao diabetes e hipertensão a esta condição, é essencial compreender que os impactos vão além, podendo desencadear doenças ginecológicas e disfunções reprodutivas.

 

A Dra. Ana Carolina Japur de Sá Rosa e Silva, membro da Comissão de Ginecologia Endócrina da FEBRASGO, destacou a significativa influência da obesidade na saúde da mulher, especialmente na questão reprodutiva. “As mulheres obesas têm uma propensão a secretar mais testosterona devido à capacidade do tecido adiposo em produzir esse hormônio. O aumento da concentração de testosterona pode levar a distúrbios na ovulação, resultando em ciclos menstruais irregulares ou ausência de ovulação. Como a ovulação é essencial para a fertilidade, mulheres que não ovulam têm dificuldades em conceber”, explica a especialista.

 

Mesmo em mulheres que não apresentam ovário policístico, a obesidade pode desencadear mecanismos semelhantes devido ao aumento na produção de hormônios masculinos. Além disso, o acúmulo de gordura abdominal, associado ao excesso de peso, pode contribuir para níveis elevação dos níveis de insulina e consequentemente contribuir para alteração no metabolismo dos açúcares, que pioram o risco cardiovascular e também podem interferir na produção de hormônios masculinos pela mulher o que pode afetar a fertilidade.

 

Síndrome dos Ovários Policísticos e Obesidade

A especialista explica que o ovário policístico é uma consequência de uma desordem na  maneira como o cérebro da pessoa comanda o ovário, que acaba não funcionando adequadamente. Isso leva a um quadro de não ovulação, com a formação de microcistos no ovário. Observa-se que mulheres com essa síndrome frequentemente apresentam obesidade devido a uma predisposição em que o padrão hormonal alterado de quem tem a doença favorece  o ganho de peso. Além disso, como num círculo vicioso, quando há ganho de peso, o quadro do ovário policístico tende a piorar. Mulheres com ovário policístico também apresentam desequilíbrio na secreção dos hormônios relacionados à fome e saciedade, favorecendo a fome e diminuindo a saciedade. Na maioria dos casos, há níveis mais altos de insulina, o que também contribui para o aumento da ingestão alimentar. Dessa forma, pode-se dizer que o ovário policístico predisponha a pessoa a desenvolver obesidade.

“O ovário policístico tem uma origem inicial mais relacionada à genética do que à obesidade. É claro que uma mulher com excesso de peso, devido ao aumento de hormônios masculinos no tecido gorduroso, pode desenvolver um quadro semelhante à Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), mas nessa condição, em que o determinante não é genético, se ela emagrecer é possível reverter esse quadro”, frisa a médica.

Estilo de Vida Saudáveis

 

A Dra. Ana Carolina de Sá reforça que o estilo de vida desempenha um papel relevante na gestão do peso. Fatores como o padrão alimentar, a quantidade de atividade física, a qualidade do sono e a escolha dos alimentos desempenham papéis significativos. Optar por alimentos mais naturais em detrimento de opções processadas e industrializadas, reduzir o consumo de frituras e manter uma rotina menos sedentária são decisões importantes.

 

“A  quantidade e o tipo de alimentos consumidos desempenham um papel fundamental nesse processo. Alimentos que provocam uma elevada liberação de insulina na circulação, como os doces, o açúcar diretamente, ou carboidratos simples como pão, farinha branca e batata, podem resultar em uma rápida absorção, desencadeando uma resposta insulinêmica. A insulina, um hormônio associado ao aumento do apetite, pode interpretar  essa rápida absorção como uma quantidade insuficiente de alimentos e estimular o consumo adicional, gerando a sensação de fome”, explica a ginecologista.

 

Além disso, a Dra. Ana Carolina ressaltou a importância da relação entre a ingestão calórica e o gasto diário: “Se uma pessoa consome mais calorias do que gasta, o excesso pode ser armazenado na forma de gordura”. Ela explica que a atividade física desempenha dois papéis essenciais: primeiro, como meio de gasto de energia e queima calórica, contribuindo para a manutenção do peso. Segundo, ao aumentar a massa muscular, especialmente por meio de treinos funcionais e musculação, ocorre um aumento na quantidade de músculo nas pernas, braços, entre outras áreas. Geralmente, esse aumento na proporção de músculo está associado à perda de massa gordurosa. Sendo o músculo mais pesado do que a gordura, muitas vezes na balança não percebemos mudança no peso, porém se percebe clara mudança nas medidas corporais, indicando que houve sim emagrecimento, com a substituição de massa gorda (gordura corporal) por massa magra (músculo).

 

Outras questões relacionadas ao estresse, tipo de trabalho, influências externas e problemas pessoais podem contribuir para o aumento do estresse e, consequentemente, para o aumento do cortisol. O cortisol, por sua vez, pode influenciar no comportamento alimentar, levando a episódios de compulsão alimentar e ansiedade, o que, por sua vez, afeta o controle do peso.

“Embora seja cientificamente comprovado que a incorporação da atividade física, juntamente com o controle alimentar, seja a melhor maneira de intervir na obesidade, é vital reconhecer que, para muitas pessoas, apenas a prática regular de exercícios e o monitoramento da dieta podem não ser suficientes para superar a obesidade. No entanto, independentemente do tratamento adjuvante escolhido, a manutenção do peso torna-se uma tarefa árdua na ausência de uma prática regular de atividade física”, conclui a Dra. Ana Carolina.

FEBRASGO lança “Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério”

 Em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde, o documento traz os cuidados específicos para este público classificado como grupo de risco.  

 

Nesta última sexta-feira (1), a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (FEBRASGO), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), lançou o "Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério". O documento aborda os cuidados diferenciados para o público em questão, e diante do aumento no número de gestantes com dengue e do risco elevado de formas graves nesse grupo, delineia-se um cenário de saúde pública que demanda atenção especializada.

 

A publicação do material se torna ainda mais importante, pelos dados que foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, mostrando  um aumento de 345,2% nos casos de dengue em mulheres grávidas nas primeiras seis semanas deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, no Brasil.

 

O Ministério da Saúde destacou durante o evento que no início do mês de fevereiro, houve um avanço significativo no fortalecimento de todas as ações em resposta à situação da Dengue no País, sendo instalado o Centro de Operações de Emergências para o enfrentamento da Dengue e de outras arboviroses. Essa medida representa uma estratégia amplamente adotada globalmente para lidar com questões de relevância para a saúde pública, não necessariamente uma emergência nacional ou internacional, mas sim uma abordagem organizada para uma resposta coordenada a eventos de importância para a saúde pública, independentemente de serem ou não uma emergência de saúde pública. Todas as secretarias do Ministério da Saúde participam deste centro de operações, e, além do ministério, inclui a FIOCRUZ, OPAS, CONAS e CONASEMS.

 

Durante a solenidade, a presidente da FEBRASGO, Dra. Maria Celeste Osório Wender, destacou a importância do grupo de trabalho (GT) - composto por 16 especialistas em ginecologia e obstetrícia, incluindo membros da Comissão Nacional Especializada (CNE) de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO - na concepção e construção do Manual que permitirá a todos os profissionais de saúde do Brasil uma abordagem especializada ao tratamento de mulheres grávidas e puérperas com Dengue: “Eu tenho que expressar muito a minha satisfação de poder presidir a FEBRASGO neste momento, e com a colaboração de pessoas que se dedicam ao trabalho, podermos estar representados aqui com esta significativa contribuição, que é este Manual. Nosso objetivo é unir esforços e trabalhar em prol da saúde da mulher brasileira, e temos o desejo fervoroso de intensificar nossa atuação com ainda mais qualidade e intensidade. Muito obrigada e parabéns ao nosso grupo de trabalho”.

 

Também estiveram presentes no lançamento, membros do grupo de trabalho (GT), como o Dr. Antônio Braga, também Coordenador Estadual da Saúde das Mulheres no Rio de Janeiro, o Dr. Geraldo Duarte, vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em doenças infectocontagiosas da FEBRASGO e o Dr. Regis Kreitchmann, atual presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, e a dra Roseli Nomura, diretora administrativa da FEBRASGO. Durante sua apresentação, Dr. Braga abordou os conceitos técnicos disponíveis no material e reforçou a importância do cuidado assistencial especializado às mulheres grávidas e puérperas com sintomas de Dengue: “Uma vez infectadas, as gestantes têm maiores chances de apresentar desfechos desfavoráveis em comparação com as não gestantes. Portanto, esse grupo é de especial interesse e cuidado. Este protocolo servirá como diretriz abrangente para a prevenção, tratamento e diagnóstico, contribuindo significativamente para a segurança e bem-estar das gestantes e puérperas durante esse período crítico", enfatiza o especialista”.

 

Muito emocionado, Dr. Geraldo Duarte relembrou seu trabalho com gestantes de risco e a infeliz experiência de perder pacientes gestantes para a Dengue, e reforçou a importância do Manual como apoio para os profissionais da Saúde: “Eu digo que o manual é um recém-nascido que já nasce com a responsabilidade de cuidar. Nós temos um compromisso com a saúde das mulheres grávidas e puérperas. O objetivo desse material é auxiliar as equipes de Saúde no atendimento a estas pacientes.”

 

“A FEBRASGO demonstra sua preocupação com a saúde das gestantes e puérperas. A nossa prioridade é garantir a saúde da gestante e do bebê, por isso atuamos para orientar e capacitar os ginecologistas e obstetras de todo o país. Este guia de orientações é de extrema importância para a saúde pública, especialmente diante do que pode ser a pior epidemia de dengue já registrada no Brasil, com as gestantes e potencialmente as puérperas representando um grupo de alto risco de mortalidade”, finaliza a presidente da FEBRASGO. 

 

Em complemento às iniciativas relacionadas à Dengue, a FEBRASGO promoverá outras ações, entre elas uma transmissão ao vivo em seus canais digitais no próximo dia 5 de março, às 19h, abordando a epidemia da dengue no Brasil e na gestação.

 

Para mais detalhes, o “Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério” está acessível no site da FEBRASGO: https://www.febrasgo.org.br/pt/manual-de-prevencao-dengue-na-gestacao 

 

Principais recomendações às gestantes

 

Gestantes devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como picaridina, icaridina, N,N-dietil-meta-toluamida (DEET), IR 3535 ou EBAAP. O Dr. Antônio Braga destaca que repelentes naturais, como óleos caseiros de citronela, andiroba e capim-limão, carecem de eficácia comprovada e não possuem aprovação da Anvisa até o momento.

 

Dado que não há medicamentos específicos para combater o vírus da dengue, em casos de menor gravidade, sem sinais de alarme, a orientação é repouso e aumento da ingestão de líquidos. Gestantes com dengue requerem avaliação diária, incluindo repetição do hemograma até 48 horas após a febre desaparecer. Para casos mais simples, o acompanhamento ambulatorial é recomendado. Entretanto, se o estado for grave, com sinais de alarme, a internação é indicada. Em situações de choque, sangramento ou disfunção grave de órgãos, a paciente deve receber tratamento em uma unidade de terapia intensiva.

 

Clique aqui e confira a gravação do evento no canal oficial do Ministério da Saúde.



FEBRASGO lança “Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue durante a Gestação e Puerpério”

FEBRASGO lança “Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da

Dengue durante a Gestação e Puerpério”

 

Nesta sexta-feira (1), a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (FEBRASGO), em colaboração com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), realizará o lançamento do "Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério". O evento está programado para ocorrer no Auditório Carlyle Guerra da OPAS, em Brasília, às 10h.

 

O manual foi elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) dedicado ao manejo da doença em gestantes e puérperas. Este grupo, composto por 16 especialistas em ginecologia obstetrícia, incluindo membros da Comissão Nacional Especializada (CNE) de Doenças Infectocontagiosas da FEBRASGO, como o Dr. Geraldo Duarte e o Dr. Regis Kreitchmann e outros colegas como o Dr. Antônio Braga e a Dra. Roseli Mieko. Sua missão é abordar de maneira específica a gestão da doença em grávidas e puérperas, com o objetivo de promover a saúde materno-fetal e prevenir complicações relacionadas à dengue.

 

“A FEBRASGO demonstra sua preocupação com a saúde das gestantes e puérperas. A nossa prioridade é garantir a saúde da gestante e do bebê, por isso atuamos para orientar e capacitar os ginecologistas e obstetras de todo o país. Este guia de orientações é de extrema importância para a saúde pública, especialmente diante do que pode ser a pior pandemia de dengue já registrada no Brasil, com as gestantes e potencialmente as puérperas representando um grupo de alto risco de mortalidade”, destaca a Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da federação.

 

O Dr. Antônio Braga comenta que alguns estudos apontam para a possibilidade de que os mosquitos tenham predileção por picar gestantes, possivelmente devido à variação na temperatura corporal mais elevada e maior concentração de gás carbônico exalado. “Uma vez infectadas, as gestantes têm maiores chances de apresentar desfechos desfavoráveis em comparação com não gestantes. Portanto, esse grupo é de especial interesse e cuidado. Este protocolo servirá como diretriz abrangente para a prevenção, tratamento e diagnóstico, contribuindo significativamente para a segurança e bem-estar das gestantes e puérperas durante esse período crítico", enfatiza o especialista.

 

O manual será lançado em âmbito nacional, e posteriormente será traduzido para o inglês e o espanhol. Estará acessível através dos sites oficiais da FEBRASGO, OPAS e Ministério da Saúde, ampliando assim o alcance e disponibilidade dessa importante ferramenta informativa.

 

Principais recomendações às gestantes

 

Gestantes devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como picaridina, icaridina, N,N-dietil-meta-toluamida (DEET), IR 3535 ou EBAAP. O Dr. Antônio destaca que repelentes naturais, como óleos caseiros de citronela, andiroba e capim-limão, carecem de eficácia comprovada e não possuem aprovação da Anvisa até o momento.

 

Dado que não há medicamentos específicos para combater o vírus da dengue, em casos de menor gravidade, sem sinais de alarme, a orientação é repouso e aumento da ingestão de líquidos. Gestantes com dengue requerem avaliação diária, incluindo repetição do hemograma até 48 horas após a febre desaparecer. Para casos mais simples, o acompanhamento ambulatorial é recomendado. Entretanto, se o estado for grave, com sinais de alarme, a internação é indicada. Em situações de choque, sangramento ou disfunção grave de órgãos, a paciente deve receber tratamento em uma unidade de terapia intensiva.

 

Vale ressaltar que a FEBRASGO planeja realizar diversas iniciativas, como “lives” (a primeira agendada para 5 de março), treinamentos e capacitações presenciais, além do Manual de Manejo de Dengue na Gestação.

 

Serviço

Evento: Lançamento do Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na

Gestação e no Puerpério

Data e Hora: Sexta-feira, 01 de março, às 10h

Local: Auditório Carlyle Guerra, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Brasília

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