Consulta jurídica realizada pela FEBRASGO recebe parecer técnico favorável do CFM
O parecer conclui que o implante do contraceptivo Implanon® deve ser realizado exclusivamente por médicos
Um parecer técnico emitido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) concluiu que a inserção e retirada do implante contraceptivo Implanon® devem ser atos privativos de médicos, não podendo ser realizados por outros profissionais da área da saúde.
O parecer foi solicitado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e destaca a importância de profissionais médicos capacitados para executar esse procedimento invasivo, que apresenta riscos tanto na inserção quanto no decorrer da ação de retirada.
O Implanon® é um contraceptivo subdérmico de etonogestrel, um anticoncepcional em forma de bastão que é colocado logo abaixo da pele do braço, liberando o hormônio progesterona. Comercializado no Brasil há mais de vinte anos, é um método reversível que perde sua eficácia assim que é retirado, e não prejudica gestações futuras. Sua principal ação é inibir a ovulação, garantindo uma eficácia elevada.
O Conselho Federal de Medicina e a FEBRASGO reforçam a importância da orientação médica para a escolha do melhor método contraceptivo, sempre levando em conta as características e necessidades individuais de cada paciente.
Acesse aqui o parecer do CFM completo: https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/BR/2023/2
Hepatite viral: FEBRASGO reforça a importância da prevenção no combate à doença
No Brasil, mais de 700 mil casos foram notificados entre os anos 2000 e 2022
De acordo com dados do Ministério da Saúde foram notificados 750.651 casos de hepatites virais no Brasil entre os anos 2000 e 2022 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) reporta que mais de 1,4 milhões de mortes por ano acontecem devido a complicações dessa doença.
Segundo o médico ginecologista e presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Geraldo Duarte, as hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C. “A hepatite do tipo A, classicamente de transmissão fecal-oral, acomete preferentemente crianças em comunidades com deficientes recursos sanitários. A hepatite do tipo B, de transmissão sanguínea, sexual e vertical, possui taxa média de transmissão vertical de 80% em sua fase aguda e de 8% em sua fase crônica”
Já a hepatite C é transmitida principalmente por contato direto com sangue contaminado, como compartilhamento de agulhas e objetos perfurocortantes, transfusões de sangue que ocorreram antes de 1992 e transmissão vertical (de mãe para filho). “A hepatite do tipo C tem uma característica curiosa, quando associada ao vírus do HIV a taxa de transmissão vertical passa a ser, em média, de 18%”, informa o médico.
Sintomas
Os sintomas das hepatites virais podem variar de leve a grave e incluem fadiga, dores abdominais, náuseas, vômitos, perda de apetite, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), urina escura e fezes claras. Algumas pessoas podem ser assintomáticas, o que dificulta o diagnóstico sem exames médicos específicos.
Prevenção
A prevenção das hepatites virais envolve medidas simples, mas eficazes, como: vacinação contra a hepatite A e hepatite B que estão disponíveis e são altamente recomendadas. “Elas são seguras, eficazes e ajudam a prevenir a disseminação dos vírus”, diz Dr. Geraldo.
O uso de preservativos também é recomendado pois a hepatite B é transmitida por contato sexual. O uso correto e consistente de preservativos é fundamental para prevenir a infecção. Higiene pessoal também é importante, lavar as mãos regularmente, especialmente antes das refeições e após usar o banheiro, é uma medida essencial para prevenir a hepatite A e a disseminação de outros vírus.
Em caso do uso de agulhas, seringas, lâminas de barbear, e objetos perfurocortantes, deve-se sempre optar por versões descartáveis para evitar o compartilhamento de fluídos corporais, prevenindo assim a transmissão das hepatites B e C.