Dia Mundial da Prematuridade
O potencial impacto da pandemia nos nascimentos precoces
São Paulo, novembro de 2020. Todos os anos, no Brasil, 11,5% das crianças nascem prematuras. E neste 2020 não deve ser diferente. Estima-se que até o final de dezembro, os nascimentos ocorridos antes das 37 semanas supere a marca de 315 mil. Ainda que as causas não estejam elucidadas, os conhecidos fatores de risco podem ser agravados pela multiplicidade de realidades socioeconômicas e acesso à saúde, no país.
Ao lado da hipertensão, diabetes, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, dentre outros fatores, gestações ocorridas em intervalos inferiores a 12 meses pode configurar motivo de atenção especial, nesse ano marcado por isolamento e dinâmicas sociais adversas. Esse paralelo baseia-se no estudo da Universidade da Columbia Britânica (Canadá), publicado em 2018, que identificou aumento de riscos em casos de prematuridade em gravidezes ocorridas em curto intervalo de tempo.
Segundo a Organização das Nações Unidas, a prematuridade é a principal causa de morte em crianças menores de cinco anos, em todo o mundo. Anualmente, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuramente e um milhão morre em decorrência de complicações do nascimento precoce.
Febrasgo integra campanha da OMS para erradicação do Câncer de Colo de Útero
O lançamento de estratégias para a erradicação da doença acontece
nos dias 17 e 18 de novembro
São Paulo, novembro de 2020. Ao lado da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) inicia um esforço conjunto para a erradicação do câncer de colo de útero. Altamente prevenível, a neoplasia ainda é um dos mais frequentes na população feminina brasileira. Até o final deste ano de 2020, são estimados o surgimento de 16590 novos casos da doença, sobretudo, na região norte do país. Nos últimos dez anos (2008-2018), a taxa de mortalidade decorrente de doença saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, segundo dados do Ministério da Saúde.
Em agosto de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma resolução chamando a atenção e defendendo a eliminação do câncer de colo de útero. No próximo dia 17 de novembro, ao final da 73º Assembleia Mundial da Saúde, a OMS reforçará este compromisso e lançará oficialmente a estratégia de eliminação em um evento online.
No Brasil, a Febrasgo se engaja na responsabilidade de contribuir para as metas previstas a serem trabalhadas até 2030. A adoção da “Estratégia Global para Acelerar a Eliminação do Câncer de Colo do Útero, como um Problema de Saúde Pública”, da OMS, é baseado em três pilares. Garantir que:
1) 90% das meninas recebam a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) até os 15 anos de idade;
2) 70% das mulheres realizem um exame de rastreamento com teste efetivo até os 35 e outro até os 45 anos de idade;
3) 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento.
O compromisso da Febrasgo e OMS é rastrear, com o teste de HPV, 70% das mulheres, por duas vezes, nas idades de 35 e 45 anos. Tal ação deve acarretar a redução da mortalidade feminina em cerca de um terço.
Ações a serem feitas pela Febrasgo
Partindo do princípio que o câncer de colo de útero é uma das formas de câncer mais evitáveis e tratáveis, com medidas de prevenção primária (vacina contra o HPV) e prevenção secundária (exames de rastreamento), a Febrasgo endossa a campanha da OMS e traça como estratégia a conscientização da população. A entidade realizará diversas ações.
Para tanto, a Febrasgo elaborou um documento por meio de suas Comissões Nacionais Especializadas (CNE) em Ginecologia Oncológica, em Trato Genital Inferior e em Vacinas em que se realiza uma chamada para a eliminação do câncer de colo de útero na próxima década no Brasil. Em seu site, a entidade disponibiliza além de informações sobre a doença, um vídeo institucional explicando a parceria com a OMS. Para finalizar, estão previstas duas lives. A primeira no dia 18/11, com a presença do presidente da Febrasgo Dr. Agnaldo Lopes, será o lançamento para o público em geral e terá transmissão no Facebook e Youtube. A segunda, no dia 25/11, focará na interlocução entre profissionais de saúde.
Números e Cenário no Brasil
Apesar de ser uma doença prevenível, curável e com potencial para ser totalmente eliminada no Brasil e do Mundo, o Câncer de Colo de Útero ainda apresenta altas taxas de incidência e mortalidade. No mundo, são mais de 570.000 novos casos e morrem mais de 311.000 mulheres a cada ano. De acordo com a OMS, a maioria das mortes acontece nos países com baixo índice de desenvolvimento, como o Brasil, onde o câncer de colo uterino ocupa o terceiro lugar entre as neoplasias malignas nas mulheres, com 15,43 casos por 100.000 mulheres ao ano, e o quarto em mortalidade. A doença ocorre predominantemente em mulheres não brancas (62.7%) e com baixa escolaridade (62.1%).
O sistema público de saúde brasileiro atende 75,32% dos pacientes com câncer, ou seja, cerca de 448.959 casos de câncer foram atendidos na rede pública em 2016. O período entre o diagnóstico e o primeiro tratamento dura mais de 60 dias em 58% dos casos, ocorrendo mortes precoces em 11% delas.
Referente aos óbitos, quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos de idade é três vezes maior.
Os cânceres invasivos do colo do útero são, geralmente, tratados com cirurgia ou radioterapia combinada com quimioterapia. A escolha da melhor opção terapêutica depende do estadiamento clínico do tumor, da idade, da história reprodutiva, do estado geral da paciente e das condições disponíveis no serviço de saúde. No Brasil, aproximadamente 80% das mulheres com diagnóstico de doença invasiva, estão na fase avançada, fora de condições técnicas de cirurgia, sendo necessárias a radioterapia e a quimioterapia como tratamento, gerando, assim, um enorme custo social e financeiro.
A importância da vacinação
As vacinas para HPV são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções e, consequentemente, também das lesões neoplásicas do colo do útero, responsáveis pela potencial perda do órgão. Entretanto, no nosso país, a cobertura da vacinação tem sido abaixo do necessário para uma ação efetiva nas próximas décadas. As razões para explicar as baixas coberturas são principalmente as barreiras logísticas de acesso e a falta de educação contínua da população.
Em 2014, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) introduziu a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos em esquema de duas doses com intervalo de seis meses. Em 2017, o programa passou a contemplar também os meninos de 11 a 14 anos, também no esquema de duas doses. Na primeira dose, no primeiro ano de implantação, a cobertura foi de mais de 80%. Na segunda dose, quando o governo retirou o procedimento das escolas e transferiu-o para as unidades de saúde, houve queda expressiva das coberturas. Nos anos subsequentes as coberturas vêm caindo, refletindo o pouco interesse nesse importante momento de pandemia.
Saiba Mais
O desafio do diabetes no cotidiano do profissional de GO
São Paulo, novembro de 2020. A chegada do Dia Mundial do Diabetes (14/novembro) reforça a importância do desafio cotidiano de prevenção e combate à doença que atinge mais de 16 milhões de brasileiros¹. No âmbito da ginecologia e obstetrícia, essa atuação ganha ares específicos visto que, por vezes, a especialidade é a principal porta de acesso da mulher aos serviços de saúde. “O primeiro dado importante é que as pessoas têm dificuldade em entender o que é o diabetes. Caso a paciente apresente algum fator de risco, é importante fazer uma busca ativa da doença”, comenta o Dr. Gustavo Maciel, membro da Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Endócrina.
O especialista aponta a importância do estímulo à adoção de estilos de vida saudáveis, como forma de prevenção da diabetes do tipo 2. Sabe-se que essa doença pode trazer complicações cardíacas, neuropatias, doenças oculares, queda na imunidade e maior risco à incidência a agravamento de infecções, entre outras complicações.
O controle da glicemia durante o período de gestação e puerpério é outro ponto de atenção específica. Num cenário de elevado percentual de gravidezes não planejadas e aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade, quadros de diabetes anteriores à gestação tendem a aumentar. Esse perfil de gestante possui risco aumentado para abortamento e má formação fetal.
Nesse contexto, o Diabetes Gestacional aparece como mais um desafio ao ginecologista e obstetra. Grande parte das mulheres com diabetes gestacional apresenta algum fator de risco pré-gestacional, como o excesso de peso e, muitas vezes, outras comorbidades, como síndrome metabólica.
A Dra. Elaine Dantas Moisés, presidente da Comissão Nacional Especializada em Hiperglicemia e Gestação, comenta que tanto o diagnóstico do diabetes gestacional como seu controle se apresentam como desafios ao profissional de GO. “No Brasil, ainda há uma heterogeneidade muito grande na oferta de testes diagnósticos ideais”. Segundo ela, a taxa de perda de diagnósticos pode chegar a 14%, quando o teste oral de tolerância à glicose não está disponível. Dra. Elaine aponta também a importância de acesso a equipes multidisciplinares que possam complementar o cuidado do controle glicêmico da paciente. “Quando há um cuidado integral em relação aos diferentes aspectos do controle glicêmico e obstétrico, há melhores probabilidades de sucesso da gestação. É importante que os colegas estejam capacitados a identificar desvios das metas terapêuticas e intervir oportunamente a fim de prevenir efeitos adversos”.
¹Fonte: International Diabetes Federation
Consulta Pública nº 81 - Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos
A FEBRASGO, através da Comissão de Defesa e Valorização Profissional, tem trabalhado intensamente em analisar e responder à Consulta Pública nº 81 - Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde – Ciclo 2019/2020, onde estão sendo tratados alguns temas de interesse do Ginecologista e Obstetra, pois interferem diretamente na prática de nossa especialidade. Nosso posicionamento será de priorizar a segurança e a qualidade da assistência médica voltada para a saúde da mulher brasileira e a valorização e defesa do trabalho realizado pelos nossos associados.
FEBRASGO participa de reunião na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Brasília - DF
O Presidente da FEBRASGO, Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho esteve ontem , 09 de novembro de 2020, em reunião com Socorro Gross Galiano representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil e também com Lely Stella Guzmán Coordenadora interina da Unidade Técnica de Família, Gênero e Curso de Vida.
Esta iniciativa faz parte dos projetos em parceria com a OPAS/OMS em prol da melhoria da saúde da população feminina do Brasil.
Sobre a campanha Câncer de Colo de Útero
O QUE É O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO (CÂNCER CERVICAL)?
O câncer de colo de útero (ou câncer cervical) é um tipo de câncer que ocorre nas células do colo do útero - a parte inferior do útero que se conecta à vagina.
É uma doença prevenível e curável que quando diagnosticada na fase inicial tem elevado índice de sucesso no tratamento. O tratamento adequado e sem atrasos é um fator prognóstico importante. Porém, tem alta morbidade e mortalidade entre mulheres nos países sem programas de prevenção organizados como no Brasil.
Os cânceres invasivos do colo do útero são geralmente tratados com cirurgia ou radioterapia combinada com quimioterapia. A escolha da melhor opção terapêutica depende do estadiamento clínico do tumor, da idade, da história reprodutiva, do estado geral da paciente e das condições disponíveis no serviço de saúde. Cerca de 70% das pacientes são diagnósticas com a doença sem condições de cirurgia, ou seja, na fase avançada e se faz necessária a radioterapia e a quimioterapia concomitantes.
Globalmente surgem mais de 570.000 novos anualmente e morrem mais de 311.000 mulheres a cada ano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das mortes acontece nos países com baixo índice de desenvolvimento.
QUAIS AS CAUSAS DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO?
O HPV (papilomavírus humano), uma infecção sexualmente transmissível, desempenham um papel na causa da maioria dos casos de câncer de colo de útero. Quando exposto ao HPV, o sistema imunológico do corpo geralmente impede que o vírus cause danos. Em uma pequena porcentagem das pessoas, porém, o vírus sobrevive por anos, contribuindo para o processo que faz com que algumas células cervicais se tornem alteradas e desenvolva lesões precursoras do câncer que podem evoluir para o câncer propriamente dito.11
O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO PODE SER PREVENIDO?
Sim. Você pode reduzir o risco de desenvolver câncer do colo do útero se for vacinado (prevenção primária) e fazendo testes de rastreamento (prevenção secundária) periódicos. 1
O câncer de colo de útero (câncer cervical) é uma das formas de câncer mais evitáveis e tratáveis com sucesso, se for detectado e diagnosticado precocemente e gerenciado de forma eficaz
As vacinas para HPV são altamente efetivas e promovem uma diminuição significativa das infecções por HPV e consequentemente também das lesões pré-neoplásicas e neoplásicas do colo do útero.
Entretanto, no nosso país, a cobertura da vacinação tem sido abaixo do necessário para uma ação efetiva nas próximas décadas. As razões para explicar as baixas coberturas são principalmente pelas barreiras logísticas de acesso e pela falta de educação contínua da população.
O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL
No Brasil o câncer de colo uterino ocupa o terceiro lugar entre as neoplasias malignas entre as mulheres com 15,43 casos por 100.000 mulheres ao ano e o quarto em mortalidade.
Nas ações de rastreamento deste câncer em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, de forma organizada com citologia oncótica cérvico-vaginal e intervalo trienal, com cobertura de 70% desta população, há redução significativa da sua mortalidade com cifras inferiores a 2 mortes por 100.000 mulheres ao ano.
No Brasil pelo sistema público, o rastreamento é feito exclusivamente pela citologia oncótica. As diretrizes de rastreamento publicadas em 2017 ditam rastrear as mulheres de 25 a 64 anos por citologia oncótica com intervalo trienal, após 2 exames normais.
A prevenção primária é feita com a vacinação profilática contra os principais tipos de HPV que estão associados ao câncer de colo de útero em mais de 70% dos casos. No Brasil temos mais de 30 milhões de brasileiros na faixa de 10 a 19 anos. Esses adolescentes têm o direito à vacinação estabelecido pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
As coberturas vacinais atuais são insuficientes para garantir uma proteção futura para essas crianças e adolescentes. Uma estratégia importante é unir o rastreamento de mulheres acima de 25/30 anos com biologia molecular (um único teste) e associar as chamadas para vacinação simultânea de seus filhos adolescentes.
Temos uma ferramenta importante que é o cadastro de auxílio federal que é o bolsa família. Com esse cadastro poderíamos organizar a chamada de rastreamento e vacinação. Vacinar adolescentes fora do ambiente escolar mostrou-se ineficaz, mas a mãe ser chamada para rastreamento e vacinação de seu filho pode ser um estímulo a ser experimentado.
Em 2014 o Programa Nacional de Imunizações (PNI) introduziu a vacina quadrivalente para meninas de 9 a 14 anos em esquema de duas doses com intervalo de 6 meses. Em 2017 o programa passou a contemplar também os meninos de 11 a 14 anos também no esquema de duas doses.
Na primeira dose, no primeiro ano de implantação a cobertura foi mais de 80%. Na segunda dose, quando o governo retirou das escolas e transferiu para as unidades de saúde, houve queda expressiva das coberturas.
Nos anos subsequentes as coberturas vêm caindo refletindo o pouco interesse nesse importante momento de pandemia. Para os meninos as coberturas são insuficientes e são necessárias estratégias por parte de profissionais, educadores e os pais para expandir o alcance dos programas de vacinação.
Em 2020, de janeiro a julho, a mortalidade por câncer invasor de colo do útero esteve entre 25 a 30 óbitos por mês (uma morte a cada 24 horas) em todo estado do Amazonas, e as coberturas vacinais caíram a níveis preocupantes.
O governo do Amazonas suspendeu os procedimentos de tratamento devido à pandemia e devemos ter um impacto importante na mortalidade nos próximos meses.
O câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, mesmo sendo uma neoplasia evitável, com base em medidas de prevenção primária (vacina contra o HPV) e prevenção secundária (exames de rastreamento) de comprovada eficácia e efetividade.
No Brasil, devido as distintas características socioeconômicas e culturais encontradas que são capazes de gerar um cenário em que coexistem fatores relacionados à pobreza e ao desenvolvimento que compromete o acesso a serviços de rastreamento, diagnóstico e tratamentos oportunos. Consequentemente, as limitações de acesso a serviços de saúde não somente impedem as mulheres pobres de serem diagnosticadas, mas também impossibilitam a oportunidade de receberem tratamento adequado a tempo de se obter a cura.
O sistema público de saúde brasileiro atende 75,32% dos pacientes com câncer, ou seja, cerca de 448.959 casos de câncer foram atendidos na rede pública em 2016. E o Brasil tem apenas 50,8% da quantidade necessária de equipamentos de radioterapia. Salientando, que a radioterapia tem papel importante como tratamento adjuvante ou exclusivo, sobretudo no câncer do colo do útero, conforme a extensão dessas doenças.
Referente aos óbitos, quase nove de cada dez óbitos por câncer do colo do útero ocorrem em Regiões menos desenvolvidas, onde o risco de morrer de câncer cervical antes dos 75 anos é três vezes maior.
Importante salientar as mortes preveníveis de mulheres jovens, quando tratadas adequadamente, no auge de suas vidas laborativas, onde muitas são chefes de família.
LINKS EXTERNOS
https://www.who.int/news-room/events/detail/2020/11/17/default-calendar/launch-of-the-global-strategy-to-accelerate-the-elimination-of-cervical-cancer
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/cervical-cancer/symptoms-causes/syc-20352501
https://www.uicc.org/what-we-do/thematic-areas-work/cervical-cancer-elimination?gclid=CjwKCAiA4o79BRBvEiwAjteoYBF27bS7EBxkJE0e-IZyIe7DH-DW2sZO8EdZqkQpKP87v7sN5_pk-BoCYWkQAvD_BwE#_ftn1
https://www.paho.org/pt/topicos/hpv-e-cancer-do-colo-do-utero
Comissão Nacional Especializada (CNE) Ginecologia Oncológica
Comissão Nacional Especializada (CNE) Trato Genital Inferior
Comissão Nacional Especializada (CNE) Vacinas