Telemedicina: a nova resolução do CFM

Monday, 11 February 2019 11:08

Os médicos brasileiros poderão realizar consultas online, assim como telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento médico à distância. É o que estabelece a Resolução do Conselho Federal de Medicina  nº 2.227/18, que será publicada nesta semana. Elaborada após inúmeros debates com especialistas e baseada em rígidos parâmetros éticos, técnicos e legais, a norma abre portas à integralidade do Sistema Único e Saúde (SUS) para milhões de brasileiros, atualmente vítimas da negligência assistencial, segundo nota do CFM.

O Conselho sustenta que, além de levar saúde de qualidade a cidades do interior do Brasil, que nem sempre conseguem atrair médicos, a telemedicina também beneficia grandes centros, pois reduz o estrangulamento no sistema convencional causado pela grande demanda, ocasionada pela migração de pacientes em busca de tratamento.

Para assegurar o respeito ao sigilo médico, por exemplo, um princípio ético fundamental na relação com os pacientes, todos os atendimentos devem ser gravados e guardados, com envio de um relatório ao paciente.

Outro ponto importante será a concordância e autorização expressa do paciente ou seu representante legal ¬− por meio de consentimento informado, livre e esclarecido, por escrito e assinado – sobre a transmissão ou gravação das suas imagens e dados.

A Resolução CFM nº 2.227/18, que entra em vigor três meses após a data de sua publicação, ainda define e detalha os requisitos necessários para a realização de cada um dos procedimentos ligados ao tema, como telemedicina, teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, teleconferência, teletriagem médica, telemonitoramenteo, teleoientação e teleconsultoria.

Apesar de já ter sido definido as normas para a aplicabilidade da telemedicina pelo CFM, existem muitas discussões a respeito com opiniões contrárias e favoráveis à sua implantação. Somos de opinião que o assunto precisa mesmo ser mais discutido na busca dos melhores caminhos para que a Telemedicina possa ser útil para o trabalho médico, respeitando a importância desse profissional, o ato médico e, sobretudo, que se garanta a segurança e a eficácia do seu emprego para a população usuária que, afinal, é a quem devemos a obrigação de prestar um atendimento médico qualificado.

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