FEBRASGO apoia Novas Diretrizes para o Rastreamento do Câncer de Colo do Útero e incentiva participação na Consulta Pública
Entidade reforça a importância dos testes moleculares de DNA-HPV como método mais eficaz e convoca sociedade e profissionais de saúde para contribuir com a consulta pública aberta até 9 de dezembro
A consulta pública nº 75/2024, promovida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), está aberta até o dia 9 de dezembro para discutir as novas Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer de Colo do Útero. Entre as principais recomendações, destaca-se a adoção dos testes moleculares para detecção do DNA do HPV no rastreamento da doença, método considerado mais eficaz do que o exame de Papanicolaou.
"Tivemos importantes avanços na imunização contra o HPV, que já está disponível pelo SUS há dez anos. Agora, temos uma consulta pública aberta, e queremos que todos participem. A proposta inclui o uso de testes moleculares para rastreamento organizado, visando a detecção do DNA do HPV oncogênico. A participação de todos é fundamental. A FEBRASGO convida todos a contribuírem para a implementação de novas diretrizes e métodos mais eficazes de rastreamento, que, no futuro, resultarão em menor morbidade e mortalidade para as mulheres no Brasil. Participe”, declara a Dra. Maria Celeste Wender, presidente da FEBRASGO.
Uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a erradicação do câncer de colo do útero é que 70% das mulheres em todo o mundo realizem regularmente um teste de alto desempenho, como o teste molecular para detecção do HPV. Diversos estudos científicos comprovam que o rastreamento com testes moleculares é mais eficaz na identificação de lesões precursoras desse tipo de câncer. Atualmente, no Brasil, o método utilizado para o rastreamento do câncer de colo do útero é a citologia, mais conhecida como exame de Papanicolaou.
A FEBRASGO, com o compromisso de erradicar o câncer de colo do útero, tem desempenhado um papel fundamental nas discussões sobre a implementação do teste molecular de DNA-HPV como principal ferramenta de rastreamento da doença. “Este método, mais preciso e eficiente do que o exame de Papanicolaou, segue as mais robustas evidências científicas e é amplamente adotado por diversos países que já alcançaram progressos significativos na redução da incidência e mortalidade dessa condição”, diz a Dra. Maria Celeste.
A discussão sobre a incorporação dos testes moleculares para detecção do HPV oncogênico no rastreamento do câncer de colo do útero no SUS foi iniciada no Ministério da Saúde (MS) em novembro de 2019. No entanto, devido à pandemia de COVID-19, as ações concretas começaram apenas em novembro de 2020, com a realização da primeira reunião técnica sobre o tema.
Um dos benefícios dos testes moleculares, baseados na reação em cadeia da polimerase (PCR), é a capacidade de detectar o DNA do vírus HPV na amostra coletada da paciente.
A nova diretriz destaca as melhores práticas para avaliar, tratar e acompanhar mulheres identificadas no rastreamento do câncer de colo do útero. Focando na detecção e tratamento de lesões precursoras e do câncer em estágio inicial, a diretriz enfatiza que mulheres com sintomas relacionados a câncer avançado devem ser avaliadas independentemente das recomendações de rastreamento.
Para participar da consulta pública, é necessário ler o relatório de recomendações, preencher o formulário de cadastro e enviar sua contribuição. Após o prazo de encerramento, a Conitec irá avaliar os comentários recebidos e divulgar a recomendação final.
O link para acessar a Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 75/2024 é: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-75-2024-db-cancer-coloPara otimizar sua experiência durante a navegação, fazemos uso de cookies. Ao continuar no site consideramos que você está de acordo com a nossa Política de Privacidade.