Brasil é o 10ª país do ranking mundial com mais nascimentos de bebês prematuros
No Dia Mundial da Prematuridade, FEBRASGO alerta para o número expressivo de partos com gestação inferior a 37 semanas
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 300 mil bebês prematuros nascem todos os anos no País. No Dia Mundial da Prematuridade, 17 de novembro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) esclarece que o nascimento é considerado prematuro quando o parto ocorre antes da 37ª semana de gestação. Entre os fatores de risco que podem contribuir para o nascimento prematuro estão as gestações múltiplas, partos prematuros anteriores, infecções maternas, insuficiência istmo-cervical, pré-eclâmpsia, placenta prévia, tabagismo, uso de substâncias ilícitas e doenças crônicas maternas, como diabetes e hipertensão arterial.
A vice-presidente da Comissão Nacional Especializada de Gestação de Alto Risco da FEBRASGO e ginecologista obstetra, Dra. Inessa Beraldo de A. Bonomi, esclarece que a prematuridade pode ter implicações significativas no desenvolvimento físico e mental da criança, dependendo da gravidade e da idade gestacional no momento do nascimento. “Recém-nascidos prematuros têm maior probabilidade de apresentar complicações respiratórias e neurológicas, dificuldades alimentares e risco aumentado de infecções, como hemorragias intracranianas. Em longo prazo, a prematuridade pode estar associada a atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, déficits cognitivos e dificuldades de aprendizado, particularmente em casos de prematuridade extrema”, afirma.
Sobre os sinais de alerta para uma possível prematuridade durante a gestação, a especialista indica atenção nos casos de contrações uterinas regulares e frequentes antes da 37ª semana gestacional, dor lombar persistente, sensação de pressão pélvica, alterações no corrimento vaginal e ruptura prematura das membranas.
A médica reforça que apesar do alto número de nascimentos de bebês prematuros no Brasil, o pré-natal adequado tem um papel importante na prevenção, na identificação precoce e no manejo dos fatores de risco para o parto prematuro. “Esse acompanhamento inclui o tratamento de infecções, o controle de condições crônicas como diabetes e hipertensão e o uso preventivo de progesterona para mulheres com histórico de prematuridade. Além disso, orientações sobre estilo de vida saudável durante a gestação podem contribuir para a redução de complicações”, explica.
O tratamento das complicações decorrentes da prematuridade é realizado de forma individualizada, de acordo com as necessidades de cada recém-nascido. Inclui cuidados intensivos em unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), com suporte respiratório, nutrição parenteral ou enteral, monitoramento e controle de infecções, além de suporte de outras funções vitais. “O acompanhamento multidisciplinar, com a participação de pediatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros especialistas, é essencial para promover o desenvolvimento adequado do recém-nascido em curto e longo prazo”, finaliza a Dra. Inessa Beraldo de A. Bonomi.
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