Dia do Obstetra: formação e atualização constante para cuidar da mulher em momentos especiais
Data é oportuna para reconhecer o papel desse médico especialista em oferecer maior segurança e tranquilidade às gestantes e puérperas.
Por Letícia Martins, jornalista com foco em saúde
O Dia do Obstetra, celebrado em 12 de abril, homenageia os profissionais dedicados ao cuidado da mulher durante todo o processo da maternidade. A essência da profissão está contida na própria palavra obstetra, que vem do latim obstetrix e significa “ficar ao lado de”.
Mas para estar ao lado da mulher em momentos tão importantes, quanto a gestação, o parto e o pós-parto, uma longa e intensa jornada de formação é percorrida. Além dos seis anos do curso de medicina e mais três anos em um programa de residência médica em Ginecologia e Obstetrícia, esses especialistas estão em constantes estudos e atualizações científicas para garantir o melhor atendimento possível às suas pacientes.
Dra. Lilian de Paiva Rodrigues Hsu, presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Assistência Pré-Natal da Febrasgo, ressalta que manter-se atualizado na área implica também participar de conferências, workshops e cursos que abordam os mais recentes avanços, pesquisas e melhores práticas na área da saúde da mulher. “As credenciais de um bom médico inspiram confiança e maior segurança às pacientes que estão sob os cuidados de um profissional de saúde qualificado e capaz para realizar diagnósticos, tratamentos e o seguimento da mulher”, afirmou.
Alguns obstetras recebem ainda formação extra em área de atuação (especialidade), como a medicina fetal com acompanhamento da gestação, com enfoque especial no feto ou medicina materno-fetal, voltadas ao cuidado de gestantes com condições que as tornam de alto risco gestacional. “A obtenção do Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) também confere conhecimento e competência, e garante que o obstetra possui as habilidades necessárias para prestar um atendimento seguro às suas pacientes”, acrescenta a Dra. Lilian.
Além da formação profissional, é importante que os obstetras desenvolvam habilidade de comunicação e adotem uma abordagem colaborativa. “O obstetra deve ser capaz de tomar decisões compartilhadas, reconhecendo que as gestantes são participantes ativas na própria jornada de cuidados de saúde”, explica a presidente da CNE de Pré-Natal da Febrasgo.
Reconhecimento e valorização profissional
O Brasil conta com cerca de 33 mil ginecologistas e obstetras, segundo o estudo Demografia Médica Brasileira, divulgado pela Associação Médica Brasileira em 2023. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na saúde das mulheres, realizando consultas, exames, prevenção e tratamento de doenças ginecológicas, acompanhando gestações e partos, entre outras atribuições.
Apesar da importância do trabalho dos ginecologistas e obstetras e do reconhecimento que recebem por parte do público feminino, esses profissionais ainda enfrentam muitos desafios na profissão. Um dos principais obstáculos enfrentados por eles é a sobrecarga de trabalho, devido à alta demanda por atendimentos na rede pública de saúde e também na rede privada.
Além disso, a falta de infraestrutura adequada em alguns hospitais e unidades de saúde também é um grande desafio para os ginecologistas e obstetras. Muitas vezes, esses profissionais precisam lidar com a falta de equipamentos, materiais e até de leitos disponíveis, o que acaba comprometendo a qualidade do atendimento prestado às pacientes. “Por isso, a Febrasgo realiza diversas ações para defender a classe e garantir melhores condições de trabalho para os ginecologistas e obstetras, visando assegurar uma assistência de qualidade às mulheres”, declarou a Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da Febrasgo.
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