Dia da Não Violência: FEBRASGO enfatiza a importância do treinamento de ginecologistas e obstetras na identificação de casos de violência sexual

Martes, 30 Enero 2024 14:41

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o Brasil registrou mais de 74 mil casos de estupro no último ano, o maior número da história, sendo  61% das vítimas crianças e adolescentes de até 13 anos de idade. Esses dados refletem casos notificados às autoridades policiais, abrangendo apenas uma parcela da violência sexual vivenciada por mulheres, homens, meninas e meninos de todas as faixas etárias.

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), comprometida com o pleno respeito à saúde e bem-estar das mulheres, destaca a importância da preparação dos médicos ginecologistas e obstetras para a identificação de casos de violência durante o atendimento. A Dra. Maria Celeste Osório Wender, presidente da FEBRASGO, enfatiza que a compreensão mais aprofundada dos mecanismos e formas de violência contra a mulher representa o primeiro e indispensável passo para uma atuação adequada do ginecologista e obstetra.

“Nós devemos agir e amparar essas mulheres na identificação dessa violência e na capacitação para as tomadas de decisões. A capacitação e o conhecimento é que podem permitir que o médico atue, desde a escuta adequada, o acolhimento, notificação, registro, acompanhamento e encaminhamento articulado e intersetorial”, enfatiza a Dra. Maria Celeste.

O artigo elaborado para a revista Femina, uma publicação disponível no site da FEBRASGO, pela Dra. Maria Celeste em colaboração com a Dra. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio, enfatiza a necessidade contínua de debater a questão da violência contra a mulher. O objetivo é desconstruir os discursos que sustentam essa prática, promovendo uma reflexão constante sobre o tema.

“Todos os profissionais de saúde devem entender seu papel nos casos de violência intrafamiliar e atuar no seu enfrentamento. O silêncio é conivente com o agressor”, aponta Maria Celeste.

Neste cenário, o médico ginecologista e obstetra desempenha um papel crucial. Ao compreender que são a porta de entrada e frequentemente a oportunidade para a manifestação e descoberta de diversas formas de violência contra a mulher, é imperativo que deve unir-se em prol dessa causa. Essa união implica na disseminação de informações de alta qualidade, no encorajamento de mulheres e meninas a não tolerarem tais comportamentos, na educação de nossos alunos, residentes e internos sobre o assunto e, acima de tudo, no acolhimento seguro e responsável das pacientes. “A FEBRASGO, por meio da Diretoria de Defesa, fortalecerá essa missão, contribuindo com a divulgação de informações relevantes e participando ativamente em eventos e normativas relacionados a essa temática”, completa a presidente.


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