Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Topografia da junção uretrovesical e da uretra proximal no puerpério tardio de primíparas continentes após parto transpelviano e cesariana intraparto

DOI: 10.1590/S0100-72032011000900009 - volume 33 - Setembro 2011

Cleide de Barros Santos

Abstract


Full Text

RESUMO DE TESE

 

Topografia da junção uretrovesical e da uretra proximal no puerpério tardio de primíparas continentes após parto transpelviano e cesariana intraparto

 

Topography of the uretrovesical junction and proximal urethra in late pospartum continent primiparous after vaginal delivery and cesarean section intrapartum

 

Autor: Cleide de Barros Santos

 

Orientador: Prof. Dr. Carlos Teixeira Brandt

 

Co-orientador: Prof. Dr. Arinaldo Vasconcelos de Alencar

 

Tese apresentada ao Serviço de Pós-graduação em Cirurgia, do Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de Pernambuco, em 1 de setembro de 2010

 

OBJETIVOS: determinar topografia e mobilidade da junção uretrovesical (JUV) e uretra proximal (UP), utilizando ultrassonografia transvulvar, em primíparas continentes no puerpério tardio, após parto transpelviano e cesariana, investigando o relacionamento da via de parto e incontinência urinária de esforço(IUE).

 

MÉTODOS: foram selecionadas 60 puérperas primíparas entre 18 e 30 anos, considerando via de parto, índice de massa corpórea (IMC) e peso do recém-nascido (RN). Divididas em dois grupos: A –30 mulheres que pariram por via transpelviana, B –30 mulheres submetidas à cesariana. A ultrassonografia transvulvar foi realizada entre 45 e 60 dias após o parto.

 

RESULTADOS: em repouso, os parâmetros ultrassonográficos evidenciaram diferenças significantes, onde a média dos comprimentos das UPs foi menor (p=0,001) no grupo A que no grupo B (A = 18,6±3,4mm versus B = 21,6±3,5mm). A média das distâncias verticais da JUV (DVJUV) também foi menor,( p=0,003), no grupo A que no grupo B (A= 18,1±3,2mm versus B= 20.9±3,8mm). A média das distâncias horizontais da JUV (DHJUV) foi maior, (p=0,045) no grupo A que no grupo B (A= 10,9±4,3 versus B= 8,8±3,6). Em esforço, houve diferença estatística, p=0,02, apenas em relação à média da DHJUV que foi maior no grupo A (19,9±6.5) do que no grupo B (16,0±5,8). Houve moderada correlação do IMC com os deslocamentos da UP, sendo significante ao nível p=0,039, com r=0,380, no grupo B.

 

CONCLUSÕES: as medidas ultrassonográficas em repouso indicam que existem condições favoráveis ao desenvolvimento da IUE, no primeiro parto transpelviano. Observado aumento da média da DHJUV, indicando rotação posterior da JUV, relacionado com IUE.


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