Matriz de competências

Matriz de Competências para Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Brasil - 2ª versão - Atualizada em Abril/2019

Matriz de Competências em Ginecologia e Obstetrícia

A Matriz de Competências em Ginecologia e Obstetrícia (MCGO) é uma iniciativa da Diretoria Científica da FEBRASGO e tem como objetivos essenciais:

• Assegurar maior consistência e coerência na orientação dos Programas de Residência Médica (PRM) em Ginecologia e Obstetrícia.
• Distribuir as competências de maneira hierarquizada e crescente em complexidade para o primeiro, segundo e terceiro ano de residência.
• Referenciar a avaliação do médico residente em Ginecologia e Obstetrícia para cada um dos seus componentes: conhecimentos, habilidades e atitudes.
• Permitir o aprendizado do residente a partir da avaliação transparente e ajustada ao seu nível de progressão.
• Referenciar a avaliação de Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia.
• Orientar a preceptoria e supervisão local dos Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia. A Metodologia utilizada na Elaboração da Matriz de Competências é internacionalmente aceita e validada, partindo de uma proposta inicial hierarquizada, baseada em modelos internacionais (4,5) e nas Diretrizes Nacionais para os Programas de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia (PRM-GO), (6) considerando a realidade local dos PRMs e o nível profissional pretendido para servir à sociedade brasileira. O trabalho foi desenvolvido pela Comissão Nacional de Residência Médica da FEBRASGO, composta por associados, com expertise reconhecida em ensino e treinamento na área de ginecologia e obstetrícia. A COREME da FEBRASGO foi apoiada pelas 29 Comissões Nacionais Especializadas da FEBRASGO que analisaram os diversos eixos da atuação, com contribuições essenciais. A Matriz de Competências, em sua primeira versão foi aprovada pela AMB em 2017 e aprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica do MEC em reunião plenária em 2018.Decorridos dois anos após a aprovação da primeira versão, a COREME FEBRASGO, tem monitorado a aplicação da Matriz de Competência através das manifestações de preceptores, coordenadores de programas e especialistas e desenvolveu a 2ª versão da Matriz de Competências que apresentamos abaixo. 

Definição de termos 

Seguem abaixo algumas definições de termos utilizados nesta matriz:

Competência Médica: capacidade médica verificável que integra os seguintes componentes: conhecimentos(C), habilidades (H), atitudes (A) e valores éticos (E).(7)
Conhecimento (C): cognição não relacionada diretamente à ação ou à atividade médica.(8)
Habilidade Clínica (H): ação realizada pelo médico, relacionada ao cuidado. Pode contemplar um ou vários domínios como: habilidade de comunicação, habilidade para exame físico, prática procedural e condução clínica do caso. (8) Ao longo de um treinamento, a aquisição das habilidades progride em termos de complexidade.(1) O desenvolvimento destas habilidades está relacionado a três subcomponentes
- Conhecimento aplicado para contextualizar as indicações e a técnica (integração do conhecimento sobre “porque fazer” e “porque deve ser feito assim”) 
- Desenvolvimento de habilidades motoras necessárias (procedurais)
- Contextualização clínica dos achados (raciocínio clínico)

Atitudes (A):
 inclui comportamentos observáveis, como senso de responsabilidade, dedicação, postura diante de situações difíceis, disposição para trabalho em equipe, capacidade de receber críticas e percepção dos próprios limites.(9)


Supervisão: consiste em fornecer orientação e feedback aos residentes sobre seu desenvolvimento educacional, profissional e pessoal durante o processo de formação, visando garantir cuidados seguros e apropriados aos pacientes.(10) O desempenho que precisa ser supervisionado e o tipo de supervisão se modificam na medida em que o residente progride em sua formação. De acordo com as normas dos PRM, são previstos 2 tipos de supervisão e sua escolha deve considerar o grau de autonomia do residente: 
Supervisão direta: o supervisor acompanha e observa diretamente a atividade realizada pelo residente.(10)
Supervisão indireta: o supervisor não acompanha diretamente a atividade realizada pelo residente, mas se encontra disponível no local da atividade para oferecer apoio imediato caso seja solicitado.(10)

Aquisição de autonomia: ao longo do PRM, espera-se que as novas competências sejam adquiridas sob supervisão direta, evoluindo progressivamente para supervisão indireta na medida em que o residente demonstre desempenho satisfatório na realização da atividade. Partindo do pressuposto que a aprendizagem baseada em competências segue um padrão crescente de complexidade, espera-se que a aquisição das mesmas se processe da seguinte forma:
  • R1: aquisição de competências clínico-cirúrgicas de baixa complexidade sob supervisão direta.
  • R2: aquisição de competências clínico-cirúrgicas de alta complexidade sob supervisão direta e realização de competências clínico-cirúrgica de baixa complexidade sob supervisão indireta.
  • R3: realização de competências clínico-cirúrgica de baixa e alta complexidade sob supervisão indireta.
Versão final da Matriz

A versão final da Matriz de Competências é apresentada em 16 eixos de competências, reduzindo, portanto, 5 eixos em relação à primeira versão.Os 16 eixos estão representados na tabela 1. 
Os dois últimos eixos representam uma inovação em termos de diretrizes nacionais para programas de residência e pretendem fortalecer, junto aos profissionais egressos dos programas de residência médica, hospitais e serviços prestadores de assistência à saúde da mulher, estes novos referenciais de Saúde Global, Humanização e Qualificação do Cuidado.

Cada um dos eixos apresenta as competências esperadas para o residente ao final do primeiro (R1), segundo (R2) e terceiro (R3) anos de residência médica em Ginecologia e Obstetrícia, sendo que as competências para o R2 são cumulativas em relação ao R1 e as competências para o R3 são cumulativas em relação ao R1 e o R2. Em cada eixo, as competências foram subdivididas em seus componentes fundamentais: Conhecimentos (C), Habilidades (H) e Atitudes (A).Esta subdivisão facilita a orientação dos processos de avaliação do residente em termos de cognição, habilidades técnicas e atitudes.

Para cada um dos componentes das competências médicas, existem métodos validados e reconhecidos na literatura para sua avaliação específica, como o Teste de Progresso (para o componente cognitivo), o OSCE (para as habilidades clínicas em ambiente simulado)  e o MiniCex (para a avaliação de desempenho profissional em cenários da prática real). 


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